Banner Vista de Livro
 Aplicar filtros
Livros do mês: Março 2025
Temas 
Palavras Chave 
Módulo background
Seleccione o mês a visualizar:

Livros do mês: Fevereiro 2025

Foram localizados 19 resultados para: Fevereiro 2025

 

Referência:15500
Autor:GARRET, Almeida
Título:O RETRATO DE VENUS
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1821. In-8º de 156-(2) págs. Brochado. Nítida impressão sobre papel de linho encorpado. Todas as margens bem preservadas, não obstante alguns vincos nos cantos. Cadernos abertos e alguns soltos, com empoeiramente marginal. Duas páginas do últio caderno com ligeira mancha de oxidação ferrosa, facilmente removível.

Apresenta-se tal qual como publicado, isto é, com todas as margens preservadas, fortemente desencontradas e com as rebarbas do papel bem destacadas. Não se conhecem capas de brochura tipográficas para este título.

Todas as bibliografias consultadas, referem seus exemplares como detentores da última folha da Advertência, tal como o nosso, facto este que, segundo os bibliógrafos, raramente ocorre. Certo é que todas estas bibliografias, quando descrevem Retatro de Vénus, a mencionam presente nas suas descrições.

PRIMEIRA EDIÇÃO do PRIMEIRO LIVRO DE POESIA do autor, título bastante polémico, considerado ultrajante pela censura e que viu ser acusado e processado por imoralidade. RARA.

Aulo-Gélio, 101; Ávila Perez, 146; Cândido Nazareth, 156; Inocêncio III, p. 313; Laureano Barros, 2525; Monteverde Cunha Lobo, 101.

Observações:

Segundo Inocêncio, este título foi escrito por Almeida Garrett quando bastante jovem, ainda estudante na Universidade de Coimbra, frequentando o curso de Direito, sendo que as suas influências liberais datam dessa época, no contato com outros universitários, o que " ... corresponde a 1815-1816. Determinado a publical-o, entregou o manuscrito ao livreiro Orcel, e começou-se em Coimbra a impressão em Novembro de 1821, concluida no começo do anno seguinte. Começaram para logo a manifestar-se as criticas e acusações contra a obra, considerada já pela parte litteraria, já pelo lado da moralidade. O auctor satisfez a estas criticas com uma especie de justificação por elle assignada, e inserta no Portuguez Constitucional Regenerado, supplemento ao n.° 35 de 13 de Fevereiro de 1822, na qual tractou de arredar de si as acusações de impiedade e de immoralidade, que lhe assacavam. O livro foi comtudo acusado perante o jury de liberdade de imprensa, porém ficou absolvido, resultando para o auctor um triumpho completo. - Comtudo, effectuada que foi a contra-revolução de 1823, o cardeal patriarcha D. Carlos da Cunha apenas regressou a Portugal publicou uma pastoral, em que de mistura com outras obras prohibiu o Retrato de Venus, sob pena de excommunhão maior, etc ..." (tomo III, p. 313-314).

A segunda parte do livro, intitulado Ensaio sobre a História da Pintura, da página 95 em diante (que o bibliografo Candido Nazareth afirma faltarem em alguns exemplares), mereceu especial atenção por parte de José Augusto-França e causou alguma discussão, pelo facto de Garrett valorizar extraordinariamente o desenho sublinhando a imitação dos modelos antigos e aceitando a imitação da natureza, não a adoptando em moldes servis e exclusivos, a propósito da novidade à época, da pintura do artista de origem ítalo-suiça Augusto Roquemont em Portugal.

Preço:385,00€

Referência:15499
Autor:BARROSO, Domingos
Título:O PERDIGUEIRO PORTUGUÊS. 2ª Edição revista e aumentada.
Descrição:

Gazeta das Aldeias, Porto, 1962. In-8º de 174-(4) págs. Brochado. Com trinta e três ilustrações em separado. Rúbrica de posse no frontspício.

Bom exemplar desta segunda edição, preferível à primeira, com substancial acrescento de informação.

De invulgar aparecimento no mercado livreiro, esta segunda edição é na realidade a primeira independente em livro, dado ter sido em 1948 publicado no periódico Gazeta das Aldeias.

Observações:

Muito interessante, talvez pioneira na literatura portuguesa, monografia cinegética em torno deste canídeo descrito por Sélincourt em 1683 como «... de grande corpulência, formas robustas, cabeça pesada, longas orelhas, focinho quadrado, lábios pendentes e caídos, pescoço grosso, patas longas e fortes, de pelagem curta, branca com grandes malhas castanhas ...», e também bem representado iconograficamente em paineis de azulejos antigos portugueses, e descritos por Padre Domingos Barroso, conhecido escritor, exímio caçador e "primeiro" divulgador do perdigueiro português, uma das duas raças de cães portugueses de caça.

 

Preço:50,00€

Referência:15498
Autor:FERREIRA, Vergílio
Título:MANHÃ SUBMERSA
Descrição:

Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1954. In-8º de 234-(1) págs. Brochado. Exemplar com ligeiríssima acidez marginal, própria da qualidade do papel, conservando mesmo assim a sua estrutura rígida das folhas, tão característica desta edição. Capa com insignificante pico e manchinha de humidade.

