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OBSERVAÇÕES SOBRE O DECRETO DO 1º DE DEZEMBRO DE 1845 QUE REGULOU A HABILITAÇÃO DOS CANDIDATOS AO MAGISTERIO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

em Monografias & regionalismo

Referência:
15044

Autor:
[ABREU, José Maria de ]

Palavras chave:
Academia | Universidade

Ano de Edição:
1846

30,00€


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Título:
OBSERVAÇÕES SOBRE O DECRETO DO 1º DE DEZEMBRO DE 1845 QUE REGULOU A HABILITAÇÃO DOS CANDIDATOS AO MAGISTERIO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Descrição:

Na Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1846. In-8º de 21 págs. Brochado com acção de lepismas na charneira. Miolo bem conservado, preservando a sonoridade original do papel. Bonita capa de brochura, de original composição tipográfica dsposta em moldura. Com carimbo de posse dos Livros do Prof Joaquim de Carvalho.

Observações:

" O Decreto do 1. de Dezembro de 1845, que regulou a habilitação dos Candidatos no Magisterio da Universidade de Coimbra, offerece tão graves inconvenientes na maior parte das suas disposi-gões, que, ninda antes de ser posto em execução, tem produzido mui grande anciedade entre os membros do Corpo academico, e os verdadeiros amigos da instrução publica; porque são muito de recear para o progresso das sciencias, e estabilidade da Universidade as consequencias daquela providencia, que tanto difficulta a carreira academica, e tão poucas garantias lhe offerece!

O tirocinio academico até obter o gráo de Dontor é sujeito a santas provas, e depende de tantas habilitações, que aquelle, que o lia conseguido com distincção, é por isso digno d'aspirar ao Magisterio da Universidade sem dependencia de novas provas: a exigencia de uma obra da sua composição inspressa, ou manuscrita para fundamento da Candidatura colloca o Doutor nas circumstancias ou de abandonar a Universidade, porque uma obra original em objectos scientificos só póde ser o fructo de longos, e profundos estudos, a que unicamente poderá dedicar-se aquelles que tiverem já na carreira academica uma subsistencia segura; ou de satisfazer áquelle onus com um Escripto menos digno a despeito do proprio pundonor: - obra de necessidade, e não do coração; filha das circunstancias, e não do amor das letras; isto só serve de estriar os brios da mocidade estudiosa, e de a tornar superficial, tomando por obrigação o que unicamente deve ser obra da vontade, e fructo de madura reflexão.

Nesta concorrencia o candidato que fosse capaz de apresentar uma obra prima, não ficando isento de outras provas, tendo além disso de esperar largos annos a vacatura de alguma cadeira, buscaria outro modo de vida, porque nenhum Doutor, dotado de um talento superior, e de grandes estudos, sacrificará a maior parte da sua existencia a uma espectativa, sobre onorosissima a mais incerta, e arbitraria! ..."

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