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Ultramar & Brasiliana - LITERATURA

Foram localizados 84 resultados para: Ultramar & Brasiliana - LITERATURA

Referência:12512
Autor:CÉSAR, Amândio
Título:NÃO POSSO DIZER ADEUS ÀS ARMAS
Descrição:

Editora Pax, Braga, 1945. In-8º de 76-(4) págs. Br. Integrado na colecção "Metrópole  e Ultramar".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra distinguida com o Prémio Camilo Pessanha.

NECROLOGIA PARA UM SOLDADO DA ÍNDIA

Os jornais publicaram nomes,
Muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Eram nomes, muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes!
Eram milhares de nomes de vivos:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Nas linhas, muitas linhas de nomes,
Vinham altas patentes e soldados rasos,
Hierarquicamente e por ordem alfabética:
O TEU NOME NÃO ESTAVA LÁ!

Não! O teu nome não podia estar ali:
Tu morreste em Goa, à vista de Goa,
Que morria quando tu morreste.
Por isso ficaste abandonado e só,
Junto de Goa moribunda.

Tão abandonado e tão só
Como a pistola metralhadora,
Agora inútil,
Agora inútil porque tu morreste
E Goa morreu contigo!

Há-de florir, vermelha,
Uma flor nascida do teu sangue.
As folhas serão verdes
Como a última imagem dos teus olhos baços.

É o último reduto,
Será a última bandeira hasteada em Goa,
Na terra ocupada pelo invasor,
Depois que alguém ergueu ao céu azul
A branca bandeira do medo e da ignomínia!

Não vens na lista de nomes,
Em nenhuma das linhas dos nomes:
O TEU NOME NÃO PODIA ESTAR ALI!

Mas, quando uma jovem manducar
Colher a flor vermelha que sobrou do teu martírio,
Aspirar o perfume solene dessa flor cortada
E perder seus olhos pretos no verde das folhas tenras,
ENTÃO SIM, TU ESTARÁS ALI!

Ali ressuscitado,
Ali vigilante como a sentinela,
Até que tornem os fantasmas dos soldados de Albuquerque
Para castigarem o orgulho sacrílego do invasor.

Tu, anónimo soldado,
Morto na terra escaldante de Goa,
És a imagem do Governador
Que à vista dela morreu.
Tu, sim, és da estirpe de Albuquerque,
Nunca vassalo…

Preço:15,00€

Referência:9111
Autor:CÉSAR, Amândio e AMORIM, Guedes de
Título:NATAL (poema) // OS CEGOS DE RUBIÃES (conto)
Descrição:Publicações Imbondeiro, Sá da Bandeira, Angola, 1964. In-8.º de 29(2) págs. Br.
Observações:N.º 68 da Colecção "Imbondeiro".
Preço:8,00€

Referência:9811
Autor:CORREIA, Afonso
Título:BACOMÉ SAMBU (romance negro)
Descrição:Casa Editora Nunes de Carvalho, Lisboa, 1931. In-8º de 219-(5) págs. Br.
Observações:Romance consideradofortemente paternalista e exótico. Trata-se de um misto de ficção, romance e etnografia sobre os Nalús, tribo que habita o Sul da Guiné.

"Bacomé estava já a caminho amplo das leis dos brancos, aprendendo com eles a raciocinar sobre a vida e encontrando-se à sua protecção do assimilacionismo colonial e, Afonso Correia amiúde, punha na boca das personagens guineenses uma autoconvicção da suainferioridade nata em relação aos brancos. A par disso, associa o seu conceito ocidental de miséria e felicidade as análises que efectua sem qualquer relativismo cultural, de resto, muito comum na literatura colonial da altura. Ao mato associa imaginariamente o perigo, o negro – a cor do guineense –, o leão, o macaco, o exotismo, o medo e o tédio. De qualquer forma, Afonso Correia apresentava sinais de um certo enraizamento africano pois, se por um lado apontava as maleitas do mato, por outro reconhecia que era ali o cadinho onde se depuram as almas agrestes e onde se forma o carácter, no contacto exclusivo com a natureza». Quanto ao conhecimento da alma africana, o livro «Bacomé Sambú» refere-se aos conceitos estereotipados com que a literatura colonial dos primeiros tempos caracterizava o africano. São eles a indolência, os excessos (o sexo, a gula e a extravagância), a sua «infantilidade», que rogava que o negro é uma grande criança e a sofreguidão que atribuía ao negro uma preguiça patológica e a adjectivação de bêbados incorrigíveis. E o facto de esta obra ser profundamente paternalista prova-o o facto de Afonso Correia ter escrito que «os indígenas dançam como crianças, cantam como impúberes, ameigam-se como inocentes… é a nossa bondade que nos impulsiona a que vejamoso indígena como crianças, no campo das responsabilidades» ""... como opinou O Comércio da Guiné, serve-se dum enredo fantasiado em que aparece a paisagem matizada de cacine e a descrição dos usose costumes pitorescos dos nalús. As observações ligeiras que enfeitam todo o motivo estampam-se numa prosa escorreita, e despreocupada""
Leopoldo Amado in A Literatura Colonial Guineense
Preço:20,00€