BELO EXEMPLAR DESTA PRIMEIRA EDIÇÃO com quatro ilustrações em linóleo de António Charrua.

 

Observações:

“... Considerei o terror a nota dominante desta narrativa, terror religioso que se esgota na liturgia dos mortos e se esvanece com a ‘morte’ do Deus do terror. É todo um mundo (o das crenças da infância, de uma fé, aliás bem distorcida, alimentada naqueles terrores da morte e do inferno) que se desmorona, para dar lugar a um mundo marcado de uma visão adulta, mas vazia de Deus...”  (Maria Joaquina Nobre Júlio)

"... Às noções-chave de espanto, angústia, alarme e solidão, que marcam uma direção existencial, há que acrescentar agora, quando o existencial transcende para o metafísico, a noção de silêncio. Esta palavra marca em Manhã Submersa o início de um processo que se acentuará consideravelmente nos romances vergilianos posteriores, protagonizados pelo intimismo metafísico de um sujeito em absoluta solidão existencial, uma vez que lhe falhou a sua comunicação com o mundo...” (José Gavilanes Laso)

Preço:100,00€

Referência:15497
Autor:CORREIA, Natália (org.)
Título:ANTOLOGIA DE POESIA PORTUGUESA ERÓTICA E SATÍRICA.
Descrição:

Afrodite, s.d., s.l (Lisboa, 1965). In-8º de 552 págs + 6 ilustrações em extra-texto impressos sobre papel couché com aguarelas de Cruzeiro Seixas. Badanas impressas com textos de apreciação de Luiz Francisco Rebelo e de David Mourão-Ferreira.

Brochado. Capas de brochura muito limpas, apresentadno infelizmente im pequeno corte na capa posterior. LOMBADA E MIOLO IMPECÁVEL. Rúbrica de posse no ante-rosto. 

 

Observações:

Livro proibido durante o Estado Novo. Da imprensa da época (Diário de Lisboa, 8 de Janeiro, 1970) lemos o seguinte:
«Julgamento de Escritores por Motivo da Publicação de um Livro Tido por Imoral – No banco dos réus estão, esta tarde, no Plenário Criminal da Boa Hora, os escritores e poetas Mário Cesariny de Vasconcelos, Luís Pacheco, José Carlos Ary dos Santos e Natália Correia e, ainda, o comerciante Fernando Ribeiro de Melo, o empregado de escritório Francisco Marques Esteves e o técnico têxtil Ernesto Geraldes de Melo e Castro, como presumíveis delinquentes no processo movido pelo Ministério Público, em consequência da publicação do livro “Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica”, a qual foi considerada “abuso de liberdade de Imprensa”.
Segundo a acusação, o livro [...] inclui algumas poesias que “ofendem o pudor geral, a decência e os bons costumes”.

 

Preço:65,00€

Referência:15496
Autor:MARQUES, Alfredo Pinheiro
Título:A MALDIÇÃO DA MEMÓRIA DO INFANTE DOM PEDRO e as origens dos descobrimentos portugueses.
Descrição:

Centro de Estudos do Mar, Figueira da Foz, 1994. In-8º de (5)-625 págs. Brochado. Ilustrado à parte com dezenas de estampas impressas em papel couché, represenadno documentos, brasões d'armas, monumentos, túmulos régios e outros, iluminuras, retratos de Dom Pedro e do Infante Dom Henrique, mapas cartográficas circulares, etc ...

Ostenta uma dedicatória NÃO autógrafa.

INVULGAR e de grande interesse.
 

Observações:

Trata-se d' "O LIVRO QUE MUDOU PARA SEMPRE A HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS E A HISTÓRIA DE PORTUGAL".


Nesta obra, bastante polémica entre o meio académico, o autor Alfredo Pinheiro Marques denuncia uma série de "mentiras, escândalos e fraudes científicas" relacionadas com os Descobrimentos, nomeadamente da falsa atribuição da "paternidade" dos Descobrimentos ao Infante Dom Henrique, transpondo-a para o Infante Dom Pedro com provas documentais irrefutáveis. Obra de grande envergadura científica histórica pelas provas documentais que apresenta logo esgotada aquando o seu aparecimento.

A publicação desta obra mereceu a "censura" por parte da Universidade de Coimbra e da Comissão dos Descobrimentos culminando com a cessão de funções docentes na academia onde leccionava desde 1982.

