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Livros do mês: Março 2024
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Literatura portuguesa

Foram localizados 783 resultados para: Literatura portuguesa

 

Referência:15310
Autor:AAVV
Título:O ESPECTRO DO JUVENAL nº1 (a 5). Redactores: Gomes Leal, Guilherme d'Azevedo, Luciano Cordeiro, Magalhães Lima, Silva Pinto.
Descrição:

Imprensa de J. G. de Sousa Neves, Lisboa 1872-1873. In-4º de 5 números com 55-(1), 33-(1), 35-(1), 43-(1) e 40-(1) págs. respectivamente, encadernados num volume único. Encadernação moderna, meia francesa em chagrin castanho tabaco, com guardas de papel fantasia executados em tina manual. Lombada finamente decorada com dourados floreados em casas fechadas e através dos dizeres.
CONSERVA INTACTOS todas as capas de brochura, estando o exemplar por aparar na íntegra.
O facto das capas de brochura conservarem quase todas elas carimbos a óleo dos correios (apenas o nº 3 está sem carimbo), forma pela qual circulavam na época, permite datar com algum rigor, a sua difusão entre 26 de dezembro de 1872 e 27 de maio de 1873, portanto, uma por final de cada mês.

RARA PUBLICAÇÃO completa, como a que se apresenta, em que Gomes Leal tinha apenas 24 anos quando fundou este periódico.
PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

Os únicos cinco números editados permitem considerar O Espectro de Juvenal como um conjunto de notas e comentários profundos a muitos aspectos da vida portuguesa.
Nesta revista se analisam, descrevem ou estudam livros, homens, factos, ideias e se apresentam páginas literárias. Esta raríssima revista apresentava-se com espírito crítico e combativo tendo aparecido em 1872, por convites de Silva Pinto e Magalhães Lima endereçados a Guilherme de Azevedo, Gomes Leal e Luciano Cordeiro. Guilherme de Azevedo viria a abandonar em 1873, a partir do terceiro número d' O Espectro de Juvenal  até onde se tornava difícil individualizar-se os seus textos, impossibilitando mesmo sua determinação. Alguns apresentam-se subscritos com iniciais: M. L. (Magalhães Lima), S. P. (Silva Pinto), G. L. (Gomes Leal), etc. Nenhuma delas, porém, remete para o poeta santareno.

" ... A introdução d’ O Espectro de Juvenal é bastante elucidativa quanto aos seus propósitos. A revista não se destinava, segundo aí se afirma, nem ao leitor burguês, nem ao operário, nem ao militar, nem ao literato oficial, nem a “liberalões corruptos”, nem a falsos republicanos, nem, ainda, a legitimistas. Não pretendia exibir-se como um simples emoliente para as horas de irritação ou de lazer. O Espectro de Juvenal propunha-se ― e a afirmativa ganha força por oposição às negativas anteriores ― desmascarar a Mentira, acusar o Erro, desmitificar a Rotina, seguindo o princípio fundamental da Humanidade: a Justiça. Dirigia-se a todas as vítimas da extrema injustiça social que viam reprimida a sua liberdade de pensamento, fossem elas o professor primário, o empregado público, o operário modesto ou todos os trabalhadores obscuros e
ignorados. ..."
(in Guilherme de Azevedo na Geração de 70, por Maria das Graças Moreira e Sá, Biblioteca Breve, 1986).

Nesta data Gomes Leal estreia a sua pena já com o cariz interventivo da sua escrita, caracerística esta que veio depois ser marcante, não só em folhetins publicados nos jornais, mas também em quase toda a sua obra. Gomes Leal é considerado um precursor do Modernismo Português, tendo sido referido por Fernando Pessoa como um dos seus mestres.

 

Preço:495,00€

Referência:14967
Autor:AAVV
Título:ESTRADA LARGA. Antologia do suplemento «Cultura e Arte», de «O Comércio do Porto».
Descrição:

Porto Editora, Porto (1958-1962). In-8º de 3 volumes com 597-(27), 477-(44) e 769-(39) págs. Respectivamente. Brochado. Sem defeitos significativos apontar a não ser ocasionais picos de humidade em raras páginas
Orientação gráfica de Fernando Lanhas.

Tudo quanto se publicou (o 3º volume anuncia um 4º tomo que nunca chegou a ser publicado).

Observações:

Valioso repositório de estudos de História da Arte, poesia, ficção e outros assuntos de capital importância para o panorama cultural de então. Encerra inúmera colaboração de José Cardoso Pires, José Régio, Hernâni Cidade, Eduardo Lourenço, António Pedro, Adolfo Casais Monteiro, Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Eugénio de Andrade, Augusto Casimiro, Alfredo Guisado, José Augusto França, Mário Cesariny, Sohpia de Mello Breyner  Vergílio Ferreira, Manuel da Fonseca, Fernanda Botelho, Natália Correia, Sebastião da Gama, Alexadnre O'Neill, etc...

Relação dos capítulos em cada um dos volumes:

Volume 1) BERNARDIM RIBEIRO; O SAUDOSISMO E PASCOAES; O SIMBOLISMO E OS SIMBOLISTAS : FERNANDO PESSOA E O MOVIMENTO DO ORPHEU; O PORTO E A SUA VIDA LITERÁRIA E ARTiSTICA ENTRE 1854-1904: ALMEIDA GARRETT; CESÁRIO VERDE; A FICÇÃO EM PROSA NA LITERATURA PORTUGUESA, COM O INQUÉRITO ANEXO

Volume 2) ARTE MODERNA EM PORTUGAL COM INQUÉRITO ANEXO; JOSÉ MALHOA; INQUÉRITO SOBRE O FUTURO DA PINTURA PORTUGUESA A MÚSICA EM PORTUGAL NO SÉCULO XX; O TEATRO EM PORTUGAL NO SÉCULO XX.

Volume 3) SA DE MIRANDA, SAMPAIO BRUNO; FIALHO DE ALMEIDA: A POESIA «POST» ORPHEU; A POESIA ESPANHOLA CONTEMPORÂNEA; O TEATRO ESPANHOL CONTEMPORÂNEO: O INFANTE D. HENRIQUE.

 

Preço:80,00€

Referência:14935
Autor:AAVV
Título:COLECÇÃO DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Descrição:

Emprêsa Diário de Noticias, Lisboa, 1925. In-8º de 337-(2) págs. Encadernação coeva em pele castanha conservando ambas as capas de brochura. Corte superior das folhas carminado.

Bonito exemplar, primeiro volume e tudo quanto se publicou.

Observações:

Contém: A última vitória de um conquistador de Camilo Castelo Branco; A frauta de cana de Augusto Gil; Noite de neve de Ladislau Patrício; À passagem dos Pirenéus de Aquilino Ribeiro; Purificação de Manoel de Sousa Pinto; Balada aos olhos azuis siderais duma inglesinha de Américo Durão; À cata do "El-Dorado" de Júlio Brandão; Fogo sagrado de Eduardo Schwalbach Lucci; Ah!, soubessemos nós erguer as mãos! de Mário Beirão; Uma hora de tragédia de Sousa Costa; Do traje "á vianesa" em geral e do traje de Afife em especial de Cláudio Basto.

Preço:30,00€

Referência:14795
Autor:AAVV
Título:A ILHA. À Memória de Sebastião da Gama.
Descrição:

Editor Élio Santana, Setúbal (Tipografia Sado), 1957. In-8º de 16 págs. Brochado. Com um retrato colado de Sebastião da Gama. Capa ilustrada com composição surrealista. Tiragem limitada a 300 exemplares, de circulação muito restrita. Picos de acidez, também marginal e lombada restaurada.

O único exemplar que encontrámos referido corresponde ao descrito na BN.
Desconhecido das principais bibliografias consultadas sobre Sebastião da Gama.
RARO.

 

Observações:

Colaboração de Artur Ribeiro, César Pratas, Manuel Tomé, Maria Elisa Reynaud, Maria Manuel, Miguel de Castro, Sebastião da Gama, Artur Ribeiro.

Encerra um inédito de Sebastião da Gama - A ILHA,  poema que dá o título à plaquete.
 

Preço:60,00€

Referência:15070
Autor:AL BERTO
Título:TRÊS CARTAS DA MEMÓRIA DAS ÍNDIAS
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1983. In-8º de 45 págs. Brochado. Capas com ligeiro empoeiramento. Com desenhos em separado da autoria de Lúis Silva.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de poemas destinado para uma peça de teatro do dramaturgo Ricardo Pais, mas que nunca chegou a concretizar-se.

Preço:50,00€

Referência:13917
Autor:ALCOBAÇA, Frei Gil d'
Título:AS GATAS
Descrição:

Livraria Central de Gomes de Carvalho, Lisboa, 1945/46. In-8-º de 8 números com 30-(2) páginas cada um. Encadernação meia francesa com cantos e lombada em pele, apresentando a lombada decorada a dourados. Conserva capas de brochura. Os 8 números estão encadernados num único volume.

INVULGAR

COLECÇÃO COMPLETA

Observações:

Publicação que segue a veia satírica de Os Gatos, e que traça um retrato da sua época, foi fundada em Agosto de 1945 por  Frei Gil d’Alcobaça,  pseudónimo de João Paulo Veneno Freire e teve uma periocidade mensal apenas publicados ao longo de oito números, sendo o último de Março de 1946 "... curiosa e interessante publicação, da excelente autoria do ilustre escritor Frei Gil d'Alcobaça que em uma crítica sã, desempoeirada, e denodamente escrita é posta em público...rescaldo aos factos mais notáveis que se passam durante o mez..."

Preço:45,00€

Referência:14780
Autor:ALEGRE, Manuel
Título:COIMBRA NUNCA VISTA
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995. In-8º de 91-(1) págs. Brochado. Rúbrica de posse no anterosto. Exemplar em excelente estado, "quase" como novo.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:
Preço:15,00€

reservado Sugerir

Referência:15213
Autor:ALMEIDA GARRETT, J. B.
Título:DONA BRANCA OU A CONQUISTA DO ALGARVE. Obra posthuma de F. E.
Descrição:

Na casa de J. P. Aillaud, Paris, 1826. In-8º de (8)-251-(1) págs. Encadernação coeva, meia inglesa em pele vermelha com dizeres dourados na lombada. Etiqueta antiga com número de ordem de biblioteca provada. Rubrica de posse coeva no frontspício. Ocasionais picos de acidez, generlaizada na mancha tipográfica, ao longo do volume. Aparo generalizado. Bonito exemplar.

PRIMEIRA EDIÇÃO, rara.
 

Observações:

Obra com que Almeida Garrett, (1799-1854) inaugura a senda do romantismo em Portugal, juntamente com o seu outro título Camões (1825). Lê-se nesta edição princeps, na página que segue ao prefácio:  O assumpto d'este romance, é tirado da chronica de D. Afonso III de Duarte Nunes de Leão. Embora o autor se refira a um romance, trata-se de um poema lírico-narrativo, onde o lirismo grave convive com a facécia anticlerical (Álvaro Manuel Machado, Dicionário de Literatura Portuguesa, 1996, p. 213) datado do primeiro exílio de Garrett, que aborda um episódio lendário da história nacional relacionado com a época evocada no título D. Branca ou a conquista do Algarve e que corresponde a história de amor infeliz entre o rei mouro Aben-Afan e a infanta D. Branca " ...que foi senhora do mosteiro de Lorvão, d'onde foi mandada para abbadeça do mosteiro de Holgas de Burgos que he o mais rico, e mais nobre mosteiro de toda a Hespanha (...) Com esta infanta teve amores um cavalleiro (...) do qual pario um filho ... " (segundo carta do autor enviado a Duarte Lessa. publicada em Garret. Memórias Biographicas de Francisco Gomes de Amorim, 1881). Obra escrita  após a experiência do primeiro exílio, " ... que trouxe o conhecimento das obas de Shakespeare, Byron e Walter Scott e o das paisagens góticas onde abundam os castelos em ruínas, representa a introdução, entre nós, do vírus romântico ..." ( Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, vol I, p. 635),

Relativo ao monograma F. E. que o autor adoptou na edição original, na segunda edição (1848) lê-se na introdução " ... monograma com que o autor puerilmente se encobriu por medo das criticas, e do que era um pouco mais sério, a censura armada do paternal governo absoluto, que, se já não tinha a inquisição, tinha ainda as suas academias e literatos a bradar que o Limoeiro e Cais do Tojo eram a verdadeira lei de repressão dos abusos da Imprensa ...".

Preço:245,00€

Referência:15344
Autor:ANDRADE, Eugénio de
Título:OS AMANTES SEM DINHEIRO
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950. In-8.º de 66-(1) págs. Brochado. Miolo ligeiramente amarelecido dada a qualidade do papel sob acção do tempo. Capas muito bem conservadas e muito limpas.

Primeira edição, incluída na colecção prestigiada Cancioneiro Geral.

Observações:

Segundo Beatriz Almeida Quintas, neste livro Amantes sem Dinheiro "... a poesia de Eugénio de Andrade destaca algumas características: o facto de estar erreizado tradição lírica portuguesa; está presente a simbologia do corpo, da natureza, dos animais e da água. Os poemas são na maioria breves, ora eufórios, ora melancólicos e sempre avessos à morte mas todos com uma linguagem simples ..."

 

Preço:80,00€

Referência:15148
Autor:ANDRADE, Eugénio de
Título:PALAVRAS INTERDITAS. Poemas
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1951. In-8º de 52-(1) págs. Brochado. Exemplar com as capas de brochura com ligeiríssimos picos de humidade. Cadernos por abrir.

PRIMEIRA EDIÇÃO inserida na colecção Cancioneiro Geral.

Observações:

"Sob regime violento e autoritário, neste livro de poesia de Eugénio de Andrade, escreve-se pela negativa e pela ausência, referindo-se a tudo aquilo que não pode ser dito em um Portugal debaixo de forte censura e repressão. Aponta para um cenário devastado, fragmentado, despido de humanidade. Sem levantar bandeiras políticas, demonstra a necessidade de ação por meio da expressão do amor, tornado cada vez mais improvável no contexto totalitário em que os afetos são controlados e as relações sociais rigorosamente dirigidas". (Joana Araújo, in Revista Desassossego, 2013)

Livro responsável pela polémica entre o autor e Cesariny, em que este acusou Eugénio de Andrade de plágio (segundo Maria de Fátima Marinho in O Surrealismo em Portugal, 1987, p. 88).
 

Preço:65,00€

Referência:15048
Autor:ANDRADE, Eugénio de
Título:CORPO DE AMOR
Descrição:

Colares Editora, Sintra, s.d. (1992?). In-8º de de 32 págs. inums. Brochado. llustração de José Rodrigues.

Observações:
Preço:10,00€

Referência:15314
Autor:ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner
Título:DIA DO MAR
Descrição:

Edições Ática, Lisboa , 1947. In-8º de 93-(2) págs. Brochado. Capas com ocasionais picos de humidade, tipo foxing, extensível ao ante-rosto. Miolo muito limpo e impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO do segundo livro da autora, justamente apreciado e procurado pelos bibliófilos

Observações:
Preço:75,00€

Referência:15308
Autor:ASSUMPÇÃO, TH. Lino D'
Título:AS MONJAS DE SEMIDE (Reconstituição do viver monástico).
Descrição:

França Amado Editor, Coimbra, 1900. In. 8º de 261-(4) págs. Encadernação moderna em percalina azul com dizeres dourados na lombada. Preserva as capas de brochura e encontra-se inteiramente por aparar. Ostenta carimbos a óleo de pertença e um ex-libris colado no frontispício " Dos livros de Joaquim de Carvalho".

Observações:

Do índice, lemos os seguintes títulos dos capítulos:
I. O fisco e as epochas tradicionaes II. Capitulos de historia e paginas de lenda Psychologia da monja observante 111. Noviciado e profissao... IV. Phases da vida religiosa, moral e economica V. Do tempo dos franceses ás epidemias de 1858 e 1859. — Privilegios • VI. A Mystica Cidade de Deus. VII. O theatro no claustro. VIII. A morte d'um justo. IX. O Senhor da Serra X. As victimas expiatorias

Preço:30,00€

Referência:13946
Autor:autoria indefinida
Título:COIMBRA E ANTÓNIO NOBRE - HOMENAGEM AO POETA
Descrição:

Edição da Biblioteca Municipal, Coimbra, 1940. In 8º de XVIII-93-(2) págs. Br. Ilustrado em extra-texto. Capa de brochura com alguns picos de acidez.

Observações:

Livro de homenagem ao poeta António Nobre que encerra colaborações de Eugénio  de  Castro,  Afonso  Lopes  Vieira, Osório  de  Castro,  António  Corrêa d’Oliveira, Pedro Homem de Melo, Júlio Brandão, entre outros.

Preço:15,00€

Referência:14994
Autor:Basto, A. de Magalhães
Título:HOMENS E CASOS DUMA GERAÇÃO NOTÁVEL.
Descrição:

Livraria Progredior, Porto, (1936). In-8º de 238-(6) págs. Brochado. Ilustrado à parte com retratos das persoanlidades envolvidas e abordadas nos distintos capítulos. Bom exemplar, capas ligeiramente manchadas pela acção do tempo.

Observações:

Apresenta como sub-título:

D. António Alves Martins, Augusto Soromenho, Antero do Quental, Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz, Vieira de Castro, Alexandre da Conceição, Júlio Denis, Teófilo Braga, Germano Vieira de Meireles, Jaime Batalha Reis, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, D. Pedro V, etc.

Preço:20,00€

Referência:13335
Autor:BEAU, Albin Eduard
Título:ESTUDOSVol I e II
Descrição:

Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1959-1964. Dois volumes de in-8º de 438 e 544 págs. Br. Capas de brochuras com alguns picos de acidez e envelhecidas. Alguns cadernos por abrir. Integrado na colecção Acta Universitatis Conimbrigensis.

Observações:

Estudos muitos exaustivos sobre a cultura e autores portugueses , de destacar os ensaios sobre
Fernão Lopes, Gil Vicente, Humanismo, Padre António Vieira, Alexandre Herculano, Fernando Pessoa, entre outros.

Preço:45,00€

Referência:15277
Autor:BESSA-LUÍS, Agustina
Título:MUNDO FECHADO.
Descrição:

Mensagem. Coimbra. 1948. In-8.° de 173-(3) págs. Encadernação moderna, meia francesa em pele mosqueada com dourados em casas fechadas e rótulos de pele castanha escura gravados a ouro com dizeres na lombada. Exemplar muito limpo sem qualquer defeito apontar à vista desarmada. Capa da brochura ilustrada por A. Luis. Conserva capas de brochura e ostenta uma belíssima dedicatória autógrafa (na imagem, o nome do destinatário rasurado é apenas digital, por nós realizado) e que diz: 

"Um primeiro livro é como uma primeira viagem: propõe-nos repetir os nossos caminhos. Para o  ... Agustina Bessa-Luis, Porto, 1995".

Primeira Edição da estreia literária de Agustina Bessa Luís, hoje já de raro aparecimento no mercado. PEÇA DE COLECÇÃO.

 

Observações:

O primeiro livro de Agustina Bessa-Luís, Mundo Fechado, datado de 1948 encetou uma enorme obra literária em que publicou ficção, ensaios, teatro, crónicas, memórias, biografias e livros para crianças.
 Na edição de Mundo Fechado da Guimarães Editores, 2005, lemos as seguintes palavras da autora: "O mais novo de todos os meus livros é o Mundo Fechado. É limpo de intenções, como as crianças. E doce de encontros, como os que as crianças têm com uma ave que caiu do ninho. (...) ".

Preço:625,00€

Referência:14574
Autor:BOTTO, António
Título:BAIONETAS DA MORTE
Descrição:

Oficinas Gráficas do Empresa do Anuario Comercial. 1936. In-4º de 64 págs. inumeradas. Brochado. Capas de brochura muito limpa, ao contráriod do ante-rosto com  picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Livro de poemas dedicado aos Combatentes Portugueses que é considerado um dos melhores livros do autor. " Organizem os povos, estabeleçam a concórdia, acabem com a miséria e veremos, depois, se a vida não é um cântico divino, enternecedor e eterno ao amor, à natureza e a Deus "

 

Preço:85,00€

Referência:12210
Autor:BOTTO, António
Título:AINDA NÃO SE ESCREVEU
Descrição:

Edições Ática, Lisboa, 1959. In - 8º de XI-198-(6) págs. Br.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra póstuma cujo original o autor enviou para as Edições Ática.

Preço:40,00€

Referência:12207
Autor:BOTTO, António
Título:ELE QUE DIGA SE EU MINTO
Descrição:

Edições Romero. Lisboa,s/d. In-8º de In-8º de 414 págs. Br. Capa com pequenas e insignificantes falhas marginais.
 

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

da Introdução:

“Todo êste livro é uma infinita camaradagem de vários factos sucedidos. A chamada literatura não tem nêle intervenção. Talvez lhe faça falta a mentira de que alguns verdadeiros escritores abusam... Agrada-me ser oposto a essas virtudes de confecção, e sou assim, por natureza. Aqui há só o relato da verdade pura e simples. Podia chamar-lhe memórias ou mais pròpriamente ainda: um romance original, se às personagens pusesse o nome que as acompanha na vida.”

Preço:40,00€

Referência:13679
Autor:BRAGA, Theophilo
Título:CURSO DE HISTORIA DA LITTERATURA PORTUGUEZA, adaptado ás aulas de instruccão secundaria por...
Descrição:

Nova Livraria Internacional, Lisboa, 1885. In-4º de 411 págs. Encadernação meia inglesa em sintético com dizeres a ouro na lombada. Sem capas de brochura. Miolo com alguns picos de acidez.

 

Observações:

Obra de intuito pedagógico, onde Teófilo Braga procurou adaptar as suas teorias acerca da História da Literatura Portuguesa às "aulas de instrução secundária", remodelando, desta maneira, o Manual da História da Literatura Portuguesa publicado 10 anos antes.


Advertência

Quando em 1875 publicámos a tentativa de um Manual da Historia da Litteratura portugueza, obedecemos ao seguinte ponto de vista : " A reforma do ensino da litteratura deve partir da conclusão a que chegou a sciencia moderna — que o estudo das creações intellectuaes não se pôde fazer em abstracto. É necessário nunca abandonar a communicação directa com os movimentos, explicando-os e apreciando-os pelas suas relações históricas com o meio e circumstancias em que foram produzidos. O estudo da litteratura feito nas vagas generalidades, conduz a essas receitas de tropos, que tiram a seriedade ás mais altas concepções do espirito humano. Na instrucção de um paiz deve entrar com toda a sua importância um elemento nacional; no ensino fundado nas ocas abstracções nunca esse sentimento se desperta. Pelo desenvolvimento histórico, mostrando como se chegou á unidade systematica de qualquer sciencia, é que se pode imprimir uma direcção justa e um vivo interesse nos espíritos que desabrocham.

A nossa tentativa falhou. Apesar de vir recommendado pela approvação da Junta consultiva de Instrucção Publica o Manual da Historia da Litteratura portugueza, a maioria dos professores recusou-se a acceita-lo para texto das suas lições ; porque, como nos escreveu o editor : " acharam-o sempre grande, e que por este motivo deixavam de o adoptar."

Isto explica-se ; a instriicção publica em Portugal faz-se á custa do emprego exclusivo da memoria segundo a "tradição pedagógica dos jesuítas, e por isso o professor quer um texto dogmático, paragraphado, em forma de definições e de enumerações cathegoricas, de modo que em interrogações peremptórias avalie do estudo do alu- mno. Combatendo este vicio, elaborámos um texto para o professor em primeiro logar, e depois para ser lido e extrahir-se d'elle a doutrina, segundo o critério de quem ensina, acostumando aquelle que aprende a applicar o processo analylico. Diz admiravelmente Augusto Comte:
"Os tratados didácticos devem unicamente dirigir-se aos mestres, através dos quaes «deve sempre passar a instrucção destinada aos discípulos. Até então, as leituras theoricas não convêm senão áquelles cuja educação está terminada, resultando o desenvolvimento scientifico de uma elaboração pessoal subordinada espontaneamente ás lições oraes... y> {Synthèse subjective, p. viii.)

O automatismo da memoria prevaleceu, e sobre o nosso Manual formaram-se alguns apanhados ; ser-nos-hia fácil explorar esta errada tendência compondo una resumo para se decorar, mas a nossa disciplina de espirito está em nós de accordo com o senso moral. O que não fizeram os professores praticámol-o nós, estudando o nosso livro emquanto aos seus defeitos de methodo e
deficiências de investigação. Podemos repetir as bellas palavras de Montaigne : « Je n'ay pas plus faict mon livre,
que mon livre m'a faict. » (Essais, II, 18.)

Compensa-nos o prazer de havermos progredido, e comnosco este novo livro em que reincidimos no mesmo intuito pedagógico.

Preço:17,00€

Referência:15335
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:O JUDEU. (Vol I e II) Romance Histórico.
Descrição:

Em casa de Viuva Moré - Editora, Porto, 1886. [Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira]. 2 vols. In-8.° gr. de 262 e 278 págs. respectivamente. Brochados. Capas com picos de acidez, assim como disseminados ao longo do texto.

 

Primeira e rara edição de um dos mais estimados romances de Camilo. Exemplar pertenceu ao distinto bibliófilo LAureano Barros, cujas anotações manuscritas a lápis encontramos na folha de guarda do primeiro volume, e está descrito no grandioso seu catálogo sob o nº 1179.

 

Observações:

Livro dedicado «À memória de António José da Silva escritor português assassinado nas fogueiras do Santo Ofício, em Lisboa, aos 19 de Outubro de 1739».

 

No Dicionário de Camilo CAstelo Branco, lemos o seguinte na página 342/3:
 

"... O enredo, repartido em 2 volumes, constitui 2 quadros distintos da realidade social da época em que a acção se desenrola (séculos XVII e XVIII), não só nacional — entenda-se -, mas universal, na medida em que as vicissitudes das personagens ocorrem em Portugal, Holanda, Itália, Brasil e Inglaterra, onde quer que os desgraçados «judeus» buscavam refúgio da sanha persecutória do Santo Ofício. Primeiro quadro: os amores do fidalgo Jorge de Barros e a judia Sara de Carvalho, chamada cristamente Maria Luísa de Jesus, de envolta com a cobiça do achamento do cofre (a fortuna) do contador-mor dos contos do reino (por isso o romance teve primitivamente o título de O Anel do Contador-Mor). Segundo quadro: o drama do comediógrafo An-tónio José da Silva, conhecido por «Judeu». A linha abrangente dos dois quadros é a presença terrífica de indivíduos que, a coberto de falsos altruísmos cristianizadores, perseguiram outros seres humanos com vingativa crueldade. O que sobressai no romance é a corajosa denúncia do autor da repressão que, por suspeitos motivos religiosos, se procurava a recuperação e salvamento das almas pela purificação do fogo. Uma barbaridade histórica que só tem paralelo, nos tempos modernos, com a monstruosidade dos campos de concentração nazi ...".

Preço:435,00€

Referência:15326
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:MARIA MOYSÉS
Descrição:

Livraria Editora de Mattos Moreira, Lisboa, 1876. In-8.º de 2 vols com 74 e 74-(2) págs. Encadernação não-coeva, meia francesa com cantos, em carneira mosqueada, dourados nas pastas e na lombada, sobre rótulo de pele mais escura. Conserva ambas as capas de brochura. Aparado unicamente à cabeça, carminada. Rótulos de núemro de ordem de biblioetca privada, nas pastas posteriores. Cantos do primeiro volume, ligeirmaene amassados. Ex-libris a óleo, nas folhas de guarda, de Prof. Dr. José Bayolo Pacheco de Amorim.

PRIMEIRA EDIÇÃO e exemplar muito atractivo- PEÇA DE COLECÇÃO desta obra inserida em Novellas do Minho (fasc. 7 e 8), edição única em vida do autor.

Descrição de uma camiliana (2003), 137; HENRIQUE MARQUES, 175; MANUEL DOS SANTOS, 22; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 108; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 411; CONDE DE FOLGOSA, 1308; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 1168; ALMEIDA MARQUES, 517, LAUREANO BARROS, 1199.

Observações:
Preço:145,00€

Referência:15322
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:O CALECHE
Descrição:

In-8.° de 15-(1) págs. Encadernação meia inglesa em pele cor de mel, com dizeres dourados na lombada. Nítida impressão em papel de linho de cor branca. Ocasionais manchinhas de humidade exclusivas às duas primeiras páginas. Ligeiro furinho de traça no canto inferior esquerdo, junto à charneira, sem afectar a mancha tipográfica. Todos os caracteres impressos na última página, são de tipo e tamanho superior dos das páginas precedentes.

PRIMEIRA E RARÍSSIMA EDIÇÃO dos dois curiosos escritos reunidos em opúsculo. Henrique Marques na sua Bibliographia Camilliana, declara conhecer apenas 2 exemplares desta primeira edição, conhecendo-se na actualidade em mãos de particulares cerca de 10 exemplares (Descrição Bibliográfica Camiliana, 2003). Existe alguma confusão na identificação das edições de O Caleche de 1849, e a de 1889, não havendo diferenças das indicações de local de e data de impressão. No entanto, distinguimo-las todas por comparação com outras que na ocasião tivemos acesso e publicadas as características em 2003 em Descrição Bibliográfica Camiliana . Deste modo, o exemplar que aqui se apresenta, a raríssima e a primeira, apresenta-se conforme pelas seguintes características:

i) - página 3 inicia-se com “Determinou isso a providencia para de uma vez …” versus “cahir no dominio publico, …” da segunda  edição;
ii) - página 8 “ São funestos capítulos …”  versus “ perdeu o governo do reino …” da segunda edição;
iii) - página 15 “facto na tua admnistração…” versus “Tudo por ti! …” da segunda edição;
iv) - na página 13, lê-se SCENA 4ª e não como na segunda edição;
v) - todo o texto do presente exemplar apresenta o mesmo corpo (ou tamanho) e tipo de caracteres dos da primeira página enquanto que no fac-simile  se distinguem nítidamente dois tipos de caracteres diferentes quando comparada a primeira com a segunda página e, por sua vez, esta com as seguintes.

HENRIQUE MARQUES, 9; MANUEL DOS SANTOS,177, 463, 464, 465, 525, 631; JOSÉ DOS SANTOS, 105, ALMEIDA MARQUES, 359; CARVALHO, 36.

