Banner Vista de Livro
 Aplicar filtros
Livros do mês: Agosto 2023
Temas 
Palavras Chave 
Módulo background
Seleccione o mês a visualizar:

Livros do mês: Junho 2023

Foram localizados 62 resultados para: Junho 2023

 

Referência:15133
Autor:DIAS, João Pedro Grabato
Título:40 E TAL SONETOS DE AMOR E CIRCUNSTANCIA E UMA CANÇÃO DESESPERADA
Descrição:

Edição do autor, Lourenço Marques, 1970. In-8.º de 59 págs. Brochado. Exemplar impecável e irrepreensível, conservando a cinta publicitária com inscrições de Eugénio Lisboa.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO de Grabato Dias.

Observações:

António Augusto de Melo Lucena e Quadros , usou como pseudónimos João Pedro Grabato Dias, Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João António Quadros (1933-1994), estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, e Gravura e Pintura a Fresco em Paris. Em 1964 parte para Lourenço Marques. Foi pintor e professor, mas também artista gráfico, ilustrador, ceramista, escultor, fotógrafo, cenógrafo e pedagogo. Trabalhou em arquitectura, apicultura, comunicação, biologia e ecologia, privilegiando uma abordagem interdisciplinar. Escreveu e publicou poesia sob diferentes pseudónimos. Coordenou, com Rui Knopfli, os cadernos de poesia Caliban. Regressa a Portugal em 1984, e lecciona na Universidade do Algarve e na Faculdade de Arquitectura do Porto, continuando a pintar e a escrever. Uma parte da sua obra plástica está antologiada no livro O Sinaleiro das Pombas (2001).

"... No ano de 1970, sai a lume o livro de poesia 40 e tal Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada . Confinado genologicamente ("Ó soneto, ó espartilho carcereiro!"), a colecção de composições ousa e avança, derrubando os freios pela compresença de constructos de linguagem subversivos e inventivos (neologismos, justaposições e "infracções" ortográficas), sem menosprezamento de utilização de outras vozes - a de Camões é quase uma obsidência - que provam que os vanguardismos se alimentam do passado. Nessa escrita estimulada pela homofonia colhe o leitor uma fascinante viagem pelo pulsar da linguagem e pelas suas veias que se expandem até ao limite num jogo suspensivo de corrosão, sarcasmo e humor cáustico, num pulular de erupção léxica reganhadora de identidade e diferença intensiva. Erigindo aí a sua ars poetica - "Humor, minha automática secreta", escreve Grabato Dias na p. 8 -, o nosso escritor e artista plástico faz entroncar o seu tom diletantemente verrinoso nas cantigas de escárnio e de maldizer e na voz insubmersível de Alexandre O'Neill ou Cesariny de Vasconcelos. Eugénio Lisboa, apresentando o Autor em nota que precede a obra, di-lo possuidor de uma poesia "ensimesmada, onírica, ironicamente realista, brutal, descabelada, ardentemente bizarra, reveladora de um mundo fantasmagórico e quase demasiado verdadeiro". Sirva de exemplo o ardiloso e cativante soneto da p. 17 destes Sonetos de Amor e Circunstância , que recobrem, como codiciosamente o notou Eugénio Lisboa, um "livro denso e difícil" (Eugénio Lisboa, 1987) mais preso ao universalismo do que ao moçambicanismo ..."

Preço:70,00€

Referência:15132
Autor:TORRES, Alexandre Pinheiro
Título:A FLOR EVAPORADA
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1984. In-8º de 55-(7) págs. Brochado.

De invulgar aparecimento no mercado e inserdia na prestigiada colecção Cadernos de Poesia que lhe mereceu um Prémio de Poesia pela APE.

Observações:

Alexandre Pinheiro Torres (1921-1999) foi historiador de literatura, crítico literário, poeta, romancista, tem igualmente uma vasta produção espalhada por jornais e revistas portugueses, nomeadamente Vértice, Seara Nova, Colóquio / Letras. Estreou-se em 1950 com o livro de poemas Novo Génesis. Foi ainda distinguido com vários prémios nas áreas da poesia e do ensaio, dos quais se destacam Prémio de Ensaio Jorge de Sena (1979) da Associação de Escritores e Prémio de Ensaio Ruy Belo (1983) e Prémio da Poesia (1983), pelo volume de poemas A Flor Evaporada. Foi eleito membro da Academia Maranhense de Letras de São Luís do Maranhão, no Brasil e recebeu ainda o título de Cidadão Honorário de São Tomé e Príncipe. Licenciado em Letras pela Universidade de Coimbra, foi, em 1965, convidado pela Universidade de Cardiff, na qual se viria a tornar catedrático de Literatura Portuguesa e Brasileira. O facto político-cultural que o levou ao exílio conta-se entre os gestos de que mais se orgulhara em toda a sua vida: em 1965 é nomeado membro do Júri do Grande Prémio de Ficção atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores e propõe a atribuição de tal prémio ao livro Luuanda, de Luandino Vieira, que à data estava preso no Tarrafal, acusado de terrorismo. A atitude levou Salazar a proíbi-lo de ensinar em Portugal, obrigando-o ao desterro em Cardiff, onde foi recebido de braços abertos por um professor que o marcaria profundamente: Stephen Reckert. Em 1970 fundou a primeira cadeira independente de Literatura Africana de Língua Portuguesa Portuguesa em universidades inglesas.

 

 

Preço:17,00€

Referência:15131
Autor:JÚDICE, Nuno
Título:POESIA FUTURISTA PORTUGUESA (Faro 1916-1917). Selecção e prefácio de Nuno Júdice.
Descrição:

Regra do Jogo, (Lisboa) 1981. In-8º de 135-(3) págs. Brochado. Ligeiros sinais de manuseamento.

Observações:

Primeira edição em livro da produção poética futurista de textos diversos no periódico Heraldo, publicado em Faro de 1912 a 1917, onde colaboraram, entre outros, Fernando Pessoa, Almada Negreiros e Mário de Sá-Carneiro, então poetas do Orpheu (1915) e do Portugal Futurista (1917).