"... Em Portugal a opinão pública e a maior parte dos historiadores, nos últimos séculos, têm estado sempre iludidos com a trombeteada importância do Infante D. Henrique, e ofuscados pelas apregoadas "grandezas manuelinas". De tal maneira têm estado obcecados e condicionados por estes que esqueceram-se de colocar a hipótese de que a realidade possa ter sido diferente: de fomentada por quem sobreviveu e ganhou no fim ... manipulada para escrever a História ao sabor das conveniências do Presente (...)
A tarefa para os historiadores do presente e do futuro é: despolitizar os "Descobrimentos"; recusar as ilegítimas pressões e censuras políticas a que esta área científica tem estado sujeita; resgatar a figura silenciada do Infante D. Pedro. Isto implica a demolição radical das lendas infantis e dos mitos inaceitáveis que têm sido, e continuam a ser, avolumados em torno da figura do Infante D. Henrique - para fazer esquecer o Infante D. Pedro e, sobretudo, para fazer esquecer o
Principe Perfeito, o Rei D. João II, que foi o verdadeiro responsável pelos Descobrimentos e pela prematura (e, infelizmente, frustrada) modernização de Portugal (...):
A maneira como a História de Portugal tem sido silenciado o que diz respeito ao Infante D. Pedro (e, depois, ao seu neto Rei D. João II e à Casa de Coimbra-Aveiro) levou a que tenham sido falseados aspectos importantes e decisivos dessa mesma História - aspectos que tentamos agora esclarecer.
Uma mentira pede sempre outra e outra, para esconder a primeira. Mas quando se descobre a primeira, descobrem-se todas. É por isso que é preciso descobrir a primeira
...".

ALFREDO PINHEIRO MARQUES é licenciado e doutorado em História na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde foi docente. Consultor de várias entidades oficiais portuguesas e estrangeiras, nomeadamente Comissariado de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha 1992 (1988-1990), Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1987-1994) e o Comissariado para a Europália 91-Portugal. É Director do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), desde 1995. Os seus actuais interesses científicos e temas de investigação são a Expansão Ultramarina Portuguesa; Técnicas e Práticas Científicas nos Descobrimentos Geográficos; História da Cartografia e as Origens dos Descobrimentos Geográficos Portugueses.
 

 

Preço:85,00€

Referência:15495
Autor:SALGADO, António José Cunha
Título:NOÇOES GERAES DA GUERRA por ... Cavaleiro da antiga e muito nobre ordem da Torre e Espada, do valor, lealdade e merito da Nossa Senhara da Conceição de Villa Viçosa.
Descrição:

Typographia da Revista Popular, Lisboa, 1852. in-8º de X-275-(2) págs. Encadernação moderna, meia francesa em pele castanha com dizeres dourados na lombada e cantos. Exemplar muito fresco, encontrando-se inteiramente por aparar.  Faz-se acompanhar de 35 estampas litográficas executadas por Palhares, algumas delas desdobráveis e impressas a duas cores, representando disposições de postos avançados no campo, plantas de reconhecimento de cartas corográficas, técnicas de construção de pontes militares, fixas e flutuantes, etc... Rúbrica de posse coeva no frontspício.

INVULGAR.

Observações:
Preço:60,00€

Referência:15494
Autor:AROUCA, Domingos Correa
Título:EXPOSIÇÃO QUE FAZ AO GOVERNO E À NAÇÃO O EX-GOVERNADOR CIVIL E MILITAR DE CABO VERDE DOMIGOS CORREA AROUCA.
Descrição:

Typ. Patriotica de C.J. da Silva, Lisboa, 1837. In-8º de 104 págs. Brochado com as capas finas, originais e impressas com tipos de bel efeito tipgtráfico, em bom estado de conservação, estadno o miolo preservado com as margens largas, intactas, barbeadas e com sonoridade original. Apresenta falta de papel no canto inferior esquerdo nos dois primeiros cadernos. POR ABRIR.

RARO.

Observações:

Domingos Correa Arouca (1790-1861) em 1810 e como tenente, vai para Moçambique, onde comandou as companhias de Quelimane e Inhambane, tendo sido também governador deste distrito. Foi Comendador da Ordem de Avis e de Nª Sª da Conceição. Cavaleiro da Casa Real por alvará de 4 de Dezembro de 1834. Em começos de 1836, já Coronel, foi nomeado 73.º Governador de Cabo Verde, substituindo o Brigadeiro Joaquim Pereira Marinho a 24 de Julho. Mas este ficou no Arquipélago e fomentou graves rebeliões, até ao ponto de que duas Ilhas negaram obediência a Domingos Correia Arouca. Este clima tinha a ver com as lutas políticas internas que se travavam no País entre os liberais, reforçando sua atitude pelo desvario político da Metrópole. Domingos Arouca conseguiu resistir com o apoio militar da corveta francesa Triumphante, cujo comandante obrigou Marinho a capitular. Sá da Bandeira aceitou a demissão de Arouca e nomeia novamente o seu protegido, Pereira Marinho para o lugar, isto em fins de 1836. Após a Revolução de Setembro, de 9 de Setembro de 1836, foi destituído, voltando o seu predecessor ao cargo a 13 de Janeiro de 1837. O governo não decorreu com tranquilidade, acabando o responsável por ser transferido para Moçambique em 1839. O afrontamento entre os dois militares deu origem à publicação de panfletos, tendo terminado em 1842 com a publicação de Desmentido às acusações feitas pelo ex-Governador de Cabo Verde e de Moçambique, o Sr. Joaquim Pereira Marinho, contra Domingos Corrêa Arouca, etc. Corrêa Arouca pertenceu à loja maçónica, União e Justiça, sedeada em Lisboa, tendo vindo a falecer em 24 de Janeiro de 1861 como brigadeiro na reforma.