Observações:

O título completo:
O CALECHE // Ou o requerimento que o jornal a NAÇÃO, publicou // pedindo a S. M. a senhora D. Maria II. demita dos // seus conselhos, e de ministro do reino, ao conde de // Thomar, por crime de peita: ou de dar uma com- // menda por um caleche no anno de 1849, seguido do // FOLHETIM // Escripto pelo snr. Camillo Castello Branco, publicado // no NACIONAL de 19 de Dezembro.

O Caleche já havia sido publicado no jornal lisboeta A Nação de 28 de Novembro de 1849 e o Fragmento de um drama do Futuro intitulado o Ultimo Anno de um Vallido, saíra primitivamente no periódico portuense Nacional, a 19 de Dezembro do mesmo ano. Apesar de O Caleche não ser da autoria de Camilo, e segundo Henrique Marques, a sua participação neste opúsculo deve-se ao facto de ser o texto de ataque e propaganda política contra Costa Cabral. A propósito disto, no Dicionário de Camilo Castelo Branco por Alexadnre Cabral, (Caminho, 1988), lemos o seguinte: " ... Henrique Marques, na mesma obra, afirma que o folheto fora editado por José Joaquim Gonçalves Basto* , o proprietário de O Nacional, e explica a razão de aparecer o texto camiliano em estranho conúbio com uma prosa alheia: tratar-se «de propaganda política contra Costa Cabral e ser o opúsculo um ataque em forma a este odiado estadista». Não vamos entrar em minudências sobre as proclamadas intimidades da rainha com o seu ministro. A verdade é que António Bernardo da Costa Cabral, conde (e depois marquês) de Tomar, regressara triunfante do desterro, em consequência das eleições de 1848. A imprensa en-carniçava-se contra o detestado político, que acusava de «ladrão», sem subterfúgios. ...".

 

 

Preço:1875,00€

Referência:15309
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:PERFIL DE MARQUEZ DE POMBAL
Descrição:

Editores-Proprietários Clavel & Cª, Porto, 1882. In-8º de XVI-316-(2) págs. Encadernação coeva (sem capas de brochura) meia francesa em chagrin verde com cantos, bela e finamente dourado na lombada e pastas com filetes duplos. Aparado apenas à cabeça. Ilustrado à parte com três estampas (duas delas desdobráveis, representando a Marqueza de Távora, o palácio dos Condes de Aveiro e a queima dos corpos incriminados na tentativa de regicídio contra D. José I).

PRIMEIRA EDIÇÃO, apreciada e já rara no mercado.

Observações:

Ante-rosto com PERFIL // DO // MARQUEZ DE POMBAL e verso em branco; frontispício com os dizeres supra e verso com os direitos editoriais e registo tipográfico Typographia Occidental // Rua da Fabrica, 66 – Porto; página 5, inumerada com dedicatória a ANTONIO RODRIGUES SAMPAIO e verso em branco; PROEMIO até à página XVI iniciando-se o texto propriamente dito na página 1 até à 316; segue-se a ADVERTENCIA com verso em branco e o INDICE com verso em branco.

Logo abrir o texto, no Proemio, Camilo diz-nos:
"Este livro não pode agradar a ninguém. Nem aos absolutistas, nem aos republicanos, nem aos temperados. Chamo «temperados» aos que se atemperam às circunstâncias do tempo e do meio. São os piores, porque são mistos – têm três doses da bílis azeda dos três partidos.  São a mentira convencional – a máscara. Déspotas para zelarem a liberdade, livres para glorificarem o despotismo.  Escreveu-se esta obra de convicção, e sem partido, com uma grande serenidade e pachorra. Não se ama nem desama alguma das facções e fracções militantes. Sou um mero contemplador da fundição do metal de que há-de sair a estátua da liberdade portuguesa; mas, em meio século, será difícil empresa desagregar o bronze, estreme do chumbo e da escumalha de ferro. ..."

Camilo apresenta-se aqui numa faceta menos divulgada, a de biógrafo e historiador, numa obra que pretendia isenta e que, além do valor literário, propicia uma enriquecedora reflexão sobre um governante que despertou paixões e ódios, num período marcante da história de Portugal. Publicado originalmente por ocasião das comemorações do Centenário de Pombal, em 1882, o livro acaba por ser um libelo contra aquele governante e a má gestão da dinastia de Bragança.

A matéria dos capítulos, consta da seguinte forma: «Oraculos do Marquez de Pombal», O Marquez de Pombal e o terramoto», «O Marquez de Pombal e o vinho», «Pombal e Garção», «Pombal e os garfos», «O Marquez de Pombal e a Inquisição», O Marquez de Pombal ridiculo», «O Marquez de Pombal réo confesso».

 

HENRIQUE MARQUES, 199; MANUEL DOS SANTOS, 117; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 114; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 433; CONDE DE
FOLGOSA, 1322; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 1198; ALMEIDA MARQUES, 529.

Preço:165,00€

Referência:15178
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:A ESPADA DE ALEXANDRE. // - // CORTE PROFUNDO NA QUESTÃO DO HOMEM- MULHER // E MULHER HOMEM // POR // UM SOCIO PRENDADO DE VARIAS PHILARMONICAS
Descrição:

Typographia da Casa Real, Porto, 1872. In-8.° gr. de 50 págs. Encadernação moderna meia inglesa com cantos, em pele verde, gravada com dizeres dourados na lombada. Compreende ante-rosto com os dizeres A ESPADA DE ALEXANDRE e verso em branco; frontispício textualmente descrito supra e verso em branco; página 5ª até à página 50 o texto propriamente. Todo o texto e os dizeres da capa de brochura enconytram-se emoldurados por um filete simples.

PRIMEIRA EDIÇÃO, INVULGAR deste excelente exemplar com as CAPAS DE BROCHURA CONSERVADAS. O presente exemplar pertenceu ao célebre camilianista António Almeida Marques, cujo ex-libris se encontra no verso da pasta anterior e descrito no respectivo catálogo sob o nº 432.

 

 

Observações:

Justamente e muito estimado "opúsculo" de Camilo, publicado sob pseudónimo, desta obra que constituiu a intervenção do autor à célebre questão sobre o adultério feminino levantada em França por Alexandre Dumas Filho
e intitulada Homme-Femme. Ela foi posteriormente englobada na Bohemia de Espirito.

Acompanhar o exemplar, encontra-se um mansucrito, provavelmente de Almeida MArques (?), onde se lê a curiosa nota:
"Por carta de Camilo a Chardron e publicada por Cardoso Martha, a pág 73 do 2º vol se vê que era suposto para o título deste folheto, agora em publicação em volume: A grnde questão do Marido-Esposa, da Esposa-Marido, do Mata-Aquele, do Mata-Aquela, do Mata-os-Dois - por um sócio prendado de várias filármonicas. Na Boemia do Espírito foi reproduzido o folheto com o título A Espada de Alexandre."


HENRIQUE MARQUES, 155; MANUEL DOS SANTOS, 11; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 56; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 235; CONDE DA FOLGOSA, 1214; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 995; ALMEIDA MARQUES, 43

Preço:150,00€

Referência:3427
Autor:BRANCO, Camilo Castelo
Título:A BRASILEIRA DE PRAZINS (Cenas do Minho)
Descrição:

Lello & Irmão Editores, Porto, 1975. In. 8.º de 234(1) págs. Encadernação inteira em sintéctico, com dizeres dourados nas pastas e lombada.

Observações:

Preâmbulo de Benjamim Salgado e ilustrações de Rui Palma Carlos.

Preço:25,00€

Referência:14786
Autor:BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
Título:ÂMAGO I - Nova Arte
Descrição:

Limiar, Porto, 1985. In-8º de 72-(7) págs. Brochado. Inserido na colecção Os Olhos e a Memória.

Observações:

Na badana:
"...só o nome de Fiama começa logo por ser uma garantia de (alta) qualidade. Sem a preocupação de evitarmos o lugar comum, mas ainda assim solução de recurso para a pressa com que se escrevem os jornais: Fiama - diremos - é um das fortes referências na (vasta e complexa) constelação da poesia portuguesa de hoje, e as proporções da sua obra (a complexificar-se de referências e de sugestões progressivamente, e a enriquecer-se também, precisamente por isso) já excederam há muito (desde «(este) Rosto» em 70, poderemos talvez dizer) os limites que antes a tornavam significativa ou representativa, somente. Fiama é hoje muito mais do que um nome da «Poesia 61», dos anos 60, de uma geração, de uma tendência, de uma linha de produção que a partir da «Poesia 61» se foi alargando e tornando cada vez mais fecundas as suas experiências. A obra de Fiama é hoje um lugar de vanguarda (de grande avanço, de avançadas conquistas) no domínio da linguagem poética, no âmbito da poesia portuguesa dos anos correntes..."

Preço:15,00€

Referência:14785
Autor:BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
Título:NOVAS VISÕES DO PASSADO
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1975. In-8º de 69-(2) págs. Brochado. Inserido na colecção Cadernos Peninsulares, série de literatura.

Primeira edição.

Observações:

Neste livro, que segundo Carlos Filipe Moisés, "...empreendem, em última instância, uma lúcidda embora sibilina interrogação no encalço das origens culturais, sociais e humanas, no encalço das bases ideológicas que sirvam de fundamento e confiram significação e autenticidade ao momento historicamente decisivo que o país vive, no presente. Tais bases (parece ser esta a visão,a «nova visão» de Fiama) somente no passado podem ser encontradas, se o forem, se lá estiverem, à espera de que a consciência de hoje, angustiadamente forçada a superar-se a si própria, as surpreenda. [...] Neste sentido, o livro tem dois antecessores ilustríssimos: a epopeia camoniana e a Mensagem, de Fernando Pessoa. [...] Os seus poemas estão entre as composições mais densas e vigorosas de toda a poesia portuguesa dos anos recentes..."

Preço:17,00€

Referência:15001
Autor:BRANDÃO, Raúl
Título:HISTÓRIA D’UM PALHAÇO. (A Vida e o Diário de K. Mauricio).
Descrição:

Livraria de António Maria Pereira, Lisboa, 1896. In 8º de (4)-171-(2) págs. Encadernação coeva e cartonada, aproveitando as capas de brochura originais. Exemplar muito aparado, sem no entanto nunca afectar a mancha tipográfica. Rúbrica de posse no ante-rosto e frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO da segunda obra do autor, uma das mais raras no m

Observações:

" ... K. Maurício é uma personagem criada por Raul Brandão que surge esporadicamente na Revista d’Hoje, no Correio da Manhã e no Micróbio, de Celso Hermínio, entre “Dezembro de 1894 e Maio de 1895” (Viçoso, 1999: 157), sendo-lhe atribuída a autoria de um diário fragmentário, com o título “Diário de K. Maurício”. Em 1896, surge a obra História dum Palhaço (A Vida e o Diário de K. Maurício), sendo posteriormente reeditada, em 1926, com o título A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore. O texto e a personagem são sintomáticos da época em que são escritos, na medida em que nos deparamos com três níveis narrativos quase sobrepostos, por um lado, e, por outro, com uma sucessão de alteridades que na sua pluralidade não deixam de ser K. Maurício ..." (Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa)

Preço:65,00€

Referência:15312
Autor:BRANDÃO, Raul & PASCOAES, Teixeira de
Título:JESUS CRISTO EM LISBOA. Tragicomedia em sete quadros.
Descrição:

Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. s. d. (1926). In-8º de 120 págs. Brochado. Rúbrica de posse coeva no frontspício.

Observações:

"Vinte séculos escoaram, e Jesus reencontra os mesmos males que não curou. Nada mais lhe resta do que fazer-se crucificar de novo. O Deus feito homem passa da cabana do cavador miserável ao gabinete do Comissário de Polícia, onde ele encontra o anarquista e o ladrão. Ouvimos a mulher honesta invejar cruelmente o insolente luxo da prostituta; assistimos à reunião do Conselho de Ministros, onde perpassa o pavor dos estragos que pode causar, no mundo moderno, a pregação de uma doutrina de humildade e de pobreza; na Catedral, encontramos o Diabo e Jesus face a face; o próprio poeta duvida que um Deus verdadeiro possa aparecer na Lisboa do nosso tempo; todavia, este Deus está de facto ali, sob a forma humana, e os poderosos do dia decidiram que deveria morrer pela segunda vez..." [Philéas Lebesgue, Lettres Portugaises (excerto), in Mercure de France, n.º73, tomo CCVIII, Paris, 1.12.1928.]

Preço:65,00€

Referência:14093
Autor:BRANDÃO, Raul; BRANDÃO, Maria Angelina
Título:PORTUGAL PEQUENINO
Descrição:

Tipografia Seara Nova, Lisboa, 1930. In-8º de 258-(6) págs. Br. Ilustrado ao longo do texto com ilustrações de Carlos Carneiro e em extra-texto duas pinturas de Alberto de Sousa representando as cidades do Porto e de Lisboa. Capa de Alberto Sousa. Capa com algumas insignificantes manchas marginais.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro de Raul Brandão pelo mundo infanto-juvenil cuja escrita revela um gosto pelo pitoresco local ou de costumes e até de brincadeiras infantis “de outros tempos”, que não esconde, em certa medida, o "espanto sempre extasiado de ver e sentir" que referem José António Saraiva e Óscar Lopes ao falarem sobre a obra do autor.

Preço:45,00€

Referência:13883
Autor:BRITO, Casimiro de
Título:PRÁTICA DA ESCRITA EM TEMPO DE REVOLUÇÃO
Descrição:

Editorial Caminho, Lisboa, 1977. In-8º de 172-(4) págs. Br. Capas de brochura ligeiramente amarelecidas.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de ensaios onde o autor aborda temas como: O Ano de 1993, de José Saramago; Os Grão-Capitães, de Jorge de Sena; Uma leitura de Soeiro Pereira Gomes; Revolução Necessária de José Gomes Ferreira; O 25 de Abril e o Problema da Independência Nacional de António Borges Coelho; Boca incompleta de António Ramos Rosa; Sobre a poesia de José Gomes Ferreira; A literatura é uma Arma?, entre muitos outros.

 

Preço:10,00€

Referência:12293
Autor:BRITO, Casimiro de
Título:MESA DO AMOR. Segunda edição. emendada e seguida de ALGARVE LUGAR ONDE.
Descrição:

Centelha, Coimbra, 1977. In-8º de 84-(4) págs. Br. Incluída na colecção Poesia do Nosso Tempo.

Observações:

FUGA

Alto estou a teu lado
no verão deitado

Alto no esplendor de possuir-te
e trocarmos silenciosamente
os frutos mais fundos da morte

Como se navegasse um rio
por dentro
e na tua fragilidade encontrasse
a minha força

Um caminho rigoroso de silêncio

Preço:15,00€

Referência:13229
Autor:BURNAY, Eduardo
Título:RAMALHO ORTIGÃO carta a Luiz de Magalhães
Descrição:

Typographia “A Editora Lda”, Lisboa, 1916. In-8º de 60-(2) págs. Br. Ilustrada em extra-texto com um retrato de Ramalho Ortigão e fac-similes. Com alguns picos de acidez. Valorizado pela dedicatória autógrafa.

Observações:

Publicação das cartas que Eduardo Burnay escreveu a Luís de Magalhães a propósito de Ramalho Ortigão e que forampublicadas originalmente no jornal O Dia. Obra com valor historico e documental, que pode considerar-se de interesse geral para a "historia biographica das  lettras portuguezas”.

Preço:17,00€

Referência:12473
Autor:CARDOSO, Joaquim
Título:FERREIRA DE CASTRO DESMASCARADO -A verdade àcêrca do romance
Descrição:

Livraria Renascença - J. Cardoso, Lisboa, 1953. In-8.º de 40 págs. Br. Rubrica de posse, no ante-rosto.

 

RARO.

Observações:

Curioso opúsculo em que Joaquim Cardoso denuncia a alegada desonestidade por parte de Ferreira de Castro na escrita do romance "Emigrantes", alegando que os documentos que estiveram na base do argumento ficcional do livro serem da sua autoria, e também de ter perdido os direitos de publicação em favor da Livraria Guimarães.

Preço:18,00€

Referência:13879
Autor:CARVALHO, Armando Silva
Título:O USO E O ABUSO
Descrição:

Edições Afrodite, Lisboa, 1976. In-8º de 147-(5) págs. Br. Capa de Henrique Manuel. Inserido na colecção Autores II.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Da Contracapa:

"Encenou-se a escrita a pensar no que acontece, ainda hoje, com a revista à portuguesa. Nomes, estilhaços de falas e figuras surgem e desaparecem com a finalidade, quase exclusiva, de se evitar a produção do chamado objecto intelectual, obrigado a clássico mote.O equívoco é o jogo. As grandes cenas da vida real - esboços da "apoteose" revisteira, cúmplice do discontínuo quer no prazer, quer na acção. Com pequenos intervalos para tremoços.Utilizou-se mesmo assim, a memória antiga, certo, "fervedoiro" palavroso, lá, onde o gozo sofrido se pode abrir na direcção de todos os lados possíveis da fala. Daquilo que a precede e provoca. E ela provoca."

Preço:15,00€

Referência:14607
Autor:CARVALHO, Maria Amália Vaz de
Título:CARTAS A LUIZA (Moral, Educação e Costumes)
Descrição:

Barros & Filha, Editores, Porto, 1886. In-8º de 286-(1) págs. Encadernação moderna em percalina castanha. Conserva capas de brochura, estas com restauros e manchas (ver imagem) e está por aparar.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO desta notável obra em que a autora considera essencialmente o papel da Mulher na sociedade e na família, focando que seria essencial apostar na educação da Mulher, caso contrário esta seria incapaz de desempenhar em boas condições a sua função. Nota-se nestas cartas a influência francesa típica da época, sem esconder alguma ironia ou mesmo uma leve crítica.

"... Maria Amália Vaz de Carvalho (Lisboa, 1847 - Lisboa, 1921), casada com o poeta Gonçalves Crespo, foi a primeira mulher a ingressar na Academia de Ciências de Lisboa. Sob o pseudónimo de Maria de Sucena, assinou numerosas crónicas jornalísticas. Poetisa consagrada e apelidada de 'Stael portuguesa', devido às semelhanças com a literatura francesa do século XVIII, a sua casa tornou-se o primeiro salão literário de Lisboa, tendo sido frequentada por grandes figuras das letras. Além de poesias, publicou contos, romances, ensaios e memórias..."

Preço:33,00€

Referência:13721
Autor:CARVALHO, Miguel de.
Título:LA GÉNÉRATION DE 70 ÉPOQUE - CHEFS DE FILE - RELATIONS AVE LA FRANCE
Descrição:

Fondation Calouste Gulbenkian Centre Culturel Portugais, Paris, 1971. In. 8.º de 154 págs. Br. Ilustrada em extra-texto com os retratos de alguns dos escritores tratados na obra.

Observações:

Catálogo da exposição sobre a geração de 70 realizada em Paris de 18 de Janeiro a 20 de Março de 1971 . Prefácio do Prof. Joaquim Veríssimo Serrão.

Preço:15,00€

Referência:14339
Autor:CARVALHO, Raul
Título:POESIA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, S/d (1955). In-8º de 259-(5)págs. Br. Capa com algumas falhas marginais e mancha de humidade marginal nas primeiras folhas.

Primeira edição.

Observações:

Segundo livro de um dos poeta mais importantes do nosso tempo, muito apreciado por Jorge de Sena, e colaborador das revistas Távola Redonda e Árvore e Cadernos de Poesia, que, na década de 50 conglomeravam de forma irregular, mas activa, poetas de várias sensibilidades.

Preço:35,00€

Referência:13246
Autor:CASTELO BRANCO, Camilo
Título:A MULHER FATAL
Descrição:

Livraria de Campos Junior - Editor, Lisboa, S/D. In-8º de 265-(3) págs. Encadernação meia inglesa em pele com dizeres a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura. Com uma assinatura de posse na capa de brochura já quase ilegível. Este exemplar pertenceu ao distinto impressor, Anteriano e bibliofilo Candido Nazareth, do qual se conserva a assinatura de posse (já quase desaparecida) na capa e um escrito  a lápis que diz "este livro pertenceu a Candido Nazareth, cuja morte inspirou Joao Deus, para escrever o poema "A vida". A assinatura está na capa, um bocado desaparecida".

Segunda edição revista e emendada pelo auctor.

Observações:

Um dos mais estimados romances de Camilo, baseado, segundo Henrique Marques, em factos autênticos, como autêntica era a sua principal protagonista. A Mulher Fatal é ao mesmo tempo um romance passional e um romance de costumes. A narrativa das sucessivas experiências  amorosas do protagonista, Carlos Pereira (brasileiro de origem), serve não só para descrever as aventuras sentimentais do herói mas também os hábitos, usos, costumes e comportamentos vigentes na sociedade de várias regiões do País.

 

Preço:60,00€

Referência:14730
Autor:CASTRO, Augusto de
Título:AS MULHERES E AS CIDADES
Descrição:

Empresa Nacional de Publicidade, Lisboa, 1958. In-4º de 150-(1) págs. Brochado com sobrecapa acrílica editorial. Nítida impressão a duas cores, negro e castanho, sobre papel de superior qualidade. Muito bem conservado com o miolo irrepreensívelmente bem apresentado.

 

Segunda edição melhorada e ilustrada com belíssimos e elegantes desenhos de Júlio Gil, de quem também são as vinhetas e desenhos de remate. Exemplar autografado pelo punho do escritor.

Observações:

Belíssimo livro de prosa. No prefácio:

"... Simplesmente, as cidades, como as mulheres, só se dão, não àquelas que as amam - ms àquelas que as sabem amar. E, como acontece no capricho eterno dos amores humanos, entre as cidades como entre as mulheres, as mais belas não são as amadas . [...]  Há cidades, como certas mulheres, que respiram um misterioso fluido de encanto e sedução. [...] São os homens que fazem a cultura duma raça – mas são as mulheres que fazem a civilização dum povo. A alma das cidades é sempre uma alma feminina. [...] ".

Preço:23,00€

Referência:15189
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:CAMAFEUS ROMANOS
Descrição:

´Lúmen, Coimbra, 1921. In-8º de 92-(3) págs. Brochado. Nítuda impressão a duas cores, negro e vermelho, sobre papel de linho. Bom exemplar.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:
Preço:15,00€

Referência:15184
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:SAUDADESDO CÉO
Descrição:

  F. França Amado — Editor, Coimbra, 1899. In-8º de 58-(2) págs. Brochado com pequenos defeitos superficiais provocador pela actividade de lepismatidae. Cadernos por abrir,

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Obra publicada numa fase simbolista de Eugénio de Castro mais tardia mas que mereceu enorme interesse por parte de escritores da América do Sul entre outros países, como nos testemunha Miguel Filipe Mochila (revista Limite, nº 15, 2021):
" ... Cabe começar por recordar que, graças à publicação de Oaristos (1890) e Horas (1891), livros habitualmente tidos como os introdutores do Simbolismo na Península Ibérica, alcançou o poeta notoriedade em diversos meios literários europeus, com destaque para Itália e França, salientando-se as traduções que dos seus poemas realizou Vittorio Pica, graças às quais, bem como ao papel desempenhado por algumas revistas e críticos franceses, a sua poesia chegou ao contexto ibero- americano, onde os seus livros foram recebidos com entusiasmo. Poetas ibero-americanos, oriundos de países como a Argentina, o Chile, a Colômbia, Cuba, o México, a Nicarágua ou o Peru, admiraram o autor português, tendo-o traduzido ou escrito sobre ele, dedicando-lhe elogiosas e por vezes mesmo aduladoras missivas, criando em seu redor um fascínio quase mitificante ...".

Preço:25,00€

Referência:15009
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:SALOMÉ e outros poemas
Descrição:

Livraria Moderna de Augusto D´Oliveira Editor, Coimbra, 1896. In-8º de (6)-88-(3) págs. Encadernação coeva em chagrin vermelho, com cantos. Nítida impressão de esmerado apuro gráfico sobre papel algodão de qualidade superior. Pastas com cercaduras douradas e lombada fina e elegantemnte decorada a ouro com elaborados ferros. Ambas a capas de brochura preservadas e com raros picos de humidade. Miolo muito limpo. Guardas em papel tintado manualmente. Ligeiro aparo generalizado. Rubrica de posse no frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Eugénio de Castro (1869-1944) foi autor responsável pela introdução do Simbolismo em Portugal. A publicação deste título coincide com o seu ponto mais alto de toda uma produção simbolsita de quem S. Mallarmé, numa carta que lhe dirigiu por estes anos fini-seculares " ... très haute Religion Artistique dont vous êtes, avec le divin Wagner et le sublime Poe, un des plus admirables Pontifes ...” [MALLARME, Stéphane - Correspondance edição Gallimard, Paris, 1973, p. 228-29]

Preço:90,00€

Referência:14990
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:A MOSCA - Bijou Litterario. 7 nº em duas séries. (10 de Setembro 1882 a 20 de Dezembro 1882)
Descrição:

Typ. S. e S., Coimbra, 1882. In-4º pequeno de cinco números (de sete) e um suplemento em duas séries. Brochado. Impressão nítida sobre papel de cor laranja, com excepçao do último númro, sobre papel creme. Capa de brochura impressa em separado para albergar todos os números. Foi redactor e fundador, Eugénio de Castro.

A revista tem a seguinte composição dos seus números:
- a primeira série, o primeiro nº tem a data 10 de Setembro de 1882, o nº 2 de 17 de Setembro de 1882, o nº 3º de 24 de Steembro de 1882, o nº 4º de 1 de Outurbo de 1882.;
- a segunda série, composta por três números, tem como nº 1 a data 3 de Dezembro de 1882, o nº 2 a data de 10 de Dezembro de 1882 e o nº 3 a data de 20 de Dezembro de 1882;
- apresenta ainda um Suplemento ao nº 4 (da primeira série) com data 2 de Outubro de 1882 e que é uma folhinha de informação de suspensão de publicação.

No exemplar que se apresenta, falta apenas o nº 1 e 3 da primeira série.

Observações:

RARÍSSIMA publicação periódica, anterior à publicação de estreia (Chrystalizações da Morte, 1884) do maior poeta simbolista português (e dos mais destacados e reconhecidos poetas europeus nesta corrente artística literária) que foi EUGÉNIO DE CASTRO (contava então 13 anos !!!), desconhecidíssima dos catálogos dos avançadas colecções de literatura portuguesa, dos bibliófilos de primeira linha (Almeida Marques, Aulio Gélio Godinho, Avila Perez, Cândido Augusto Nazareth, João Ameal, Laureano Barros, etc ...). Tão pouco inexistente na Biblioteca Nacional, ou em outra qualquer importante biblioteca pública nacional. Excepção  verifica-se na Biblioteca da Câmara Muncipal de Coimbra, que descreve na sua Jornais e Revistas de Coimbra (1931, p. 47) com a existência de apenas um exemplar, embora incompleta, da primeira série, admitindo a existência de uma segunda série, mas inexistente no seu acervo.

Teve colaboração de Alfredo Costa, Fernando Chénier, José Mourão, António Horta, Alfredo da Câmara, Raul de Soils, Eugénio de Castro entre outros.

Preço:900,00€

Referência:12197
Autor:CASTRO, Fernanda de
Título:A ILHA DA GRANDE SOLIDÃO Poema
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1962. In-8º de 69-(2) págs. Br. Apresenta um pequeno carimbo editorial de oferta. Apresenta todos os cadernos por abrir. Excelente estado de conservação.

Observações:

 

Pequena flor…
Petite fleur.
A trompette do Sidney Bechet
dilacera-me ouvidos
e sentidos.
Magoa-me a estridência
da música obcecante.
Enerva-me a violência
dos sons,
dos desejos incontidos.
Dói-me a culpa,
a inocência
de uns braços estendidos.

 

Preço:20,00€

Referência:15201
Autor:CASTRO, Ferreira de
Título:MAS ...
Descrição:

Typ. Boente & Silva. Lisboa. 1921. In-8° com (4) - 100 págs. Brochado. Capas de brochura em excelente estado de conservação, ostentando ocasionais pequenos picos de acidez e miolo em mint condition. Preserva a capa da brochura ilustrada a cores bem como as duas raríssimas ultimas folhas picotadas de forma a facilitar a sua remoção, para o caso do leitor de espírito mais púdico não querer acompanhar a incursão erótica desta parte final.

MUITO RARA PEÇA DE COLECÇÃO em primeira edição (e única) da primeira obra de Ferreira de Castro publicada em Portugal.

Observações:

José Maria Ferreira de Castro (1898 – 1974) notável escritor e opositor ao Estado Novo, lutou pela Liberdade, pela justiça social, e pela dignidade e emancipação do Homem. Em 1911, com apenas 12 anos e com a escola primária, emigrou para o Brasil, Belém do Pará, e enviado logo de seguida para os confins da selva amazónica onde trabalhou arduamente num seringal, realidade sobre a qual iria escrever mais tarde em muitos dos seus romances. Nessa época passou por imensas privações e desempenhou os mais variados e humildes trabalhos. Começou entretanto a escrever enviando os textos para jornais no Brasil e em Portugal. Publica em 1916 o seu primeiro trabalho literário, Criminoso por ambição, em fascículos vendendo-os de porta em porta, seguindo-se de duas peças de teatro Alma Lusitana e O Rapto. Por volta de 1917 torna-se jornalista e escreve para vários jornais brasileiros. Coloca-se ao lado dos individuos explorados, miseráveis e expoliados da sociedade. No ano de 1919 regressa a Portugal, e apesar de ser um jornalista bastante conhecido no Brasil, tem dificuldade em encontrar emprego. Foi nesta sequência que publicou a obra que se apresenta Mas ... , em edição de autor, e corresponde a uma coletânea de ensaios literários e sociais juntando narrativas em que é patente a procura dum estilo original, ousado e com uma pontuação bastante vincada que " ... revelam uma ânsia de inovar, de cortar com fórmulas consagradas, de fugir dos caminhos trilhados..." (Jaime Brasil, In-Memoriam Ferreira de Castro, 1976, p. 37). A sua obra mais conhecida, divulgada, editada e traduzida é A SELVA. Mas ... insere-se num período de criação literária até 1928 com O Vôo nas Trevas em que o autor não autorizou reeditações, sendo por isso de difícil acesso e bastante raras no mercado bibliófilo.