Referência:9074
Autor:COSME, Leonel
Título:GRACIANO
Descrição:Publicações Imbondeiro, Sá da Bandeira, 1964. In8º de 29-(2)págs.br. nº2 da coleção Imbondeiro. Conserva o sobrescrito editorial circulado
Observações:
Preço:10,00€

Referência:15331
Autor:CRAVEIRINHA, José
Título:CHIGUBO
Descrição:

Casa dos Estudantes do Império, Lisboa, 1964. In-8º de 35-(1) págs. Brochado. Capa de brochura ilustrado com xilogravura de José Pádua.
Primeira edição do livro de estreia de José Craveirinha (Prémio Camões, 1991).

Observações:

"... José Craveirinha nasceu em 1922, na antiga cidade de Lourenço Marques, no seio de uma família modesta, com pai algarvio e mãe moçambicana. José foi obrigado a abandonar os estudos após a conclusão da escola primária, para que o irmão mais velho fizesse o liceu, mas manteve a paixão pela leitura. Começou a trabalhar como jornalista no Brado Africano e mais tarde colaborou com o Notícias, a Tribuna, o Notícias da Beira, a Voz de Moçambique e o Cooperador de Moçambique. Foi neste último que publicou uma série de artigos ensaísticos sobre folclore moçambicano. Apesar de todo o trabalho importante desenvolvido na área da investigação, foi na lírica que Craveirinha se revelou verdadeiramente talentoso.

Estreou-se na poesia em 1955, com a publicação de poemas no Brado Africano. Seguiram-se inúmeras colaborações no plano literário com jornais de Moçambique, Angola, Portugal e Brasil. ‘Chigubo’ é o seu livro de estreia, editado em Lisboa, em 1964, pela Casa dos Estudantes do Império, que foi apreendido pela PIDE. Entre 1965 e 1968, partilha a cela da prisão com Malangatana e Rui Nogar, nomes importantes da cultura daquele tempo. Presente em qualquer antologia lusófona, a sua poesia reflete a influência surrealista, mas é marcada pela cultura moçambicana e reflete sobre as questões sociais. Craveirinha conquistou prémios em Moçambique, Itália e Portugal. Recebeu condecorações do presidente português Jorge Sampaio e do presidente moçambicano Joaquim Chissano. Um reconhecimento que teve a sua maior expressão com a atribuição do prémio Camões, em 1991. Morreu em fevereiro de 2003 ..." (Tânia de Melo, RTP Memória, 2003).

Preço:75,00€

Referência:14684
Autor:DEVI, Vimala; SEABRA,Manuel de
Título:A LITERATURA INDO-PORTUGUESA
Descrição:

Junta de Investigações do Ultramar, Lisboa, 1971. Dois volumes de in-8º de 327-(4) e 448-(4) págs. Brochado.

Observações:

Excelente ensaio sobre uma literatura não muito conhecida, sempre fronteira entre as culturas hindu e ocidental mas também numa cruzamento curioso da experiência cristã com o panteísmo hindu.
Com perto de setentas autores reunidos no segundo volume. Como o dizem os autores no livro:
“Sem dúvida nada mais insólito do que a coexistência na mesma área de cultura do espírito democrático ocidental com o espírito teogónico indiano apoiado numa noção de castas de origem rácica e política e justificadas pela religião ; da universalidade cristã com o circunstancialismo social hindu ; da mentalidade pragmática europeia com a mentalidade conceptualista indiana ; da rigidez moral judaico-cristã com o espírito de tolerância próprio de uma cultura tropical ainda de fortes raízes totémicas ; do puritanismo cristão com o vitalismo do paganismo hindu. Nada mais insólito do que a coexistência de todos estes elementos paradoxais na mesma cultura e no mesmo indivíduo. E, no entanto, produziu-se.”
Na época da sua publicação ganhou o Prémio Abílio Lopes do Rego da Academia das Ciências.