Preço:90,00€

Referência:15493
Autor:RIBEIRO, Orlando
Título:CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DO PASTOREIO NA SERRA DA ESTRELA
Descrição:

Imprensa Nacional de Lisboa, Lisboa, 1941. In-8º de 99 págs. Brochado ilustrado à parte, sobre papel couché, com fotografias da autoria do próprio Orlando Ribeiro, representadno cenas pastoris, pormenores de palheiros, cartas geográficas, hidrológicas e topográficas da Serra da Estrela, etc ... . Capas ligeiramente empoeiradas.

Ostenta uma dedicatória autógrafa e constitui uma seprata da Revista da Faculdade de Letras, tomo VII (p. 212-303). Belo exemplar.

 

 

Observações:

O pastoreio, em regime intensivo e extensivo, constitui uma actividade principal e não subsidiária da agricultura, de acordo com definição de Orlando Ribeiro, e foi larga e longamente praticado em Portugal . Este título constitui o trabalho pioneiro sobre a questão da actividade do pastoreio, sob ponto de vista socio-geográfico e económico, actividade esta que hoje exige uma sustentabilidade  extensiva, designadamente em territórios de montanha, dado encontrar-se ameaçada devido à sua desvalorização e, consequentemente, ao acentuado decréscimo de pastores e efetivos pecuários, assistindo-se por vezes ao abandono da atividade, contribuindo para a desvitalização do tecido socioeconómico local, perda de biodiversidade e um aumento do risco de incêndios de grandes dimensões. 

 

Preço:46,00€

Referência:15492
Autor:HATHERLY, Ana
Título:A CASA DAS MUSAS. Uma releitura crítica da tradição.
Descrição:

Editorial Estampa, Lisboa, 1995. In-8º de 201 págs. Brochado.

Observações:

Livro de ensaios escritos ao longo de quase duas décadas dedicados à divulgação e ao estudo da poesia visual do período barroco na sua relação com a poesia visual do século XX.

Preço:15,00€

Referência:15491
Autor:HATHERLY, Ana
Título:A NEO-PENÉLOPE
Descrição:

&etc, Lisboa, 2007. In-8º de 60-(1) págs. Brochado. Como novo. Ostenta um ex-libris pequeno no ante-rosto.

Observações:

Nesta obra, Ana Hatherly põe em foco " ... a impossibilidade das relações, temática frequente em sua poética ..." . Este livrinho constitui a sua última obra de poesias até então publicadas, em que " ... a autora subverte com a Odisséia, de Homero, de forma que ela mesma se coloca no lugar da personagem Penélope, que não mais espera por Ulisses, mas que persiste na busca pela concretização amorosa. ...". A segunda parte do livro apresenta poemas que " ... retratam o uso de novas tecnologias e que marcam inclusive o uso da escrita tipográfica em seus livros de poesia. ( ...) A terceira seção da obra, intitulada Alice no país dos anões. ..." (in BREVE RECORTE PSICANALÍTICO EM RILKEANA E A NEO-PENÉLOPE, DE ANA HATHERLY de Matthews Carvalho Rocha Cirne, 2015)

Preço:20,00€

Referência:15490
Autor:AAVV
Título:ANNAES DO MUNICIPIO DE OLIVEIRA DE AZEMEIS coordenadas por um Grupo de Oliveirenses
Descrição:

Livraria Chardron de Lello & Irmão, Editores. Porto, 1909. In-8º de VIII-365-(2) págs. Encadernação editorial em skivertex, com ligeiros sinais de desgaste marginal, gravado a ferros pigmentados a negro e dizeres a ouro nas pastas e lombada, ao gosto arte-nova. Guardas editoriais impressas com catálogo da livraria

RARA monografia e belo exemplar.

Observações:

Interessante monografia, talvez a primeira local, que constitui uma fonte de indiscutível importância para a História de Oliveira de Azeméis. D'esse trabalho colheu agora numerosos e valiosos elementos o grupo de oliveirenses.…

Colaboraram Alberto Sampaio, Rocha Peixoto, conselheiro José Fortes, Dr. Gonçalves Coelho, Dr. Pedro A. de Azevedo, João Gomes de Oliveira Guimarães, abbade de Tagilde, e muitos outros. " ... Ao constituirem este volume – seja licito affirmar mais uma vez – anima os seus auctores unicamente a ambição de tornarem conhecida a terra em que nasceram. ...".

Do índice, obtemos a seguinte relação: Tempos primitivos, Dominação Romana, Dominação dos Bárbaros, Terras de Santa Maria, Origem de Oliveira de Azimeis, Oliveira de Azimeis na História de Portugal, Paços municipaes, Coimarca de Oliveira de Azimeis, Matriz, capellas e cemiterio de Oliveira de Azimeis, Instituições de bebeficência, O theatro oliveirense, Abastecimento de aguas e illumicação publica, Caminho de ferro do Valle do Vouga, Instrução Popular, Industria concelhia, Homens Illustres, casas antigas, etc ...

