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BACOMÉ SAMBU (romance negro)

em Ultramar & Brasiliana - LITERATURA

Referência:
9811

Autor:
CORREIA, Afonso

Palavras chave:
sem palavras chave

Ano de Edição:
sem ano de edição definido

20,00€


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Título:
BACOMÉ SAMBU (romance negro)
Descrição:
Casa Editora Nunes de Carvalho, Lisboa, 1931. In-8º de 219-(5) págs. Br.
Observações:
Romance consideradofortemente paternalista e exótico. Trata-se de um misto de ficção, romance e etnografia sobre os Nalús, tribo que habita o Sul da Guiné.

"Bacomé estava já a caminho amplo das leis dos brancos, aprendendo com eles a raciocinar sobre a vida e encontrando-se à sua protecção do assimilacionismo colonial e, Afonso Correia amiúde, punha na boca das personagens guineenses uma autoconvicção da suainferioridade nata em relação aos brancos. A par disso, associa o seu conceito ocidental de miséria e felicidade as análises que efectua sem qualquer relativismo cultural, de resto, muito comum na literatura colonial da altura. Ao mato associa imaginariamente o perigo, o negro – a cor do guineense –, o leão, o macaco, o exotismo, o medo e o tédio. De qualquer forma, Afonso Correia apresentava sinais de um certo enraizamento africano pois, se por um lado apontava as maleitas do mato, por outro reconhecia que era ali o cadinho onde se depuram as almas agrestes e onde se forma o carácter, no contacto exclusivo com a natureza». Quanto ao conhecimento da alma africana, o livro «Bacomé Sambú» refere-se aos conceitos estereotipados com que a literatura colonial dos primeiros tempos caracterizava o africano. São eles a indolência, os excessos (o sexo, a gula e a extravagância), a sua «infantilidade», que rogava que o negro é uma grande criança e a sofreguidão que atribuía ao negro uma preguiça patológica e a adjectivação de bêbados incorrigíveis. E o facto de esta obra ser profundamente paternalista prova-o o facto de Afonso Correia ter escrito que «os indígenas dançam como crianças, cantam como impúberes, ameigam-se como inocentes… é a nossa bondade que nos impulsiona a que vejamoso indígena como crianças, no campo das responsabilidades» ""... como opinou O Comércio da Guiné, serve-se dum enredo fantasiado em que aparece a paisagem matizada de cacine e a descrição dos usose costumes pitorescos dos nalús. As observações ligeiras que enfeitam todo o motivo estampam-se numa prosa escorreita, e despreocupada""
Leopoldo Amado in A Literatura Colonial Guineense
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