Preço:65,00€

Referência:9121
Autor:DUARTE, Fausto
Título:REVOLTA
Descrição:Livraria Latina, Porto, 1945. In-8º de 310-(2). Com encadernação meia francesa em pele azul decorada na lombada com ferros dourados corridos e floreados conservando as capas de brochura.
Observações:Apresenta um glossário de vocábulos gentílicos utilizados na obra.
"Em 1945, Fausto Duarte fecha o ciclo da sua produção literária colonial guineense com o livro intitulado A Revolta! Mais do que um romance, esta obra é um documento histórico utilíssimo para a História Cultural e das mentalidades subjacentes à guerra de «pacificação» levada a cabo na Guiné, pois, à semelhança das restantes, privilegia o confronto cultural, desta vez não só entre brancos, cabo-verdianos e guineenses, mas fundamentalmente entre as tribos guineenses entre si. De resto, além da colaboração de literária que aponta para a identidade nacional guineense, Fausto Duarte tem o mérito de ter registado, paralelamente a uma literatura de choque culturale civilizacionais, também uma outra literatura de denúncia e apelo à justiça e compreensão raciais".
(Leopoldo Amado - A Literatura Colonial Guineense)
Preço:20,00€

Referência:11338
Autor:Escola Preparatória de Pedro Álvares Cabral
Título:FOI NO TEMPO D'EL-REI AFRICANO
Descrição:São Tomé, 1970. In-fólio de 124 págs. Br. Profusamente ilustrado em extra-texto e Com reproduções de ilustrações de arte popular em separado.
Observações:Trabalho colectivo realizado pela Escola Preparatória de Pedro Álvares Cabral, em S. Tomé, nas comemorações do "V Centenário do Achamento destas Ilhas pelos navios de Pêro Escobar e João de Santarém".
Preço:30,00€

Referência:12503
Autor:FERAUD,Marie
Título:CONTOS AFRICANOS Contos e Lendas do Folclore Africano Seleccionados e Adaptados Por...
Descrição:

 Verbo, Lisboa, 1977- In-4º de 155-(2) págs. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com belos desenhos a cores e a preto e branco de Akos Szabo. Ostenta uma dedicatória não autógrafa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Interessante colectânea de contos africanos seleccionados e adaptados por Marie Feraud e traduzidos para português por António Manuel Couto Viana, Rui Viana Pereira e Maria Adelaíde Couto Viana.
 

Preço:27,00€

Referência:9345
Autor:FERREIRA, Amadeu
Título:AS ÁRVORES REVERENTES DA CONGO. Romance
Descrição:Editora Pax, Braga, 1967. In – 8.º de 379 págs. Br.
Observações:Capa de brochura ilustrada. Rubrica de posse no rosto.
Preço:15,00€

Referência:9075
Autor:FERREIRA, Manuel
Título:TERRA TRAZIDA. Contos
Descrição:Plátano Editora, SARL, Lisboa, 1972. In – 8.º de 222 (1) págs. Br.
Observações:Capa de brochura ilustrada.
Preço:15,00€

Referência:8997
Autor:FERREIRA, Manuel
Título:HORA DI BAI
Descrição:Textos Vértice, Coimbra, 1962. In-8º de 276-(6) págs. br.
Observações:Hora di Bai foi publicado em França com o título “Le pain de l’exode”, tradução de Gilles e Maryvonne Lapouge, edição Castermann. Incluído na lista de “Os livros da Semana” do “Fígaro Literaire”, o romance de Manuel Ferreira foi saudado pela crítica francesa como um modelo do romance neo-realista capaz de levantar os mais graves problemas do homem em sociedade.
(retirado em http://livroditera.blogspot.pt/2006/11/hora-di-bai.html)
Preço:18,00€

Referência:9081
Autor:GALVÃO, Henrique
Título:O VÉLO D'OIRO. Romance Colonial.
Descrição:Livraria Popular, Lisboa, 1936 . In-8º de 272 págs. Br. Ilustrado por Eduardo Malta.
Observações:Trata-se da 4º edição deste belo romance que mereceu o 1º Prémio de Literatura Colonial em 1933.
Preço:19,00€