As freguesias referidas e com direito a capítulo nesta monografia são: Carregosa, Cezár, Cocujães, Fajões, S. João da Madeira, Loutreiro, Macieira de Sarnes, Macinhata da Seixa, Madail, S. MArtinho da Gandara, Nogueira do Cravo, Ossella, Palmáz, Pindello, Pinheiro da Bemposta, S. Thiago de Riba d'Ul, Travanca, Ul, Vila Chã de S. Roque.

Preço:75,00€

Referência:15489
Autor:HATHERLY, Ana
Título:EROS FRENÉTICO
Descrição:

Moraes Editores, Lisboa, 1968. In-8º de 67-(4) págs. Brochado. Rúbrica de posse no rosto.

Bom exemplar desta invlugar primeira edição.

Observações:

ANA HATHERLY (1929-2015) licenciada em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, fez estudos cinematográficos na London Film School e doutorou-se em Literaturas Hispânicas na Universidade de Berkeley, com a tese “A Preciosa”, de Sóror Maria do Céu. Edição Crítica e Comentada do Códice 3773 da Biblioteca Nacional de Lisboa. A sua vasta obra passa pela poesia, ficção, ensaio, tradução, performance, cinema e artes plásticas. Poeta de vanguarda, foi membro destacado e teorizadora do grupo da Poesia Experimental Portuguesa. Destacam-se as suas obras Eros Frenético (1968), Rilkeana (1999), e ainda o conjunto de textos reunidos em Tisanas, um trabalho que a acompanhou até ao final da vida. 


Destacou-se com investigadora do barroco, como ensaísta e escritora, mas talvez seja sobretudo reconhecida como artista plástica, carreira iniciada nos anos 60, com um extenso número de exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Foi ainda uma das fundadoras do PEN Clube Português (de que foi vice-presidente durante 10 anos e presidente entre 1992-1994), e tem o nome inscrito na criação das revistas “Claro-Escuro” e “Incidências”.
Nas artes visuais, tem obra presente em várias colecções, nomeadamente na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Museu do Chiado, Colecção Berardo e Cinemateca Portuguesa.
Em 2009 foi condecorada com o Grande-Oficialato da Ordem do Infante D. Henrique.

Preço:45,00€

Referência:15488
Autor:MONTEIRO, Henrique Pires
Título:A BRIGADA DO MINHO NA GRANDE GUERRA. Discurso proferido no Teatro Sá da Bandeira, em Viana do Castelo, no dia 3 de Maio.
Descrição:

(Tipografia da Escola Militar, Lisboa). 1922. In-8º de 23 págs. Brochado, com pequeníssima falha de papel no canto inferior direito da capa posterior. Capa ligeiramente empoeirada.
Obra ilustrada com uma estampa impressa à parte e colada na 1.ª folha representando a bandeira da Brigada do Minho, com a seguinte legenda: "Ás senhoras de Viana do Castelo, que bordaram a bandeira da Brigada do Minho e nas dobras dessa seda colocaram os seus corações e a sua fé no valor e na audacia do glorioso soldado minhoto."

Publicação cujo produto da venda revertia a favor da Subscrição Nacional dos Padrões da Grande Guerra.

 

Observações:

Henrique Sátiro Lopes Pires Monteiro (1882-1958). "Militar de Infantaria, nasceu em Lisboa a 12 de Janeiro de 1882. Depois de concluir o liceu, ingressou na Escola Politécnica e assentou praça na Escola do Exército (1898), tendo tirado o curso de arma de Infantaria (1901) e o curso do Estado-Maior, na mesma Escola (1907). Foi promovido a alferes (1902), a tenente (1906), a capitão (1912), a major (1917), a tenente-coronel (1919) e a coronel (1927), tendo passado à reserva em 1938. Participou nas tropas que defenderam a República contra as incursões monárquicas (1911-1912), e contra a monarquia do Norte (1919). Professor na Escola de Guerra (1912-1927), serviu em diversas unidades do Exército e do Corpo do Estado-Maior. Participou na expedição ao Sul de Angola (1915), com as funções de chefe do Estado-Maior do quartel-general do chefe da coluna, general Pereira de Eça. Integrou o CEP (1917-1918), em França, onde desempenhou o cargo de chefe de Repartição de Organização e Instrução do Quartel-General do Corpo. Foi condecorado diversas vezes, entre estas, com a Cruz de Guerra e medalhas de Valor Militar, Bons Serviços, Comportamento Exemplar, comemorativas da campanha do Sul de Angola (1915), e do CEP, em França (1917-1918), da Vitória. Oficial da Ordem da Legião de Honra, por serviços prestados na Grande Guerra, em França. Vereador da Câmara Municipal de Lisboa (1918), pelo PRP-Democrático. Governador civil do Porto (1919). Deputado (1922-1925), eleito por Santo Tirso. Ministro do Comércio (Julho a Novembro de 1924). Morreu em Lisboa a 23 de Abril de 1958." (fonte: portal de Portugal1418)
Inclui correspondência trocada entre o Tenente Coronel Henrique Pires Monteiro e o Coronel Eugénio Carlos Mardel.