Preço:18,00€

Referência:15130
Autor:CORREIA, Natália
Título:O ANJO DO OCIDENTE À ENTRADA DO FERRO
Descrição:

Edições Ágora, Lisboa, 1973. In-8º de 138-(6) págs. Encadernação editorial em tela com sobrecapa em papel com a reprodução de um desenho de Lino.

Observações:

AEROPORTO

De franqueforte franquefurta-me a placa giratória
No centro o minotauro do livro e do dinheiro
Bolsa do desespero! o aeroporto cunha
a moeda do trânsito, da urgência joalheiro

Os diapositivos da espera me dissecam
nesta de mármore mesa da minha anatomia
e gelam as pestanas que velam o cadáver
da pressa escarnecida pela meteorologia

Os pés involuntários por tapetes rolantes
vão sendo massajados para as finais do juízo
Para a leda flor de pinho dos nervos lusitanos
franqueforte é farmácia que não está de serviço

Ε de erres arrastados o ofício das ground-hostesses
que escrevem sim e não com a ponta do nariz
Emudecem as águas do batismo de Goethe
nos químicos arredores deste alemão a giz

De franqueforte franquefarta-me o ninguém coletivo
este frio da morgue que abandona o cenário
às unhas dos relâmpagos e às pombas pluviosas
que pausas desdenhosas dejetam no horário

Aeroporto humano apenas na retrete
Na mansa paranoia da pista de absinto
pousa ariadna fio 727
gargalhando a saída do lerdo labirinto

 

Preço:40,00€

Referência:15128
Autor:Sem autoria
Título:ANECDOTES DU MINISTERE DE SÉBASTIEN-JOSEPH CARVALHO, Comte d'Oyeras Marquis de Pombal, sous le regne de Joseph I, Roi de Portugal
Descrição:

Chez Janos Rovicki, Varsovie, 1783. In-8º de XXXIV-493-(1) págs. Encadernação coeva, com re-empastamento antigo das capas, provávelmente no séc. XIX, avaliando o tipo de cartonagem e papel empregue. Lombada em calfe com rótulo de pele castanha escura, dourada com dizeres e casas abertas com florões decorativos, também dourados. Aparo antigo, mas posterior ao corte das folhas, estas salpicadas a carmim. Belo exemplar, conservando a sonoridade original do papel.  Anexam-se fotografias do índice sobre a importante contribuição de textos sobre o Brasil e Goa.

PRIMEIRA E MUITO RARA EDIÇÃO de um dos mais interessantes textos sobre Marquês de Pombal com elevado interesse para o estudo dos processos inquisitoriais de Évora e Coimbra..

Observações:

 

Barbier atribui ao jesuita espanhol Francisco Gusta a autoria das Mémoires de Sebastien-Joseph de Carvalho e Melo, traduzidas em francês por Gattel , mas não menciona estas Anecdotes onde o autor critica algumas fraquezas das Memórias, reconhecendo mesmo assim  ter contribuido com alguma coisa. Obra referida na importante Bibliografia de Duarte Sousa (vol. I, nº 265), ainda por Sommervogel (Biliard) XI, 1208 e por Raeders, Bibliographie Bréslienne, 193. Omisso em Brunet.

Preço:575,00€

Referência:15125
Autor:NASCIMENTO, João Cabral do
Título:APONTAMENTOS DE HISTÓRIA INSULAR
Descrição:

(Madeirense Editora Ldª), Funchal, 1927. In-8º de 139-(1) págs. Encadernação coeva inteira de sintético castanho com dizeres dourados na lombada. Impressão, embora cuidada, tem um ar primitivo, conferindo alguma beleza à mancha tipográfica quando utilização de diversos tipos e tamanhos no mesmo plano. Aparo marginal generalizado, duas rubricas de posse (uma no ante-rosto e outra no frontspício), papel ligeiramente amarelecido, próprio da sua inferior qualidade. Desprovido de capas de brochura.

Observações:

Trata-se a primeira obra de índole historiográfica deste enorme autor da poesia nacional modernista. João Cabral do Nascimento nasceu (1897 - 1978) foi escritor, professor e colaborador de revistas como Cadernos de Poesia, Litoral, Távola Redonda, Tempo Presente, entre outras. A sua escrita é classificada, segundo Rui Nepomuceno, como "... sempre utilizando uma linguagem aprimorada, e uma escrita elegante ...". Sobre ele escreveram ainda imensos críticos, dos quais destacamos João Gaspar Simões "... paralelamente a Fernando Pessoa, ele mesmo, Cabral do Nascimento, sem a complexidade intelectual nem o cerebralismo do mestre da «Mensagem», oferece-nos uma perspectiva que não podemos deixar de considerar um dos primeiros «apports» do modernismo do tipo classicizante ... " e ainda  David Mourão-Ferreira, "ninguém representava, como Cabral do Nascimento, o lirismo na sua forma mais pura, decantada, mais liberta de todos os compromissos e de todos os hibrismos".

 

Preço:45,00€

Referência:15124
Autor:GOMES, Maria Luisa Ataíde da Costa & MATTOS, Lygia Maria da Camara de Almeida
Título:TRAJOS REGIONAIS E DANÇAS POPULARES DA ILHA DE SÃO MIGUEL
Descrição:

Diário dos Açores, Ponta Delgada, 1955. In-8º de 60-(1) págs. Brochado. Muito ilustrado, com desenhos de tarjes populares, esquemas de movimentos da dança além de inúmeras partituras. Apresenta-se no final com um texto do poeta de Orfeu - Armando Côrtes-Rodrigues. Capa de brochura com um vinco na diagonal. Miolo impecável.