Referência:9065
Autor:GALVÃO, Henrique
Título:PELE
Descrição:Gráfica Nacional, Lisboa, 1956/57. In-8º de 369-(6) págs; br
Observações:Exemplar da 1ª edição. Invulgar. Henrique Galvão (1895-1970) foi militar, escritor e político. Teve uma destacada acção colonial, quer como explorador, quer nos cargos que ocupou na admnistração, quer pelos diversos actos de propaganda. Como escritor deambolou pelos diversos géneros literários tendo sido galardoado com diversos prémios. No entanto a narrativa de viagem é o género que é mais apreciado em Henrique Galvão.
Preço:19,00€

Referência:9000
Autor:GALVÃO, Henrique
Título:O SOL DOS TRÓPICOS
Descrição:Tip. da Empresa do Anuário Comercial,Lisboa, 1936. in-8º de 322-(1) págs. br
Observações:Romance que deu origem a vários estudos recentes.
exemplo, Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS) na sua tese "ESPAÇO PORTUGUÊS, DESLOCAMENTOS " a dado momento escreve:

Assim, observamos, nos romances coloniaisO sol dos trópicos e O velo d’oiro ,de Henrique Galvão, a partida das personagens imbuídas da mística imperialista rumo a Angola, carregando em sua bagagem um sonho de riqueza impossível de ser realizado emPortugal, devido à crise econômica vivenciada peloslusitanos desde a Independência do Brasil.
Observamos em O sol dos trópicos que o espaço, antes amedrontador, inóspito também passa por mudanças provocadas pela personagem, ciente, com o passar do tempo, das possibilidades de interferir, com seus conhecimentos de europeu, naquela terra, mais tarde transformada em sua fazenda. Conseqüentemente teremos a valorização da selva,agora como o espaço grandioso e heróico do homem português, que sem nenhuma ferramenta ou qualquer outro tipo de ajuda tecnológica, consegue vencer as dificuldades deadaptação, habitando, construindo, vivendo.
Preço:35,00€

Referência:9828
Autor:GUILLOT, René
Título:KORO E OS HOMENS PANTERAS
Descrição:Empresa Nacional de Publicidade, 1969. In-8º de 186-(1) págs. Br. Ilustrado ao longo do texto com desenhos de Michel Jouin.Primeira edição.
Observações:Tradução de Luís Manuel Saudade e Silva.
Preço:16,00€

Referência:15147
Autor:HONWANA, Luis Bernardo
Título:NÓS MATÁMOS O CÃO-TINHOSO
Descrição:

(Sociedade de Imprensa de Moçambique, Lourenço Marques, 1964). In-8º de 135-(1) págs. Brochado. Arranjo gráfico de Pancho e desenhos de página inteira (embora fragmentos) de Bertina.

PRIMEIRA EDIÇÃO, bastante rara publicada quando o autor tinha apenas 22 anos (escrita iniciada aos 18 de idade) e foi preso pela polícia política.

Apesar do ligeiro e insignificante defeito na charneira, junto ao pé da lombada, trata-se de uma PEÇA DE COLECÇÃO.

Observações:

Na contra-capa: "Não sei se realmente sou escritor. Acho que apenas escrevo sobre coisas que, acontecendo à minha volta, se relacionem Intimamente comigo ou traduzam factos que me pareçam decentes. Este livro de histórias é o testemunho em que tento retratar uma série de situações e procedimentos que talvez inte resse conhecer. ..."

Luis Bernando Honwana é pseudónimo literário de Luis Augusto Bernardo Manuel (n. 1942). O título que se apresenta é um livro de contos narrados por crianças, que marca um importante momento de viragem na literatura moçambicana, e que chegou a exercer uma influência importante na geração pós-colonial de escritores moçambicanos. O universo social e cultural moçambicano durante a época colonial é o centro da análise das narrativas. De acordo com Manuel Ferreira, neste livro " ... apresentam-nos questões sociais de exploração e de segregação racial, de distinção de classe e de educação”. E, ainda, na opinião de João Ferreira, conclui-se que " ... o texto do escritor moçambicano, além do seu alto nível literário e poético e da sua ágil e dinâmica estrutura narrativa, nos oferece: 1 - um rico e variado sub-texto ideológico referente de um contexto sócio-linguístico moçambicano ainda marcado pelas estruturas de dominação colonial; 2 - um característico traço linguístico de imprescindível importância na pesquisa da identidade literária e linguística moçambicana ...".