Ferreira de Castro é um dos maiores escritores portugueses de sempre, estando os seus romances traduzidos em vinte uma línguas em todo o mundo. Chegou mesmo a ser proposto para o Nobel da Literatura. Em 1951, um grupo de intelectuais democratas e anti-fascistas convidou-o para se candidatar à Presidência da República, o que declinou. Foi também membro do MUD - Movimento de Unidade Democrática, opositor do Estado Novo.

 

Preço:825,00€

Referência:13774
Autor:CASTRO, Ferreira de
Título:TERRA FRIA
Descrição:

Guimarães Editores, Lisboa, 1966. In-4º de 258-(4) págs. Br. Conserva capas de brochura. Ilustrações de Bernardo Marques e vinhetas de Infante do Carmo. Edição comemorativa dos 50 anos de vida literária de Ferreira de Castro 1916-1966. Com um posfácio especial para esta edição.

Observações:

Do "Pórtico":

A nostalgia deve ter nascido numa ilha e só numa pequena ilha se compreende, integralmente, o subtil significado da distância. Essa sufocação que dá a terra sem continuidade, como se o aro líquido que a estrangula se viesse fechar também em volta da nossa garganta, desperta constantes rebeldias e constantes impotências, acorda mil sentimentos ignorados, remexe, tortura, cava fundo na alma até o momento de esta se submeter por falta de mais energias.
Atrai-nos, porém, o confronto entre aqueles a quem as ilhas tornam inquietos até a neurastenia, aos grandes desesperos íntimos, e os que vivem apáticos, há muitos séculos, nos fundões dos continentes, que herdam a resignação, como se fora uma tara, e parecem não atentar, sequer, no limite do seu mundo terreno. [...]
É especialmente, nas gentes que vivem entre cadeias de montanhas que vamos encontrar, de novo, o homem metido em si próprio, o homem que reduziu a vida à árdua conquista do pão quotidiano e o enigma do infinito a uma simples crença, que colocou ao canto da alma como um bordão, para dele se servir nos momentos de vicissitude ou quando a morte lhe bate à porta. Tradicionalista, página viva da antropologia, a sua atitude ante o mundo de hoje dir-se-á igual à dos seus maiores perante o mundo de ontem e de todos os dias que já se perderam no cinerário do tempo. Mas não é assim. Agora e logo, neste raciocínio, naquela fala, no desenrolar das ambições e dos intentos, descobre-se a força da evolução que o vai penetrando, hoje um pouco, amanhã mais, num trabalho lento de pua furando granito.

 

Preço:25,00€

Referência:14664
Autor:CENTENO, Yvette Kace
Título:NO JARDIM DAS NOGUEIRAS
Descrição:

Livraria Bertrand, Amadora, 1982. In. 8.º de 137 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Vitor Simões. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

Este livro tem passagens propositadamente estragadas pela autora.
Yvette Centeno guia-se aqui pelo acaso (e pelo compositor tipográfico e as suas falhas) e confunde o leitor, até ao nível material da imagem da frase que se vai esfumando e desaparecendo na página, com as palavras sumidas e comidas.
 

Preço:15,00€

Referência:14265
Autor:Coelho, Eduardo
Título:O REINO FLUTUANTEexercícios sobre a razão e o discurso
Descrição:

Edições 70, lisboa, 1972. In-8º de 315-(4)págs.Br. Colecção "Signos".

Observações:

Recolha de ensaios críticos. "este livro reúne textos publicados entre 1963 e 1969(...)nas páginas do "Diário de Lisboa" e da revista "Seara Nova".(...)entre o exercício de um discurso crítico e uma forma hesitante de jornalismo literário."

Preço:14,00€

Referência:13994
Autor:COELHO, Jacinto do Prado
Título:O RIO DE JANEIRO NA LITERATURA PORTUGUESA
Descrição:

Comissão Nacional das Comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro, Lisboa, 1965. In-4º com 354-(8) págs.Br. Carimbo de biblioteca privada preenchida com tinta, no frontspício. Nítida impressão sobre papel de qualidade superior. Ilustrado em separado, a cores e a negro e branco.

 

Observações:

Colectânea de textos, em prosa ou verso, referentes à cidade do Rio de Janeiro de escritores nascidos entre o séc. XVI e 1923..

"A presente colectânea é constituída por textos de carácter literário (prosa ou verso) referentes ao Rio de Janeiro e escritos por autores portugueses (compreendendo, no que respeita o período colonial, autores nascidos tanto na metrópole como no Brasil) ou que utilizaram a nossa língua (o caso de Anchieta)."

 

Preço:27,00€

Referência:15212
Autor:COELHO, Trindade
Título:IN ILLO TEMPORE
Descrição:

Livraria Aillaud & Cª, Lisboa, 1902. In-8º de 418-(5) págs. Encadernação editorial em skivertex verde com dizeres dourados nas pastas. Conserva as muito belas capas de brochura (pequena falta de papel no canto inferio esquerdo - ver foto), ligeiramente aparado à cabeça. Impressão em papel couché, ilustrado ao longo do texto (chamamos especial atenção para os "tipos de Coimbra"). Corte superior das folhas brunido a ouro fino. Exemplar com sinais de manuseamento e rúbrica de posse coeva no frontspício.

Primeira edição desta obra que se tornou popular pelas inúmeras edições que veio a conhecer.

Observações:

Interessante livro de memórias académicas evocando o ambiente estudantil e figuras típicas, tanto da Universidade como da cidade coimbrã.

Preço:50,00€

Referência:14569
Autor:CORREIA, Hélia
Título:VILLA CELESTE novela ingénua.
Descrição:

Ulmeiro, Lisboa, 1985. In-8º de 50-(2) págs. Brochado. Primeira edição.

Observações:

Começa assim esta novela ingénua:

"Teresinha Rosa já passava dos sessenta quando a vida lhe armou um campo de batalha e ela tomou o gosto ao pelejar. Atravessara até então os tempos - primaveras rosads, invernias, sufocações de verão, tremores de outono - em perfeita harmonia com as coisas, como um madeiro a passear-se na corrente, abandonado às águas, prazenteiro, divertindo-se até com algumas topadas em bicos de rochedo ...".

Preço:14,00€

reservado Sugerir

Referência:14568
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O SEPARAR DAS ÁGUAS
Descrição:

A Regra do Jogo, Lisboa, 1981. In-8º de 91-(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Teresa Ferrand. Muito bom estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE ESTREIA de Hélia Correia.

Observações:

Livro de estreia de Hélia Correia em que desde logo cedo, com a obra seguinte O Número dos Vivos, se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta. Esta novela " O Separar das Águas trouxe consigo uma voz singular, devedora de algum realismo fantástico..." (Eduardo Pitta) tendo sido também considerada pela crítica obra invulgarmente bem escrita entre o burlesco e o dramático.

Preço:30,00€

Referência:14567
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O NÚMERO DOS VIVOS
Descrição:

Relógio d'Água, Lisboa, 1982. In-8º de 135-(1) págs. Brochado. Capa com ligeiros sinais de manuseamento. Miolo muito limpo.

Observações:

Este segundo título da extensa bibliografia que Hélia Correia publicou, é considerado o primeiro romance sendo as restantes obras classificadas de novelas. Nesta obra que tem como panorama de fundo o contexto rural, a acção desenrola-se principalmente entre mulheres.

Hélia Correia (1949) sendo também poetisa e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta, ao publicar, em 1982, O Número dos Vivos.
 

Preço:25,00€

Referência:13358
Autor:CORREIA, João de Araújo
Título:NOITE DE FOGO e outros contos
Descrição:

Editorial Inova, Porto, 1974. In-8º de 96-(2) págs. Br. Capas de brochura com algum desgaste e miolo amarelecido pelo tempo. Integrado na Colecção Duas Horas de Leitura, com direcção gráfica de Armando Alves.

 

Observações:

Antologia de contos deste autor considerado o maior contista português. A sua escrita sofre  influências de Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco e Trindade Coelho.

Da badana:

“É João de Araújo Correia um estilista de linhagem camiliana, com o senso agudo do dinamismo narrativo: escreve para contar histórias e tão bem sabe fazê-lo, que nelas se imprime, como o rosto sangrento de Cristo na toalha de Verónica, a fisionomia de um povo”

Urbano Tavares Rodrigues

Preço:20,00€

Referência:15299
Autor:CORREIA, Natália
Título:ONDE ESTÁ O MENINO JESUS?
Descrição:

Edições Rolim, Lisboa, 1987. In-8º de 64-(2) págs. Brochado. Exemplar muito bem conservado.

Observações:

Da contracapa, pelas palavras da própria autora: " ... A tia Cremilde que era lírica, dispusera no tampo da cómoda de mogno a santa pastorícia em barro colorido do burrinho, da vaquinha, dos pastores e do gaiteiro embasbacados no nascimento do menino. Debruçados sobre o berço humilde, um senhor idoso e uma linda donzela velavam com espanto aquele frutozinho carnal do seu casamento que não descera a baixezas venéreas devido à idade avançada do esposo. Mas esse mistério era comovente. O que irritava eram três marmanjões realengos que, andando atrás de uma estrela, tinham ido parar ao presépio. Gente estrangeira, caso para desconfiar. (...) ". "Onde Está o Menino Jesus? supera, em muito, o programa ainda demasiado brincalhão (de Caeiro) ou demasiado metafísico (de Pascoaes) sobre a desmistificação da Trindade e, de modo especial, a figura do Menino Jesus ...". (José Augusto Mourão, Colóquio Letras, 1988, p. 164)

O livro recolhe dois contos já publicados e dois inéditos, tendo sido lançado na Galeria Diferença, em Lisboa

Preço:15,00€

Referência:15298
Autor:CORREIA, Natália
Título:CÂNTICO DO PAÍS EMERSO.
Descrição:

Contraponto (Lisboa, s.d. - 1961). In-8º de 37-(1) págs. Brochado com raros picos de humidade.

PRIMEIRA EDIÇÃO rara e apreendida pela PIDE.

Observações:

Cântico do país emerso foi escrito na sequência do assalto ao Santa Maria (22de Janeiro 1961), assalto este, comandado por Henrique Galvão, que teve objectivo expor a ditadura portuguesa virando a comunidade internacional contra Salazar. O livro da Natália " ... terá demorado menos tempo a escrever do que Salazar demorou a livrar-se da humilhação ..." (Filipa Martins, 2023) e encabeçou o rol de obras natalianas proibidas pelo Estado Novo durante os anos 60.
 

Preço:90,00€

Referência:15295
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MOSCA ILUMINADA
Descrição:

Quadrante, Lisboa, 1972. In-8º de 85-(3)págs. Brochado.

Integrado na "Colecção Poesia". Capa e orientação gráfica de Cidália de Brito Pressler. Exemplar muito bem conservado, não obstante de alguns picos de humidade na capa.

Observações:

Colectânea constituída por duas partes "Fragmentos de um Itinerário" e "As Aparições" onde Natália Correia reúne um conjunto de poemas e de prosa poética.

Num dia demasiado raivoso para caber no zodíaco nasci a metade de um endecassílabo quebrado em dois. Tambor de ossos delirantes espalhei na cidade a notícia de um planeta puro como o hálito de muitas flores reunidas preparava um dilúvio de sonhos para desnudar as estrelas jacentes nas criptas dos nomes. Era a loucura de não nascer comigo. Sentados no sumptuoso acento da morte, os homens trocavam entre si as navalhas em código dos assassinos especialistas na vida. Tinham todos nascido pontualmente à hora da certidão de idade. Ou estavam pelo menos convencidos disso. Uma certeza que na caça aos fogos-fátuos do alfabeto atribui a cada um o mérito de pendurar à cintura o significado esperneante da vida. Uma cabeleira em acento circunflexo amortecia os sons pertencentes a outra idade que levavam aos sepulcros, salas da dança horrível das vogais sepultadas vivas. Constelada de calafrios recolhi-me à minha flor provocada pelos dias intensos em que me alcanço na radiosa capital dos inascidos: a luz da minha pele iluminada por dentro para gravar um canto. A educação musical dos girassóis que dá o meu hectare de realidade entre o ser e o estar põe a minha memória ao serviço da metade que eu fiquei por nascer. Trabalho urbanístico de esponja embebida na luz de um lugar achado pela técnica suavíssima do marfim de todos.
Alguns, por cardíaca aceitação do policiamento da porta que um cão de turquesas abre para o sítio onde vai ser a vida, chamam a isso poesia.

Preço:40,00€

Referência:15287
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MADONA
Descrição:

Editorial Presença, Lisboa, 1968. In-8º de 239-(1) págs. Brochado. Capa de brochura lustrada com fotografia de F.C.E. Não obstante de se encontrar com alguns, muito poucos, sublinados leves a tinta negra, está um exemplar em muito bom estado de conservação.

Primeira edição.

Observações:

Romance de Natália Correia que é um ataque feminista à sociedade, mais emocional do que argumentativo, em que,  segundo Filipa Martins (2023) "... denuncia a doença do ateísmo ...". .  Muito do que ainda hoje  é a concepção de castidade, de fidelidade,de amor , de feminino e de masculino é aqui descrito de uma forma crua e intensa.

 

Da Contracapa:

"... A dialéctica da emancipação da mulher tem neste romance um dos seus mais vivos e vigorosos testemunhos. Natália Correia acompanha, passo a passo, a vida da mulher que, desenraizada da sua ancestralidade feudal, procura àvidamente o direito a uma existência própria, à possessão de um destino pessoal que lhe foi milenariamente sonegado..."

Preço:25,00€

Referência:15279
Autor:CORREIA, Natália
Título:RIO DE NUVENS. Livro de poesias de (...). Prefácio de Campos de Figueiredo.
Descrição:

(Oficinas da Atlântida, Livraria Editora), Coimbra, 1947. In-8º de 39 págs. Brochado, com ligeiro empoeiramento, praticamente imperceptível. Exemplar com os cadernos por abrir. Raríssimo foxing.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro de estreia na poesia da Natália Correia. PRIMEIRA EDIÇÃO do, seguramente, mais raro livro de toda a sua bibliografia.

Observações:
Preço:300,00€

Referência:15196
Autor:CORREIA, Natália
Título:DESCOBRI QUE ERA EUROPEIA. Impressões de uma Viagem à América.
Descrição:

Portugália, Lisboa, 1951. In-8º de 329-(1) págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos em pele verde, ainda com dizeres e florões dourados, gravados na lombada. Inteiramente por aparar e com as capas de brochura conservadas, estas com pequenas machas de humidade. Ligeiro amarelecimento do papel, próprio da sua qualidade intrínseca.

Observações:

A obra trata de um conjunto de textos publicados originalmente em 1951 nos quais Natália Correia reflectia sobre a sua primeira viagem aos Estados Unidos, sobre a descoberta de um mundo diferente e com as impressões de uma viagem marcante.

Preço:45,00€

Referência:15130
Autor:CORREIA, Natália
Título:O ANJO DO OCIDENTE À ENTRADA DO FERRO
Descrição:

Edições Ágora, Lisboa, 1973. In-8º de 138-(6) págs. Encadernação editorial em tela com sobrecapa em papel com a reprodução de um desenho de Lino.

Observações:

AEROPORTO

De franqueforte franquefurta-me a placa giratória
No centro o minotauro do livro e do dinheiro
Bolsa do desespero! o aeroporto cunha
a moeda do trânsito, da urgência joalheiro

Os diapositivos da espera me dissecam
nesta de mármore mesa da minha anatomia
e gelam as pestanas que velam o cadáver
da pressa escarnecida pela meteorologia

Os pés involuntários por tapetes rolantes
vão sendo massajados para as finais do juízo
Para a leda flor de pinho dos nervos lusitanos
franqueforte é farmácia que não está de serviço

Ε de erres arrastados o ofício das ground-hostesses
que escrevem sim e não com a ponta do nariz
Emudecem as águas do batismo de Goethe
nos químicos arredores deste alemão a giz

De franqueforte franquefarta-me o ninguém coletivo
este frio da morgue que abandona o cenário
às unhas dos relâmpagos e às pombas pluviosas
que pausas desdenhosas dejetam no horário

Aeroporto humano apenas na retrete
Na mansa paranoia da pista de absinto
pousa ariadna fio 727
gargalhando a saída do lerdo labirinto

 

Preço:40,00€

Referência:14944
Autor:CORREIA, Natália
Título:DESCOBRI QUE ERA EUROPEIA - impressões duma viagem à América
Descrição:

Portugália, Lisboa, 1951. In-8º de 332 págs. Brochado. Exemplar impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Uma das primeiras obras da autora, em registo diarístico em que mistura  relato de viagem de uma mulher fora do seu continente com crónica documentarista, onde o incisivo “veneno crítico” da intelectual já está muito presente. Retrata uma viagem aos Estados Unidos - chegada a Boston, partida para o Maine, a que se segue Nova Bedford, Nova York (como ela escreve) e Washington.

"... Este livro tem talvez muito de mim e pouco daquilo que eu devia dizer.... Não sei fazer as coisas doutra forma. Sou uma ave que só sabe voar a toda amplitude do espaço que o seu amor criou. Este livro sou eu..."

Preço:40,00€

reservado Sugerir

Referência:14660
Autor:CORREIA, Natália
Título:EPÍSTOLA AOS IAMITAS
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisbopa, 1976. In-8º de 63-(3) págs. Brochado. marcas de vincno no canto superior direito. Exemplar em bom estado de conservação

Observações:
Preço:27,00€

Referência:14659
Autor:CORREIA, Natália
Título:A ILHA DE CIRCE
Descrição:

Publicações Dom Quixote. Lisboa. 1983. In-8º de 135-(4) págs. Brochado. Inserido na Colecção Autores de Língua Portuguesa. Capa de brochura ilustrada por Fernando Felgueiras. Exemplar em óptimo estado.

Observações:
Preço:25,00€

Referência:14653
Autor:CORREIA, Natália
Título:ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE
Descrição:

EdIções Afrodite, Maia, 1981. In-4º de 234-(30) págs. Br. Profusamente ilustrado em extra-texto com ilustrações de Ângelo de Sousa, Carlos Calvet, Cruzeiro Seixas, Francisco Relógio, Júlio Resende e Lima de Freitas. Apontamentos sobre a encenação de Jacinto Ramos. Arranjo gráfico de José Marques de Abreu. Capa e apontamentos cénicos de Paulo-Guilherme d´Éça Leal.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

"Esta peça foi encomendada à autora pelo Teatro Nacional D.Maria II, para celebrar em 1980 o 4 Centenário da morte de Luís de Camões. A "Má Fortuna" que, em vida, perseguiu o poeta, atravessou-se neste projecto impedindo a sua concretização por critérios que deslustram quem os assumiu"

Da badana:

"Para quem conhece o anterior teatro de Natália Correia. Esta peça constitui simultaneamente uma confirmação e uma surpresa. Confirmação, antes de mais, da sua empolgante força de criadora dramatúrgica e do seu incomparável dom para conferir, em termos de teatro, a dimensão do mito aos temas em que toca, aos assuntos que assume, às figuras em que desdobradamente encarna a sua própria natureza dilemática. Mas surpresa, também, e não pequena, porque se verifica, nesta peça, um significativo alargamento do sei habitual pendor de expressão barroca até àqueles extremos confins em que o neoclássico e o romântico, por mais opostos ou distantes que sejam, acabam por conviver numa inesperada fronteira. E isto mesmo representa um profundo entendimento, não só da obra e da personalidade de Camões, mas também do fecundo sincretismo da sua mesma fortuna póstuma. Equidistante, pela forma e pela estrutura, de certos avatares do teatro neoclássico e de certas obsessões do drama histórico de cepa romântica, esta peça de Natália Correia, sem tão-pouco abdicar do intrínseco barroquismo da sua autora, teria sido, em 1980, sobre o tablado de um Teatro Nacional que pudesse a um tempo ser «nacional» e ser «teatro», a mais condigna homenagem da criatividade contemporânea ao nosso maior poeta de todos os tempos, no 4.º centenário da sua Morte. Assim o não quis, no entanto, o sombrio e sinistro soba que «reinou», em 1980, na esfera oficial da cultura portuguesa."

David Mourão Ferreira

 

Preço:29,00€

Referência:13538
Autor:COUTO, António Maria do
Título:MANIFESTO CRITICO, ANALYTICO E APOLOGETICO em que se defende o insigne vate Luiz de Camõs, da mordacidade do discurso preliminar, que precede ao poema Oriente; e se demonstrão os infinitos erros do mesmo poema
Descrição:

Na Impressão de J.F.M de Campos, Lisboa, 1815. In-8º de 104-(1) págs. Encadernação modesta meia inglesa, desgastada, com dizeres a ouro na lombada. Rótulo de papel de núemro de ordem de biblioteca na pasta.

INVULGAR.

Observações:

Folheto onde o António Maria do Couto tece considerações e condena  o poema "O Oriente" da autoria de J. A. Macedo, que este pretendia melhor que "Os Lusíadas" de Camões.

Preço:45,00€

Referência:12437
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:SENTIMENTO LUSITANO
Descrição:

Livraria Martins Editora, São Paulo, 1961. In-8º de 178 págs. Br. valorizado pela expressiva e extensa dedicatória autógrafa aos poetas Raquel Bastos e José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO da obra publicada no Brasil e só póstumamente publicada em Portugal.

 

Observações:

Conjunto de ensaios muito interessantes de Ribeiro Couto,Autor brasileiro muito apreciado entre os intelectuais portuguesesda sua época,  encerra ensaios sobre, António Nobre, João de Barros, Joaquim Paço d'Arcos, entre outros. De destacar também o ensaio " O pequeno emigrante português e a continuidade histórica do Brasil".

“não era adquirido sem trabalho, não caia do céu; custava muito esforço” -, para muitos mais terá constituído um penoso exercício de sobrevivência, talvez pelas poucas habilitações com que em sua grande maioria arribaram a terras de Vera Cruz. Mas não é desse brasileiro entre aspas o objecto desta minha fala, já retratado  por Guilhermino César, em O “Brasileiro” na ficção portuguesa: O Direito e o Avesso de uma Personagem-Tipo”

 

Preço:40,00€

Referência:13856
Autor:D'AURORA, Conde
Título:BRASIL IDA E VOLTA
Descrição:

Livraria Simões Lopes, Porto, 1954. In-8º de 109 págs. Br. Ilustrado em extra-texto com fotos a preto e branco. Capas de brochura com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR

Observações:

Obra muito curiosa sobre  a viagem efectuada pelo autor ao Brasil em Agosto de 1954. De uma maneira  cronística  o Conde d’Aurora descreve-nos a sua viagem, descrevendo as paisagens das cidades visitadas, retratando  as inúmeras personalidades com quem contactou e descrevendo os acontecimentos em que tomou parte.

Entre outros aspectos, a obra  revela-se muito interessante ver quem eram os autores portugueses mais consagrados ou populares no Brasil por esta altura,  e também das impressões que nos vai apresentando de vários escritores e intelectuais de relevo: Lígia Fagundes Teles, Oswaldo de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Almeida Prado, Afrânio Coutinho, António Soares Amora, Wilson Martins, etc.

Preço:17,00€

Referência:14684
Autor:DEVI, Vimala; SEABRA,Manuel de
Título:A LITERATURA INDO-PORTUGUESA
Descrição:

Junta de Investigações do Ultramar, Lisboa, 1971. Dois volumes de in-8º de 327-(4) e 448-(4) págs. Brochado.

Observações:

Excelente ensaio sobre uma literatura não muito conhecida, sempre fronteira entre as culturas hindu e ocidental mas também numa cruzamento curioso da experiência cristã com o panteísmo hindu.
Com perto de setentas autores reunidos no segundo volume. Como o dizem os autores no livro:
“Sem dúvida nada mais insólito do que a coexistência na mesma área de cultura do espírito democrático ocidental com o espírito teogónico indiano apoiado numa noção de castas de origem rácica e política e justificadas pela religião ; da universalidade cristã com o circunstancialismo social hindu ; da mentalidade pragmática europeia com a mentalidade conceptualista indiana ; da rigidez moral judaico-cristã com o espírito de tolerância próprio de uma cultura tropical ainda de fortes raízes totémicas ; do puritanismo cristão com o vitalismo do paganismo hindu. Nada mais insólito do que a coexistência de todos estes elementos paradoxais na mesma cultura e no mesmo indivíduo. E, no entanto, produziu-se.”
Na época da sua publicação ganhou o Prémio Abílio Lopes do Rego da Academia das Ciências.

Preço:65,00€

Referência:12458
Autor:DIAS, Aida Fernanda
Título:O CANCIONEIRO PORTUGUÊS DO MUSEU CONDÉ DE CHANTILLY
Descrição:

Edição de autor, Coimbra, 1966. In-8º de VIII-183 - (4) págs. Br.  Tiragem reduzida.

INVULGAR.

Observações:

Estudo muito importante sobre o sobre o codice Ms.605 do cancioneiro manuscrito português que se encontra
no Museu de Chantilly.

Tese de Licenciatura em Filologia Românica, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em Janeiro de 1966..

Preço:17,00€

Referência:15133
Autor:DIAS, João Pedro Grabato
Título:40 E TAL SONETOS DE AMOR E CIRCUNSTANCIA E UMA CANÇÃO DESESPERADA
Descrição:

Edição do autor, Lourenço Marques, 1970. In-8.º de 59 págs. Brochado. Exemplar impecável e irrepreensível, conservando a cinta publicitária com inscrições de Eugénio Lisboa.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO de Grabato Dias.

Observações:

António Augusto de Melo Lucena e Quadros , usou como pseudónimos João Pedro Grabato Dias, Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João António Quadros (1933-1994), estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, e Gravura e Pintura a Fresco em Paris. Em 1964 parte para Lourenço Marques. Foi pintor e professor, mas também artista gráfico, ilustrador, ceramista, escultor, fotógrafo, cenógrafo e pedagogo. Trabalhou em arquitectura, apicultura, comunicação, biologia e ecologia, privilegiando uma abordagem interdisciplinar. Escreveu e publicou poesia sob diferentes pseudónimos. Coordenou, com Rui Knopfli, os cadernos de poesia Caliban. Regressa a Portugal em 1984, e lecciona na Universidade do Algarve e na Faculdade de Arquitectura do Porto, continuando a pintar e a escrever. Uma parte da sua obra plástica está antologiada no livro O Sinaleiro das Pombas (2001).

"... No ano de 1970, sai a lume o livro de poesia 40 e tal Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada . Confinado genologicamente ("Ó soneto, ó espartilho carcereiro!"), a colecção de composições ousa e avança, derrubando os freios pela compresença de constructos de linguagem subversivos e inventivos (neologismos, justaposições e "infracções" ortográficas), sem menosprezamento de utilização de outras vozes - a de Camões é quase uma obsidência - que provam que os vanguardismos se alimentam do passado. Nessa escrita estimulada pela homofonia colhe o leitor uma fascinante viagem pelo pulsar da linguagem e pelas suas veias que se expandem até ao limite num jogo suspensivo de corrosão, sarcasmo e humor cáustico, num pulular de erupção léxica reganhadora de identidade e diferença intensiva. Erigindo aí a sua ars poetica - "Humor, minha automática secreta", escreve Grabato Dias na p. 8 -, o nosso escritor e artista plástico faz entroncar o seu tom diletantemente verrinoso nas cantigas de escárnio e de maldizer e na voz insubmersível de Alexandre O'Neill ou Cesariny de Vasconcelos. Eugénio Lisboa, apresentando o Autor em nota que precede a obra, di-lo possuidor de uma poesia "ensimesmada, onírica, ironicamente realista, brutal, descabelada, ardentemente bizarra, reveladora de um mundo fantasmagórico e quase demasiado verdadeiro". Sirva de exemplo o ardiloso e cativante soneto da p. 17 destes Sonetos de Amor e Circunstância , que recobrem, como codiciosamente o notou Eugénio Lisboa, um "livro denso e difícil" (Eugénio Lisboa, 1987) mais preso ao universalismo do que ao moçambicanismo ..."

Preço:70,00€

Referência:15203
Autor:DUARTE, Afonso
Título:OSSADAS
Descrição:

Seara Nova Editora, Lisboa, 1947. In. 8.º de 98-(4) págs. Brochado. Exemplar muito limpo e fresco, impresso sobre papel de linho.

PRIMEIRA EDIÇÃO e peça de colecção deste exemplar, que pertence à edição especial em papel de linho, numa tiragem de 100, numerados e rubricados pelo autor, levando este o nº 4.

 

 

Observações:

Afonso Duarte é tido como autor cuja poesia se situa entre o saudosismo e o movimento da revista Presença, e que acabou por ter relevante influência na geração de poetas do neo-realismo.

Livro de "... Poemas breves / como o instante da flor / que abriu para morrer. ..."  publicados nas importantes revistas literárias CONTEMPORÂNEA, TRÍPTICO, PRESENÇA, MANIFESTO, SINAL, SÍNTESE, REVISTA DE PORTUGAL, CADERNOS DE POESIA, ATLÂNTICO, LITORAL, VÉRTICE, PORTUCALE e SEARA NOVA.

Preço:75,00€

Referência:14161
Autor:DUARTE, Afonso
Título:LÁPIDES E OUTROS POEMAS (1956 - 1957)
Descrição:

Iniciativas Editoriais, Lisboa, 1960. In-8.º de 52-(4) págs. Brochado, impecavelmente bem conservado nao obstante uma pequena mancha na capa posterior. Miolo muito limpo e fresco. Apresenta um poema facsimilado.

Observações:

Edição apresenta um Apêndice assinado por Carlos de Oliveira e João José Cochofel.

Preço:28,00€

Referência:13539
Autor:ESTRADA, Raymundo Manoel da Silva
Título:CONFRONTAÇÃO MINUCIOSA DOS DOIS POEMAS LUSÍADAS, E ORIENTE,Defensa imparcial do grande Luiz de Camões contra as invectivas, e embustes do discurso preliminar do Oriente composto pelo padre José Agostinho de Macedo, em que se prova as suas falsas
Descrição:

Imprensa Nevesiana, Lisboa, 1834. In-8º de 56 págs. Encadernação moderna meia inglesa em pele com dizeres a ouro na lombada sobre rótulo de pele vermelha. Frontspício com ex-libris.

INVULGAR.

Observações:

Folheto onde o autor faz uma comparação minuciosa dos Lusíadas e do Oriente, criticando o poema de Agostinho de Macedo e acima de tudo o Discurso Preliminar que antecede o poema de Macedo.