Invulgar (separata da revista Insulana, vol XI)

Observações:


 

Preço:20,00€

Referência:15123
Autor:NEGREIROS, José de Almada
Título:MITO - ALEGORIA - SÍMBOLO
Descrição:

Livraria Sá da Costa, Lisboa, s.d. (1948). 4º de 32-(2) páginas. Brochado. Mancha de humidade na capa  de brochura, miolo bastante limpo. Edição primeira, desta invulgar obra, ilustrada com um auto-retrato do autor, impressa em separado.

Único volume publicado.

Observações:

Monólogo autodidacta na oficina de pintura. (Fasc. I). Introdução aos inéditos: Ver - Visuais e auditivos. Os sentidos, a vista, a visão, ver. Ver e Homero e Dórico canone da ingenuidade. Leitura do dórico. Canone da ingenuidade. Com o primeiro capítulo de Ver e o Numero.

Preço:100,00€

Referência:15121
Autor:Sem autoria
Título:MEMORIA SOBRE A ALLOCUÇÃO DO SANTISSIMO PADRE IX NO CONSISTORIO SECRETO de 17 de Fevereiro de 1851.
Descrição:

Imprensa Nacional, Nova Goa, 1851. In-8º de 39 págs. JUNTO COM: Imprensa Nacional, Lisboa, 1851. In-8º de 24 págs. Envolvido em capa de papel pardo. Carimbos de antiga e extinta biblioteca privada de afamado Professor da Universidade de Coimbra e eminente pensador.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO, muito invulgar seguindo-se da (muito rara) reimpressão, no mesmo ano, em Goa, aumentada de um apêndice, não constante da edição de Lisboa.
Inocêncio (I, p. 333 e VIII, 364) refere a existência da edição de Goa (informação então obtida pelo conselheiro Rivara) mas nunca viu nenhum exemplar.

Observações:

Opúsculo com autoria omissa mas atribuido a Bartholomeu dos Martyres Dias e Sousa (1806-1882; do Conselho de Sua Magestade, Comendador das Ordens de Cristo e Conceição, Cavaleiro de Torre e Espada, Oficial Graduado da Secreteraia do Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, Deputado das Cortes, redactor de A Revista e do Diário do Governo em 1834). Versa sobre o estado das negociações com a Santa Sé relativamente à questão do Padroado Português do Oriente no que diz respeito à administração das Igrejas por parte da Coroa Portuguesa nas antigas colónias, sistema este que se manteve inalterado até o séc. XX. Inclui comentários do clero português na India, em particular do arcebispado de Goa (p. 17-24).

Não identificado por Scholberg na sua Bibliography of Goa and the Portuguese in India
Inocêncio (I, p. 333 e VIII, 364)
Únicamente os exemplares da edição de Lisboa conhecidos na Biblioteca Nacional de Portugal e no Instituto de Investigação Científica e Tropical. Os da edição de Goa não localizámos nenhum exemplar.
 

Preço:650,00€

Referência:15120
Autor:LEON, D. Rafael
Título:TRATADO DA ARTE DE FERRAR por ...
Descrição:

Livraria e Typographia de F. Silva, Lisboa, 1896. In-8º de 238-(3) págs. Encadernação modesta cartonada com lombada em pano, gravada com pigmento negro, os dizeres do título. Aparo generalizado. Limpo com o típico amarelecimento do papel, próprio da média qualidade deste sob acção do tempo. Sem capas de brochura. Bom exemplar.

Obra ilustrada com desenhos anatómicos e esquemas das ferraduras e dos instrumentos utilizados na nesta prática milenar.
 

Observações:

Tem como sub-título: Obra muito útil aos ferradores, officiaes do exercito e proprietários, porque ensina as regras de effectuar os ferrados, evitando varias enfermidades e vicios que de ordinário affectam os cavallos e outros animaes, seguido de um formulario de receitas.

Preço:40,00€

Referência:15118
Autor:PINTO, Soares A.
Título:COMPANHIA INDUSTRIAL DE VIDRO, Ldª - GUIA (5 fotografias)
Descrição:

Conjunto de 4 (+1) fotografias (22 x 17 cm) originais montadas em cartolina ( 35 x 25 cm) coevas, com moldura estilizada impressa ao gosto Art Déco, da Fábrica de Vidro da COMPª INDUSTRIAL DE VIDROS, Ldª da GUIA (Leiria). mpressões de A. Soares Pinto (1936, Coimbra) e Photographia Pimenta (Leiria, primeiro quartel do séc. XX - esta representa uma unidade de trabalhadores fabril e respectiva comissão da administração). Defeitos provocado pela acção de bicho em algumas cartolinas com prejuizo insignificante de algumas fotos.

Fotografias de grande qualidade documental, raras.

 

 

Observações:

A história desta indústria vidreira familiar começa em 1914 , passando depois, em 1933, a Companhia Industrial de Vidros, Ldª. (sociedade comercial por quotas de responsabilidade limitada, com sede em Guia, freguesia de Mata Mourisca, concelho de Pombal), resultante da transformação da antiga sociedade Empresa Vidreira do Oeste, Limitada.

Preço:130,00€

Referência:15117
Autor:DAVID, Ilda
Título:JOGOS CREPUSCULARES. Texto de Alexandre Melo e João Pinharanda.
Descrição:

Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1986. In. 4.º de (49) págs. Brochado.

Edição especial, limitada a 50 exemplares, assinada pela artista e pelo autores do texto, acompanhando-se de uma água-forte assinada e numerada da série B.

Observações:

Catálogo com textos de Alexandre Melo e João Pinharanda.

Preço:200,00€

Referência:15116
Autor:BARBOSA, Manuel
Título:MEMÓRIAS DAS ILHAS DESAFORTUNADAS
Descrição:

Edição do autor, Coimbra, 1981. In-8º de 213-(1) págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada com um desenho de Celso Ribeiro.

Ostenta uma dedicatória autógrafa muito sentida e emotiva, datada de 1982.