Em 1964, Moçambique enfrentava o começo da guerra pela independência, mesmo momento em que Luis Bernardo Honwana colocou no papel sua condição como sujeito pós-colonial, criando uma ruptura com a sua condição de subalterno. Ao aliar o testemunho da situação em que o país se encontrava pré-independência com a descrição íntima da natureza humana, Nós Matámos o Cão-Tinhoso representa o impacto de séculos de silêncio imposto àqueles que tinham a vida vigiada pelo poder colonial.

 

Preço:95,00€

Referência:12291
Autor:HONWANA, Luis Bernardo
Título:NÓS MATÁMOS O CÃO-TINHOSO 2ª edição revista
Descrição:

Afrontamento, Porto, 1972. In-8º de 145-(7) págs. Br.

Observações:

Nós Matámos o Cão-Tinhoso é um livro de sete contos publicado  pela primeira vez em 1964 ( sendo de  imediato apreendido pela PIDE) e considerado uma obra inaugural da moderna literatura moçambicana. Os contos incluídos no livro são “Nós Matámos o Cão-Tinhoso”, “Dina”, “Papa, Cobra, Eu”, “As Mãos dos Pretos”, "Inventário de Imóveis e Jacentes”, "A Velhota" e "Nhinguitimo".

Do prefácio

“Não sei se realmente sou escritor. Acho que apenas escrevo sobre coisas que, acontecendo à minha volta, se relacionem intimamente comigo ou traduzam factos que me pareçam decentes. Este livro de histórias é o testemunho em que tento retratar uma série de situações e procedimentos que talvez interesse conhecer. Chamo-me Luis Augusto Bernardo Manuel. O apelido Honwana não vem nos meus documentos. Sou filho de Raul Bernardo Manuel (Honwana) e de Nally Jeremias Nhaca. Ele intérprete da administração da Moamba e ela doméstica. Tenho oito irmãos.
As minhas primeiras histórias datam do início da antiga página literária juvenil do jornal «Notícias», o «Despertar». Todavia quase os contos que agora são publicados começaram a ser feitos anteriormente, quando ainda não dava tanta atenção ao que de vez em quando me dava para escrever. Foi numa altura em que, embora praticasse desportos muito intensamente, um grupo de jornalistas, pintores e poetas ajudou-me a ler uma quantidade de livros importantes, levou-me a ver filmes que tinham de ser vistos e emprestou-me algumas das suas preocupações. Entretanto estudei desenho e pintura durante algum tempo e participei com vários trabalhos em exposições de arte. Também escrevi coisas para filmes que não se fizeram e pertenci a uma equipa que começou a fazer um filme e desistiu antes do fim."

 

Preço:25,00€

Referência:13872
Autor:IVO, Lêdo
Título:ACONTECIMENTO DO SONETO - ODE À NOITE
Descrição:

Orfeu, Rio de Janeiro, 1950. In-8º de 45-(5) págs. Br. Capas de brochura envelhecidas. Ilustração da capa de Artur Jorge. Assinatura de posse de José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO conjunta.

INVULGAR.

Observações:

Este livro é a 2ª edição de Acontecimento do Soneto, a primeira edição  foi feita por João Cabral de Melo Neto, em 1948, numa tiragem de 110 exemplares. A esta edição foi acrescentado  o poema Ode à Noite. Prefácio de  Campos de Figueiredo.

SONETO DAS CATORZE JANELAS

O que se esquiva em mim mais se levanta
no sul da arte poética, no drama
onde o meu ser transfigurado clama
que eu escreva a canção que não me encanta

mas, por falar de mim, sempre me espanta
pela perícia com que me proclama.
E eu destruo o supérfluo, usando a chama
que sobre o meu trabalho o sol decanta

Não se faz um soneto; ele acontece
e irrompe da alquimia do que somos
subindo as altas torres do não ser

Nas rimas que ninguém nos oferece,
pungentes, nós seguimos, e fitamos
catorze casas para nos conter.

Preço:27,00€

Referência:9101
Autor:JUNIOR, J. Amaral e SANTOS, J. Fidalgo dos
Título:OS AVENTUREIROS DA SELVA (SCENAS D'AFRICA) - Novela
Descrição:Livraria Renascença J. Cardoso - Editor, Lisboa, 1929. In-8. de 132-(2)-X págs. Br.
Observações:
Preço:12,00€
página 2 de 5