Preço:40,00€

Referência:12295
Autor:FANHA, José
Título:OLHO POR OLHO
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1977. In-8º de 40 págs. Br. Capa de  Manuel Botelho. Valorizado por uma dedicatória autógrafa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

À conquista do espaço

Não
Não quero voar
Rapidamente no espaço
E pousar em qualquer lua.


Quero uma estrela pequena,
Do meu tamanho de gente,
A iluminar
Quem passa
Nesta rua.

 

Preço:10,00€

Referência:14335
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:O MUNDO DOS OUTROS - HISTÓRIAS E VAGABUNDAGENS
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950. In-8.º de 191-(2) págs. Br. Capas de brochura com ocasionais picos de acidez.

Observações:

Publicado em 1950 pelo Centro Bibliográfico de Lisboa, incluído na "Colecção de Prosadores".

O Mundo dos Outros é constituído por uma série de crónicas de Lisboa (nenhuma delas anterior a 1945, pelo que a sua redacção se deve ter processado durante o mesmo período em que o Poeta vai compondo os poemas de Poesia III), onde o quotidiano é transfigurado, e o encantamento e desencantamento, real-sonho, verdadeiro-falso, se alternam - uma reflexão automatizada a que o autor recorre para tornar mais perceptível e radical o desmascarar da realidade, segundo a sua cosmivisão. É, por isso, uma das obras máximas produzidas pelo neo-realismo português.

O autor reflecte também sobre o seu "fora" e o seu "dentro", o "'equilíbrio entre as duas vidas que nem sempre conseguem coexistir harmonicamente separadas", colaborando na confusão que a sua face múltipla provoca em quem lhe queira penetrar o íntimo" (TORRES, Alexandre, Vida e obra de José Gomes Ferreira, Amadora, Livraria Bertrand, 1975, p.237). Frases como "Ninguém me vê do mesmo modo" , ou "Cada qual agarra em mim a realidade que mais lhe convém", são afirmadas com mal disfarçada alegria, e o poeta ajuda à confusão assumindo muitos papéis diferentes (o que é preferível ao esconder-se por detrás de diferentes personagens, como fazia F.Pessoa ou Robert Browning - afirma Carlos Oliveira). O autor também é, por um lado, o "vagabundo social" de dia, mas o solitário de noite, que "espera com paciência que a cidade de esvazie para, em largas digressões de vagabundagem por essas ruas solitárias abrandar um pouco as rédeas do autodomínio. E poder enfim adorar a lua redonda à sua vontade; e ruminar versos num ruminar quase obsessivo (...)falar só (...) sem vergonha da lua".

Outro aspecto importante desta obra é o facto do autor se assumir como esse espectador que "anseia por todos os espectáculos, que transforma tudo em espectáculo, e que lamenta o fim do espectáculo". A história de O Mundo dos Outros começa a 8 de Maio de 1945, o dia em que termina a 2ª Guerra Mundial, e José Gomes Ferreira escreve no início do seu livro: "Confessa que o teu egoísmo de espectador inato teme não voltar a encontrar no bolor quotidiano outro espectáculo capaz de suprir o que desapareceu agora para sempre..." José Gomes Ferreira reduz-se a espectador para condenar a sua falta de intervenção, revelando todo o processo que o tornou assim (como no cap."A infância Estragada", onde descreve o seu "ódio total a este caricato planeta de homens com uma civilização de papagaios", onde o homem é, desde a infância, submetido a catequeses de submissão, a pedagogias do servilismo e da modéstia, que a Igreja divulga), e ainda critica o espectador que somos todos nós, de "brandos costumes" : "1793?...Data da viragem da história do mundo. Revolução Francesa (...) E, entretanto, em Lisboa, fundava-se uma Ervanária para vender ingredientes ressumantes de vapor de água ...brandura dos nossos costumes - numa civilização de chazinhos fumegantes,...enxaquecas, teorias, estorvos, molezas, melindres, gritinhos, medo do papão, chatice...". E ainda noutro texto: " Dormia tudo em torno de mim: homens, mulheres, crianças, burros, carroças, elécticos,(...)Teatro D.Maria, tabuletas,(...)e até o céu azul estendido como uma mulher de preguiça (...) Uns a sonhar que estão acordados. Outros, que vivem. Alguns, que falam. Muitos, que amam. Aqueles, que trabalham. Estes, que sofrem. Outros, que gritam. E que protestam. E que berram. E que lutam. Mas não. Tudo mentira. Dormem profundamente com o corpo todo, com a alma toda, nos tremedais dos cafés e nos cemitérios dos mortos-vivos das ruas..." José Gomes Ferreira diagnostica assim este mundo mentiroso, "adormecido pela disciplina institutriz da humilhação ou da docilidade", onde se jaz vivendo em vão.

O autor parece, em muitas das crónicas, querer desistir da sua obsessão romântica de mudar o mundo, mas ela subsiste sob a capa de um Quixote sonhador (que diz o autor que deixou de existir nos Portugueses, mais preocupados consigo mesmos, e passando "sempre adiante", o que, no fundo, mas com vergonha, também acaba por lhe acontecer - confessa ), que "exprime a saudade doutrinária de um futuro qualquer, tão distante, tão lá no fundo, tão sonho, tecido apenas de pequenas coisas doces, num mundo menos pesado de cadáveres..." (Fonte: CITI - Centro de Investigação para Tecnologias interactivas)

Preço:45,00€

Referência:15252
Autor:FERREIRA, Vergílio
Título:ONDE TUDO FOI MORRENDO
Descrição:

Coimbra Editora, Ldª, Coimbra, 1944. In-8º de (8)-436-(2) págs. Encadernado meia ingelsa em chagrin castanho, com dizeres dourados na lombada. Conserva as capas de brochura (um pouco manuseadas), preservando as badanas impressas e encontra-se todo intacto, isto é, por aparar. Miolo em excelente estado. Inserido na Colecção "Novos Prosadores". Capa de brochura ilustrada por Regina Kasprzykowski.

Primeira e muito rara edição do segundo livro do autor, apreendido pela PIDE.

Laureano Barros, 2203

Observações:
Preço:300,00€

reservado Sugerir

Referência:15249
Autor:FERREIRA, Vergílio
Título:O CAMINHO FICA LONGE
Descrição:

Inquérito. (Lisboa. 1943). In-8º de 316-(4) págs. Encadernação meia inglesa em pele castanha, preservando as capas de brochura. De leve aparo marginal, encadernado com as margens desencontradas. Corte superior das folhas carminado. Exemplar muito fresco e muito limpo. Capa de brochura ilustrada. Inserido na colecção Biblioteca Nova Geração da editorial Inquérito.

Exemplar da edição original, bastante raro, do primeiro romance do autor, apreendida pela polícia política de então.

Observações:

O Caminho Fica Longe foi o primeiro romance de Vergílio Ferreira, escrito em 1939 e publicado em 1943. Juntamente com Onde Tudo Foi Morrendo e Vagão J, integra a trilogia neorrealista que inaugura a obra romanesca de Vergílio Ferreira.

Na opinião do crítico Martim Gouveia, " ... este romance contém um conjunto de atrativos a respeitar: seja a influência queirosiana, utilizada, sem angústia, com peso e medida; seja o halo modernista de uma certa ficção à Mário de Sá-Carneiro e de induções à Álvaro de Campos; seja ainda a ágil utilização das temáticas existencialistas (a morte e a vida, a condição humana, o sofrimento…) ou a filia cinemática, à boa maneira presencista, com aquele interessantíssimo «Intervalo»; seja, por fim, a linhagem neorrealista que o livro também abraça. A ilustração da capa incorpora, na visão sobre a cidade de Coimbra, um caminho terreno e etéreo, abrindo, desde logo, a expectativa de um caminho intangível e impossível. Trata-se, indubitavelmente, de um grande romance já, com um conjunto de propriedades, estruturais também, que só fazem lamentar que o objeto não tenha tido a receção devida e que, já agora, o próprio escritor para tal tenha contribuído, com o fechamento e exclusão da obra canónica...".

O Caminho Fica Longe, primeiro romance de Vergílio Ferreira, é um livro que poucas pessoas leram, porque a sua publicação engrossou, como muitas outras, os anais da Censura. Editado em 1943, foi proibido, pelos censores da época, e os poucos exemplares que chegaram às livrarias, logo foram recolhidos e, por consequência, postos fora do mercado. Só alguns priviligeados o adquiriram a tempo. É um romance que não existe mesmo nas bibiliotecas públicas (a), sendo assim quase inacessível até para os estudiosos que com ele pretendam balizar o percurso romancístico de Vergílio Ferreira.” (MENDONÇA, Aniceta de – «O Caminho Fica Longe» de Vergílio Ferreira e o romance dos anos 40" revista Colóquio/Letras. Ensaio, n.º 57, Set. 1980, p. 36-44).

Preço:350,00€

Referência:13046
Autor:FIGUEIREDO, Antero de
Título:OESCÂNDALODOESPÍRITO
Descrição:

 Pro Domo, Lisboa, 1945.In-4.º de XXXV-I-28-(8) págs. Br. Tiragem especial em papel superior assinada e numerada em numeração romana.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Prefácio para “duas novelas por terminar”, que aparece antecedido de um justificativo «Antelóquio» do mesmo autor.

Preço:18,00€

Referência:13830
Autor:FIGUEIREDO, Campos de
Título:O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Descrição:

Editorial Saber, Coimbra, 1953. In-8º de 22-(2) págs. Br. Capa de brochura com desenho de José Contente. Capas de brochura com picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO..

INVULGAR.

Observações:

Peça de teatro de teor religiosos escrita por Campos de Figueiredo, poeta, ensaísta e dramaturgo português, que foi director da revista Conímbriga e da revista Tríptico.

 

Preço:15,00€

Referência:13876
Autor:FRANÇA, José-Augusto
Título:DESPEDIDA BREVE
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, s.d. (1958) In-8º de 231-(5) págs. Br. Capa de brochura ilustrada por Sebastião Rodrigues. Inserido na colecção "Os Livros das Três Abelhas".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Primeira edição da curiosa colecção de contos escritos entre o início das actividades literárias de JOSÉ AUGUSTO FRANÇA e meados da década de 50 e que foi incluido por Maria de Fatima Marinho, no seu livro "Surrealismo em Portugal" lado a lado com outras obras publicadas em 1958 de Vergílio Martinho, Ernesto Sampaio, Mário Cesariny, Barahona da Fonseca, Alfredo Margarido, Granjeio Crespo e Natália Correia, ano marcado por uma "série de publicações de autores de algum modo ligados ao surrealismo."

Preço:25,00€

reservado Sugerir

Referência:13336
Autor:FREITAS, Gustavo de & CABRAL, Miguel de Castro
Título:OBRAS DO DIABINHO DA MÃO FURADA Novela atribuída a Antonio José da Silva ( o Judeu). Edição e estudo Critico de
Descrição:

Revista da Lingua Portuguesa, Rio de Janeiro, 1925. In-4º de XXV-85 págs. Br. Capas de brochura envelhecidas. Separata da Revista da Lingua Portuguesa. Edição especial de 29 exemplares numerados e rubricados pelos autores dos quais "só entram no commercio os de nº 22  a 29", sendo este exemplar o nº 19. Valorizado pela dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira.

RARO.

Observações:

Obra portuguesa, de autoria e data controversa do Séc XVIII ou XIX,atribuida a António José da Silva e que circulou em forma de manuscritos, conhecendo-se apenas dois manuscritos preservados que divergem em alguns detalhes: um deles está na Biblioteca Nacional e outro na Academia de Ciências de Lisboa.
A obra,  narra a  história do Diabinho da Mão furado e do soldado Peralta às voltas com pactos, diabos, bruxas, e também com  referências clássicas, como a Bíblia, a Divina Comédia de Dante,e Dom Quixote de  Cervantes.Nas entrelinhas dessa   narrativa, o autor introduz severas críticas à sociedade lisboeta e à intolerância da Inquisição  
Portuguesa.
As primeiras 25 páginas desta obra encerram um prefácio de Fidelino de Figueiredo e um estudo critico de Gustavo de Freitas & Miguel de Castro Cabral.

Preço:50,00€

Referência:13587
Autor:GARÇÃO, P. A. Correa
Título:OBRASPOETICAS E ORATORIAS DE ...com uma introdução e notas por J. A. de Azevedo
Descrição:

Typographia dos Irmãos Centenari, Roma, 1888. In-8º de 622 págs. Encadernação inteira em pele um pouco suja com dizeres a ouro na lombada. Conserva capas de brochura. Corpo do texto todo decorado com bonitas vinhetas coloridas.Aparado só à cabeça.

INVULGAR

 

Observações:

Reunião da obra literária de Correia Garção com uma introducção e notas por J.A. de Azevedo Castro e dedicada ao Imperador D. Pedro II.

Divide-se em três partes I - Poesia;II - Theatro ; III - Prosa

Preço:65,00€

Referência:15281
Autor:GOMES, Soeiro Pereira
Título:CONTOS VERMELHOS
Descrição:

In-8º de 22 págs. Brochado. Capas de brochura com ligeira acidez, miolo em excelente estado, quase limpo, não fosse o ocasional e muito ténue foxing em algumas, muito poucas, páginas. Sem defeitos de ordem física assinalar (exemplares houvera que passaram por nossas mãos, apresentavam um ponto de ferro - agrafo - transmitindo intensa oxidação nas suas imediações. O exemplar que se apresenta está intacto em folhas soltas e dobradas, tal como publicado e distribuído de mão em mão.

Trata-se de EDIÇÃO ORIGINAL CLANDESTINA impressa inteiramente sobre finíssimo papel de arroz, sem indicação de local de impressão. Livrinho perseguido e apreendido pela Polícia Política de então. Desconhecido por alguns bibliófilos e ausente na maioria dos catálogos de primeiras edições

MUITÍSSIMO RARO.

Laureano Barros, 2623; Paulo Quintela, 301.

Observações:

Aos meus companheiros – que, na noite fascista, ateiam clarões duma alvorada” dedica o autor os três contos inseridos na publicação  “Pio dos Mochos”, “Mais um Herói” e “Refúgio Perdido”.

A publicação do Museu do Neo-realismo Na Esteira da Liberdade (2009)  por ocasião do centenário do nascimento do escritor, luisa Duarte Santos diz-nos que o primeiro destes contos, O Pio dos Mochos (dedicado "ao camarada Duarte", pseudónimo na clandestinidade de Álvaro Cunhal), terá sido escrito em 1945, seguindo-se Refúgio Perdido em Novembro de 1948, dedicado "ao camarada João (pseudónimo clandestino de António Dias Lourenço) que inspirou este conto" e Mais um Herói, de 20 de Janeiro de 1949. A dedicatória deste último, "À memória de Ferreira Marquês e de quantos, nas masmorras fascistas, foram mártires e heróis", apresenta "o nome legal e não o pseudónimo, porque o camarada já morrera (em 1941) assassinado e não era portanto necessário protegê-lo".

" ... Escrever foi para Soeiro Pereira Gomes outra forma de lutar. E ai a sua arte não se limitou a interpretar o mundo: pela beleza e profundidade dessa interpretação inscrita no tempo histórico da maxima exploração que é o fascismo, ditadura terrorista da grande capital aliado ao imperialismo, e dos latifúndios, ela contribuiu para preparar subjectivamente sempre novas gerações para a luta pelo socialismo e pelo comunismo, nos quais (e só neles) deixarão de existir os meninos dos Esteiros, expulsos da infância, os clandestinos de Contos Vermelhos, expulsos da vida comum de todos os homens, os miseros recém-proletários de Engrenagem, expulsos brutaimente de um passa-ao campones ..." (Augusta da Costa Dita, prefácio a Refúgio Perdido, Edições Avante, 1975)

 

Preço:685,00€

Referência:13394
Autor:GOMES, Soeiro Pereira
Título:REFÚGIO PERDIDO inéditos e esparsos
Descrição:

Edições SEN, Porto, 1950. In-8º de I-106-(4) págs. Br. Ilustrado em extra-texto com uma fotografia do autor. capa de Veloso e Mário Bonito.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Publicado postumamente "Refúgio Perdido" reune um conjunto de contos e crónicas de Soeiro Pereira Gomes. Encerra também uma breve entrevista sob o título "5 Minutos de Conversa Telefónica com o Autor de "Esteiros", publicada pela primeira vez no jornal "O Primeiro de Janeiro", na página de "Artes e Letras" de 10 de Fevereiro de 1943 e "Fogo!", ao tempo páginas inéditas do romance Engrenagem.

 

Preço:25,00€

Referência:14677
Autor:GONZAGA, Manuela
Título:ANTÓNIO VARIAÇÕES entre Braga e Nova Iorque
Descrição:

Âncora Editora, Lisboa, 2006. In-8º de 333 págs. Brochado. EXCELENTE estado de cosnervação.
Primeira edição logo esgotada após seu apareciemnto.

Observações:

Trata-se da primeira biografia de António Variações, e a única ilustrada com imensos retratos e fotografias obtidas em diversas situações do seu quotidiano, impressas à parte sobre papel couché.

Preço:25,00€

Referência:14748
Autor:GOUVEIA, Maria Margarida Maia
Título:VITORINO NEMÉSIO estudo e antologia
Descrição:

Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, Lisboa, 1986. In-8º de 579-(7) págs. Brochado

Observações:

Prefaciar Nemésio — aliás ele mesmo prefaciador de poetas,ensaistas e antologias — não é tarefa fácil. Acresce a dificuldade o facto de se pretender cobrir uma obra profundamente variada à luz dos géneros tradicionais, mas subtilmente coesa e una na humanidade do homem que a escreveu. Humanidade assumida duplamente no criador literário e no professor, no Rouxinol e no Mocho, símbolos que ele próprio invocou para brincando dizer a sério a sua vocação de poeta e de sábio.
A escolha dos textos obedeceu a um desiderato duplamente prático e representativo: prático, porque se tratava de encontrar textos que sejam úteis ao ensino da obra de Nemésio, representativo, para, no seu conjunto, darem ideia da coesão e unidade interior da obra nemesiana. Igualmente se pretendeu coligir alguns textos críticos fundamentais para a compreensão, divulgação e ensino da obra nemesiana, em Portugal e no estrangeiro.

Preço:20,00€

Referência:14908
Autor:GUIMARÃES, Dórdio
Título:UBÉRIA.
Descrição:

Arcádia Editora, Lisboa, 1978. In-8.º de 54 págs. Brochado. Integra a "Colecção Licorne».
Primeira edição.

Observações:

"a graça traçou a hipérbole da nação
rosto a rosto ruga a ruga o olhar
que deitou à rua o destino e o perdeu
nos calcanhares dos desperdícios do dia

como se se cortassem os dedos um a um
e faltasse a mão que os descreveu em gesto"


A poesia de Dórdio Guimarães "carregada de símbolos e de metáforas, é servida por uma linguagem torrencial onde o lírico e o onírico, estreitamente harmonizados, criam, por vezes, uma atmosfera próxima do delírio ou do paroxismo" (in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses)

Dórdio Leal Guimarães (Porto, 10 de Março de 1938 - 2 de Julho de 1997), foi um poeta, cineasta, ficcionista e jornalista português. Filho de Manuel Guimarães, casou-se com Natália Correia em 1990.
 

 

Preço:13,00€

Referência:14668
Autor:HORTA, Maria Teresa
Título:AMBAS AS MÃOS SOBRE O CORPO - narrativas
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1970. In-8.º de 124(5) págs. Brochado. Capas com ligeiros defeitos. Miolo em exceelnet estado não obstante o amareleciemnto do papel próprio da sua qualidade sob acção do tempo. Conserva um retrato da autora.

Observações:

"(...) primeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta. Trata-se de um conjunto de curtas narrativas que, fundindo-se, se organizam numa mais ampla narrativa, ou num romance, no qual decorre o retrato moral e estática de "alguém" cuja existência larvar nunca sobre ao nível do concreto ou nunca se individualiza no seio da existência arquetípica.(...) Obra espectral e cruel, porventura uma das mais inquietantes da moderna literatura portuguesa."

Preço:30,00€

Referência:14493
Autor:JORGE, João Miguel Fernandes
Título:TRONOS E DOMINAÇÕES
Descrição:

Assirio e Alvim, Lisboa, 1985. In-8º de 113-(6)págs. Brochado.

Observações:

Prémio Nicola de Poesia no ano de 1985.
João Miguel Fernandes Jorge, distingue-se pela fluidez do ritmo do verso e das imagens, pelas frequentes referências e alusões pessoais e culturais.
A sua obra, de grande fluidez de ritmo e som, constrói-se a partir de referências narrativas pessoais e evocações históricas.

Preço:20,00€

Referência:14492
Autor:JORGE, João Miguel Fernandes
Título:O ROUBADOR DE ÁGUA
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1981. In-8.º de 131(3) págs. Brochado.

Observações:

Primeira edição "A sua obra, de grande fluidez de ritmo e efeitos de sonoridade, constrói-se, de forma supreendente, a partir de referências narrativas pessoais e evocações históricas, marcadas pela presença de vocábulos de época. As imagens contidas nos seus poemas libertam-se muitas vezes do sentido metafórico, através de uma deslocação do significante por lugares e tempos, acentuando outras o carácter efémero dos seres e das coisas."

Preço:18,00€

Referência:14136
Autor:JORGE, Lídia
Título:O CAIS DAS MERENDAS
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1982. In-8º de 251 págs. Br. Integrado na Colecção Século XX.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo romance de Lídia Jorge, que se desenvolve-se em torno dos temas da identidade e da aculturação no pós 25 de Abril. Trata-se de uma narrativa poética, teatralizada, em que as personagens rurais, confrontadas com o mundo exterior, dão testemunho da sua intimidade, dos seus medos e desejos mais profundos.

Preço:25,00€

Referência:15066
Autor:JORGE, Luiza Neto
Título:A LUME
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1989. In-8º de 94-(1) págs. Brochado com ligeiros defeitos, insignificantes de manuseamento. Muito bom exemplar.

Observações:

Primeira edição publicada postumamente fixado e anotado pelo escritor Manuel João Gomes, companheiro da autora. Apresenta facsimile do texto dactilografado e mansucrito, bastante rasurado, no final do volume.

Preço:20,00€

Referência:14346
Autor:JÚDICE, Nuno
Título:PLÂNCTON - Romance
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1981. In-8.º de 148 págs. Brochado. Belíssimo estado de conservação.

Observações:

Primeira edição do segundo romance do autor. "Uma das primeiras obras de ficção de Nuno Júdice, este romance explora a dificílima técnica estilística de «mise en abyme».
Júdice é, aliás, o único ficcionista português vivo que utiliza abundantemente esta técnica, trabalhada pelos restantes apenas em uma ou outra narrativa.
Esta obra foi escrita de acordo com o estilo fragmentário e desconstrucionista da década de 70, quando explora a comunidade de
dimensões vivenciais das três personagens femininas (Rita, Rosa e Laura) ou quando o narrador explora uma ideia nascida da «sobreposição de duas imagens«. Assim sendo, neste romance, Nuno Júdice explicita a já referida «mise en abyme», técnica de narração que explora «em profundidade» («abyme») uma particular representação da realidade (um elemento da narrativa) na qual se sobrepõe, em imagens vertiginosamente cruzadas, a totalidade (ou quase) da história narrada. Neste caso, por via da sobreposição de «duas imagens», Nuno Júdice explora «abissalmente», girando em círculos «concêntricos» e «excêntricos», os elementos da intriga ao ponto de provocar no leitor a sensação de uma irrealidade intemporal ou meta-histórica, ausente de cronologia e geografia específicas
."

Preço:15,00€

Referência:13921
Autor:JUNIOR, António Salgado
Título:HISTÓRIA DAS CONFERÊNCIAS DO CASINO
Descrição:

Tipografia da Cooperativa Militar, Lisboa, 1930. In-8.º de 167(2) págs. Br.

RARO

Observações:

Dissertação de doutoramento apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa que  aborda as Conferências do Casino  realizadas na primavera de 1871 em Lisboa. Foram impulsionadas pelo poeta Antero de Quental, que insuflou no chamado Grupo do Cenáculo o entusiasmo para as realizar. Este poeta estava sob a influência das ideias revolucionárias de Proudhon. Este grupo também passou a ser conhecido como Geração de 70. Tratava-se de um grupo de escritores e intelectuais jovens e de vanguarda. As Conferências do Casino, ou Conferências Democráticas do Casino, são uma réplica da anterior Questão Coimbrã. e tentam "... estudar as condições da transformação política, económica e religiosa da sociedade portuguesa..."

 

Preço:45,00€

Referência:15286
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:PEDRO SORIANO
Descrição:

Paris - 2119. (S.l. nem data autêntica). In-8º de 14 págs. Encadernação meia francesa em pele verde com cantos, ornamentação dourada em casas abertas e dizeres, também dourados, na lombada. Nítida impressãoi sobre papel de linho encorpado. Magnífico exemplar, sem defeitos assinalar.

Edição princeps, muito rara, do célebre poema "obsceno" e erótico, publicado sem o consentimento do autor (mesmo assim tendo-o chamado filho do alcool e da bohémia) de forma clandestina numa restritíssima tiragem, cujos exemplares ele procurou recolher e destruir até ao fim da vida. .

Observações:

No texto introdutório, lê-se: Pedro Soriano foi o heroi de um casamento simulado que houve em Lisboa. Tinha o membro viril desenvolvidissimo. Uns amigos de Junqueiro, encarregaram-se de lhe apresentar o Soriano, porque tendo contado a Junqueiro a enormidade do membro, ele dissera que exageravam. Junqueiro viu e exclamou: “Tamanho membro merece um poema”.

Poema licensioso, do qual, segundo nos relata Raul Brandão, no seu segundo volume das Memorias, " ... Junqueiro escreveu algumas poesias eróticas, que um livreiro do Porto a ocultas coligiu e publicou tirando quarenta exemplares». E mais adiante acrescenta: «José Sampaio [Bruno] arranjou um para a Biblioteca Municipal do Porto. Junqueiro que passou a vida a comprar por todo o preço esses exemplares, deu o manuscrito da Pátria à Câmara do Porto em troca do exemplar da Biblioteca. E dizia: - Esses versos não são meus, são do álcool...". Todavia, o escritor João Paulo Freire (Mário), publicou em Curiosidades Bibliográficas o seguinte acrescento: " ... Sampaio Bruno aceitou e mandou fechar a sete chaves uma cópia que mandara tirar do original que Junqueiro acabava de inutilizar. Desta edição tiraram-se apenas 60 exemplares ...".

 

Preço:395,00€

Referência:15240
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:TRAGEDIA INFANTIL
Descrição:

Typ. J. H. Verde, Lisboa, 1877. In-8º de 33 -(1) págs. Brochado, sem capas originais, envolvido por uma cartolina fina coeva de papel marmoreado. Impressão sobre papel de qualdiade superior. Primeiras páginas com ocasionais picos de humidade.

Primeira edição de um dos primeiros livrinhos de Guerra Junqueiro.

Observações:
Preço:25,00€

Referência:15225
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:PÁTRIA
Descrição:

Edição de autor (?), s.l.,1896. In-8º de 188 - XXV - (I) págs. Encadernação inteira de pele cor de mel, de feitura artística com ferros gravados a sêco nas pastas, de estilo Arte Nova representando figuras femininas da época, emolduradas com ferros dourados dispostos em filetes simples. Dourado também nas coifas e seixas. Guardas em papel pintadas. Conserva as capas de brochura (anterior om ligeiros restauros marginais). Exemplar impresso em papel de boa qualidade, de esmerado apuro gráfico e encontra-se inteiramente por aparar, mantendo as margens intactas e desencontradas. Conserva encadernada no final uma folha volante impressa, que, em nossa opinião é indpendente da presente edição da obra, onde se lê: "Nota extraída doexemplar pertencente a José Pereira de Sampaio Bruno" com a identificação das personagens referidas na obra.

Primeira edição, muito invulgar que as condições descritas, constitui uma PEÇA DE COLECÇÃO única.

Cândido Nazareth, 3435 (raro); Aulo-Gélio 1888.

Observações:

Notável poema dramático, um ds últimos "documentos do vate político, que desfere com força imcomparável o látego da sátria", no dizer de J. do Prado Coelho. António José Saraiva e Óscar Lopes, na sua História da Literatura Portuguesa (15.ª ed., Porto Editora, Porto, 1989), apontam esta fase poética de Junqueiro como o ponto charneira na abordagem do real: "...  A nebulosidade da sua ideologia anticlerical permitia que, entretanto, prosseguisse até à crise política de 1890 a sua carreira de deputado monárquico, gravitando na órbita de Oliveira Martins e na do grupo de literatos e aristocratas dos Vencidos da Vida. Com o Ultimato assiste-se, porém, à sua rotura com Martins e à passagem para as fileiras republicanas. Datam de 91 Finis Patriæ e Canção do Ódio, violentas sátiras à dinastia brigantina e à Inglaterra, das quais ainda é sequência Pátria (1896), poema já, no entanto, repassado de um patriotismo elegíaco a condizer com as tendências saudosistas do tempo ...".

 

Preço:245,00€

Referência:13927
Autor:LACERDA, Aarão de ; LIMA, João de Lebre
Título:DIONYSOS. Revista mensal de Philosophia, Sciencia e Arte
Descrição:

Casa Minerva, Coimbra, 1912. 5 números de in-8º num volume só de 292-16 págs. Encadernação inteira em pele chagrin cor de vinho com dizeres a ouro na lombada e cervaduras douradas nas pastas. Conserva todas capas de brochura. Por aparar. Ilustrado em extra-texto.

PRIMEIRA SÉRIE COMPLETA.

INVULGAR.

Observações:

Primeira série completa desta revista muito interessante dirigida por Araão de Lacerda e por João Lebre de Lima e que teve como colaboradores nomes como Afonso Duarte, Silva Gaio, Fidelino de Figueiredo, Hyppolito Raposo, Bento Carqueja entre muitos outros.

Preço:100,00€

Referência:14703
Autor:LEÃO, Francisco da Cunha
Título:NAUFRÁGIO DE GOA
Descrição:

Guimarães Editores, Lisboa, 1962. In-8.º de 38-(3) págs. Brochado. Integrado na Colecção "Poesia e Verdade".

Ostenta uma dedicatória autógrafa ao escritor José Osório de Oliveira.