Observações:

Manuel Barbosa (1905 – 1991) foi um cidadão açoriano de grande prestígio; era um democrata cujo nome, durante o fascismo, esteve sempre ligado à Oposição. Homem de uma invulgar cultura, possuidor de uma sólida e multifacetada formação académica, advogado, tradutor, ensaísta, escritor emérito e pedagogo. Perseguido pela PIDE durante o regime fascista, e pela extrema direita separatista no período pós 25 Abril, nunca se afastou dos seus ideais.

É bastante adiantado o capítulo das memórias de Coimbra nos anos 20 e 30, dando elevado destaque aos então jovens Vitorino Nemésio, Paulo Quintela, entre outros animadores e agitadores da vida literária e social coimbrã de então.

Preço:18,00€

Referência:15114
Autor:CORRÊA, Marques de Jacome
Título:HISTORIA DA DESCOBERTA DAS ILHAS
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1926. In-8º de (4)-220-(3). Brohcado. Exemplar muito estimado e em muito bom estado de conservação.

Observações:

Estudo histórico de elevado interesse para a determinação do que poderiam ter sido as causas e factores influenciadores na descoberta das ilhas colonizadas pelos portugueses. Dos capítulos, descrevem-se os seguintes: I - Portugal e a organisação social feudataria no principio do seculo XV; II - Os Infantes; III - Portugal e a Política Europeia; IV - As Explorações Marítimas; V - A navegação portugueza antes e depois das descobertas; VI - O conhecimento dos antigos do mundo habitado; VII - O conhecimento que tinham os arabes, do Mundo; VIII - Os propagadores da sciencia antiga na Edade Media; IX - A sciencia na Italia na Edade Media; X - A política externa portugueza no reinado de D. Affonso IV; XI - As Ilhas Athlanticas nas cartas da Edade Media; XII - A Influencia Ingleza nas Descobertas Portuguezas; XIII - A Colonisação das Ilhas; XIV - Frei Gonçalo Velho, o Descobridor dos Açores.

Marquez de Jacome Corrêa (1882-1932) foi grande proprietário, sucedendo nos vastos domínios de sua casa, e adido à embaixada de Portugal em Londres. Ficou conhecido o Marquês como grande filantropo, nomeadamente pelos seus frequentes actos de grande benemerência, aliás á semelhança de seu pai. Ficou Aires Jácome Correia conhecido por ter publicado vários estudos históricos sobre a ilha de S. Miguel.

Preço:35,00€

Referência:15111
Autor:CORDEIRO, Luciano
Título:DESCOBERTAS E DESCOBRIDORES - DE COMO E QUANDO FOI FEITO CONDE VASCO DA GAMA
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1892. In-8.º de 43 págs. Cartonado com rótulo azul, com dizeres dourados, na pasta. Ilustrado com dois grandes desdobráveis reporduzindo facsimiles de assinaturas. Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Conserva capa de brochura posterior.

Observações:

Na introdução: "... tão banal e insignificativa como a jovial manipulação da «grandeza do reino», na monarchia moderna, quanto importa e interessa á integridade historica de um vulto e de um nome da craveira de Vasco da Gama não púde ser rasoavelmente desdenhado, tanto mais que estas cousas, hoje consideradas pequenas, perdido o seu senso crítico, se correlacionam e ligam, intimamente, ás vezes, á compreensão dos homens e dos sucessos do tempo em que tinham, ainda, esse sentido. Aragão não precisou a data em que Vasco da Gama foi feito conde da Vidigueira, porque, como honestamente diz, encontrando diversamente indicada essa data em varios escriptos, não encontrou o diploma ou, melhor, o seu registo no Archivo Nacional. Esse diploma apareceu recentemente ! ..."

Preço:30,00€

Referência:15109
Autor:LEIRIA,Mário-Henrique
Título:CASOS DE DIREITO GALÁTICO. O Mundo Inquietante de Josela (fragmentos). Ilustrações de Cruzeiro Seixas.
Descrição:

Editorial REPÚBLICA, Lisboa, 1975. In-8º de 83 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Cruzeiro Seixas, assim como todas as restantes ilustrações da obra.

PRIMEIRA EDIÇÃO (e única). INVULGAR

Observações:

O livro Casos de direito Galático são um muito sui generis exemplar de ficção científica portuguesa, escritos e publicados numa época em que praticamente se desconhecia a existência de tal coisa.

Preço:45,00€

Referência:15108
Autor:NAMORA, Fernando; OLIVEIRA, Carlos de & VARELA, Artur
Título:CABEÇAS DE BARRO.
Descrição:

Moura Marques & Filhos, editores (Tipografia Lousanense, Lousã, 1937). In-8º de 78-(2) págs. Brochado.

Belo exemplar, com miolo muito bem conservado. Capa de brochura com ligeiro empoeiramento marginal. Capa de brochura modernista realizada por Arcindo, curiosamente referido no livro, sem dúvida alguma, como um dos melhores artistas da geração moderna.

Livro de RARO aparecimento no mercado.

Observações:

Obra colectiva onde realizaram a sua estreia literária Fernando Namora (18 anos de idade com as novelas O Mono, Mesa Franca e A Tantas da Noite) e Carlos de Oliveira (16 anos de idade com as novelas Terra Alheia, A Quadrilha do Pinhas vai Descer ao Povoado e Nódoa de Sangue). Também Artur Varela aqui deixou a sua novela Gémeos. No final da obra apresenta uma poesia de Fernando Namora e outra de Carlos de Oliveira, curiosamente anunciando em breve a publicação de livros de poesia de estreia, ambos com o mesmo nome Relevos, título este efectivamente perpetuado por Fernando Namora.

Preço:250,00€

Referência:15107
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:A CABEÇA ENTRE AS MÃOS
Descrição:

Assírio e Alvim, lisboa, 1982. In-8º de 41-(7) págs. Brochado. Exemplar em magníficas condições de conservação.
Primeira edição.

