Banner Vista de Livro
 Aplicar filtros
Livros do mês: Agosto 2024
Temas 
Palavras Chave 
Módulo background

FERREIRA, José Gomes

Foram localizados17 resultados para: FERREIRA, José Gomes

 

Referência:15038
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:GAVETA DE NUVENS
Descrição:

Diabril Editora, Lisboa, 1975. In-8.º de 238-(2) págs. Brochado, impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Do Intróito, na página 7, o autor d'a-nos a ler o seguinte:

" (...) Após uma decisiva prova de marginalidade como cônsul, entreguei-me ao jornalismo ou, com mais exatidão, a colaborar em jornais e revistas (com três ou quatro artigos por semana), onde aprendi a alinhar prosas com tanta facilidade de caneta a deslizar no papel que, a certa altura, quando reparei nessa virtude de ofício, desmaiei de terror. E tratei logo de praticar com afinco a ginástica da Dificuldade. Isto impedir que as palavras corressem em forma de fonte óbvia, não me importar de perder tempo, cinco, dez, vinte minutos para desencantar o adjetivo justo, substituir lugares-comuns já muito cocados por novos lugares-comuns, semear obstáculos de propósito, antes de principiar a escrever. Como, por exemplo, dizer de mim para mim: hoje durante seis linguados não empregarei uma única vez os verbos ser, ter, haver, fazer, etc. ..."

Preço:23,00€

Referência:14335
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:O MUNDO DOS OUTROS - HISTÓRIAS E VAGABUNDAGENS
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950. In-8.º de 191-(2) págs. Br. Capas de brochura com ocasionais picos de acidez.

Observações:

Publicado em 1950 pelo Centro Bibliográfico de Lisboa, incluído na "Colecção de Prosadores".

O Mundo dos Outros é constituído por uma série de crónicas de Lisboa (nenhuma delas anterior a 1945, pelo que a sua redacção se deve ter processado durante o mesmo período em que o Poeta vai compondo os poemas de Poesia III), onde o quotidiano é transfigurado, e o encantamento e desencantamento, real-sonho, verdadeiro-falso, se alternam - uma reflexão automatizada a que o autor recorre para tornar mais perceptível e radical o desmascarar da realidade, segundo a sua cosmivisão. É, por isso, uma das obras máximas produzidas pelo neo-realismo português.

O autor reflecte também sobre o seu "fora" e o seu "dentro", o "'equilíbrio entre as duas vidas que nem sempre conseguem coexistir harmonicamente separadas", colaborando na confusão que a sua face múltipla provoca em quem lhe queira penetrar o íntimo" (TORRES, Alexandre, Vida e obra de José Gomes Ferreira, Amadora, Livraria Bertrand, 1975, p.237). Frases como "Ninguém me vê do mesmo modo" , ou "Cada qual agarra em mim a realidade que mais lhe convém", são afirmadas com mal disfarçada alegria, e o poeta ajuda à confusão assumindo muitos papéis diferentes (o que é preferível ao esconder-se por detrás de diferentes personagens, como fazia F.Pessoa ou Robert Browning - afirma Carlos Oliveira). O autor também é, por um lado, o "vagabundo social" de dia, mas o solitário de noite, que "espera com paciência que a cidade de esvazie para, em largas digressões de vagabundagem por essas ruas solitárias abrandar um pouco as rédeas do autodomínio. E poder enfim adorar a lua redonda à sua vontade; e ruminar versos num ruminar quase obsessivo (...)falar só (...) sem vergonha da lua".

Outro aspecto importante desta obra é o facto do autor se assumir como esse espectador que "anseia por todos os espectáculos, que transforma tudo em espectáculo, e que lamenta o fim do espectáculo". A história de O Mundo dos Outros começa a 8 de Maio de 1945, o dia em que termina a 2ª Guerra Mundial, e José Gomes Ferreira escreve no início do seu livro: "Confessa que o teu egoísmo de espectador inato teme não voltar a encontrar no bolor quotidiano outro espectáculo capaz de suprir o que desapareceu agora para sempre..." José Gomes Ferreira reduz-se a espectador para condenar a sua falta de intervenção, revelando todo o processo que o tornou assim (como no cap."A infância Estragada", onde descreve o seu "ódio total a este caricato planeta de homens com uma civilização de papagaios", onde o homem é, desde a infância, submetido a catequeses de submissão, a pedagogias do servilismo e da modéstia, que a Igreja divulga), e ainda critica o espectador que somos todos nós, de "brandos costumes" : "1793?...Data da viragem da história do mundo. Revolução Francesa (...) E, entretanto, em Lisboa, fundava-se uma Ervanária para vender ingredientes ressumantes de vapor de água ...brandura dos nossos costumes - numa civilização de chazinhos fumegantes,...enxaquecas, teorias, estorvos, molezas, melindres, gritinhos, medo do papão, chatice...". E ainda noutro texto: " Dormia tudo em torno de mim: homens, mulheres, crianças, burros, carroças, elécticos,(...)Teatro D.Maria, tabuletas,(...)e até o céu azul estendido como uma mulher de preguiça (...) Uns a sonhar que estão acordados. Outros, que vivem. Alguns, que falam. Muitos, que amam. Aqueles, que trabalham. Estes, que sofrem. Outros, que gritam. E que protestam. E que berram. E que lutam. Mas não. Tudo mentira. Dormem profundamente com o corpo todo, com a alma toda, nos tremedais dos cafés e nos cemitérios dos mortos-vivos das ruas..." José Gomes Ferreira diagnostica assim este mundo mentiroso, "adormecido pela disciplina institutriz da humilhação ou da docilidade", onde se jaz vivendo em vão.