 

Observações:

A origem desta obra tem a ver com  independência de Goa que representa, histórica e simbolicamente, o doloroso princípio do fim do império colonial português.


"Filha dos galeões a pique. O mar abriu-se
E retomou-a em seu abraço verde.
Que imperioso fado manda reviver
A Trágico-Marítima?
A vingança do Oceano retomou-a.
Domingo dezassete de Dezembro
Dá-se o naufrágio de Goa

 

Preço:15,00€

Referência:15304
Autor:LEITÃO, Luis Veiga
Título:NOITE DE PEDRA. Poemas de ...
Descrição:

Edição do autor, Porto, 1955. In-8º de 58-(2) págs. Brochado.
Livro de notável arranjo gráfico da autoria de Amândio Silva, com ilustração de Augusto Gomes. Um livro muito belo, impresso sobre papel de elevada qualidade e gramagem, numa tiragem muito reduzida (250 exemplares).

PRIMEIRA EDIÇÃO da segunda produção literária do autor.

Observações:

Poeta de renome e artista plástico, LUIS VEIGA LEITÃO foi um militante antifascista, preso e perseguido pela Ditadura do Estado Novo. É obrigado a exilar-se no Brasil, onde acaba por morrer numa visita àquele país depois da Revolução. Era um homem corajoso, desprendido e sereno, um narrador de impressões e de histórias. O seu mais importante livro de poemas, Noite de Pedra, teve grande impacto no panorama da Poesia Portuguesa e na Resistência

Preço:40,00€

Referência:13749
Autor:LEPECKI, Maria Lúcia; PIRES, Lucília Gonçalves; MENDES, Margarida Vieira
Título:PARA UMA HISTÓRIA DAS IDEIAS LITERÁRIAS EM PORTUGAL
Descrição:

Instituto Nacional de Investigação Científica, Lisboa, 1980 In-8º de 94 págs.Br. Integrado na colecção "Textos de literatura".

Observações:

Interessante reunião de ensaios  que abordam os textos anexos a obras literárias, textos como prefácios e posfácios, em obras que vão do século XVI aos século XIX.
do Índice:
Sobre algumas formas da modernidade em textos prefaciais portugueses de 1550 a 1650  
Prólogo y antiprólogo na época barroca
O conceito de poesia na segunda metade do século XIX

 

 

Preço:15,00€

Referência:13605
Autor:LIMA, Augusto J. Gonçalves
Título:MURMURIOS
Descrição:

Typographia da Revista Popular, Lisboa, 1851. In-8º de XXIV-262-(2) págs. Encadernação meia inglesa em pano com dizeres a ouro em rótulo de pele. Sem capas de brochura e ligeiramente aparado. Pequenoa carimbo de posse.


PRIMEIRA EDIÇÃO
INVULGAR

 

Observações:

Livro de poemas de Augusto Gonçalves Lima, um dos nove poetas que integraram a revista "Trovador" editada por Feliciano de Castilho que acreditava ter descoberto uma nova linhagem de poetas coimbrães, "os poetas do Trovador". Em jeito de prólogo o livro encerra cartas trocadas entre o autor e o critico literário dessa geração, António Pedro Lopes de Mendonça.

Preço:25,00€

Referência:13991
Autor:LIMA, Henrique de Campos Ferreira
Título:INVENTÁRIO DO ESPÓLIO LITERÁRIO DE GARRETT
Descrição:

Publicaçoes da Biblioteca Geral da Universidade, Coimbra, 1948. In-8º de XIII-107 págs. Br. Capas de brochura amarelecidas.

Observações:

Inventário exaustivo feito por Ferreira Lima, publicado pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e que continua a ser o instrumento indispensável para o conhecimento e a consulta do Espólio de Garrett.

Encerra as seguintes categorias

A) Obras manuscritas de Garrett

B) Obras de Garrett impressas

C) Ciências e negócios públicos

D) Correspondência particular, política, oficial, literária, familiar, etc.

E) Certidão de baptismo e outros documentos relativos à vida política e particular de Garrett

F) Diplomas civis, decretos de nomeações, etc.

G) Diplomas literários e outros

H) Autógrafos coligidos por Almeida Garrett

I) Papéis não relacionados

J) Documentos acrescentados posteriormente à constituição do espólio (docs. 211 a 213), p. 104

K) Recordações pessoais

Preço:14,00€

Referência:13714
Autor:LIMA, Jaime de Magalhães
Título:A LINGUA PORTUGUESA E OS SEUS MISTÉRIOS
Descrição:

Livrarias Aillaud e Bertrand, Paris-Lisboa, 1923. In-8.º de 154-(1) págs. Br.

Observações:

Nesta obra, uma das últimas que publicou, Magalhães Lima fala não só da língua portuguesa e da sua evolução como também de  amigos e escritores, de Agostinho de Campos, Gonçalves Fernandes Trancoso, José Pereira Tavares, Manuel José Mendes Leite, José Crispiniano da Fonseca, João de Barros, Rodrigues Lobo, Duarte Nunes de Leão, Jacinto Freire de Andrade, Dom Francisco Manuel de Melo e António Corrêa d’Oliveira.
Encerra os seguintes capítulos:
Ressurreição de um milagre; O canto e a letra na linguagem; Um homem de letras - O sr. Agostinho de Campos; A Bíblia da Pátria.

Preço:19,00€

Referência:13372
Autor:LIMA, Jaime de Magalhães
Título:RASTO DE SONHOS arte e alentos de pousadas da minha terra
Descrição:

Emprêsa Gráfica A Universal, Porto, S/D. In-8º de 219-(4)págs. Br. Conserva capas de brochura. Valorizado pela dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro de crónicas escrita por Jaime de Magalhães Lima.

"Não  traduzem elas nem uma teoria, nem um sistema, nem princípios, nem regras, nem o que quer que seja disciplinado e fundado em sciência e razão; são apenas as impressões desordenadas de um vagabundo optimista qque, por ser optimista, confia sempre em que o dia de amanhã será mais alumiado e feliz do que o dia de hoje..."

Preço:28,00€

Referência:15307
Autor:LISBOA, António Maria
Título:EXERCÍCIO SOBRE O SONHO E A VIGÍLIA DE ALFRED JARRY seguido de O Senhor Cágado e o Menino.
Descrição:

Editora Gráfica Portuguesa, Lisboa, s.d. (1958). In-8º de 34-(1) págs. Encadernação moderna, meia inglesa em pele com papel fantasia de execução artesanal, com dizeres dourados na lombada. Conserva as capas de brochura.

PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma) dos textos deixados inéditos e organizados por Mário Cesariny na importante colecção “Antologia em 1958”.

Observações:


“ ... Antologia em 1958 o título saiu gralhado, devendo ser antes “Exercício sobre o SONO (e não sonho) e a Vigília de Alfred Jarry”. O “Exercício” foi cedido por Helder Macedo a Mário Cesariny, composto por três folhas dactilografadas e com a nota de Helder Macedo no verso da última folha “este texto de António Maria Lisboa foi-me cedido por Luiz Pacheco, que assinou pelo autor, para publicação em Folhas de Poesia, 3º. “O Senhor Cágado” foi, segundo Cesariny, “ o único texto que L.P. [Luiz Pacheco] me cedeu, em cópia dactilografada”. Ambos saíram pela primeira vez nesta edição que foi custeada  com a venda de um guacho de Maria Helena Vieira da Silva, então em Portugal ..." (in Poesia de António Maria Lisboa, Assírio e Alvim, pp. 397-398)

Preço:85,00€

Referência:14759
Autor:LISBOA, Irene
Título:APONTAMENTOS
Descrição:

Lisboa, (Edição da autora, Gráfica Lisbonense), 1943. In-8º de 282-(6) págs. Brochado. Pequeníssimo, quase imperceptível, trabalho de traça à cabeça do livro. Capas com ocasionais picos de humidade, e em especial, junto do pé da lombada. Miolo em muito bom estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de textos, crónicas e contos, escritos entre 1942 e 1943, onde revela através de uma loinga sequência, as suas opções estéticas e ideológicas, com a  representação de cenas do quotidiano (pequenos retratos neo-realistas de personagens do Portugal profundo de então). A estes olhares sobre a realidade do quotidiano justapõem-se a auto-análise e as reflexões sobre a linguagem, sobre o que é pensar e escrever, reveladoras de uma consciência meta-literária, do desassossego que caracteriza a escrita de Irene Lisboa. APONTAMENTOS constitui um testemunhoreflexivodo projecto literaário de Irene Lisboa nada preocupada com sua consagração junto da crítica literária. Com a publicação desta obra, Irene Lisboa abandona definitivamente o pseudónimo João Falco ao mesmo tempo que revela o seu isoalmento em relação aos leitores e a sua marginilização referente ao panaorama literário dos anos 30-40.

 

Preço:23,00€

Referência:14487
Autor:LOPES, Manuel
Título:O GALO CANTOU NA BAÍA ... (e outros contos cabo-verdeanos)
Descrição:

Orion Distribuidora, Lisboa, 1959. In-8º de 220-(2) págs. Brochado.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Inserido na colecção "Hoje e Amanhã". Manuel Lopes é um dos nomes mais destacados da literatura cabo-verdiana. A presente colectânea reúne alguns dos melhores contos do autor. Com os seus personagens de vigorosa personalidade, vivendo enredos de forte carga simbólica, relatados numa linguagem simultaneamente densa e subtil, estes contos de Manuel Lopes proporcionam ao leitor uma forte emoção. O primeiro deles, «Galo Cantou na Baía», publicado pela primeira vez em 1936, marca, na opinião de Russel Hamilton, o nascimento da moderna prosa narrativa de Cabo Verde.

Preço:40,00€

Referência:15273
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:O DESENGANO. Periodico Politico, e Moral por ...
Descrição:

Lisboa na Impressão Regia, 1830 (Setembro 1830 a Setembro de 1831). In-8º de 27 números, composto maioritariamente por 12 páginas cada: Colecção completa de 27 numeros encadernados num volume. Encadernação meia de pele cor de mel, século XX, com rótulo de pele vermelha gravada cm dizeres a ouro na lombada. Corte coevo das folhas salpicado a pigmento azul indigo. Exemplar acompanhado do retrato que por vezes falta nos exemplares que aparecem no mercado, gravura esta desenhada por H. J. da Silva e gravada por D. J. Silva . Inocêncio, no seu Dicionário Bibliográfico, diz-nos que a obra " ... compõe- se de 27 n.ºs, dos quaes o ultimo sahiu posthumo, tendo ficado incompleto pela morte do auctor ...", dado esse que se obtem também no último parágrafo do último número, onde refere a data de cessão de escrita e do passamento do autor "... por lhe obstar a finalisal-o o ataque das sezões de que lhe sobreveiu a morte ..."

Exemplar apresenta ainda uma folha final, constituída por 2 sonetos assinados J.J.P.L. [Joaquim José Pedro Lopes], intitulados «Por ocasião da sentida morte do Padre J.A. de Macedo» e o «Índice dos títulos dos numeros desta obra».

Publicação periódica completa, de difícil obtenção no mercado e cujas descrições não referem, nem a gravura, nem a folha final.

Inocêncio, IV, 197; Manuel Ferreira, Cat. LXXXII

 

 

Observações:

Periódico afeiçoado à causa absolutista em que o autor " .... arremedando uma espécie sui generis de heteronímia ou máscaras da mentira, criou, sem paralelo, um verdadeiro estilo de intervenção desorbitada na vida política portuguesa, habitualmente mais passiva e impessoal (...) e verdadeiro profissional da demagogia, converteu a polémica de intenção literária num registo ideológico ..." (Maria Ivone Ornellas Andrade, in A Contra-revolução em português, José Agostinho de Macedo, vol. II, 2004, p. 316)

Preço:250,00€

Referência:13517
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:A MEDITAÇÃO junto com NEWTON
Descrição:

Typ de Francisco Pereira d'Azevedo, Porto, 1854. Dois tomos de 270 e 169 págs encadernados juntos num só volume. Encadernação coeva em pele castanha meia inglesa com dizeres a ouro na lombada. Pequena vinheta de número de ordem de biblioetac particular na lombada.

Observações:

Dois poemas de inspiração filosófica de José Agostinho de Macedo.

A Meditação, poema em quatro cantos que segundo Innocêncio no seu livro "Vida e Obra de José Agostinho de Macedo" transcrevendo um juízo de Costa e Silva afirma: "De  todas as obras de José Agostinho a mais importante é a Meditação. Este poema lhe levou longos annos de trabalho e de desvelo, refundindo-o e corrigindo-o muitas vezes, e mudando-lhe o titulo, antes de o dar á luz."

 

Newton, Esta edição encerra o "Discurso Preliminar. A Fisica, ou alguma de suas
partes, he, ou póde ser digna materia da poezia sublime?"

 

Preço:95,00€

Referência:13516
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:A NATUREZA
Descrição:

Typographia de Francisco Pereira De Azevedo, Porto, 1854. In-8º de 363 págs. Encadernação coeva meia inglesa em pele castanha com dizeres a ouro na lombada. Pequena vinheta de núemro de ordem de biblioteca particular na lombada.

Observações:

"Tomei para objecto d'este poema a descripção das maravilhas da Natureza.(...) o compasso frigidissimo das estereis, e infecundas regras, com que nos opprimem alguns pedantes, não tem aqui lugar."

Preço:65,00€

Referência:13570
Autor:MACHADO, Fr. José
Título:NOVO MESTRE PERIODIQUEIRO, ou dialogo de hum sebastianista, hum doutor, e hum ermitão , sobre o modo de ganhar dinheiro no tempo presente.
Descrição:

Na Imprensa de Galhardo, Lisboa, 1821. In-8º de 38 págs. Encadernação moderna em papel marmoreado. Ostenta um pequeno autocolante de biblioteca particular.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Opúsculo polémico que atacava as ideias de liberdade da época. Nele o autor defendia os estabelecimentos antigos, as ordens religiosas e mesmo a Inquisição. Foi o primeiro de uma série de opúsculos.

Preço:45,00€

reservado Sugerir

Referência:13582
Autor:MAFFRE, Claude
Título:L'OEUVRE SATIRIQUE DE NICOLAU TOLENTINO
Descrição:

Centre Culturel Calouste Gulbenkian,Paris, 1994. In-4º de 822 págs. Br. Profusamente ilustrado em extra-exto com reproduções de fac-similes, caricaturas e outros documentos relativos a Nicolau Tolentino. Livro em lingua francesa.

 

Observações:

Magnífico estudo a partir do estabelecimento de uma edição comentada dos poemas considerados mais característicos e densos dee Nicolau Tolentino, que resultou de um confronto de trinta e sete manuscritos, entre outros, anteriores à edição de 1801, consultados nas bibliotecas públicas de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Braga.
Claude Maffre procede, num segundo momento deste estudo, a um apreciável trabalho de síntese sobre a globalidade da obra satírica, salientando o ângulo particular de visão que Tolentino tinha da sociedade lisboeta do seu tempo.

Preço:23,00€

Referência:14410
Autor:MARTINS, Albano
Título:A MARGEM DO AZUL
Descrição:

Tipografia A. desportida Lda, (1982).In-8.º oblongo de 49(4) págs. Br. Ilustrado.

Observações:

Albano Dias Martins (n. Fundão, 6 de Agosto de 1930), é um poeta português. Nasceu em 1930 na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal. Albano, formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Presentemente, é professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto. O poeta foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.

Preço:15,00€

Referência:13049
Autor:MARTINS, Mário
Título:GUIA GERAL DAS HORAS DEL-REI D. DUARTE
Descrição:

Edições "Brotéria", Lisboa, 1982. In-8º de 256 pags.Br. Ilustrado em extra-texto com fac-similes de páginas iluminadas do Livro de Horas de D. Duarte.

SEGUNDA EDIÇÃO.

Observações:


Obra destinada a orientar a leitura  do Livro de Horas de D. Duarte e que também serve de "chave para abrir as portas fechadas de outros livros do mesmo género". ensinando-nos para tanto «a distinguir um Livro de Horas dum simples breviario (...) a situa-lo no  tempo e no espaço por meio de elementos seguros, a fixar o núcleo essencial das Horas,  sua evolução e crescimento, c a avaliar a sua importância para a historia da poesia medieval, não só em latim, mas também em romances."

Preço:23,00€

Referência:13640
Autor:MARTINS, Rocha
Título:A PAIXÃO DE CAMILO (Ana Plácido)
Descrição:

Edição do auctor. (Composto e impresso nas Oficinas Gráficas do "ABC"). Lisboa. s/d. In-4º de 357-(3) págs. Br.  Capa de Stuart Carvalhais. Profusamente ilustrado com 20 gravuras em extra-texto sendo uma delas um retrato de Ana Plácido por António Carneiro. Cadernos por abrir. Lombada com um pequena falha.

3º Milhar

Observações:

Importante estudo biográfico sobre a vida de Camilo Castelo Branco onde não se pretendem apresentar factos novos,mas antes contar a história da vida de Camilo a partir do momento  em que, segundo  o  autor, ele conheceu Ana Plácido.

Preço:29,00€

Referência:12942
Autor:MARTOCQ, Bernard
Título:MANUEL LARANJEIRA ET SON TEMPS (1877-1912
Descrição:

Fondation Calouste Gulbenkian, Paris, 1985. In-8º de 716-(8) págs. Br. Ilustrado em extra-texto.

Observações:

Estudo muito aprofundado sobre a vida e obra de Manuel Laranjeira.

Do índice

La formation ; Rencontres à Espinho ; Laranjeira, solitaire et solidaire ; Scientisme et mal du siècle ; La critique artistique et littéraire ; Politique et pédagogie ; Le théâtre portugais vers 1900 ; Le théâtre de Laranjeira ; La poésie : comigo ; Laranjeira après Laranjeira ; Bibliographie
 

Preço:20,00€

Referência:12622
Autor:MATOS, Correia de
Título:TERRA CONQUISTADA
Descrição:

Editorial Gleba, Lisboa s/d.- In- 8º de 366 págs. Encadernação meia francesa em pele com dizeres a ouro em rótulo de pele na lombada.  Conserva capas de brochura. Capa e vinhetas, de abertura e fecho dos capítulos, de autor não identificado. Aparo marginal.

Segunda edição.

Observações:

Obra que ganhou primeiro prémio do Concurso de Literatura Colonial de 1945.  Aborda a  vivência do autor em Moçambique, onde desempenhou o cargo de chefe dos serviços agrícolas de Inhambane, o romance  entrecruza as tradições locais com a acção colonizadora portuguesa, num discurso narrativo recheado de diversas expressões de Quelimane e da Zambézia, o que justificou a inclusão de um glossário, com dezenas de vocábulos, para permitir maior legibilidade de um texto que ocasionalmente se aproxima do registo etnográfico.

"A indumentária de Catuane, essa é que era realmente assombrosa. Fazia a inveja e a cobiça de quantos a admiravam. Botas de cano largo, até meio da perna, de solas ferradas; calções à Chantily, às riscas azuis e brancas, chapeadas de cabedal em figuras geométricas; espessas meias vermelhas de lã que chegavam aos joelhos, saindo dos canos das botas; uma blusa feita de retraços de pergamóide de diversas cores, unindo ao meio por um fecho éclair; além dum casacão enorme, tão felpudo que era inteiramente aceitável ter pertencido ao espólio de algum alpinista. Na cabeça, um grande chapéu à cow-boy, de alta copa e de aba larga revirada, com duas penas de galo espetadas no alto. Óculos preto e uma sombrinha de senhora completavam a carnavalesca indumentária. A atravessar o lóbulo de uma das orelhas uma caneta de tinta permanente."

Preço:18,00€

Referência:15060
Autor:MELLO, Pedro Homem de
Título:BODAS VERMELHAS
Descrição:

Editorial Domingos Barreira, Porto, 1947. In-8º de 241-(1) págs. Brochado. Pequena rúbrica de posse no ante-rosto.

Observações:

Prefácio muito interessante de Júlio Dantas onde ele afirma que Pedro Homem de Mello é um "(...) poeta de alta estirpe, justamente considerado um dos mais representativos cultores do moderno lirismo português(...)".

BODAS VERMELHAS

As almas pedem luz. Apodrecida
A noite dorme, quieta, em seu armário.
Cantai sem medo! A cruz foi no Calvário
Que Deus a ergueu, como a anunciar a vida!


Cantai, rapazes! E essa juventude
Que não foi a minha, seja, ao menos, a vossa!
Que dentre todos, um, ao menos, possa
Quebrar tanto silêncio que ainda ilude!


As asas só são asas quando há vento.
Cantai! Cantai na força dos vinte anos!
Cantai! Cantai! Ingénuos, mas humanos,
Com lábios rubros de prometimento!


Não morrer hoje, que importância tem?
A paz, às vezes, lembra-nos veneno...
E tudo é falso no país sereno
Que não se bate nunca por ninguém.

Preço:30,00€

Referência:14320
Autor:MELO E CASTRO, E. M. de
Título:FINITOS MAIS FINITOS -FICÇÃO/FICÇÕES
Descrição:

Hugin Editores Lda., Lisboa, 1996. In. 4.º de 127 págs. Br. Capa de brochura ilustrada.

Observações:

Deste livro diz o autor: "...representa um corte transversal na minha actividade criativa diária mostrando que para mim não há diferença entre a escrita de poemas, de ensaios, de contos e a produção de poemas visuais no computador. O processo da escrita é em/muitos, tal como as vivências de que esse processo é uma emanação virtual. Por isso este livro é talvez aquele que neste momento melhor me traduz e representa."

Preço:28,00€

Referência:14317
Autor:MELO E CASTRO, E. M. de
Título:QUEDA LIVRE
Descrição:

Livraria Nacional, Covilhã, 1961. In-8.º de 64-(2) págs. Brochado. Impecavelmente bem conservado apenas apontando-se como “defeito” um quase imperceptível amarelecimento marginal, provocado pela oxidação do papel desta zona das margens do livro quando em contacto com o ar, ao longo dos seus 60 anos de existência.

Obra invulgar e inserida na apreciada colecção "Pedras Brancas". Capa e desenho impresso em folha desdobrável à parte, da autoria de Manuel Batista.

Observações:

 

sento-me nestas cadeiras que limitam
quatro paredes brancas
onde me quebro as noites

terra de geometria

alicerce de pó
que nos mantém a vida

casa forma passiva de ser móvel

horizonte de braços

telhado

que deixa o sol entrar
e a chuva fugir

 

Preço:40,00€

Referência:14312
Autor:MIRANDA, José da Costa
Título:NOTAS PARA UM ESTUDO SOBRE O TEATRO DE MOLIÈRE EM PORTUGAL (século XVIII)
Descrição:

Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1973. In-4º de 172 págs. Br. Profusamente ilustrado com fac-símiles das obras traduzidas de Molière. Valorizado pela dedicatória autógrafa.

Observações:

Estudo muito interessante sobre as traduções e encenações das obras de Molière durante o século XVIII, em Portugal.

Preço:20,00€

Referência:14216
Autor:MONACI, Ernesto
Título:IL CANZONIERE Portoghese della Biblioteca Vaticana. Con una Prefazione con facsimili e con altre illustrazioni + IL CANZONIERE Portoghese Colocci-Brancuti.
Descrição:

Max Niemeyer Editore, Halle, 1875. In-4º de XXX-456-(2) págs.: il. Junto com: MOLTENI (Enrico) IL CANZONIERE Portoghese Colocci-Brancuti. Publicato nelle parti che Completano il Codice Vaticano 4803. Max Niemeyer Editore, Halle, 1880. In-4º de XII-188 págs.: il.. Encadernação inteira de pele castanha decorada nas pastas com cercadura dupla dourada, na lombada rótulos de pele vermelha com dizeres dourados e florões decorativos em casas abertas. CONSERVA AS CAPAS DE BROCHURA de ambos os títulos assim como a lombada estando apenas aparado à cabeça com um corte carminado.  Charneiras com sinais de cansaço, de resto excelente exemplar, bem conservado com o miolo muito fresco e de estrutura sólida.
PRIMEIRA EDIÇÃO DA OBRA, já rara de aparecer no mercado. MUITO BOM EXEMPLAR.

Observações:

Cancioneiro da Biblioteca Vaticana constitui uma colectânea medieval de 1200 cantigas trovadorescas escritas em galaico-português (cantigas de amigo, de amor e de escárnio e mal-dizer). Depositado na Biblioteca do Vaticano, deonde deriva o nome pelo qual é conhecido, foi compilado em Itália no final do séc. XV / inícios de XVI. Esta edição diplomática é da responsabilidade de Ernesto Monaci, conhecendo-se ainda uma edição anterior deste manuscrito medieval financiado pelo Visconde da Carreia em 1847.

 

O Cancioneiro Colocci-Brancuti (redigido em seis diferentes estilos caligráficos, com predominância da letra itálica chanceleresca e letra bastarda cursiva) mais tarde denomindado de Cancioneiro da Biblioteca Nacional constitui uma colectânea cantigas trovadoresco galaico-português, compilado em Itália por volta de 1525-1526 por ordem do humanista Angelo Colocci (1467-1549) tendo numerado 1664 composições e anotou praticamente todo o códice. Este manuscrito passou a ser muito mais tarde, pertença do conde Paolo Brancuti di Cagli, de Ancona, que em 1888 o vendeu ao filólogo italiano Ernesto Monaci. Em 1924 foi adquirido pelo Estado Português (anexado ao exemplar que aqui se apresenta para venda, a notícia que saiu no jornal no dia a seguir à sua aquisição) e depositado na Biblioteca Nacional de Lisboa, de onde colheu o nome pelo qual é hoje conhecido.

Das 1664 composições originais chegaram apenas 1560 aos dias de hoje. Entre os trovadores presentes salientam-se o rei Dinis, Sancho I, Pedro conde de Barcelos, Pay Soares de Taveirós, Joham Garcia de Guylhade, Ayras Nunes, Martim Codax, etc.

Segundo Teófilo Braga, poucos anos depois, em 1877,  na revista alemã Romanische Philologie, e a propósito da publicação desta edição em Halle, veio a lume com o importante texto crítico e acutilante (contra o panorama cultural nacional) O Cancioneiro portuguez da Vaticana e suas relações com outros Cancioneiros dos seculos XIII e XIV . diz-nos o seguinte:

"... O apparecimento do Cancioneiro portuguez da Bibliotheca do Vaticano, que encerra quasi toda a poesia lyrica do fim da edade media em Portugal, veiu mais uma vez provar a superioridade da iniciativa individual sobre a estabilidade inerte das instituições collectivas que apenas apresentam o vigor do prestigio official; desde 1847 que a Academia real das Sciencias de Lisboa deixava jazer no pó do archivo de Roma este importante documento nacional, e foram sempre ficticios os esforços para obter uma copia d'elle, que de ha muito devera ter sido reproduzida no corpo dos Scriptores, que forma uma das partes dos Portugaliae Monumenta historica. No emtanto, no estrangeiro o interesse scientifico muitas vezes se havia occupado do passado historico de Portugal, e foi a esta corrente que obedeceu o illustre philologo romanista Ernesto Monaci coadjuvado pelo activo e intelligente editor Max Niemeyer, restituindo a este paiz o texto diplomatico do mais precioso dos seus documentos litterarios. Ao terminar do modo mais consciensioso a sua empreza, escreve Monaci: " voglia il cielo che tornato il libro in Portogallo, diventi presto oggetto di studj novelli. È solo nella fonte delle tradizioni patrie che lo spirito di una nazione si ringagliardisce." (Canz. port., p. XVIII.) Infelizmente na litteratura portugueza ainda se não comprehendeu esta verdade salutar, e por isso o talento desbarata-se em architectar phantasmagorias de cerebros doentes ou em fazer traducções de romances dissolutos. Acceitando a responsabilidade das palavras do editor do Cancioneiro da Vaticana dirigidas a esta nação, cabia primeiro do que a todos á Academia real das Sciencias de Lisboa responder pela seguinte forma:

1°. Publicar o texto critico e litterario restituido sobre a lição diplomatica em grande parte illegivel fóra de Portugal.

2°. Acompanhar esse texto com todos os dados bibliographicos de que se possa alcançar noticia, para sobre elles basear a historia externa da formação do Cancioneiro.

3°. Acompanhal-o de um bom glossario das palavras empregadas na dicção provençalesca da poesia palaciana.

4°. Por ultimo organisar um vasto quadro da historia litteraria de Portugal no periodo dos nossos trovadores, deduzido dos abundantes factos historicos que fornece o Cancioneiro da Vaticana.

É para isto que existem as Academias nos paizes civilisados, que os governos as subsidiam, e que os seus membros têm o fôro de sabios. Em quanto a Academia real das Sciencias de Lisboa não cumpre este seu dever, cumpre-nos dar uma noticia d'este Cancioneiro, longos seculos perdido pelas bibliothecas estrangeiras. ...".

Em 1878 veio a lume a sua edição crítica do Cancioneiro Portuguez da Vaticana.

Preço:300,00€

Referência:14719
Autor:MONTE, José Ferreira
Título:PARA QUE TUDO RENASÇA poemas
Descrição:

Edição do autor, Coimbra, 1948. In-8º de 79-(5) págs. Brocgado. Integrado na colecção do "Galo", dada a lume em Coimbra e cuja tiragem foi sempre muito restrita. Capa de brochura com alguns picos de acidez e ligeiras manchas marginais.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Invulgar livro de poemas neorealistas.