Observações:

Livro inserido na colecção Cadernos Peninsulares/ Literatura. Na opinião de Nuno Júdice, a poesia de Herberto Helder  tornou-se um momento ímpar na afirmação daquilo que, em Portugal, se pode considerar como a mais conseguida realização do visionarismo poético ocidental, que recebe a herança de Rimbaud e Lautréamont e passa pelo surrealismo. Herberto Helder é sem dúvida, na opinião de outros críticos literários, o poeta mais importante da sua geração e a mais curiosa e intrigante personalidade do nosso experimentalismo. Radicando-se na tendência surrealista, a sua poesia revela uma excepcional riqueza de recursos expressivos com um grande poder encantatório gerando-se na zona originária do ser em que a criação absoluta torna imperioso ao poema “ ... vencer a fascinação do incriado e impor uma ordem e uma harmonia ao turbilhão interior ...” (António Ramos Rosa).

Preço:85,00€

Referência:15106
Autor:CORELLA. Fr. Jayme de
Título:PRACTICA DO CONFESSIONARIO e explicação das proposiçoens condenadas pela Santidade de Innocencio XI e Alexandre VII, sua materia os casos mais selectos da Theologia Moral, sua forma hum dialogo entre o confessor e o penitente. Parte I ( e II).
Descrição:

Na Officina que foy de Miguel Lopes Ferreira, Lisboa, 1737 (e 1738). In-fólio de 15 ff. inums. - 310 e 7 ff. inums. - 330 págs. [ai-dij , Ai - Rr & §i-Sss] respectivamente. Encadernação coeva, inteira de carneira, mosqueado fino e lombada com decoração floreada barroca em casa fechadas, ligeiramente coçadas. Falho de rótulo na lombada. Último caderno solto. Exemplar completo, de estrutura rígida e muito bem conservado, mantendo a sonoridade original do papel. Algumas páginas com anotações marginais, coevas.

PRIMEIRA EDIÇÃO PORTUGUESA da obra que, no género, teve grande aceitação e um elevado número de edições e traduções, escrita quando o autor tinha 27 anos. Tradução de Padre Domingos Rodrigues Faya publicada em portuguyês cerca de meio século depois.

BN ; Monteverde Cunha Lobo, 1811.

Observações:

Jaime de Corella (1657-1699) vestiu o hábito dos Capuchos no Convento de Cintruénigo em 1673 então com 18 anos de idade e foi eleito Provincial em 1693. Escritor moralista e orador sacro, destacando-se por sua grande elocuência e profundidade doutrinal. Teve vasta obra publicada sendo o título Pratica del Confesionario (1686) e Conferencias morales (1687) as que tiveram maior aceitação e delas se realizaram inúmeras edições e traduções.

 

Preço:225,00€

Referência:15105
Autor:LOBO, D. Francisco Alexandre
Título:OBRAS DE D. FRANCISCO ALEXANDRE LOBO, Bispo de Vizeu. Impressas às custa do Seminario da sua Diocese. Tomo I( a III)
Descrição:

Typographia de José Baptista Morando, Lisboa, 1848 (1849 e 1853 respectivamente). In-8º de 3 volumes com XVIII-(1)-462-(2), III-485-(3) e (6)-500-(1) respectivamente. Encadernação coeva, meia francesa em pele verde com etiquetas de número de ordem da biblioteca antiga. Aparo marginal e muito bom estado geral. Assinatura de posse antiga (Prof. Dr. Bernardo Albuquerque) no frontspício do primeiro volume. Ilustrado com litografia original representando o retrato do autor  segurando pena de escrita e livros, assim como reprodução facsimilada da sua assinatura, realizado nas oficinas calcográficas dos Mártyres em Lisboa, por António Joaquim de Santa Bárbara.

PRIMEIRA EDIÇÃO, póstuma de toda a sua grandiosa obra (o autor tinha falecido 4 anos antes). Foram publicados três volumes das Obras Completas deste historiador, embora o plano de edição constasse de dez volumes, permanecendo inédita até hoje a restante parte da sua obra.

Observações:

Francisco Alexandre Lobo (1763, Beja — 1844, Lisboa), bispo de Viseu, foi um clérigo e político português, historiador e homem de letras erudito, que, entre outras funções, exerceu o cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, então equivalente a Primeiro-Ministro de Portugal, no executivo pró-miguelista que governou entre 1826 e 1827. Conservador, considerado um apostólico moderado, era próximo de D. Miguel I, por quem foi escolhido para conselheiro de Estado e encarregado de fazer a reforma geral dos estudos. Após a vitória liberal teve de exilar-se abandonando Portugal em 1834. Foi um escritor brilhante e erudito, revelou-se um historiador de mérito, sendo admitido como sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

António Joaquim de Santa Bárbara (1838-1864) foi um gravador português, autor de alguns dos melhores retratos litografados de políticos, membros da alta sociedade e artistas do século XIX em Portugal. Santa Bárbara foi um artista com uma enorme capacidade de desenho, sendo que algumas das suas gravuras, particularmente as que executou a partir de daguerreotipos, são de um realismo espantoso em que, alguns dos retratos que litografou foram partir de daguerreotipos.

Preço:195,00€

Referência:15104
Autor:ALCOFORADO, Soror Mariana
Título:CARTAS DE AMOR. Nova restituição e esboço crítico de Jaime Cortesão, ilustraçoes de Lima de Freitas.
Descrição:

Artis (Lisboa, 1964). In-4º de 69-(1) págs. Encadernação editorial cartonada de original execução, com janela aberta na pasta sobre retrato da Religiosa Portuguesa. Ferros gravados a prata nas pastas. Nítida e magnífica execução tipográfica com impressão a duas corrs sobre papel-cartolina de gramagem superior. Muito bem conservado. Rúbrica de posse no frontspício.