A Brigada do Minho – denominação pela qual ficou conhecida e célebre a 4ª Brigada de Infantaria – integrou a 2ª Divisão do CEP (Corpo Expedicionário Português), teve como missão, desde 7 de Fevereiro de 1918, guarnecer o sector de Fauquissart, na região de Pas-de-Calais, no norte de França. As suas forças cooperavam tacticamente com o 6º Grupo de Baterias de Artilharia, o 4º Grupo de Metralhadoras Pesadas e as 4ªs baterias de morteiros médios e morteiros pesados.

Preço:25,00€

Referência:15487
Autor:TEIXEIRA. Francisco Gomes
Título:HISTÓRIA DAS MATEMÁTICAS EM PORTUGAL
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1934. In-8º de 300 págs. Brochado. Ocasionais picos de humidade e acidez na lombada. Ex-libris no verso do ante-rosto.

 

Observações:

Obra que se destaca na historiografia da matemática em Portugal realizada por Francisco Gomes Teixeira (1851–1933) matemático de timbre internacional. Esta História das Matemáticas em Portugal constitui a publicação que reúne um conjunto de Lições proferidas de 12 a 19 de Abril de 1932, na Academia das Ciências em Lisboa. Trata-se de uma edição posterior à sua morte, organizada pelo eminente pensador Joaquim de Carvalho, a pedido da Academia das Ciências de Lisboa, e contém um prólogo explicativo de Aníbal Scipião de Carvalho, da Universidade do Porto e que, a respeito desta obra, nos informa: " ... O objectivo deste livro é a história da cultura das Matemáticas
em Portugal desde a fundação do Reino até meados do século XIX e das relações desta cultura com a evolução política do país
...". Por morte do autor, a obra contou ainda com a sua revisão até às página 96.

Na página da História da Ciência da Universidade de Coimbra lemos o seguinte a respeito do autor:

" ... em Portugal Gomes Teixeira era considerado um sábio, celebrado com as mais altas distinções, distinguido pela imprensa e pelos pares, tendo recebido vários prémios e honrarias. Exerceu com brilho e público reconhecimento o cargo de professor catedrático na Universidade de Coimbra, Academia Politécnica do Porto e Universidade do Porto, tendo sido o primeiro reitor desta Instituição, criada depois da implantação da República (1911). Em 1921, aquando da sua jubilação, foi nomeado reitor honorário da Universidade do Porto e director do Instituto de História das Ciências. Conviveu bem com os sucessivos poderes que governaram Portugal durante a sua existência: a monarquia constitucional, a erosão do regime, o turbilhão da Primeira República e os começos do Estado Novo. Era monárquico e exerceu cargos parlamentares na Monarquia, ao que consta sem grande talento ou distinção. Ocupou igualmente cargos de prestígio nos outros regimes que vigoraram em Portugal. E confessou a um repórter que de uma vez o entrevistou nada perceber de política. (...) Foi admirado em vida pela sua inteligência, pelas suas qualidades de sábio e mestre, pela superioridade da sua alma de místico, pelo prestígio da sua integridade moral. Mas sobretudo pela sua obra de matemático de engenho, obra gestada com parcos recursos materiais num pequeno e excêntrico mundo falho de tradição dentro no mundo da Matemática.

Distinguido com dois doutoramentos honoris causa, um pela Universidades de Madrid em 1922 e outro pela Universidade de Toulouse em 1923, nunca lhe faltaram honrarias e público reconhecimento.

Como outras figuras portuguesas de grande projecção matemática, entre elas Pedro Nunes, não deixou discípulos.

O valor de uma obra pode ser aferido pela sua sobrevivência à efémera vida do autor. O facto de as citações a Gomes Teixeira aparecerem na actualidade referenciadas no ISI Web of Knowledge, indicador internacional de ciência de reconhecido prestígio, é sinal do relevo da sua obra matemática, atendendo a que a sua actividade científica decorreu nos lustros finais do sec.XIX e em começos do sec.XX. O seu monumental Tratado das Curvas é uma das maiores glórias da matemática portuguesa . ..."

Preço:30,00€

Referência:15486
Autor:KRUS, Luís & CALDEIRA, Arlindo
Título:8º CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SANTO ANTÓNIO.
Descrição:

CTT Correios, Lisboa, 1995. In4º oblongo de 106-(2) págs. Cartonagem editorial.

Preserva todos os selos da edição comemorativa santo-antoniana, nas respectivas bolsas antiácido editoriais, do tipo tiras Hawid.

 

Observações:
Preço:60,00€

Referência:15485
Autor:RIBEIRA, João da
Título:PELOS POVOADOS DA SERRA (Aspectos portugueses)
Descrição:

Tip. e Papelaria Mesquita, Chaves, 1935. In-8.º (8)-188-(3) págs. Brochado, com ocasionais picos de acidez. Exemplar em muito bom estado de conservação.