Observações:
Preço:23,00€

Referência:14971
Autor:MONTEIRO, Adolfo Casais
Título:EUROPA.
Descrição:

Editorial Confluência, Lisboa, 1946. In-8.º gr. de 38-(2) págs. Brochado. Capa de brochura ilustrado com desenho de António Dacosta. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. Lombada com pequena falha de papel junto ao pé e à cabeça. Miolo impecável, bem estruturado pelo seu exceelnte estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo Vanessa Sousa, este poeta Adolfo Casais Monteiro, " ... sendo um homem interessado pela política e pela defesa da dignidade humana, escreveu os seus versos numa angústia que se intensificou durante a Segunda Guerra Mundial, quando todo e qualquer princípio ético foi posto em causa. Aliás, foi a sua “intervenção cívica de exemplar dignidade” que lhe valeu o exílio. Mas ainda antes de partir para o Brasil, Casais Monteiro escreveu em tom de protesto uma obra com o título do continente que o viu nascer: Europa (1946). Livro composto por um longo poema sobre o velho continente, foi escrito entre 1944 e 1945 e publicado logo após a segunda Grande Guerra. (...) Numa clara crítica ao nazismo, Casais Monteiro pergunta: “Europa sem misérias arrastando seus andrajos, / virás um dia? Virá o dia / em que renasças purificada?” Casais Monteiro descreve uma Europa idealizada por si próprio, uma Europa “sem misérias”, “sem andrajos”, uma Europa purificada e livre da “mão avara”. Este desejo de regeneração estende-se ao longo dos seus versos, que vão descrevendo o estado decadente desse continente. A Europa precisava de se purificar para que não findasse. O poeta pede redenção para o mal que a Europa causou, mas também deseja que o seu bem, já existente antes da guerra, seja repartido. Assim, esta aparente esperança acompanha o percurso do leitor pelos versos referentes à temática da morte e da destruição causadas pela guerra. Tal disforia ocupa grande parte da obra z, apesar de os seus primeiros versos serem de esperança, purificação e renascimento. ...".

Preço:45,00€

Referência:14267
Autor:MONTEIRO, Adolfo Casais
Título:A POESIA DA "PRESENÇA"
Descrição:

Ministério da Educação e Cultura - serviço de documentação, Rio de Janeiro, 1959. In-8º de 363 págs. Br. Rubrica de posse no frontispício.
Primeira edição.

Observações:

Esta obra começa por fazer uma antologia das poesias de António Nobre, dos poetas da Geração do Orpheu, posteriormente apresenta poesias e poetas contemporâneos brasileiros e portugueses.

Preço:25,00€

Referência:14404
Autor:MOREIRA, Francisco Roque de Carvalho
Título:PATRIOTICO ONDE EM DIVERSAS POEZIAS se toca a primeira, segunda, e terceira expulsao dos Francezes: Se redarguem os seus partidistas, sao louvados de authores de liberdade de Portugal, e os principaes chefes, que os dirigirao ate momento da queda ...
Descrição:

Na Nova Impressão de Viuva Neves e Filho, Lisboa, 1816. In-8º de 206 págs. Brochado. Capas coevas em papel impresso. Livro mantendo a sonoridade original do papel, mantendo as largas margens desencontradas intactas. Frontspício pequeno corte marginal.

Observações:

Obra dividida em 36 Odes com preciosas anotações impressas em roda-pé.

Preço:50,00€

Referência:14486
Autor:MOURÃO-FERREIRA, David
Título:TAL E QUAL O QUE ERA
Descrição:

Editorial Organizações, Lisboa, 1963. In-8º de 64 págs.Br. Colecção "Antológica Best-Sellers".

Observações:

Primeira edição autónoma, "corrigida, e em certos passos abreviada" desta novela extraída do livro Gaivotas em Terra.

Álvaro Salema, na nota de badana:
"monólogo coloquial de um narrador, que vai em busca das suas recordações de comparsa para redescobrir e tentar explicar a grande figura dramática da mulher que preenche a narrativa."

"Era justamente o que eu ia dizer! Tudo se prende, em última instância (pelo menos na aparência), a esse outro problema. Mas aí é que está: jamais descobriremos se a Maria Antónia se suicidou ou não se suicidou. Já sabes o que penso a tal respeito: agora é que ela não tinha razões nanhumas para se suicidar; no entanto, a Maria Antónia era pessoa para se suicidar, precisamente quando não tivesse razões nenhumas para isso. Suponhamos, porém, que foi um acidente: a verdade é que um acidente pode muito bem ser uma das armas do destino; e, em contrapartida, não será a natureza - uma natureza cansada, depauperada, gasta antes do tempo - a responsável por um acidente daquele género? Suponhamos, agora, que não foi um acidente: e nunca saberemos até que ponto é que a livre vontade da Maria Antónia, por muito livre que parecesse, não estaria comandada pelo destino ou subornada pela natureza.

Ora até que enfim te vejo sorrir. É isso, meu caro: falo sempre como advogado. De qualquer modo, bem vês: esta última incógnita (a da morte), mesmo quando ficasse devidamente esclarecida, nunca bastaria para explicar a outra: a vida, a vida da Maria Antónia."

Preço:15,00€

Referência:14310
Autor:NAMORA, Fernando
Título:A NOITE E A MADRUGADA. Romace
Descrição:

Editorial “Inquérito” Limitada. Lisboa. (1950). In-8º de 252-(1) págs. Brochado. Pequena falha de papel no pé da lombada. Miolo em muito bom estado de conservação. Capa da brochura ilustrada com um belo desenho a cores de Manuel Ribeiro de Pavia.

PRIMEIRA EDIÇÃO. INVULGAR.

Observações:

A Noite e a Madrugada , escrito em 1948 mas só publicado em 1950, foi o romance de maior sucesso de Fernando Namora. Nele, o autor conta-nos a vivência das gentes raianas, da fronteira beirã de Portugal e Espanha, lado a lado com o mundo ilegal do contrabando. O realismo das descrições levam-nos a simpatizar com os personagens, que embora foras da lei, são retratados como sobreviventes de uma realidade dura.

Preço:35,00€

Referência:12852
Autor:NASCIMENTO, Cabral do
Título:CONFIDÊNCIA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa,  s/d. In-8º de 107 págs. Br. Vinheta de Maria Franco. Capa de brochura com algumas picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Livro de poemas deste poeta fortemente marcado pelo Saudosismo.

Natal


Se alguém por mim passou,
O seu caminho foi.
Nenhuma dor me dói;
Neste canto me isolo;
Dá-me tanto consolo
Saber que apenas sou!

Reduz-se tudo a isto:
Suavíssimo perfume
De heliotrópio morto.
Traz-me tanto conforto
Saber que só existo
Aqui, junto do lume!

E o vento que, lá fora,
Deita as folhas em terra,
Não me abala sequer.
Ah, quanto bem encerra
A minha ideia, agora,
De estar num canto, e ser?

 

Preço:19,00€

Referência:14958
Autor:NEGREIROS, José de Almada
Título:NOME DE GUERRA. Romance
Descrição:

Edições Europa. Lisboa. S.d. (1938) In-8º de 254-(1) págs. Brochado. Todos os exemplaes apresentam um sinete a óleo de Almada Negreiros. Capas de brochura com ligeira acidez generalizada, própria da qualidade do papel. Capa anterior e ante-rosto com assinatura de posse coeva. Miolo em óptimo estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO muito procurada. Já de raro aparecimento no mercado.

 

Observações:

Apreciadíssimo romance de Almada Negreiros sendo também um importante contributo para o modernismo literário português. Trata-se do primeiro volume da Colecção de Autores Modernos Portugueses dirigida por João Gaspar Simões, quem nos afirma no prefácio da obra ser escrito em 1925, mas  só publicado em 1938. Trata-se de um  romance de iniciação de um jovem provinciano proveniente de uma família abastada.

Sinopse:
Quando o tio de Luís Antunes o envia para Lisboa, ao cuidado do seu amigo D. Jorge (descrito como “bruto como as casas e ordinário como um homem”), com o propósito de o educar nas “provas masculinas”, não imaginava o desenlace de tal aventura. Apesar de, na primeira noite, D. Jorge ter ficado convencido da inutilidade dos seus préstimos, Antunes concluiu que o “corpo nu de mulher foi o mais belo espectáculo que os seus olhos viram em dias de sua vida”, decidindo-se a perseguir Judite. Esta “via perfeitamente que o Antunes não estava destinado para ela”, mas “não lhe faltava dinheiro e dinheiro é o principal para esperar, para disfarçar, para mentir a miséria e a desgraça”. Assim se inicia a história de Luís Antunes e Judite, que terminará com a prodigiosa e desconcertante frase, “não te metas na vida alheia se não queres lá ficar”.

Preço:150,00€

Referência:15237
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:EU, COMOVIDO A OESTE. Poemas.
Descrição:

Revista de Portugal. Lisboa. 1940. In-8º de 36 págs. Brochado. Capa de brochura anterior com pequenas manchinhas de tinta e raro foxing (ausente no miolo).
Ostenta uma dedicatória autógrafa ao poeta Alexandre O'Neill.

Primeira edição independente de um dos mais célebres livros de poemas do autor, RARO no mercado. PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

Conjunto de 41 poemas que Nemésio publicou na Revista de Portugal e ainda no mesmo ano os editou sob a forma de livro.

Paulo Quintela, 467; Laureano Barros, 3896.

Preço:225,00€

Referência:14783
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:ONDAS MÉDIAS por ...
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1945. In-8º de 360 págs. Brochado. Em excelente estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Apreciada colectânea de crónicas que " ... tiveram grande divulgação mediática em programas de rádio ..." e consagradas a grandes figuras da literatura portuguesa de todos os tempos.

Capítulos sobre Dom Duarte, Damião de Góis, Anchieta, Frei Tomé de Jesus, Gaspar Frutuoso, Heitor Pinto, Cavaleiro de Oliveira, Correia Garção, Tolentino Gonzaga, Bocage, Garrett Herculano, Camilo, Eça de Queiróz, Juio de CAstilho, Anselmo Braamcamp Freire, Fausto Guedes Teixeira, António Nobre, etc ...

Preço:35,00€

Referência:14746
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:SAPATEIA AÇORIANA Andamento Holandês e outros poemas
Descrição:

Editora Arcádia, Lisboa, 1976. In-8º de 92-(3) págs. Brochado.

Observações:

 Último livro de poemas de Vitorino Nemésio que reune poemas publicados em edições restritas com distribuição restrita, de que se destaca Andamento Holandês .

"Este volume de poemas devia ser acompanhado de quatro motivos, a cor, inspirados a Nikias Skapinakis pelo andamento Holandês... Por razões de crise económica, que o editor, o pintor e o poeta lamentam, esse projecto de edição fica adiado..."


 A  CAMINHO DO CORVO

A minha vida está velha
Mas eu sou novo até aos dentes.
Bendito seja o deus do encontro,
O mar que nos criou
Na sede da verdade,
A moça que o Canal tocou com seus fantasmas
E se deu de repente a mim como uma mãe,
Pois fica-se sabendo
Que da espuma do mar sai gente e amor também.
Bendita a Milha, o espaço ardente,
E a mão cerrada
Contra a vida esmagada.
Abençoemos o impossível
E que o silêncio bem ouvido
Seja por mim no amor de alguém.

Preço:19,00€

Referência:14639
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:POESIA 1935-1940
Descrição:

Livraria Morais Editora, Lisboa, 1961. In-8º de 150-(2) págs. Brochado. Em muito bom estado de conservação

Observações:

Inserido na prestigiada Colecção "Circulo de Poesia".
(...) Este homem, pensei então, não quer saber da rigidez de teorias ou receitas literárias e engendra e inflecte os seus próprios recursos técnicos como lhe apetece em cada momento. A sua liberdade poética oscila muitas vezes entre a utilização e a transgressão dos cânones, mas sempre ou quase sempre, com uma cuidada modulação fónica e rítmica nas suas próprias asperezas. (...) " Vasco Graça Moura

Preço:35,00€

Referência:14637
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:O VERBO E A MORTE
Descrição:

Livraria Moraes Editora, Lisboa, 1959. In-8º de 90-(6) págs. Brochado. Exemplar impecávelmente bem conservado.

Observações:

Este é um dos mais significativos livros de poesia de Nemésio integrado na apreciada colecção Círculo de Poesia.

 

 

 

VERBO E ABISMO       

Já da vaga vocálica dependo
Como a alga que a onda leva à areia:
Mas eu mesmo, que a digo, mal entendo
A voz que clama a minha vida e a enleia.

Se intervenho no som gratuito, ofendo
Seu sentido secreto e íntima cheia:
Transtornado por ela, emendo, emendo,
E é ela que me absorve e senhoreia.


Verbo ao abismo idêntico, toado
Sobre os traços de fogo que precedemA presença de Deus no monte irado,

Ao teu sopro de amor as vozes cedemO que a morte decifra e restitui
Ao espírito liberto do que fui.

Preço:50,00€

Referência:14269
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:CAATINGA E TERRA CAÍDA - Viagens do Nordeste e no Amazonas
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, sem data (1968-?). In-8º de 357-(1) págs. Br.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Da nota de badana: " A identificação do autor com paisagens e gentes brasileiras vai desde o saber histórico e sociológico à intimidade dos costumes e à apropriação da linguagem. (...)
Estes cadernos de viagem ao Nordeste e ao Amazonas completam, com um fio romanesco e um impressionismo flagrante de fauna, flora e gentes, largamente informado de cidades, engenhos, fazendas de gado, postos e cocais do “aranhol”, o largo itinerário (...)"

Preço:30,00€

Referência:15260
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:UMA ABELHA NA CHUVA
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1953. In-8º de 211-(1) págs. Brochado com a capa anterior ilustrada por Victor Palla, apresenta ligeiro e insignificante defeito na cabeça da lombada, sem perda de papel.

INVULGAR PRIMEIRA EDIÇÃO deste apreciado livro de Carlos de Oliveira e também um dos mais representativos romances de referência para o século XX português. Conheceu sucessivas edições revistas até 1981, ano da sua morte. Foi ainda, em 1971, objecto de um notável filme de Fernando Lopes.

 

Observações:

"... Pelas cinco horas duma tarde invernosa de outubro, certo viajante entrou em Corgos, a pé, depois da árdua jornada que o trouxera da aldeia do Montouro, por maus caminhos, ao pavimento calcetado e seguro da vila: um homem gordo, baixo, de passso molengão; samarra com gola de raposa; chapéu escuro, de aba larga, ao velho uso; a camisa apertada, sem gravata, não desfazia no esmero geral visível em tudo, das mãos limpas à barba bem escanhoada; é verdade que as botas de meio cano vinham de todo enlameadas, mas via-se que não era hábito do viajante andar por barrocais; preocupava-o a terriça, batia os pés com impaciência no empedrado.

Tinha o seu quê de invulgar: o peso do tronco roliço arqueava-lhe as pernas, fazia-o bambolear como os patos: dava a impressão de aluir a cada passo.

A respiração alterosa dificultava-lhe a marcha.

Mesmo assim galgara duas léguas de barrancos, lama, invernia.

Grave assunto o trouxera decerto, penando nos atalhos gandareses, por aquele tempo desabrido. ..."

O casamento de Álvaro e Maria dos Prazeres é infeliz, como tantos outros que se eternizavam no Portugal medíocre de Salazar. As fidalguias viviam de aparências, a fingir e a calar para manter o património intacto. Todavia, o romance “Uma abelha na chuva” de 1953, faz  o amor nascer entre uma criada e um motorista, à margem das regras sociais.

 

 

Preço:70,00€

Referência:15020
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:PEQUENOS BURGUESES. Romance.
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1948. In-8º de 228-(3) págs. Brochado, com ligeiros picos de humidade. Miolo impecável apresentando os cadernos por abrir. Exemplar com estrutura sólida e muito bem conservado. Carimbo de oferta da Casa Editora no ante-rosto.

Observações:

Pequenos Burgueses, com a 1.ª edição em 1948, terá a sua 3.ª edição refundida 1970. O número de capítulos e o seu texto é reduzido e essa redução implica o quase desaparecimento de certos desenvolvimentos narrativos, mas por outro lado, há curtos mas significativos acrescentos e interpolações que introduzem notas novas no romance.
Em Pequenos Burgueses apercebemo-nos de uma complexa teia de relações amorosas e familiares, em torno da qual outros acontecimentos, sempre descritos com humor e sarcasmo, curiosos e hilariantes, se desenrolam. Somos absorvidos pelas manias, traumas e psicoses destas personagens, bem como pelo seu modo de vida em que muitas vezes estão implícitas a duplicidade e a clandestinidade.

Preço:50,00€

reservado Sugerir

Referência:15018
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:PASTORAL
Descrição:

Livraria Sá da Costa, Lisboa, 1977. in-8º de 22 págs. Brochado. Exemplar imaculado.

Edição original com uma tiragem limitada a 150 exemplares.

Dos títulos mais difíceis de toda a bibliografia de Carlos de Oliveira. PEÇA DE COLECÇÃO, não mencionado nos catálogos das principais colecções bibliófilas de literatura portuguesa.

Observações:

No posfácio da autoria de Rosa Maria Martelo, na reedição recente de Pastoral (Averno, Outurbo 2022), que anexamos à venda deste item, lemos o seguinte:
"... Quando organizou os dois volumes de Trabalho Poético (1976) Carlos Oliveira fechou o conjunto da sua poesia com um breve livro Mundo Pastoral. Nesse mesmo ano, a revista Nova - Magazine de Poesia e Desenho divulgou, no número de Outono, sete desses dez poemas, mas só em 1977 o escritor viria a publicar Pastoral autonomamente numa discreta plaquete com a chancela da Sá da Costa, da qual cento e cinquenta exemplares fora do mercado. Tais circunstâncias de publicação levaram a que este breve livro de singularíssima temática pastoril fosse lido essencialmente no contexto de Trabalho Poético e visto, acima de tudo, como o epílogo da poética de Carlos de Oliveira. No entanto Pastoral representa, em termos absolutos, um ponto muito alto na escrita do poeta e ganha em ser lido de forma autónoma ...".

 

VENDIDO

Preço:0,00€

Referência:14741
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:APRENDIZ DE FEITICEIRO
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1971. In-8º de 289-(4) págs. Brochado. Ilustrado à parte com fotografias belíssimas e artísticas de António Cabrita.

Observações:
Preço:30,00€

Referência:15323
Autor:ORTIGÃO, Ramalho
Título:EM PARIZ
Descrição:

Typographia Lusitana, Porto, 1868. In-8º de 235-(3) págs. Encadernação coeva em pele preta, meia inglesa, com dourados ao gosto romantico na lombada. Aparo marginal, falho de ante-rosto. Dedicatória autógrafa (?) safada e vestígios de antigo carimbo, no frontispício. Miolo impecável, muito limpo.

Muito rara primeira edição da estreia literária de Ramalho Ortigão.

Não referido em Laureano Barros. Aulo-Gélio, 2991; Candido Nazareth, 5681 (muito rara); Soares & Mendonca (1968), 3397.

Observações:

Interessante livro, publicado assim que o autor chegou de Paris, em Janeiro de 1868, onde visitou a Exposição Universal de Paris de 1867, e no prólogo da viagem, logo abrir o livro, lemos o seguinte: " ... Hoje em dia um viajante que se não apeie de balão com noticias da lua, precisa de nos ser muito sympathico para o não termos por um semsaborão quando vier contar o que viu. Este mundo está visto e revisto. A electricidade e o vapor tornaram toda a redondeza do globo terrestre tão compreensivel como a circunferencia de uma tangerina que a gente atravessa com um palito e mette na algibeira acabado o jantar ..." demarcando a sua obra de qualquer intenção didática: "Proponho-me singelamente conversar com a despresunção plena de quem não tem compromissos nenhuns para ser embiocado e sorna". Já em "Sobre as águas do mar", aponta as suas motivações de viagem: "Viajar? (...) Para onde? Para qualquer parte. Para quê? Para voltar depois. Porquê? Porque se volta melhor do que se foi."

Nele o autor descreve algums particularidades da vida cosmopolita francesa, faz comparações com Portugal, descreve as paisagens da viagem, e dedica bastantes páginas à literatura francesa e aos prazeres de mesa dos jantares do Grand Hotel. Aqui reúne uma série de textos heterogéneos cuja acção se desenvolve em Paris ("No asfalto parisiense"); um fragmento autobiográfico ("Uma visita a Ferdinand Denis"); vários folhetins ("Jantares e jantantes", sobre a vida mundana parisiense; "A parisiense", onde faz o elogio da mulher francesa; "O petit crevé", onde caricatura o tipo do rapaz elegante; "A mocidade", em que examina a mocidade intelectual francesa).

Preço:95,00€

Referência:15093
Autor:PACHECO, Luiz
Título:COMUNIDADE
Descrição:

Contraponto, Lisboa, S/d. In-8º de 25-(1) págs. Brochado. Exemplar duma tiragem especial de 300 exemplares numerados e autografado pelo autor, levando este o nº 93. Como habitualmente, encontra-se ausente do hors-texte de Carlos Ferreiro. Apresenta fragmentos de papel acid-free para reforço marginal da capa, com ligeira acidez na charneira.

Ostenta uma curiosa, subversiva e irónica dedicatória autógrafa de Luiz Pacheco a Noémia (Seixas, escritora).

Observações:

"Estendo o pé e toco com o calcanhar numa bochecha de carne macia e morna; viro-me para o lado esquerdo, de costas para a luz do candeeiro; e bafeja-me um hálito calmo e suave; faço um gesto ao acaso no escuro e a mão, involuntária tenaz de dedos, pulso, sangue latejante, descai-me sobre um seio morno nu ou numa cabecita de bebé, com um tufo de penugem preta no cocuruto da careca, a moleirinha latejante; respiramos na boca uns dos outros, trocamos pernas e braços, bafos suor uns com os outros, uns pelos outros, tão conchegados, tão embrulhados e enleados num mesmo calor como se as nossas veias e artérias transportassem o mesmo sangue girando, palpitassem, compassadamente, silenciosamente, duma igual vivificante seiva".

Preço:175,00€

Referência:14322
Autor:PAPANÇA, Macedo (conde de Monsaraz)
Título:OBRAS DO CONDE DE MONSARAZ. (Vol I e II). Catharina d'Athayde - Grande Marquez - Lenda do Jesuitismo. Do ultimo romantico. Páginas soltas. Severo Torell.
Descrição:

Livraria Ferreira Editora, Lisboa, 1908. In 8º, 2 vols de com 208-IV & 261-XXIII-VII págs. respectivamente. Brochado. Segundo volume inteiramente por abrir e capas com ligeiros picos de acidez. Bons exemplares com miolo muito limpo.

Observações:

Da Enciclopédia online, destacamos o seguinte, por nos parecer de qualidade:


" ... Era considerado pelos seus contemporâneos um "homem encantador", gozando de "largo e aristocrático prestígio no meio mundano e político", que mantinha em Lisboa a sua "corte alentejana de artistas, um salão literário, uma vida larga, uma linda cabeça de aedo", levando uma vida simultaneamente de "palaciano e lavrador". Ao contrário da tradição poética nacional, "foi precisamente quando instalado num título e numa alta situação social que melhor revelou a emoção duma ardente vida interior. Macedo Papança, ao chegar a Lisboa, vindo de Reguengos, era um vate sorridente e aristocrático. Foi o Conde de Monsaraz que regressou ao drama da terra, à écloga da sua província, à alma das charnecas e dos montados, à viola do velho Brás e à graça matinal das azinhagas em flor. Foi na época dourada da sua existência que ele sentiu melhor a humilde gestação do povo, o divino crepúsculo dos horizontes de sobreiros e de giestas em que nascera. Foi então que nele surgiu o admirável poeta regional que ia criar o lirismo alentejano e lhe ia dar o lugar que lhe compete, de um dos clássicos da nossa poesia moderna, ao lado de Cesário Verde e de Gonçalves Crespo " . De entre as várias obras poéticas, destacam-se Crepusculares (Coimbra, 1876); Catharina de Athayde (1880); e Telas históricas (1882).

Monárquico convicto, com a implantação da República optou pelo exílio, partindo voluntariamente para Suíça e daí para a França, fixando-se em Paris. Doente, regressou a Lisboa no início de 1913, falecendo a 17 de Julho daquele ano, na véspera do seu 61.º aniversário. Foi sepultado na Figueira da Foz, terra natal da esposa.

Preço:45,00€

Referência:13866
Autor:PAPANÇA, Macedo (conde de Monsaraz)
Título:CENTENÁRIO DO CONDE DE MONSARAZ 1852-1952
Descrição:

Edição da "Casa do Alentejo", Lisboa, 1952. In-8º de 76-(4) págs. Br. Capas de brochura com leves manchas de humidade.

INVULGAR.
 

Observações:

Livro editado pela casa do Alentejo e dedicado à figura do Conde de Monsaraz, no centenário do seu nascimento. que encerra os seguintes capítulos: «Curriculum Vitae» – Retratos e poesias de várias épocas – Poetas alentejanos ao poeta do Alentejo – Meu Pai.


SALADA PRIMITIVA

Leitor, se amas o campo e a natureza,
                Se és bucólico e rude,
                E na tua rudeza
Só respeitas a força e a saúde;
Se às convenções da sociedade opões
O desdém pelas normas e preceitos,
Que trazem pelo mundo contrafeitos
                Cérebros e corações;
Se detestas o luxo e se preferes,
Francamente, às senhoras as mulheres,
E tens, como um pagão da velha Esparta,
Pulso rijo, alma ingénua e pança farta;
Se és algo panteísta e tens bem vivo
                Esse afagado ideal
Do retrocesso ao homem primitivo,
Que nos tempos pré-históricos vivia
Muito perto do lobo e do chacal;
Se um ligeiro perfume de poesia
                Que se ergue das campinas
Na paz, no encanto das manhãs tranquilas,
                Te dilata as narinas
E enche de gozo as húmidas pupilas,
Leitor amigo, se assim és, vou dar-te
“Se a tanto me ajudar engenho e arte”
                Uma antiga receita,
Que os rústicos instintos te deleita
E frémitos te põe na grenha hirsuta.
                Leitor amigo, escuta:

Vai, como o padre-cura, cabisbaixo
Pelos vergéis da tua horta abaixo
Quando no mês de Abril, de manhã cedo,
O sol cai sobre as franças do arvoredo,
Para sorver aqueles bons orvalhos
Chorados pelos olhos das estrelas
Nos corações dos galhos;
Passarás pelas couves repolhudas
                - Cuidado não te iludas,
                Nem te importes com elas!
Vai andando...
                Mas logo que tu passes
                Ao campo das alfaces,
Pára, leitor amigo,
E faz o que te digo:
Escolhe dentre todas a mais bela,
Folhas finas, tenrinhas e viçosas
                Como as folhas das rosas,
                E enchendo uma gamela
                De água pura e corrente,
Lava-a, refresca-a cuidadosamente.
Logo em seguida (e é o principal)
Que a tua mão, sem hesitar, lhe deite
                Um fiozinho de azeite,
                Vinagre forte e sal,
E ouvindo em roda o lúbrico sussurro
Da vida ansiosa a propagar-se, que erra
                Em vibrações no ar,
Atira-te de bruços sobre a terra
                E come-a devagar,
Filosoficamente, como um burro!

Preço:10,00€

Referência:15353
Autor:PESSANHA, Camilo
Título:CLEPSIDRA. Poemas de ...
Descrição:

Edições Lusitana, Lisboa, 1920. In-8º de LXXII págs. Brochado com ligeiros e insignificantes picos de acidez. Conserva intactas as capas de brochura preservando as respectivas badanas largas. Exemplar em excelente em estado de conservação.

Ostenta uma dedicatória autógrafa do escritor Manuel Cardoso Martha (padrasto de Natália Correia) a uma figura conterrânea ligada à historiografia préhistórica local.

JÁ BASTANTE RARA edição princeps.

Observações:

Primeira da única obra poética de Camilo Pessanha publicada em vida sob a responsabilidade do filho de Anna de Castro Osório, o poeta João de Castro Osório que as soube salvar, recolher e publicar. Leia-se o que JCO escreveu na segunda edição de Clepsidra, publicada em 1945 " ... e realmente é èle que, melhor do que nenhum outro, mostra o mundo interior, cheio de virtualidades imensas, que, de tão vivido em sonho, só por milagre da admi ração que despertou pôde salvar-se e existir hoje como um dos mais belos Poemas da língua portuguesa ...". Mais adiante, vinte e quatro anos depois, escreve de novo, na Introdução crítico-bobliogáfica da edição de Clepsidra e Outros Poemas (Ática, 1969): " (...) Inexplicável e tristemente, ninguém, antes, sequer tentara esta obra de recolha e preservação dos seus Poemas, não obstante ele os ceder generosamente, se lhos pediam, como autógrafo a guardar, ou para publicação em algum periódico. E no entanto, o acolhimento imediato, agradecido e entusiasta, que obteve o meu pedido, clàramente demonstra quanto algumas simples dedicações de tantos indivíduos que com o Poeta, mais ou menos íntima e longamente, conviveram, no decurso de três ou quatro décadas, poderiam ter contribuído para a completa recolha das suas Obras, e até para mais vasta realização, em especial no campo, de enorme valor, das traduções poéticas da Literatura Chinesa ..."

Na obra poética de Pessanha, são visíveis os quatro grandes temas característicos do simbolismo: a dor, a solidão, a morte e a fuga para o nada. O termo decadência encontra-se presente no pessimismo de Pessanha, na sua angústia e saudosismo. Esta corrente reage contra o materialismo, procurando a espiritualidade, a imaginação e o ideal. Na sua escassez material, Clepsidra é o fruto mais puro e ponderado do simbolismo português, marcou uma posição nunca suplantada por nenhum dos outros poetas simbolistas, e pode ser colocado ao lado dos grandes simbolistas europeus. Os seus poemas influenciaram largamente a geração modernista de Orpheu, desde Mário de Sá-Carneiro até Fernando Pessoa e mesmo de outros poetas mais contemporâneos.

Preço:600,00€

Referência:15255
Autor:PESSANHA, Camilo
Título:CHINA (Estudos e traduções) por ...
Descrição:

Agência Geral das Colónias, Lisboa, 1944. In- 8º de 130 – (3) págs. Encadernação inteira de pele vermelha com cercadura dourada nas pastas e dizeres, também dourados, na lombada. Conserva as capas de brochura. ligeiro aparo à cabeça.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Camilo Pessanha é um dos maiores poetas da modernidade portuguesa, essencialmente simbolista, sendo uma referência essencial da poesia contemporânea. O fascínio de Pessanha pelo Oriente e pela China em particular é testemunhada aqui com a reunião do conjunto de estudos e ensaios sobre a civilização, literatura e cultura chinesas. Foram aqui reunidas a tradução das oito elegias chinesas, que remontam à dinastia Ming, publicadas no periódico macaense O Progresso e, ainda, a tradução de alguns provérbios chineses.

Preço:70,00€

Referência:15321
Autor:PESSOA, Fernando
Título:PRECONCEITO DA ORDEM. Com uma nota de Álvaro Bordalo.
Descrição:

[Empresa Industrial Gráfica do Porto], Porto, 1950. In-4.° de 13-(1) págs. Brochado, exemplar impecável, sem as tradições manchinas foxing, tão próprias deste tipo de papel empregado. Miolo irrepreensível..