Observações:

As cartas de amor de Mariana Alcoforado (1640-1723) são resultado da sua paixão sublime não correspondida, tendo despertado o interesse de todo o mundo a parrtir da edição princeps de Claude Barbin, datada de 4 de Janeiro de 1669, com o título de “Lettres Portugaises Traduites en François”. Até hoje, sucederam-se centenas de edições em diferentes idiomas, poemas, peças de teatro, filmes, obras de interpretação plástica e musical que mereceram a atenção dos mais destacados criadores, entre os quais salientamos Max Ernst, André Masson, Braque, Picasso, Dali, etc ...

Preço:35,00€

Referência:15100
Autor:CASTRO, P. José de
Título:D. SEBASTIÃO E D. HENRIQUE
Descrição:

União Gráfica, Lisboa, 1942. In-8.º de 357 págs. Brochado, preservado em papel cebola, com miolo em excelente estao de conservação.

Observações:

Esta obra encerra os seguintes capítulos: "O Casamento de D. Sebastião"; "Cruzada contra os Turcos"; "Um Quadro da Vida Portuguesa"; "Preparativos para a Guerra"; "A Expedição para África"; "Os Cativos Italianos"; "A Aclamação de Som Henrique"; "Casamento do Cardeal-Rei" e por fim "Doença e Morte do Cardeal-Rei".

Preço:30,00€

Referência:15099
Autor:PATO, Bulhão
Título:POEMA "DESPEDIDA" original manuscrito de Bulhão Pato
Descrição:

Manuscrito original sobre folha de papel filigranado de dim. 13,5 x 21 cm, intitulado DESPEDIDA, datado de 6(?) de Novembro de 1896 a assinado no final por Bulhão Pato. Encontra-se montado sobre cartolina, fixado com ponto de cola na secção superior. Ligeiros cortes marginais e raros picos de humidade disseminados pela folha.

Poema intitulado DESPEDIDA (inédito?) dedicado aos meus amigos da Carregosa que correspondem a uma estrofe única de seis versos, de cariz romântica e nostálgica.

São raros os poemas originais manuscritos de Bulhão Pato.

Observações:

Raimundo António de Bulhão Pato (1826-1912) foi um escritor memorialista e poeta da geração ultra-romântica, influenciado por Lamartine e Byron, com imensa obra, em diferentes géneros literários, publicados entre 1850 e 1907. Alguém escreveu que Bulhão Pato serviu de inspiração a Eça de Queirós em alguns personagens de Os Maias. Ficou igualmente conhecido como amante da boa vida, caçador, gastrónomo e inventor de algumas receitas.
 

 

Preço:125,00€

Referência:15097
Autor:AGUIAR, Joaquim António
Título:TRÊS CARTAS ORIGINAIS MANUSCRITAS E INÉDITAS de Joaquim António de Aguiar dirigidas a Ângelo Ferreira Diniz
Descrição:

Três cartas, manuscritas pela frente e verso, datadas de 31 de Outubro, 9 e 16 de Novembro de 1819, assinadas no final pelo punho do autor, dirigidas a Ângelo Ferreira Diniz.

As cartas versam assuntos de ordem académica, solicitando, numa delas, o favor de interceder por seu irmão José Xavier de Aguiar que se candidata a um "partido", aqui subentendido como lugar de emprego, no Hospital da Universidade.

 

Observações:

Joaquim António de Aguiar (1792 – 1874) foi um político e maçom português do tempo da Monarquia Constitucional e importante líder dos cartistas e mais tarde do Partido Regenerador. Foi por três vezes presidente do Conselho de Ministros de Portugal (1841–1842, 1860 e 1865–1868, neste último período chefiando o Governo da Fusão, um executivo de coligação dos regeneradores com os progressistas). Ao longo da sua carreira política assumiu ainda várias pastas ministeriais, designadamente a de Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça durante a regência de D. Pedro nos Açores em nome da sua filha D. Maria da Glória. Foi no exercício dessa função que promulgou a célebre lei de 30 de Maio de 1834, pela qual declarava extintos "todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares", sendo seus bens secularizados e incorporados na Fazenda Nacional. Essa lei, por seu espírito antieclesiástico, valeu-lhe a alcunha de o Mata-Frades. (retirado de Wikipédia).

Ângelo Ferreira Diniz foi junto com José Feliciano de Castilho (pai) e Jeronymo Joaquim de Figueiredo, os fundadores e directores do periódico Jornal de Coimbra (1812-1820; primeiro periódico português dedicado à saúde e higiene pública), todos lentes de medicina da Universidade de Coimbra. Era redigido em Coimbra e publicado em Lisboa.

Preço:250,00€

Referência:15094
Autor:FERRO, António
Título:D. MANUEL II O DESVENTURADO
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1954. In-8.º de 229(1) pág. Br. Ilustrado com gravuras em extra-texto sobre papel couché.

Observações:

Notas de Correia Marques.
"figura portuguesíssima, insinuante, de D. Manuel II. Se houve um rei luso que se perdeu na bruma, esse foi, sem dúvida, o triste exilado de Fullwell Park, o Desejado de muitos portugueses, outro D. Sebastião teimosamente aguardado numa manhã de nevoeiro. Mas nem os próprios, que tanto ansiavam por ele, conheciam bem, como eu pude conhecer, a esbelteza da sua alma, a sua doce melancolia de português saudoso, distante. Viam nele apenas o Rei, o símbolo ainda vivo do seu ideal, a esperança do regresso, mas não conheciam o homem, o seu encanto pessoal, a distinção e a graça das suas maneiras, não sabiam, por exemplo, que D. Manuel fingia viver em Inglaterra, mas que continuava, de facto, a ser rei na nossa maior possessão: na saudade."

Preço:30,00€

Referência:15093
Autor:PACHECO, Luiz
Título:COMUNIDADE
Descrição:

Contraponto, Lisboa, S/d. In-8º de 25-(1) págs. Brochado. Exemplar duma tiragem especial de 300 exemplares numerados e autografado pelo autor, levando este o nº 93. Como habitualmente, encontra-se ausente do hors-texte de Carlos Ferreiro. Apresenta fragmentos de papel acid-free para reforço marginal da capa, com ligeira acidez na charneira.

