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ANTÓNIO, Marco

Foram localizados1 resultados para: ANTÓNIO, Marco

 

Referência:15467
Autor:ANTÓNIO, Marco
Título:REPUBLICANIADAS
Descrição:

Editado por Jayme Marques, Lisboa, 1913. In-8º de 96 págs. Brochado. Capa de brochura e vinhetas decorativas em cada um dos IV cantos do poema, realizadas por ALMADA NEGREIROS. Edição ilustrada com um retrato do autor. Capas ligeiramente empoeiradas e com cortes marginais.

Ostenta uma dedicatória autógrafa de Marco António (pseud: António Correia Pinto de Almeida). Livrinho impresso na célebre Typ. Libanio da Silva, célebre pelas edições de Orpheu e outras publicações futuristas.

PRIMEIRA edição e única (produziu-se um facsimile em 2010 pelo Município da Figueira da Foz).

Observações:

Livro de estreia do autor desta acutilante paródia, em forma de poema, publicado sob pseudónimo de Marco António (por vezes, utilizava também António Amargo) de António Correia Pinto de Almeida (1895 - 1933). Foi um jornalista, escritor e poeta satírico cuja pena afiada verteu sangue pelas páginas do jornal Gazeta da Figueira, A Capital e Imprensa da Manhã. Colaborador do jornal humorístico Palhinhas, que surgiu em 1915 na Figueira da Foz, escreveu letras para Alfredo Marceneiro, parodiou Os Lusíadas em Republicaníadas (1913) e deu à estampa uns Sonetos Minero-Metálicos (1917) que são hoje referência do futurismo português. Poeta de grande valia, dele ficaram célebres além dos Sonetos Minero-Metálicos, sendo ainda autor de, entre outros trabalhos, Feira de Fantoches e Vozes do Silêncio.

 

Republicaníadas foi pela primeira vez impresso no periódico Os Ridículos em 1912, sob o título "Parodias, sem pretensões aos «Lusiadas», do nosso fallecido collega e illustre thalassa, cidadão Luiz de Camões". Este título ridiculariza os acontecimentos politicos que resultaram da revolução de 5 de Outubro de 1910. O autor apresenta-nos logo na abettura: " Aos criticos: Agora que a poesia tende a tornar-se n'um género tão delgado, subtil e simples, que ás vezes mal se compreende atravez da diaphaneidade da sua contextura, estas macissas oitavas à moda dos tempos do pai Adão devem ferir bem rudemente os delicadissimos tympanos modernos. (...) Apeteceu-me parodiar Camões, como me poderia ter dado para parodiar Guerra Junqueiro ou Afonso Lopes Vieira. E visto que todas as liberdades são agora moeda corrente n'este liberalissimo paiz, livre fica a critica de me zurzir á vontadinha (...)." e acrescenta noutro capítulo:  "Aos politicos: Aqui se dá a cada um conforme a sua precisão: menos aos monarchicos - que é cobardia malhar em quem está por baixo -, mais aos republicanos, que bem precisam para vêr se entram no bom caminho. Todos os que tem a sua politicasinha (e quem ha que não a tenha?) ficarão contentes, e nenhum ficará satisfeito. Rirão ás escancaras quando fôr ridicularizado o adversário; e chamar-me-ão estúpido, quando lhes tocar pela porta, sem já se lembrarem do que gosaram á custa dos inimigos (...) ".

Preço:80,00€