Primeira edição .

Observações:

Edição independente deste escrito de Pessoa, publicado nas páginas do raríssimo «Eh Real!» e agora integrada nos «Cadernos das Nove Musas», limitada a 60 exemplares, numerados e assinados pelo editor.

Preço:95,00€

Referência:13977
Autor:PESSOA, Joaquim
Título:FLY
Descrição:

Litexa Editora, s/l, 1983. In-8º de 113-(3) págs. Br.  Capa e ilustrações em extra-texto de Graça Castro.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

"Era preciso encontrar-te, saber-te, Fly: correr pela tua presença na direcção do vento. O coração tem duas faces, bem o sabias, disseste-o, a tua voz dançando-me nas entranhas, tuas asas sufocando-me a solidão, esse medo que vagueia em busca de um corpo, antigo ofício de fidelidade indispensável.
Era preciso tocar-te com o mesmo orgulho que fez morrer árvores em mim, para que a prata dos minutos te conservasse nua, Fly: objecto longo da memória, plenitude da beleza que se há-de dissolver à superfície da alma, onde adoptarás os desejos que contigo adormeceram.
E em todos os medos e em todos os tempos, Fly, atingiremos a luz, o orgasmo dos sinos."

Preço:10,00€

Referência:15306
Autor:PIMENTEL, Alberto
Título:PORTUGAL DE CABELEIRA
Descrição:

Livraria Universal de Tavares Cardoso & Cª, Pará, 1875. In-8º de 248 págs. Encadernação moderna, meia francesa em pele, decorada a ouro em casas abertas e rótulos de pele aul escura, também dourada, na lombada. Conserva as capas de brochura e ligeiro aparo à cabeça, com pigmento azul. O papel mantém a sonoridade original do papel,

Magnífico exemplar, em excelente estado, desta PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Esta obra, em primeira edição, foi destinada ao Brasil, como o indicada a capa de brochura e o frontispício, mas impressa em Portugal. De interesse camiliano.

Na capa de brochura, lemos a seguinte informação:
«I Barba e bigode – II A dama da cutilada – III O Terreiro do Paço – IV Os sinos d’Alpendurada – V Rehabilitação do queijo por um documento antigo – VI Ha dois seculos e meio – VII As feiras – VIII A antiga viação portugueza – IX Um episodio da conquista de Lisboa – X Como as borboletas se queimam – XI Tradição Setubalense, O convento de Jesus XII – Tradições antigas de Sant’Yago de Cacem XIII – Um serão de Bocage».

Preço:75,00€

Referência:13367
Autor:PIMENTEL, Alberto
Título:O CAPOTE DO SNR. BRAZ
Descrição:

Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Porto, 1877. In-8.º de XVI-225-(1) págs. Br. Cadernos por abrir.

Observações:

Compilação de crónicas, artigos e folhetins anteriormente publicados no "Diário de Notícias" por este autor contemporâneo de Camilo Castelo Branco.

"O titulo d'este livro é exactamente como esse  mysterioso capote, porque, por detraz d'elle, estão  os mais variados assumptos, as mais oppostas narrativas, que todavia podem constituir um volume como essas mil pequenas coisas, differentes umas  das outras, de que o próprio Braz era portador iam certamente constituir um jantarinho de velho celibatário."

 

Preço:30,00€

Referência:15146
Autor:PINA, Manuel António
Título:AQUELE QUE QUER MORRER. Poema por ...
Descrição:

Na Regra do Jogo, 1978. In-8º de 49-(7) págs. Brochado. Pequena rúbrica de posse, no ante-rosto. Muito bom exemplar, em excelente estado. Integrado na colecção inverso.

Observações:

Segundo título de poesia publicado pelo autor, quatro anos após a estreia com Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo, Calma é apenas um pouco tarde.
 

Preço:35,00€

Referência:14551
Autor:PIRES, José Cardoso
Título:O BURRO-EM-PÉ
Descrição:

Moraes Editores, Lisboa, 1979. In-8.º de 175-(1) págs. Brochado. Ilustrações de Júlio Pomar impressas sobre página inteira e capa de Sebastião Rodrigues sobre pormenor de "As Amigas " de Júlio Pomar. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Preço:37,00€

Referência:14530
Autor:PIRES, José Cardoso
Título:BALADA DA PRAIA DOS CÃES - DISSERTAÇÃO SOBRE UM CRIME.
Descrição:

Edições "O Jornal", Lisboa, 1982. In. 8.º de 256 págs. Br. Apresenta uma rubrica de posse no frontispício.

Observações:

Segunda edição. contracapa ilustrada com uma fotografia de Joaquim Lobo. O livro mereceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e é inspirada no assassínio do capitão de Almeida Santos, ocorrido em 1960 na praia do Mastro a 50Km de Lisboa. Na opinião da professora doutora Maria Lúcia Lepecki, nesta obra o lado do historiador e de ensaísta convive sistemáticamente com a vertente ficcional de tal modo que descodificar bem o romance cardosiano é sempre conhecer mais um pouco da história nacional.

Preço:15,00€

Referência:15278
Autor:PORTUGAL, Tristão da Cunha
Título:O FABULISTA DA MOCIDADE ou Fabulas Selectas d’Esopo, Lafontaine, Florian, Stassart, Lemonnier, Iriarte, Samaniego, etc.; destinadas para a educação e recreio da mocidade
Descrição:

Em Casa de Vª J. P. Aillaud, Monlon e Cª, Livreiros de suas Majestades o Imperador do Brasil e a Rainha de Portugal. In-8º oblongo de (4)-VIII-204 págs. + 24 folhas em extra-texto (litografias). Exemplar restaurado com as capas de brochura, com alguma acidez generalizada, preservadas e aproveitadas e montadas na cartonagem. Algum foxing disperso ao longo do texto.

Exemplar de invulgar beleza editorial e formato, completo com tudo o que foi publicado. Ilustrado com o retrato de La Fontaine e as 24 estampas são alusivas às fábulas expostas. INVULGAR

Inocêncio, III-355.

Observações:

Tristão da Cunha Portugal é pseudóniumo de João da Cunha Neves e Carvalho Portugal.

Da página 6, i.é., página VI: "(...) Mirando nós sempre á facilidade e utilidade deste genero d`ensino, traduzimos em prosa as Fabulas, que achámos em verso tanto em Lafontaine como nos outros autores, e empregámos todo o disvelo em arredar toda a phrase, ou expressão que deslizasse da mais sã doutrina e honestidade, a fim de que nas almas candidas, innocentes, porèm avidas dos meninos se não podessem infiltrar senão preceitos, e maximas de uma philosophia pura, comprehensivel, natural, pratica, e de facil retentiva. Se a isto se juntar o nitido da edição, os ornatos de que vai acompanhada, e a belleza, e novidade da encadernação mesma, se concluirá que nada poupámos para captivar o apêgo e affeição dos meninos a um livro que deve fazer um dos seus primeiros estudos, e do qual hão de colher mui proveitosos fructos. (...).

 

Preço:195,00€

Referência:14793
Autor:QUADROS, António
Título:ALÉM DA NOITE. Poemas
Descrição:

Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1949. In-8º de 143-(1) págs. Brochado. Capas com manchas e picos de humidade e cortes marginais dada as suas dimensões maiores relativo ao miolo. Nítida impressão a duas cores, vermelho e negro, com imenso cuidado gráfico. Ilustração e vinehtas da autoria de Manuel Lapa.

PRIMEIRA EDIÇÃO da obra poética de estreia de António Quadros.

Observações:
Preço:37,00€

Referência:14200
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:AS ROSAS
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995. In-8º de 40 págs. Brochado.

Observações:

Este texto foi originalmente publicado em 1893 no períodico Gazeta de Notícias. Primeira edição independente.

Abrir o livro ...

"... Estamos no mês de Maio - e convém falar de rosas. Quando na poesia, como no reino bem organizado, havia classes e uma prahgmática, era a corporação venerável e ligeira dos Poetas da Primavera que celebrava, pontualmente, nesta fresca mocidade do ano, com o coração contente e lira fácil, a chegada das rosas. O poeta, nesses tempos arcádicos, coria constantemente por outeiros e prados, como o antigo Silvano, atento só às belezas simples e compreensíveis da Terra. Hoje, nesta anarquia que baralha as classes, o poeta invadiu a alma humana, desalojou dela os filósofos, seus caseiros hereditários desde Platão, e é ele quem tece a teia da psicologia e sopra a braseira da metafísica, donde se elevam tão densos, tão enrolados fumos ..."

Preço:10,00€

Referência:15259
Autor:QUENTAL, Antero de
Título:ZARA. Edição polyglotta.
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1894. In-8º  de (15)-89-(7) págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos, em pele grenat, com dizeres dourados na lombada. Conserva capas de brochura e encontra-se inteiramente por aparar

Obra numerada pertencente a uma edição cuja tiragem foi de 60 exemplares, impresso sobre papel de linho azul, com grandes margens desencontradas. Belo exemplar, de colecção.

Observações:

Texto preliminar de Joaquim de Araújo, o organizador do livro a título de homenagem póstuma a Antero, cujo labor editorial foi custeado pelo bibliófilo Carvalho Monteiro (Monteiro dos Milhões, como era conhecido). Ainda segundo Joaquim de Araújo, trata-se da “mais formosa Antologia de versões que uma poesia portuguesa tem conquistado”, explicando a dívida de gratidão contraída desde quando o poeta compusera, a seu pedido, os versos que seriam a inscrição tumular da irmã, a Zara aludida; e integra as traduções, quase todas para o efeito, de, entre outros (e num total de dezenas), Wilhelm Storck, Alfredo Testoni, Joseph Bénoliel, Curros Enriques e Edgar Prestage.

Preço:120,00€

Referência:15244
Autor:QUENTAL, Anthero de
Título:NA MORTE DO MEU CONDISCIPULO E AMIGO MARTINHO JOSÉ RAPOSO.
Descrição:

Editor R. V., Barcelos, 1897. In-8º de 13 págs. Brochado. Apresenta uma etiqueta de nº de ordem de biblioteca privada no canto superior direito. Exemplar numerado e assinado pelo "editor" Rodrigo Velloso, de uma rara tiragem de 20 exemplares em papel de linho.

Não refereido nas magníficas Antherianas de Cândido Nazaré e Laureano Barros.

Observações:

Edição realizada por Rodrigo Vellozo a partir do texto publicado por Anthero de Quental no periódico Prelúdios Litterarios, nº 2, p. 13 (1860-1861).

Preço:95,00€

Referência:15243
Autor:QUENTAL, Anthero de
Título:SONETOS
Descrição:

Imprensa Portugueza, Porto, 1880. In-8º de 32-(4) págs. Brochado. Rúbrica de posse no frontspício de António Quintela, irmão de Paulo Quintela. Sinais de manuseamento.

Cândido Nazareth, 520 (Muito rara), Laureano Barros, 4956.

Observações:

Segunda edição dos célebres Sonetos em que foram aqui publicados pela primeira vez, alguns novos poemas.

 

 

Preço:135,00€

Referência:15282
Autor:REDOL, Alves
Título:ESPÓLIO. Conto.
Descrição:

Edição do autor [Composto e impresso na Imprensa Municipalista da Procuradoria Geral dos Municípios. Lisboa] s.d.  (1944). In-8.° de 31-(1) págs. Brochado, com capas ligeiramente empoeiradas. Miolo impecável.

PRIMEIRA Edição de uma tiragem, provavelmente, de reduzido numero de exemplares cuja venda revertia a favor dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira. MUITO INVULGAR.

Observações:
Preço:70,00€

Referência:14507
Autor:REDOL, Alves
Título:BARRANCO DE CEGOS
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1970. In. 8.º de 434(5) págs. Brochado.

Observações:

Trata-se da terceira edição com um prefácio de Mário Dionísio.

Preço:10,00€

Referência:14506
Autor:REDOL, Alves
Título:O MURO BRANCO
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1966. In. 8.º de 334 págs. Brochado. PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Capa de brochura ilustrada. Primeira edição da produção literária do autor considerada como um marco de toda a sua obra, com um estilo rico pela sua própria simplicidade, profundamente evocativa, poética e sempre dramática. António Alves Redol (1911-1969), homem de origem social humilde, foi romancista, contista e dramaturogo influenciado pelo romance brasileiro nordestino. Estreiou-se literáriamente em 1940 com Gaibeus, marcando oficialmente o aparecimento do neorealismo, movimento de que foi um dos iniciadores e em cuja defesa se lançara em 1936 numa acesa polémica contra a revista Presença.

Preço:20,00€

Referência:14505
Autor:REDOL, Alves
Título:A BARCA DOS SETE LEMES - Romance
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1958. In. 8.º de 515 págs. Brochado. PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Capa de brochura ilustrada por Sebastião. Dedicatória não autógrafa no ante-rosto.

Preço:25,00€

Referência:14503
Autor:REDOL, Alves
Título:UMA FENDA NA MURALHA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, (1959). In. 8.º de 307(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Octávio Clérigo. Primeira edição.

Observações:
Preço:30,00€

Referência:14501
Autor:REDOL, Alves
Título:PORTO MANSO - Romance
Descrição:

Editorial Inquérito, Lisboa, 1946. In. 8.º de 407(8) págs. Brochado. Segunda edição com a capa de brochura ilustrada por Manuel Ribeiro de Pavia, estas com ocasionais picos de humidade. Cadernos por abrir.

Observações:

Um dos mais interessantes livros de bibliografia duriense.

Preço:15,00€

Referência:14993
Autor:RÉGIO, José
Título:O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO
Descrição:

Editorial Inquérito, Losboa, 1942. In-8º de 349-(1) págs. Brochado. Rubrica de posse no ante-rosto. Inserido na colecção Os melhores romances dos melhores romancistas.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:
Preço:35,00€

Referência:14962
Autor:RÉGIO, José
Título:MAS DEUS É GRANDE
Descrição:

Editorial "Inquérito" Lda, Lisboa, 1945. In-8.º de 110-(7) págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:
Preço:60,00€

Referência:13794
Autor:RÉGIO, José
Título:MÚSICA LIGEIRA. Volume póstumo
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1970. In-8º de 105-(7) págs. Br. Capa de João da Câmara Leme.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Volume póstumo de poesia de José Régio organizado por Alberto de Serpa e que foi Prémio Nacional de Poesia 1970 da Secretaria de Estado da Informação e Turismo. O livrro encerra também o texto de Serpa intitulado  “Sobre o último caderno de versos de José Régio”.

 

Viver à beira da morte
No gosto de mais um dia,
Nem eu diria
Que tão pouco me conforte.


Mas para quem
Não tem senão esse pouco,
Seria louco
Perder o pouco que tem.


Gozar o que, sem futuro,
Perdura uns breves instantes,
Não era dantes,
Mas hoje, é o bem que procuro.


Mais uma vez brilha o Sol!
E é de prever que à tardinha
Desponte a Lua, vizinha
Do resplendor do arrebol.


Talvez que a noite comprida
Traga outra manhã, depois.
Um dia e outro, são dois.
Não são dois dias a vida?


Nem eu diria
Que tão pouco me conforte:
Viver à beira da morte
No gosto de mais um dia.

 

 

Preço:15,00€

Referência:13389
Autor:RÉGIO, José
Título:EL-REI SEBASTIÃO Poema Espectacular Em Três Actos
Descrição:

Editora Atlântida, Coimbra, 1949. In-8º de 189-(2) págs. Br. Cadernos por abrir. Terceiro volume da colecção "Teatro de José Régio".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Importante peça de teatro de José Régio sobre D. Sebastião.

SIMÃO – Salve, rei! A doença da tua carne não é senão preservação da tua pureza. A tua incapacidade de rei não é senão apelo do teu verdadeiro Reinado. A tua loucura não é senão entreveres o que não entendes. O teu suicídio não é senão a condição da tua vida
EL-REI - O meu suicídio?!
SIMÃO – O teu glorioso suicídio; o teu suicídio colectivo.

Preço:25,00€

Referência:12449
Autor:RÉGIO, José
Título:A VELHA CASA - AS RAIZES DO FUTURO
Descrição:

Editora Educação Nacional, Porto, 1947. In-8º de 302-(2) págs. Br.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Primeira edição do segundo romance de A Velha Casa, conjunto de romances composto pelos títulos: I - Uma Gota de Sangue; II - As Raízes do Futuro; III - Os Avisos do Destino; IV - As Monstruosidades Vulgares e o V - Vidas são Vidas, (que inclui os rascunhos do VI volume).
Estes romances de José Régio (1901-1969) são considerados a obra em que "o psicologismo e misticismo de Régio parecem evoluir no sentido de um moralismo idealista, e [em que] a confidência romanceada de fundo autobiográfico apresenta um certo ar de apologia contra a crítica neo-realista, ou de doutrinação muito explícita"  

in História da Literatura Portuguesa de António José Saraiva e Óscar Lopes,

Preço:35,00€

Referência:14868
Autor:RIBEIRO (Thomaz)
Título:VESPERAIS. Poesias Dispersas.
Descrição:

Livraria Ernesto Chardron, Porto, 1880.  303-(1)-III-(1). Encadernação editorial em skivertex castanha com pastas lavradas a ferros dourados e pigmento negro. Nítida impressão a duas cores, negro e vermelho, e impressão cuidada ao gosto romântico, de grande apuro gráfico.

Observações:

Thomaz Ribeiro (Tondela, 1831 - Lisboa, 1901), formado em direito pela Universidade de Coimbra, pouco exerceu a magistratura, tendo abandonado-a para seguir na carreira política, em que teve grande destaque, chegando, inclusive, a embaixador de Portugal no Brasil. Foi um dos representantes da poesia ultraromântica portuguesa, contando com a simpatia de Antonio Feliciano de Castilho, um dos nomes mais importantes do movimento romântico em Portugal.

Preço:30,00€

Referência:15332
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:QUANDO OS LOBOS UIVAM
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, (1958). In-8º de 411-(1) págs. Brochado. Folha de guarda anterior com insignificantes vestígios de fita gomada. Exemplar muito bem conservado, muito atractivo.

PRIMEIRA EDIÇÃO apreendida pela PIDE, proibida a crítica ao livro assim como proibida a reedição da obra.

Observações:

"... Em 1958, Aquilino Ribeiro escreveu a saga dos beirões da Serra de Milhafres, a quem, na década de 40, durante o Estado Novo, foi imposta a perda dos baldios. Em seu lugar, plantariam pinheiros, o que prometia fortuna ao Estado e fome aos que na serra encontravam sustento. Alimentando a metáfora do nosso escritor, viveu-se uma caça aos lobos para incrementar o número de cães. O desejo do regime era enriquecer os cofres com a transformação das culturas da serra, por muita injustiça que tal empresa arrecadasse, por muito de bom que se perdesse, por muita gente que morresse na defesa das suas vidas com cabeça erguida e espinha esticada. Quando têm fome é Quando os lobos uivam. É esse o título da obra de Aquilino (...) Os lobos chamam-se uns aos outros para se agruparem na alcateia. No livro, Louvadeus regressa do Brasil, depois de anos de trabalho em busca de uma fortuna para a sua terra mãe... " (Pedro Pinheiro, 2021, in Observador)

Preço:40,00€

Referência:15283
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:A TRAIÇÃO. Novela por ...
Descrição:

Editorial Limitada, Lisboa. s.d. [1922]. In-8.º pequeno de 30-82) págs. Brochado, com imperceptíveis e insignificantes picos e manchinha de humidade. Acabamento com ponto em arame, ao contrário do habitual, sem qualquer vestígio de oxidação férrica. Exeplar impecável.

Primeira edição (e única). Invulgar obra, das mais recuadas de Aquilino, inserido na colecção Leitura de Hoje.

Observações:

Publicação em que o autor preferiu ver sem reedição, sendo hoje alvo de apreço dos bibliófilos.

Preço:45,00€

Referência:14976
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:QUANDO OS LOBOS UIVAM (edição destinada ao Brasil)
Descrição:

Editora Anhambi, São Paulo, 1959.In-8º de 262-(2)págs.Br. Capa de Fernando Lemos.

PRIMEIRA EDIÇAO brasileira.

INVULGAR.

Observações:

Primeira edição brasileira deste romance proibido e retirado de circulação pelo regime de Salazar.
Foi o primeiro romance de Aquilino Ribeiro a ser  publicado no Brasil. Como assinala o próprio Casais Monteiro, no seu  prefácio:

"Facto já de si muito significativo,maior valor ganha por constituir como que uma desafronta ao grande escritor, impedido por uma censura inepta de ver a sua obra reeditada em Portugal. Assim, o Brasil, ao mesmo tempo que desagrava moralmente o escritor, assume a posição de legítimo juiz na causa da cultura portuguesa, repudiando a prepotência ditatorial, repondo no seu devido lugar o direito de escritor, a legítima e essencial liberdade de criação."

Como curiosidade, é de notar que na badana , entre várias outras citações, há uma de  António de Oliveira Salazar que diz : "Comece o seu inquérito por Aquilino. É um inimigo do regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não importa: é um grande escritor."

Preço:25,00€

Referência:13216
Autor:RIBEIRO, Bernardim
Título:HISTÓRIA DE MENINA E MOÇA Variantes, Introdução, Notas e Glossário de D. E. Grokenberger. Prefácio do Prof. Hernâni Cidade.
Descrição:

Livraria Studium Editora, Lisboa, 1947. In-4º de XLVIII-209-(5) págs.Br. Capas de brochura envelhecidas. Sublinhados a caneta em algumas páginas. Ilustrada em extra-texto com a reprodução dos frontispícios das primeiras edições.

Observações:

Excelente edição crítica desta obra-prima da literatura quinhentista portuguesa.

Do prefácio

"Quis o Inst. de Alta Cultura confiar-me o honroso encargo de apresentar ao público ledor a jovem romanista alemã Fräulen Dra. Dorothee Grokenberger, autora da presente edição de "Menina E Moça", de cuja publicação o mesmo Inst. benemèricamente assumiu encargos..."

Preço:18,00€

Referência:15010
Autor:ROSA, António Ramos
Título:PÁTRIA SOBERANA seguido de NOVA FICÇÃO. Posfácio de Gastão Cruz.
Descrição:

Edições Quasi, V. N. de Famalicão, 2001. In-8º de 48-(9) págs. Brochado. Exemplar como novo.

Observações:

Pátria Soberana , aqui em 2ª edição, é um longo poema dividido em 22 quadros ou andamentos, onde o eu poeta, mais do que cantar o seu amor pela pátria, procura vivificar a fantasia para alcançar a substância que a inventa, que a constrói. Mereceu o Prémio Literário de Sintra - Ruy Belo em 2001.

"... A palavra «pátria» ganha neste livro uma ressonância simbólica especial - poderíamos pensar num conceito como o de «terra» em Heidegger - na medida em que assume um sentido existencial que oscila entre a nossa consciência e um espaço trans-histórico. É neste sentido que se orienta a abordagem crítica de Gastão Cruz, a qual aparece como posfácio do livro ...".
 

Preço:10,00€

Referência:15223
Autor:SÁ-CARNEIRO, Mário de
Título:INDÍCIOS DE OIRO
Descrição:

Edições Presença, Porto, 1937. In-4º de 86 págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos em pele azul, com dourados em casas fechadas. Preserva as capas de brochura. Aparo marginal generalizado. Raras e insignificantes manchinhasnas capas.

Primeira edição, póstuma, de uma tiragem limitada a 850 exemplares numerados.

Observações:

Na Nota dos Editores, p. 83, lemos: “Propusemo-nos editar os Indícios de Oiro desde que Fernando Pessoa, há anos, nos confiou a sua cópia. A Fernando Pessoa, depositário dos inéditos de Sá-Carneiro, se devia já a publicação na Contemporânea, na Athena, na Presença, em outras revistas ainda, de vários poemas dos Indícios de Oiro. Além de que já um grupo dêles fôra publicado em vida do poeta, no nº2 do Orpheu. Não se trata, pois, duma colectânea de dispersos: mas duma obra que só a morte impediu o autor de publicar, e cujo título e ordenação êle próprio determinou. O poeta suicidou-se a 26 de Abril de 1916. Assim alguns poemas são de poucos meses anteriores à sua morte (...)”

Preço:170,00€

Referência:15171
Autor:SÁ-CARNEIRO, Mário de
Título:A GRANDE SOMBRA
Descrição:

Petrus, Porto (1958). In-8° de 71-(1) págs. Brochado. Nítida impressão azul escuro sobre papel encorpado da habitual e tão característica tonalidade azul clara das edições desta casa editora de Pedro Veiga. Edição esmeradamente preparada pela Petrus numa reduzida tiragem com a designação Edição Especial. Exemplar por abrir e Invulgar.

Observações:

Inclui, no início, duas cartas de Paris do poeta e jornalista Xavier de Carvalho, datadas de Maio e Junho de 1916. Primeira edição independente desta notável novela publicada originalmente em Céu em Fogo, correspondendo na realidade à terceira impressão do texto, dado que foi encorporado anteriormente em Sarça Erotica editada também por Petrus.

Preço:60,00€

Referência:15256
Autor:SÁ-CARNEIRO, Mário de & CABREIRA JÚNIOR, Tomaz
Título:AMIZADE. Peça original em 3 actos.
Descrição:

Editor Arnaldo Bordalo, Lisboa, 1912. In-8º de 44-(4) págs. Encadernação meia inglesa em pele verde com rótulo gravado a ouro e ferros secos na pasta anterior.

PRIMEIRA EDIÇÃO desta rara obra da bibliografia de Mário de Sá-Carneiro.

Observações:
Preço:495,00€

Referência:13020
Autor:SALVADO, António
Título:AUTORES NASCIDOS NO DISTRITO DE CASTELO BRANCO (Século XV a 1908)
Descrição:

Aríon Publicações, Lisboa, 2001. In-4º de 642 págs, Encadernação editorial com sobrecapa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

"Esta não é uma antologia sobre o distrito de Castelo Branco: um repositório da diversidade geográfica das suas terras, da pureza azul dos seus céus, das características das suas gentes, dos traços ancestrais da sua cultura. Mas tão somente uma colectânea de autores que oferecem em comum o facto de terem nascido no território que constitui o actual distrito de Castelo Branco e que decalca, quase na íntegra, os limites do espaço a que se chamou Beira Baixa.
Uma outra particularidade irmana os autores escolhidos ( e isto em perspectiva quase absoluta): a diáspora existencial Gente que viajou pelas sete partidas do mundo, longe viveu, amou, trabalhou, desenvolveu a vertente criadora. Realidade que, diga-se, se ramificou pelos mais diversos segmentos do pensamento e da acção: da pura criação literária à medicina, da filosofia à economia, da história à ascese, da política à linguística, da etnografia às crónicas de viagem, etc.
Em consequência a palavra "escritor" aparece aqui, e essencialmente, no vasto sentido de utilizador da palavra sem propósitos estéticos imediatos. Embora, e como se verá, os valores da literariedade ganhem relevo, nalguns casos, de forma tecida por invulgar originalidade."

 

Autores antologiados:

João Rodrigues de Castelo Branco, Frei Diogo de S.Miguel, Amato Lusitano, Frei Heitor Pinto, Padre Pedro da Fonseca, Padre António de Andrade, António Soares de Albergaria, Nicolau Agostinho, Frei Afonso da Cruz, Frei Manuel da Rocha, António Nunes Ribeiro Sanches, Domingos Nunes de Oliveira, Manuel Joaquim Henriques de Paiva, José da Cunha Taborda, José Silvestre Ribeiro, José Germano da Cunha, A.L. dos Santos Valente, José Nunes da Matta, Feio Terenas, João Franco, Luís Osório, Victor Cal, Manuel Borges Graínha, Alfredo da Cunha, Garibaldi Falcão, David Lopes, Francisco Pina Lopes, Cruz Andrade, Alberto Costa, Alberto de Gusmão Navarro, Celestino David, Faria de Vasconcelos, José Saraiva, Hipólito Raposo, Cunha Leal, Vieira de Almeida, Jaime Lopes Dias, António Cobeira, José Lopes Dias, Eduardo Malta, Alexandre de Aragão, D.Fernando de Almeida, Anunciação Parente, Manuel de Paiva Boléo, José de Oliveira Boléo, Herculano Rebordão, Firmino Crespo, Joaquim Angélico de Jesus Guerra e Reis Brasil.

Preço:31,00€

Referência:13870
Autor:SANT'IAGO, João
Título:UM DEUS MOMENTÂNEO poemas de...
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1958. In-8º de 58-(5) págs. Br. Capa com desenho do autor. Capa de brochura ligeiramente amarelecida. Valorizado pela dedicatória autógrafa à poeta Raquel Bastos.

PRIMEIRA EDIÇÃO.
INVULGAR.

 

Observações:

Segundo livro de poesia do autor.

Sina


Como uma rota traçada pelo vento,
a sina em minhas mãos é letra morta.
O meu destino está nas tuas veias
e o fim do meu caminho, à tua porta.

 


 

Preço:20,00€

Referência:15040
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:POEMAS
Descrição:

(Casa Minerva), Coimbra, 1954. In-4º de 230-(1) págs. Brochado. Belíssima capa de brochura ilustrada por Ruy de Oliveira Santos. Muito raros picos de humidade nas primeiras páginas e com miolo impecável. Insignificantes cortes marginais na capa anterior.

Valorizado por ostentar uma excelente, poética e muito sentida dedicatória autógrafa a João Villaret, datada de Junho de 1954.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro que constitui a estreia literária do autor.

Observações:

Bernardo Santareno (1920-1980) é pseudónimo literário de António Martinho do Rosário, escritor e dramaturgo antifascista, vítima da feroz repressão da ditadura sobre a produção intelectual e nunca se amedrontou. Teve, por várias vezes, problemas com o regime, tendo a sua peça A Promessa sido retirada de cena após a estreia, por pressão da Igreja Católica. O título que se apresenta constitui a sua estreia literária dos três únicos livros de poesia publicados, onde se enunciam alguns temas e motivos dominantes da sua obra dramática: a reivindicação feroz do direito à diferença e do respeito pela liberdade e a dignidade do homem face a todas as formas de opressão, a luta contra todo o tipo de discriminação, política, racial, económica, sexual ou outra. Dedica-se depois do seu terceiro e último livro de poesia A Morte da Serpente (1957) e do de ficção Nos Mares do Fim do Mundo (1959) em exclusivo à dramaturgia, sendo considerado então, e por muitos, o mais pujante e maior dramaturgo português do século XX.