Ostenta uma curiosa, subversiva e irónica dedicatória autógrafa de Luiz Pacheco a Noémia (Seixas, escritora).

Observações:

"Estendo o pé e toco com o calcanhar numa bochecha de carne macia e morna; viro-me para o lado esquerdo, de costas para a luz do candeeiro; e bafeja-me um hálito calmo e suave; faço um gesto ao acaso no escuro e a mão, involuntária tenaz de dedos, pulso, sangue latejante, descai-me sobre um seio morno nu ou numa cabecita de bebé, com um tufo de penugem preta no cocuruto da careca, a moleirinha latejante; respiramos na boca uns dos outros, trocamos pernas e braços, bafos suor uns com os outros, uns pelos outros, tão conchegados, tão embrulhados e enleados num mesmo calor como se as nossas veias e artérias transportassem o mesmo sangue girando, palpitassem, compassadamente, silenciosamente, duma igual vivificante seiva".

Preço:175,00€

Referência:15090
Autor:FREIRE, Luiz Gracia Gomes
Título:AGRICULTURA EM QUE SE TRATA COM CLAREZA E DISTINÇÃO DO MODO E TEMPO DE CULTIVAR as terras das ortaliças; e pumares de fruta, como tambem de enxertar.
Descrição:

In-8º de 21 folhas numeradas pela frente, encadernadas em pergaminho com atilhos (já ausentes). Carimbo de posse de antigo professor universitário.

O manuscrito ocupa a frente e verso das primeiras 17 folhas, com caligrafia muito legível. Mancha de humidade no canto inferior direito

Observações:
Preço:850,00€

Referência:15085
Autor:TEIXEIRA. Francisco Gomes
Título:CARTA ORIGINAL MANUSCRITA de Francisco Gomes Teixeira
Descrição:

Folha de papel dimensões 27 x 21 cm, cor azul clara, dobrada em meio, manuscrita em três faces, de caligrafia muito legível, assinada no final. Ocasionas picos de acidez.

Observações:

O eminente matemático Francisco Gomes Teixeira (1851-1933), solicita a publicação de artigos seus e de colegas estrangeiros (Sr. D'Ocagne de França e Sr. Cesário de Itália) no Jornal de Mathematica, solicitando a entrega ao compositor  de impressão. Pede ao destinatário que lhe envie informação sobre a frequência de um estudante de nome Andrade Couto e sua família.

Preço:145,00€

Referência:15084
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:O POBRE TOLO
Descrição:

Edição de A Renascença Portuguesa, Porto, 1924. In-8º de 207-(1) págs. Brochado. Capas de brochura, ilustrada por Carlos Carneiro, apresenta-se com acidez generalizada.

PRIMEIRA EDIÇÃO bastante invulgar.

Observações:

Livro em prosa, escrito em 1923 (e reescrito sete anos depois sob a designação de Elegia Satírica), é dos mais estimados da sua bibliografia.

No meio da ponte de S. Gonçalo, em Amarante, tendo, de um lado, a rua do Cuvelo e, do outro, o Largo, entre as duas margens do Tâmega, esse "rio de verdes sombras liquefeitas", encontra-se um pobre tolo que, "parado e pasmado", contempla o rio. "Não vou nem fico, não me decido", afirma, não conseguindo resolver-se quanto ao rumo a tomar. Parece estar condenado a permanecer no mesmo local, convivendo com os fantasmas que passam, discutindo a existência consigo mesmo.

Preço:50,00€

Referência:15083
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:O PENITENTE (Camilo Castelo Branco)
Descrição:

Livraria Latina Editora, Porto, (1942). In-8º de 323 p´gs. Brochado com assinatura de posse na capa anterior e frontspício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:
Preço:35,00€

Referência:15082
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:SANTO AGOSTINHO (comentários)
Descrição:

Livraria Civilização, Porto, 1945. In-8º de 321-(1) págs. Brochado§ com assinatura de poss ena capa de brochura e forntspício.
 

PRIMEIRA EDIÇÃO..

Observações:

"Santo Agostinho" é a última biografia de Teixeira de Pascoaes, onde este caracteriza o escritor das Confissões como um ser complexo, simultaneamente poeta e filósofo, místico e racionalista. Assim, “Santo Agostinho místico é um suicida, um foragido do mundo, como esses internados nas solidões da Tebaida, famintos de Deus e de silêncio, metidos numa caverna tumular, tendo, à entrada, em certas noites, um anjo resplandecente de brancura. (…) E é ainda filósofo e poeta, que a filosofia sem poesia é osso sem carne, um roer sem gosto.” Esta descrição do Santo poder-se-ia aplicar a qualquer um dos biografados por Pascoaes, esses espíritos de “qualidade transcendente”, que o escritor, como explica no prefácio deste livro, persegue, por adoração, como se fosse um “carrasco-poeta”.

Preço:35,00€

Referência:15080
Autor:MARQUES, A. H. de Oliveira
Título:A MAÇONARIA PORTUGUESA E O ESTADO NOVO
Descrição:

Publicações Dom Quixote, (Lisboa, 1975). In-8º de 336-(22) págs. Brochado. Exemplar com miolo em excelente estado de conservação.

Observações:

Trabalho fundamental para o estudo da Maçonaria no Estado Novo. Valorizado com um extenso índice remissivo que ocupa as últimas 22 páginas.

Na contracapa, lê-se:
O excelente estudo introdutório, a documentação reunida, as notas e a bibliografia inseridos no volume darão ao leitor ideias mais claras sobre a Maçonaria. Ideias essas que contribuirão, aliás, para clarificar muitos outros fenómenos da nossa história contemporânea, porque estudar a Maçonaria no nosso país é o mesmo que estudar a História de Portugal, pelo menos a partir de 1817, e muito especialmente no que se refere à primeira República (...).”