De muito raro aparecimento no mercado, este MUITO CURIOSO livrinho de etnografia, memórias e costumes regionais transmontanos, acreditamos ter sido uma edição de autor.

Observações:

João da Ribeira é o pseudónimo literário do Pe. João Baptista Vaz de Amorim (1880-1962), foi antigo pároco de Bouçoães (ou Bouçoais), freguesia do concelho de Valpaços. Estudou no liceu de Guimarães, foi professor no Colégio de S. Joaquim, em Chaves, e, depois, entrou no Seminário de Braga. Ordenado sacerdote em 1901, foi colocado na freguesia de Paradela, Valpaços. Republicano de antes de 1910, não aceitou as perseguições ao clero e emigrou para o Brasil, onde foi exercer funções junto do bispo de S. Paulo. A pedido da mãe, regressou a Portugal e foi designado pároco de Lóios, onde permaneceu durante 23 anos, depois do que pediu para ser colocado na freguesia de
Bouçoais, onde se dedicou à investigação arqueológica e etnológica, tendo publicado artigos sobre o tema em diversos jornais e revistas, quase sempre assinados com o pseudónimo João da Ribeira. Em 1949, foi candidato pela lista organizada em Vila Real e que não foi aceite, sob o pretexto oficial de que não fora possível obter a sua certidão de eleitor, facto que ele mais tarde desmentiria. Publicou, também, com o nome de João da Ribeira, o livro Pelos Povoados da Serra: aspectos portugueses (Chaves, 1935), bem como um trabalho sobre arqueologia: Na Citânia de Briteiros: uma pedra enigmática? (Guimarães, 1952). Deixou preparado outro livro, que se intitularia Coisas da Minha Terra e que não chegou a ser publicado. (in CANDIDATOS DA OPOSIÇÃO À ASSEMBLEIA NACIONAL DO ESTADO NOVO (1945-1973) - UM DICIONÁRIO, 2009, p.102)

Índice dos capítulos:
I - O primo Anastacio. II - A caminho da Serra - O Templo Romanico. III - O Senhor Felizardo Ventura - A casa do Ladário. IV - Uma arraia há trinta anos - A Florinda do Adro. V - No presbiterio da Serra - O meu primeiro dia de escola. VI - O meu regresso a férias - A matança. VII - Os oficios fúnebres - As Domingas - O tio Simão. VIII - A Laurinda da Capela não fez excepção - Outro Casamento - O Farpelinhas. IX - Os serviçais da nossa casa. X - As Solenidades da Senhora da Fonte. XI - As ceifas - Fructos da terra são bençãos de Deus. XII - Os ciganos - A Feira dos Santos. XIII - A Festa do natal - A ceia e o serão da consoada - O meu lindo presépio.

Do capítulo XII deste livro (Os ciganos - a festa dos santos) , na página 159, lemos o seguinte trecho: " ... Por estas altas e agrestes paragens, depois de meados de novembro, no geral, póde-se considerar também chegado o rigor do inverno. Caem fortes aguaceiros, sopram furiosamente rijas ventanias e pelas cumiadas das serras começam a alvejar extensos lençóes de neve.
É então chegado o tempo triste do inverno! Com a safra das castanhas e as sementeiras dos centeios, acabam-se os afazeres agricolas e é depois disso que esta boa gente, já livre dos pesados labores, frequenta com mais assiduidade as feiras regionais, algumas délas sem dúvida de assás e reconhecida importancia. Mas, d'entre todos esses grandes mercados públicos, tem certamente logar primacial a afamada Feiras dos Santos, que se realisa anualmente em Chaves, no último dia de outubro e no primeiro de novembro - dia este em que a igreja também celebra a Festa de todos os seus bem-aventurados celestiais. Depois de 15 de outubro, começam a aparecer os ciganos, cujas caravanas, vindas da Terra Quente ou lá dos confins do distrito de Bragança, invadiam todas estas aldeias e povoados. Era uma multidão de maltrapilhos, uma promiscuidade indecente de homens, mulheres, cães enormes, jumentos cobertos de chagas asquerosas e cavalos lazarentos e estropiados. As mulheres, criaturas repelentes que lustravam os cabelos profundamente negros com banha de porco, vestiam muitas saias de grandes rodas, umas sôbre as outras, e andavam esmolando de porta em porta, com voz lamurienta e importuna, transportando os filhos no imundo regaço, entalados entre os chales em cruz e os peitos fartos e tumidos. Tudo pediam no patamar das escadas, ásportas das casas: castanhas, batatas, pão, geropiga, gorduras para a sôrda, etc.
... "

Preço:45,00€

Referência:15484
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:JOÃO VÊNCIO: OS SEUS AMORES.
Descrição:

Ediçoes 70, Lisboa, 1987. In-º de 113-(1) págs. Brochado. Exemplar irrepreensível, em excelente estado.

Ostenta uma expressiva dedicatória autógrafa a um destacado e antigo livreiro portuense.

2ª edição.