Preço:170,00€

Referência:13901
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:OS ANJOS E O SANGUE
Descrição:

Ática, Lisboa, 1961. In-8º de 133-(2)págs. Br. Ostenta uma rubrica de posse.

PRIMEIRA EDIÇÃO
INVULGAR

Observações:

Peça escrita para radiotelevisão por Bernardo Santareno (nunca tendo sido transmitida) e que encerra o primeiro ciclo do teatro de Bernardo Santareno, caracterizado não só pela fusão de temas populares com preocupações existenciais, como pela extrema agressividade dos conflitos examinados. Através de seis  cenas muito breves , representam-se acções que o ser humano várias vezes provoca e que são significado de oportunismo, egoísmo, invasão de privacidade, discriminação e insatisfação pessoal.

Preço:30,00€

Referência:15302
Autor:SARAMAGO, José
Título:MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA. Ensaio de romance.
Descrição:

Morais Editores, Lisboa, 1976. In- 8º gr. de 348-(2) págs. Brochado, com ligeiros sinais de manuseamento e algumas, poucas, manchinhas de humidade apenas no ante-rosto. Miolo muito limpo e bem estimado.

Observações:

Livro considerado inovador no panorama da literatura portuguesa contemporânea, sendo até apelidado de "Manual de Vida" (Joana Varela, fichas de leitura da Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, 1984).

Preço:85,00€

Referência:15230
Autor:SARAMAGO, José
Título:DESTE MUNDO E DO OUTRO
Descrição:

Arcádia Editora, Lisboa, 1971. In-8.º de 213-(7) págs. Encadernação artistica assinada Vitor Jorge inteira de chagrin fino vermelho, com filet simples nas pastas, lombada com florões deorativos e dizeres dourados sobre rótulos de pele azul. Preserva as caspas de brochura na íntegra.
Ostenta uma bonita e expressiva dedicatória autógrafa, datada, e faz-se acompanhar encadernado junto, de uma carta manuscrita pelo punho do Prémio Nobel, assinada no final, dirigida à mesma destinatária do livro, com um teor intimista.
 

PRIMEIRA EDIÇÃO, algo invulgar. Nas condições descritas, exemplar único e de colecção.

Observações:

Primeira edição deste volume de contos e crónicas, com os títulos «Um Natal há cem anos», «Carta para Josefa, minha avó», «O meu avô, também», «Nasce na serra de Albarracim, em Espanha», «Viagens na minha terra», «Almeida Garrett e Frei Joaquim de Santa Rosa» e «Nós, portugueses».

Preço:115,00€

Referência:14588
Autor:SARAMAGO, José
Título:MEMORIAL DO CONVENTO
Descrição:

Editorial Caminho (Guide - Artes Gráficas, Lisboa), s.d. (1982). In-8º de 357-(3) págs. Brochado. Exempar muito bem conservado, muito fresco em que se apontam apenas como defeitos os insignificantes e ligeiros vincos na zona de charneira e no canto superior e inferior direito da capa anterior.

Observações:

Na capa posterior:

" ... Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez ...".

Este título tornou José Saramago um autor aclamado internacionalmente na literatura contemporânea.

«Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: " Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido". Tudo, "era uma vez...". Logo a começar por "D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou (...)". Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.» (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998).

Preço:160,00€

Referência:15233
Autor:Sem autoria
Título:ALMANACH REI CARAMBA faceto e noticioso para o anno de 1868 (bissexto) illustrado com uma gravura representando o retrato de su magestade.
Descrição:

Livraria Verol, Lisboa, 1867. In-8º de 96 págs. ilustrado. Brochado com as capas fragilizadas, dada a sua fina gramagem, e defeitos marginais. A necessitar de encadernação. Os defeitos, são próprios da acção do tempo sobre este papel de baixa qualidade, papel este usado nas edições populares de intenso manuseamento.

Preserva a carismática gravura que representa o Rei Caramba.

INVULGAR, curiosa e muito cómica publicação, da responsabilidade da Livraria Verol, fundada em 1836 e que teve mais de um século de existência entre actividade livreira, encadernadora e papelaria.

Observações:

Depois da Declaração de Sua Magestade (Rei Caramba), afirmando " ... Hoje publicando este almanak, não intento mais do que uma especulação pecuniaria. Ainda assim fiquem todos sabendo, que quero dar a maxima liberdade aos meus compradores, e apraz me dar licença que todos entrem nos quartos da lua, analysando-os como entenderem. ..." seguem-se Pensamentos do Rei Caramba acerca do amor, Eu perdi a eleição (sátira a um deputado proposto pelo então governo), Conselhos de Sua Magestado Rei Caramba para o monumento de Tancos, Aforismos e Pensamentos do Rei Caramba, etc ...

Preço:35,00€

Referência:14582
Autor:SENA, Jorge de
Título:ANDANÇAS DO DEMÓNIO. Histórias verídicas e fantásticas e outras ficções realistas, antecedidadas por um elucidativo prefácio.
Descrição:

Estúdios Cor, Lisboa, (1960). In-8º de 228-(10) págs. Brochado. Miolo bem cosnervado e capas com ligeiras manchinhas desvanecidas de humidade. Capa de brochura ilustrada por Luís Filipe.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Edição original de um dos títulos de Jorge de Sena mais destacados de toda a sua obra em prosa.

Preço:35,00€

Referência:14347
Autor:SENA, Jorge de
Título:DIALÉTICAS APLICADAS DA LITERATURA
Descrição:

Edições 70, Lisboa, 1978. In-8º de 517-(1) págs. Brochado. O capítulo dedicado  Cam~es apresenta leves sublinhados a lápis de grafite.

Observações:

No índice, lêm-se os seguintes capítulos:

- A Sextina e a Sextina de Bernardim Ribeiro
- A poesia de António Gedeão - esboço de análise objectiva
- "O sangue de Átis"
- Apêndice: Os textos originais dos poemas de Mauriac
- Sobre Helder de Macedo, Poesia (1957-68)
- Observações sobre As Mãos e os Frutos de Eugénio de Andrade
- Do conceito de Modernidade na Poesia Portuguesa Contemporânea
- A Terra dos Pais e a dos Outros, ou breve introdução a um livro de Alexandre Pinheiro Torres
- Camões: novas observações acerca da sua epopeia e do seu Pensamento
- Ruben Dário - La Dulzura del Angelus
 

Preço:20,00€

Referência:14604
Autor:SILVA, Antonio Diniz da Cruz e Silva
Título:O HYSSOPE - Edição critica, disposta e annotada por José Ramos Coelho, com um prólogo, pelo mesmo, ácerca do auctor e seus escriptos.
Descrição:

Empreza do Archivo Pittoresco, Lisboa, 1879. In-4º de (6)-461-(3) págs. ilustrado. Edição especialmente apreciada pelas ilustrações em xilogravura, da autoria Alberto, Hildibrand, Pedroso e Severini, segundo desenhos de Manuel de Macedo, ao longo do texto como em separado, de página inteira. Encadernação editorial de luxo, em chagrin na lombada com elaborados ferros gravados a seco e pastas com molduras estilizadas a circundar os dizeres e vinheta alegórica, gravada a ouro fino. Corte das folhas brunido a ouro. Ocasionais picos de acidez.

Observações:

Esta obra apresenta a particularidade de ser a PRIMEIRA OBRA HEROI-COMICO publicada em Portugal, durante o governo de Junot, cuja edição original terá sido impressa em Paris, em 1802 e da autoria de António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799), cujo pseudónimo arcádico era Elpino Nonacriense (um dos fundadores da Arcádia Lusitana).
No seu tempo, teve esta obra grande popularidade tendo sido traduzida para francês, inglês e alemão. Nela são ridicularizadas, sobretudo, a mentalidade escolástica e os abusos praticados pelas altas esferas da Igreja quando em 1768, o bispo de Elvas, " ... D. Lourenço de Lencastre, e o deão do cabido, José Carlos de Lara, tiveram um arrufo que pôs fim ao costume que o último tinha em obsequiar o hissope (ou aspersório, instrumento utilizado para aspergir água benta) ao bispo, sempre que este se dirigia à sé. Ofendido, D. Lourenço de Castro conseguiu que o cabido emitisse um acórdão para obrigar o deão a continuar a executar o antigo costume. O deão protestou ao cabido, ao bispo e até ao metropolita de Évora, vendo sempre baldados os seus esforços e acabando mesmo por morrer, poucos meses depois, sem ver alterada a sentença. Sucedeu-lhe no cargo um seu sobrinho, ao qual também se exigiu o mesmo, sob pena de repreensão e multa. Sem se deixar intimidar, o novo deão apelou desta vez à Coroa. Prevendo um desfecho malogrado, o bispo e o cabido acabaram por riscar os acórdãos do respectivo livro e negar tudo o que se tinha passado (...) Este caso, que durou à volta de dois anos, foi acompanhado de perto pelos habitantes de Elvas, entre os quais se encontrava António Diniz da Cruz e Silva, exercendo funções de magistratura junto do exército da cidade. Tendo sido um dos fundadores da Nova Arcádia, Diniz aproveitou os seus dotes poéticos para caricaturizar esta "bagatela", compondo assim uma obra intitulada O Hissope, que começava com os seguintes versos: Eu canto o Bispo e a espantosa guerra // Que o hissope excitou na Igreja d'Elvas.

 



 

Preço:80,00€

Referência:12775
Autor:SOLEDADE, Felix Joseph da
Título:AUTO DA VIDA DE ADÃOpay do genero humano, primeiro monarca do universo
Descrição:

Na typ. de Mathias José Marques da Silva, Lisboa, 1883. In-8º de 32 págs. Br. Capas de brochura com algumas falhas ligeiras de papel. Ilustrado ao longo do texto.
 

Observações:

Pequeno opúsculo atribuido a  José da Cunha Brochado, cujo objectivo era de moralizar pela mordacidade e pela crítica.

Preço:60,00€

Referência:12212
Autor:SOUSA, João de Saldanha Oliveira e (Marquês de Rio Maior)
Título:O MARQUÊS DE POMBAL ACUSADO E DEFENDIDO O Marquês de Pombal viveu e morreu católico. (Alguns documentos inéditos)
Descrição:

Edição de autor (Tipografia Inglesa), Lisboa,  1938. In-8º de 78-(2) págs. Br. valorizado por uma dedicatória autógrafa inscrita num cartão de visitas anexado ao livro.


 Tiragem restrita.

Observações:

Pequeno opúsculo onde o autor defende a tese de que o Marquês de Pombal "viveu e morreu católico" confirmando-a "com artigos inéditos existentes no (...)arquivo de família".

Preço:18,00€

Referência:13561
Autor:SOYÉ, Luis Rafael
Título:NOITES JOZEPHINAS DE MIRTILO SOBRE A INFAUSTA MORTE DO SERENISSIMO SENHOR D. JOZE PRINCIPE DO BRAZIL edicadas ao consternado povo luzitano por
Descrição:

Na Regia Officina Typografia, Lisboa, 1790. In-8º de 248-(2) págs. Encadernação coeva da época inteira de carneira mosqueada com dizeres a ouro na lombada sobre rótulo de pele vermelha. Obra de grande apuro tipográfico magnificamente ilustrada com 16 gravuras de página inteira em extra texto, o frontispício gravado e decorado com figuras alegóricas e o retrato do autor e 12 vinhetas de meia página no começo de cada canto pelos melhores desenhadores e gravadores portugueses da época: Carneiro da Silva, Jerónimo de Barros, Soyé, Frois, João Tomás da Fonseca, Ventura da Silva, Lucius, Ramalho, entre outros. Cremos estar falho do retrato de D. José.

PRIMEIRA EDIÇÃO

MUITO RARA.

 

Observações:

Poema elegíaco sobre a morte de  D. José, príncipe do Brasil e duque de Bragança.

Inocêncio V, 316. “LUIS RAPHAEL SOYÉ, n. em Madrid a 15 de Abril de 1760, filho de paes estrangeiros, é certo que Soyé veiu para Lisboa trazido ainda na primeira infancia por seus paes, que em breve faleceram, correndo a sua educação, ao que posso julgar, por conta do morgado da Oliveira João de Saldanha Oliveira e Sousa, depois primeiro conde de Rio maior, que parece haver sido o seu protector durante muitos annos. Consta que aprendêra tambem as artes da pintura e gravura a buril, do que nos deixou documento em algumas estampas das suas Noites Josephinas Do seu tracto e amisade com Francisco Manuel existe a prova em uma ode que este lhe dirigiu, na qual se lhe mostra muito affeiçoado. Alguns versos que publicára nos annos de 1808 e seguintes em louvor de Napoleão, e que traduzidos em francez agradaram ao imperador, e foram por elle remunerados generosamente, fizeram que depois da restauração dos Bourbons o poeta ficasse malquisto, e vendo se então em pobreza e impedido de voltar para Portugal, como parece desejava, partiu para o Rio de Janeiro. - Alli conseguiu emfim que por elle se interessassem algumas pessoas influentes, e obteve a nomeação de Secretario da Academia das Bellas artes, logar que pouco tempo. Noites Josephinas de Myrtillo, Tem um frontispicio gravado a buril, os retratos do principe D. José e do auctor, e mais quatorze estampas havendo ainda no principio de cada um dos doze cantos, ou noutes (em quartetos hendecasyllabos rythmados) de que se compõe o poema, uma vinheta allusiva ao assumpto do canto: tudo executado pelos melhores gravadores nacionaes d'aquelle tempo. Posto que este poema elegiaco (o primeiro do seu genero que se imprimiu em Portugal) esteja mui longe de poder julgar se perfeito, não parece todavia tão mau como se esforçaram em fazer crer alguns emulos do auctor. Um d'estes, Manuel Rodrigues Maia, de quem tractarei em seu logar, levou o desejo de ridiculisal o ao ponto de compor á sua parte outro poema heroi comico em tres cantos de outava rythma, com o titulo Josephinada (do qual conservo uma copia manuscripta, e vi o autographo em poder do falecido F. de P. Ferreira da Costa) cujo assumpto é a publicação das Noites Josephinas tractada comicamente, e revestida de episodios satyricos, sem comtudo transcender os limites de uma critica litteraria. Conta se tambem com referencia ás Noites uma anecdota, que não é para ser omittida. Dizem que logo depois da publicação do poema, estando o poeta na loja de não sei qual livreiro onde o tinha posto á venda, entrára ahi um sujeito desconhecido, pedindo um exemplar que lhe foi para logo apresentado. Então o sujeito pediu tambem uma tesoura, e com ella foi cuidadosamente cortando as estampas e vinhetas da obra, as quaes depois de juntas embrulhou n'uma folha de papel. Isto feito, e tirando da bolsa os 1:200 réis, preço do volume, entregou os ao livreiro, dizendo lhe: «Eu pago só as estampas quanto ao livro, ahi fica: póde guardal o para mechas!» E sahiu, comprimentando polidamente as duas personagens, cujo desapontamento é facil de imaginar!”

 

Preço:185,00€

Referência:14535
Autor:TOMÉ, Luis Figueiredo; CÉSAR, Paulo; AL BERTO
Título:MEIO DIA - INTIMIDADES -APRESENTAÇÃO DA NOITE
Descrição:

Sociedade Portuguesa de Autores, Lisboa, 1985. In-8º de 96 págs. Brochado. Capas de brochura ligeiramente empoeiradas.

 

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO do texto APRESENTAÇÃO DA NOITE de AL BERTO
Livro editado no âmbito do 60º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores,e que encerra os textos de espectáculos  de Luis Figueiredo Tomé - Meio-Dia, Paulo César- Intimidades, e Al Berto - Apresentação da Noite (publicada aqui pela primeira vez).

 

Preço:35,00€

Referência:12875
Autor:TORGA, Miguel
Título:CÂMARA ARDENTE - Poemas
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1962. In. 8.º de 86-(1) págs. Brochado com rubrica de posse no ante-rosto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Câmara Ardente

Serve-se no presente
Dum símbolo futuro…
Um frio prematuro
De mortalha
Coalha
A inspiração
Que animava o seu canto.
Não morreu. Mas enquanto
A vida lhe negar um novo sol,
Mais quente e mais fecundo,
Não vislumbra outra imagem
Da intima paisagem
Deste mundo…

 

Preço:40,00€

Referência:15132
Autor:TORRES, Alexandre Pinheiro
Título:A FLOR EVAPORADA
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1984. In-8º de 55-(7) págs. Brochado.

De invulgar aparecimento no mercado e inserdia na prestigiada colecção Cadernos de Poesia que lhe mereceu um Prémio de Poesia pela APE.

Observações:

Alexandre Pinheiro Torres (1921-1999) foi historiador de literatura, crítico literário, poeta, romancista, tem igualmente uma vasta produção espalhada por jornais e revistas portugueses, nomeadamente Vértice, Seara Nova, Colóquio / Letras. Estreou-se em 1950 com o livro de poemas Novo Génesis. Foi ainda distinguido com vários prémios nas áreas da poesia e do ensaio, dos quais se destacam Prémio de Ensaio Jorge de Sena (1979) da Associação de Escritores e Prémio de Ensaio Ruy Belo (1983) e Prémio da Poesia (1983), pelo volume de poemas A Flor Evaporada. Foi eleito membro da Academia Maranhense de Letras de São Luís do Maranhão, no Brasil e recebeu ainda o título de Cidadão Honorário de São Tomé e Príncipe. Licenciado em Letras pela Universidade de Coimbra, foi, em 1965, convidado pela Universidade de Cardiff, na qual se viria a tornar catedrático de Literatura Portuguesa e Brasileira. O facto político-cultural que o levou ao exílio conta-se entre os gestos de que mais se orgulhara em toda a sua vida: em 1965 é nomeado membro do Júri do Grande Prémio de Ficção atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores e propõe a atribuição de tal prémio ao livro Luuanda, de Luandino Vieira, que à data estava preso no Tarrafal, acusado de terrorismo. A atitude levou Salazar a proíbi-lo de ensinar em Portugal, obrigando-o ao desterro em Cardiff, onde foi recebido de braços abertos por um professor que o marcaria profundamente: Stephen Reckert. Em 1970 fundou a primeira cadeira independente de Literatura Africana de Língua Portuguesa Portuguesa em universidades inglesas.

 

 

Preço:17,00€

Referência:15021
Autor:VASCONCELOS , Mário Cesariny de
Título:POESIA (1944-1955)
Descrição:

Delfos, Lisboa, s/d. In-8º de 358-(2) págs. Brochado. Com um retrato de Cesariny, em desenho à pena por João Rodrigues. Capa de brochura anterior com ligeiro restauro marginal no topo e posterior com algumas leves manchas de acidez. MUITO BOM EXEMPLAR.
INVULGAR.

Observações:

Edição, a Primeira, colectiva dos livros «A Poesia Civil», «Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano», «Pena Capital», «Manual de Prestidigitação», «Estado Segundo», «Alguns Mitos Maiores Alguns Mitos Menores propostos à Circulação pelo Autor» sendo alguns deles, até então o ano de 1955, inéditos.

 

Preço:80,00€

Referência:13719
Autor:VASCONCELOS, Carolina Michaeles de
Título:NÓTULAS RELATIVAS À "MENINA E MOÇA" na edição de Colónia (1559)
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1924. In-8.º de 28 págs. Br.  Ilustrado em extra-texto. Edição de 400 exemplares numerados e rubricados por Joaquim de Carvalho.

PRIMEIRA EDIÇÃO

RARO.

Observações:

Opúsculo que aborda vários aspectos  do exemplar do Menina e Moça que foi publicado em 1559 em Colónia.

Preço:19,00€

Referência:14877
Autor:VASCONCELOS, Jorge Ferreira de
Título:MEMORIAL DAS PROEZAS DA SEGUNDA TAVOLA REDONDA. Ao Muyto Alto e Poderoso Rey Dom Sebastião prymeiro deste nome em Portugal, Nosso Senhor, impressa pela primeira vez no anno de 1567.
Descrição:

Typ. do Panorama, Lisboa, 1867. In-4.° de VIII-368 págs. Encadernação moderna inteira de percalina imitando a carneira mosqueada antiga. Rótulo verde com dizeres douyrados na lombada. Não preserva as capas de brochura e apresenta aparo marginal. Rúbrica de posse a tinta, rasurada, no frontspício. Apesar destes aspectos, o exemplar está muito fresco, com as folhas mantendo a sonoridade original, apesar das raras manchinhas de humidade disseminadas pela obra.

Observações:

Segunda edição (a primeira é de 1567). Clássico entre os "Romances de Cavalaria".

Diz M. Bernardes Branco, coordenador desta edição, os leitores deste Memorial' "Hão de ser, com raríssimas excepções, os amantes dos livros portuguezes antigos, que considerarão sempre esta obra como util para os amantes da pureza de lingoagem, para os que gostam de ver os progressos que os estudos romanticos fizeram em Portugal, para os estudiosos dos antigos usos e costumes nacionaes e para pouco mais."

INOCÊNCIO t.IV, p.167 e t.XII, p.179 refere que da edição original, apenas tem "presente a notícia da existência de dous exemplares em Portugal". Diz-nos ainda que  "... Barbosa aponta em logar d"esta edição outra, com alguma differença no titulo, e dá-a como impressa no dito anno, pelo mesmo impressor, mas em Lisboa, e no formato de folio. Tudo induz a crer que se enganou em suas indicações, e que jamais existiu essa duplicada edição. Da que fica descripta, e que é rarissima, apenas tenho ao presente noticia da existencia de dous exemplares em Portugal. Oxalá que dentro em pouco tempo não tenhamos a lamentar a perda de algum d"elles, ou ainda a de ambos juntos participando de sorte egual á de outras similhantes preciosidades litterarias que possuiamos, e que vão infelizmente desapparecendo de dia em dia, para mais se não recuperarem!

Preço:75,00€

Referência:15200
Autor:VASCONCELOS, José Leite de
Título:TRADIÇÕES POPULARES DE PORTUGAL. (Volume único)
Descrição:

Livraria Portuense de Clavel & Cª - Editores, Lisboa, 1882. In-8º de 320 págs. Brochado. Capas fragilizadas dada a sua leve gramagem sob acção do manuesamento, provocando falhas de papel. Margens do miolo intactas e ligeiro amarelecimento do papel, dada a sua qualidade intrínseca expostas à acção do tempo. Frontspício com carimbo a óleo da biblioteca privada de Joaquim de Carvalho. A necessitar de encadernação. 

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE ESTREIA deste eminente Arqueólogo,etnógrafo e antropólogo que foi José Leite de Vasconcelos.

Observações:
Preço:100,00€

Referência:15227
Autor:VIEIRA, Affonso Lopes
Título:PARA QUÊ? Livro escripto por ...
Descrição:

F. França Amado, Editor, Coimbra, 1897. In-8º de 76-(5) págs. Brochado. Capas de brochura com dispersos picos de acidez e pequenos rasgões, sem perda significativa de papel. Lombada com vestígios de actividade de lepismatídeos ( vulgo bichinhos de prata). Miolo impecável muito fresco, com impressão feita sobre papel de linho nacional, de elevada gramagem, cuja tiragem constou de 400 exemplares.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVO DE ESTREIA de Afonso Lopes-Vieira.

Observações:

Livro de estreia do poeta virtuoso e de rara sensibilidade, considerado o representante do Neogarretismo e que deixou vastíssima obra. Para quê? de  Afonso Lopes Vieira (1878-1946) foi escrito enquanto estudante da Universidade de Coimbra, com dezanove anos, livro onde o autor " ... perfilha um lirismo com traços decadentista e denunciando particularmente a influência de António Nobre ...". (in Dicionário de literatura portuguesa, 1996, pp. 501-2).

Fernando Guimarães in Biblos, V, 844-6; Dicionário cronológico de autores portugueses, III, 214-6.

Preço:180,00€

Referência:14495
Autor:VISCONDE DO MARCO
Título:CARTAS INÉDITAS DE CAMILO E DE D. ANA PLÁCIDO
Descrição:

Livraria Popular de Francisco Franco, Lisboa, 1933. In-8º de 157-(7) págs. Brochado. Ilustrado em extra-texto. Capas de brochura com leves picos de acidez. Edição numerada.

Observações:

Encerra os seguintes capítulos:  

Cartas de Camilo para o Dr. Adolfo Soares Carneiro; Cartas de Camilo para o Conselheiro Duarte Gusmão Nogueira Soares; Cartas de Camilo para Francisco de Paula da Silva Pereira; Cartas de Camilo para José Mendes de Carvalho; Cartas de Ana Plácido para Francisco de Paula da Silva Pereira; Cartas de Ana Plácido para o Conselheiro Duarte Gustavo Nogueira Soares; Correspondencia trocada entre Camilo, D. Ana Plácido e o Conselheiro Duarte Gustavo Nogueira Soares.

Preço:13,00€

Referência:12788
Autor:XAVIER, Francisco José da Serra
Título:CARTA A HUM AMIGO SOBRE O QUE NELLA SE CONTEM
Descrição:


na Regia Officina  Typografica, Lisboa, 1800. In-8º de 52 págs. Br. Alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:


Carta a um amigo sobre o que n'ella se contém. E no fim: Lisboa, na Regia Offic. Typ. 1800. 8.° de 52 pag.—Vi um exemplar na livraria de Jesus, e outro em poder do sr. Figaniere. É anonyma, e dirigida ao dr. Domingos José Botado Galvão. N'ella toma o auctor a defesa da memória do arcebispo D. Rodrigo da Cunha, e da sua História Ecclesiastieo de Lisboa, contra o que a respeito de um e outra escreverá o chronista graciano Fr. Antônio da Purificação.

INNOCENCIO T.II

Preço:40,00€

Referência:13289
Autor:XENOFONTE; RIBEIRO,Aquilino
Título:A RETIRADA DOS DEZ MIL
Descrição:

Livraria Bertrand, 1938, Lisboa. In-8º de 351 p´gs. Encadernação em sintético com dizeres a ouro na lombada e nas pastas. Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira. Ilustrado com um mapa. Sem capas de brochura.

Observações:

Primeira tradução para português do que pode ser considerado como um «antepassado distante» dos romances de cavalaria, o livrro foi traduzido por Aquilino Ribeiro que também o prefaciou. No prefácio , Aquilino  explica como é que entrou em contacto com Xenofonte,durante a  sua estadia em Paris, através de um obscuro monsieur Tournier.
"Aqui está como travei relações a fundo com Xenofonte, aristocrata, mas sempre civilista, homem de engenho e de armas, mestre na gineta e na cinegética, apaixonado pela ação e a aventura, e cultivando no seu retiro da Élida a lavoura e as letras"

A obra relata as atribulações do exército helénico em retirada, depois de terminadas as Guerras do Peloponeso. Terminada a expedição mercenária à Pérsia, para combater por Ciro, o Jovem, contra o seu irmão Artaxerxes II, e apesar de vitorioso, o exército bateu em retirada para o Interior da Grécia, depois de atraiçoado num simulacro de armistício, que causou a morte dos seus chefes.

Preço:30,00€

Referência:15107
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:A CABEÇA ENTRE AS MÃOS
Descrição:

Assírio e Alvim, lisboa, 1982. In-8º de 41-(7) págs. Brochado. Exemplar em magníficas condições de conservação.
Primeira edição.

Observações:

Livro inserido na colecção Cadernos Peninsulares/ Literatura. Na opinião de Nuno Júdice, a poesia de Herberto Helder  tornou-se um momento ímpar na afirmação daquilo que, em Portugal, se pode considerar como a mais conseguida realização do visionarismo poético ocidental, que recebe a herança de Rimbaud e Lautréamont e passa pelo surrealismo. Herberto Helder é sem dúvida, na opinião de outros críticos literários, o poeta mais importante da sua geração e a mais curiosa e intrigante personalidade do nosso experimentalismo. Radicando-se na tendência surrealista, a sua poesia revela uma excepcional riqueza de recursos expressivos com um grande poder encantatório gerando-se na zona originária do ser em que a criação absoluta torna imperioso ao poema “ ... vencer a fascinação do incriado e impor uma ordem e uma harmonia ao turbilhão interior ...” (António Ramos Rosa).

Preço:85,00€

Referência:14992
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:POEMAS CANHOTOS
Descrição:

Porto Editora, Porto, 2015. In-8º de 53-(1) págs. Cartonagem editorial. Exemplar impecável.

Primeira edição, logo esgotada.

Observações:


 

Preço:30,00€

Referência:14879
Autor:[org.: CARVALHO, Maria Amália Vaz de]
Título:UM FEIXE DE PENNAS
Descrição:

Typographia Castro Irmão. Lisboa. 1885. In-8º de (4)-IV-171-(1) págs. Encadernação coeva meia francesa marroquin castanho. Cantos superiores ligeiramente coçados. Acidez ligeira dada a qualidade própria do papel.

Observações:

Publicação da responsabildiade de Maria Amália Vaz de Carvalho tendo como principal finalidade obter financiamento para o «Asilo para raparigas abandonadas», no âmbito de várias outras iniciativas com o mesmo fim. 

A colecção aqui reunida revela a grande influência da ilustre escritora e é um notável retrato da literatura e do pensamento em Portugal na segunda metade do século XIX. Contém textos em prosa, uma notável carta de Camilo e poesias de diversos géneros e métricas. 

Dos colaboradores, a lista que se segue:

Alberto Braga, Amelia Jenny, Anthero de Quental, Antonio de Serpa, Bernardo Pinheiro, Bulhão Pato, Camillo Castello Branco, Carlos Lobo d" Avila, Chrystovam Ayres, Conde de Ficalho, Conde de Sabugosa, Eça de Queiroz, Fernando Caldeira, Francisco Gomes de Amorim, Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro, Henrique de Barros Gomes, Joaõ de Deus, Joaquim d" Araujo, José Frederico Laranjo, José de Sousa Monteiro, J. Simões Dias, J. T. de Sousa Martins, Júlio César Machado, Luiz Guimarães, M. M. Macedo Papança, M. Duarte d" Almeida, Maria Amália Vaz de Carvalho, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Sousa Viterbo, Teixeira de Queiroz, Theophilo Braga, Thomaz de Carvalho, Thomaz Ribeiro, Valentina de Lucena, Visconde de Benalcanfor, Visconde do Seisal.

Preço:50,00€
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