O autor parece, em muitas das crónicas, querer desistir da sua obsessão romântica de mudar o mundo, mas ela subsiste sob a capa de um Quixote sonhador (que diz o autor que deixou de existir nos Portugueses, mais preocupados consigo mesmos, e passando "sempre adiante", o que, no fundo, mas com vergonha, também acaba por lhe acontecer - confessa ), que "exprime a saudade doutrinária de um futuro qualquer, tão distante, tão lá no fundo, tão sonho, tecido apenas de pequenas coisas doces, num mundo menos pesado de cadáveres..." (Fonte: CITI - Centro de Investigação para Tecnologias interactivas)

Preço:45,00€

Referência:10554
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:OS SEGREDOS DE LISBOA (ficção)
Descrição:Edições Tempo, Lisboa, s/d. In-8.º de 35 págs. Br.
Observações:Opúsculo publicado na colecção «Tempo de Ficção», da qual foi o quinto título a sair.

Escritor, poeta e ficcionista português, natural do Porto. Foi colaborador de vários jornais e revistas, tais como a Presença, a Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes. Esteve ligado ao grupo do Novo Cancioneiro, sendo geral o reconhecimento das afinidades entre a sua obra e o neo-realismo. José Gomes Ferreira foi um representante do artista social e politicamente empenhado, nas suas reacções e revoltas face aos problemas e injustiças do mundo. Mas a sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo-realista, o visionarismo surrealista ou o saudosismo, numa dialéctica constante entre a irrealidade e a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofrimento dos outros.
Preço:19,00€

Referência:10553
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:5 CAPRICHOS TEATRAIS - Inspirados na Revolução Portuguesa de 1974 e escritos em 1977-78
Descrição:Moraes Editores, Lisboa, 1978. In-8.º de 91-(1) págs. Br. Conserva cinta editorial.
Primeira edição.
Observações:Com as seguintes peças: «Manhã morta», «O Subterrâneo», «O Patamar», «O Comício» e «Os novos e os velhos».
Preço:15,00€

Referência:9624
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:IMITAÇÃO DOS DIAS diário inventado
Descrição:Portugália, Lisboa, 1966. In-8º de 193-(5)págs. Br. Capa ilustrada por João da Câmara Leme. Primeira Edição. Com assinatura de posse.Por abrir.
Observações:A Portugália Editora, aquando do lançamento da 1ª edição desta obra, descreveu-a como uma <>i"Imitação (verdadeira) dos Dias (...) festival de estilo e da razão luminosa (...) que se oferece como exemplo intelectual e de emocionante construção do futuro".

Excerto do livro:

"Coincido integralmente com a minha época de neo-realistas, de surrealistas, de abstractos, de neo-figurativos, de concretistas, de dodecafónicos, de pesquisadores de timbres, de Maiakovski, de Kafka, de Prokofiev, de Malraux, de Cholokov, de Sartre, de Aragon, de Drummond de Andrade – e aqui proclamo a glória de ter nascido na Idade de Aquilino, Afonso Duarte, Vieira da Silva e Lopes Graça, sem saudades de qualquer passado."
Preço:15,00€

Referência:3740
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:A POESIA CONTINUA VELHAS E NOVAS CIRCUNSTÂNCIAS
Descrição:Moraes Editores, Lisboa, 1981. In-8.º de 69-(1) págs. Br.
Observações:PRIMEIRA EDIÇÃO.
Preço:19,00€

Referência:1731
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:A MEMÓRIA DAS PALAVRAS OU O GOSTO DE FALAR DE MIM
Descrição:Portugália Editora, Lisboa, 1965. In. 8.º de 318 págs. Br.
Observações:"A Memória das Palavras é um misto perturbador de memórias (neste caso uma aventura autobiográfica, ...), de ensaio personalizado sobre grandes temas estéticos e humanos que solicitam e perseguem um escritor, misto ainda de roteiro crítico de uma consciência à procura dos seus rumos autênticos (...)".PRIMEIRA EDIÇÃO.
Preço:21,00€

Referência:1729
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:COLECCIONADOR DE ABSURDOS
Descrição:Moraes Editores, Lisboa, 1978. In. 8.º de 173(1) págs. Br.
Observações:Com biografia das duas ou três infãncias do coleccionador.Primeira edição.
Preço:16,50€

Referência:1728
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:TU, LIBERDADE! - ANTOLOGIA DE FICÇÕES EM PROSA
Descrição:Editorial Caminho, Lisboa, 1977. In. 8.º de 157 págs. Br.
Observações:Capa de brocura ilustrada com pormenor de um cartaz de András Sántha.Antologia de ficções em prosa organizada e prefaciada por Casimiro de Brito.
Preço:18,00€

Referência:1724
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:IMITAÇÃO DOS DIAS. Diario Inventado
Descrição:Portugália Editora, Lisboa, 1966. In. 8.º de 193(1) págs. Br. Rubrica de posse no ante-rosto.
Observações:Primeira edição.
Preço:25,00€