Observações:

Originalmente publicado pela primeira vez em 1979, este romance de Luandino Vieira foi " ... redigido enquanto o escritor estava preso no Tarrafal (Cabo Verde), em 1968.
A obra centra-se na figura de João Vêncio, considerado por muitos anti-herói. Este torna-se um marginal em consequência de traumas de infância, rígida disciplina na escola dos brancos, miséria e violência nos musseques, lugar, por excelência, de exclusão social. A história desenvolve-se a partir de uma longa confissão de João Vêncio que se encontra na cadeia, acusado de homicídio e de perversões sexuais. A personagem revela uma personalidade multifacetada, tendo vários nomes: Juvêncio Plínio do Amaral, João Vêncio, João Capitão, Francisco do Espírito Santo e ainda Aliás. Como forma de demonstrar que a sua condenação se devia a julgamentos fundados em aparências e mentiras, João Vêncio constrói a sua auto-defesa, revelando, a um "muadiê", as suas aventuras amorosas com Florinda, Maristrela (ou Maria Stella) e com a menina Tila. A personagem utiliza uma linguagem marcada quer por neologismos e evocações literárias, quer por palavras obscenas, citações estropiadas e quibundo. Estes diferentes níveis de língua salientam a tensão entre a voz da autoridade, presente pelas marcas da língua oficial, e a voz não-autorizada, patente por uma linguagem proibida.
..." (in Dicionário da Porto Editora)

Escreve-nos o autor na contracapa do livro: " ... Teatro, muadié? É o paraíso depois do juiz final, dizia o meu pai de tudo quanto era bonito e difícil para se arranjar.
Esclavagidão? Eu é que sou o escravo dos meus amores — a estrela de três pontas com seu centro dela, a Florinha que não era minha.
A Maristêla e o Mimi, meu só amigo; a menina Tila, asila, doutora, o seu perfume torrado em baixo do céu de veludo, no quente das pernas. Até já estudei quimbandismo de ervagens para lhe encontrar: nada! Eu ainda a procuro, eu hei-de-lhe dar encontro no paraiso infernal, preciso seja. Eu não posso morrer sem sentir outra vez seu torrume adúltero, seu pilão de mão surrando o meu amor deslegal
... "

 

Preço:15,00€

Referência:15482
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:NO ANTIGAMENTE NA VIDA. Estórias
Descrição:

Edições 70, Lisboa, 1974. In-8º de 220-(3) págs. Brochado.

PRIMEIRA EDIÇÃO. Exemplar impecável ostentanto uma dedicatória autógrafa.

 

Observações:

Obra complexa e multilinear, com uma escrita onírica, em que os personagens aparecem sem razão, agem segundo desígnios inexplicáveis e não chegam a lado algum. Correspondem ao todo três histórias dominadas por recordações de infância, de tons, sabores e acções há muito passadas, transpostas agora para papel, que no seu conjunto nos levam ao mundo das infâncias reinventadas, escritas pelo destacado escritor angolano, num tom duro, imparável e encriptado. " ... Não é a realidade ali patente que distancia e acaba por entorpecer o leitor, mas sim os fantasmas e as vivências nubulosas do autor que as narra ...".
 

"Ele [Candinho] sabia tudo (...). Só não sabia que vou-lhe matar; ninguém que lhe avisou; é pena. Eu queria matar para tu veres que sou mau, cuspir nas sagradas entranhas do dia feriado mundial; mas queria ele vivo comigo nos pássaros do crepúsculo de nossa lagoa voltando nas asas deles.E matei."

Preço:25,00€

Referência:15481
Autor:AAVV
Título:GRIFO - Antologia de inéditos organizada e editada pelos autores
Descrição:

Grafilarte-Artes, Águeda,1970. In-8º de 204-(4) págs. Brochado. Capas empoeiradas e com ligeira mancha de humidade. Miolo muito limpo. Como habitualmente, agrafos oxidados.

Observações:

Publicação de índole surrealista que só conheceu este número, organizado e editado pelos seus colaboradores: António Barahona da Fonseca, António José Forte, Eduardo Valente da Fonseca, Ernesto Sampaio, João Rodrigues, Manuel de Castro, Maria Helena Barreiro, Pedro Oom, Ricarte-Dácio e Virgílio Martinho.

Na nota de abertura, “Homenagem ao Surrealismo” da autoria de António Barahona, pode-se ler: “Se não fosse o Surrealismo, o que seria de mim? Tal pergunta faço-a muitas vezes ao defrontar problemas perigosos no decorrer das minhas vidas poética e quotidiana. (...) A voz do Surrealismo, ouve-se sempre nos momentos em que é urgente lembrar ao mundo três palavras: Amor, Poesia, Liberdade. A voz do Surrealismo é que me ensinou a falar e a dizer estas palavras: fonte do Homem, vida do Homem, direito do Homem. Se não fosse o Surrealismo, eu não amava apaixonadamente. Se não fosse o Surrealismo eu não sabia ler. Se não fosse o Surrealismo eu não tinha esperança.

A realização gráfica é de Vítor Silva Tavares.

Preço:50,00€