 

Preço:27,00€

Referência:15079
Autor:MOREIRA, Eduardo
Título:CRISOSTOMO PORTUGUÊS. Elementos para a história do Púlpito.
Descrição:

Publicação da Junta Presbiteriana de Cooperação em Portugal.(Lisboa, 1957). In-8º de 338-(3) págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação. Capa de brochura ilustrada com desenho de um púlpito por Narciso de Morais. Rúbrica de posse no ante-rosto.

Observações:

Do prefácio, o autor diz-nos:
" ... Nele (no presente título) procuramos ser tão objectivos quanto possível: escrupulosos na investigação, equilibrados na crítica, compreensivos e humanos nas nar-rativas, evitando a secura duma reportagem anódina mas desdenhando o espírito sectário e os processos de «propaganda» que têm manchado a actividade cristianizadora, por muitos séculos, desde a «pia fraude» das actas dos martírios for-jadas, e das falsas decretais, até à imitação recente do dirigismo publicitário da indústria, do comércio e da política em certos meios. Não enfileiraremos, nem na Anti-Igreja dum crescido número de cristãos individualistas, nem na Anti-Reforma da quase totalidade dos cristãos ultraconservadores, afinal manejadores, uns e ou-tros, da famosa propaganda dirigida. Ao contrá-rio, procuraremos servir um espírito histórico, um sentido tradicional, uma acção de amor pátrio, no melhor significado desses conceitos. ..."

Índice dos capítulos:
1) - Primeiras Missões na Hispânia. Século III-VII.

2) - Nos alvores da Nacionalidade. Século VIII-XII.3) -  Desde o papel à Imprensa. Século XII-XV

3) -  Preparando o «Grande Século». Século XV-XVI

4) - A «Barreira de Fogo». Século XVI-XVIII

5) -  A Língua portuguesa no exílio. Século XVIII-XIX

6) - A geração da «Propaganda Século». Século XIX-XX

Preço:38,00€

Referência:15078
Autor:REI D. LUIS I
Título:CARTA AO BISPO DE COIMBRA
Descrição:

Elegante manuscrito de caligrafia muito legível, ao longo de vinte linhas sobre papel bifólio, assinado no final pelo punho do Rei e por Julio Gomes da Silva Sanches, dirigida ao Bispo de Coimbra, conservando o selo branco, em alto relevo, régio sobre papel recortado.

EXEMPLAR ÚNICO E PEÇA DE COLECÇÃO pela importância histórica que encerra aliado ao seu excelente estado de conservação.

Observações:

Belíssima carta manuscrita por D. Luis I (1838-1889) no Paço da Ajuda, datada de 31 de Julho de 1865, dirigida ao Referendo Bispo de Coimbra (D. José Manuel de Lemos) anunciando o nascimento de seu filho, o Infante D. Afonso de Bragança (Duque do Porto, Condestável de Portugal e o governador e último vice-rei da Índia Portuguesa). Está igualmente assinada por Julio Gomes da Silva Sanches (Ministro e Secretário e Estado dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça do 26º Governo da Monarquia Constitucional.

Da leitura efectuada, transcrevemo-la na íntegra:

"Reverendo Bispo de Coimbra. Eu // El Rei vos Envio muito saudar. Foi Deus // Nosso Senhor servido Abençoar estes // Reinos com o Nascimento de um Inf- // ante, que Sua Magestade A Rainha // Minha muito Amada e Prezada Es- // posa Deu á luz no dia de hoje com // feliz sucesso. E Me pareceu participar-vos // logo esta alegre e desejada noticia, não só // pelo contentamento que della recebereis, e // para que Me acompanheis no regosijo // deste faustissimo acontecimento, mas para // que, dando a Deus Nosso Senhor as de- // vidas Graças por tam particular beneficio, // chameis a sua Divina Benção sobre o // Infante recemnascido, e façaes celebrar, segundo o estilo, em ocasiões similhantes, todas as demonstrações de jubilo. Escripta no Paço d Ajuda em trinta e um de Julho de mil oitocentos e sessenta e cinco."

D. Luis foi o trigésimo segundo rei de Portugal (1861-1889), e ficou conhecido pelo cognome de "o Popular". Assume o trono a 14 de outubro de 1861, por morte de seu irmão D. Pedro V. Casou em 27 de setembro de 1862 com D. Maria Pia de Saboia. Foi um homem de profunda instrução e cultura, sendo disso exemplos as suas traduções de Shakespeare. Foi igualmente uma personalidade de grande bonomia e tolerância, e conseguiu transformar os seus vinte e oito anos de reinado num período de certa acalmia política, não alcançando mesmo assim evitar algumas perturbações de que, na área da Cultura destaca-se aqui, pela sincronia da presente missiva, a fecunda polémica da "Questão Coimbrã" em 1865-66, com a suspensão pelo Governo poucos anos depois, em 1871, das Conferências Democráticas do Casino.

Preço:1800,00€

Referência:15075
Autor:Sem autoria
Título:O PHANTASMA DA INSTRUCÇÃO PUBLICA ASSALTANDO A UNIVERSIDADE DE COIMBRA E ESCHOLAS E LYCEUS DO REINO
Descrição:

Imprensa Litteraria , Coimbra, 1869. In-8º de 16 págs. Brochado.


 

Observações:

Publicado sem autoria, apenas conhecidos exemplares na BN e na Biblioteca Municipal de Coimbra, referido por Pinto Loureiro na sua magnífica Bibliografia Coimbrã (p. 136).

Polémica plaquete publicada anonimamente e impressa por ocasião da extinção do Conselho Geral de Instrução Pública, por Decreto de 14 de outubro de 1868, assinado pelo Marquês de Sá da Bandeira, e criada, em sua substituição, uma Conferência Escolar. Ora leia-se o seguinte, logo no início desta publicação:

"... A reforma da Instrucção Publica foi um horrivel phantasma, que veio lançar quasi toda Coimbra n'um medonho terror. Ella foi para uns, á primeira vista, um raio de esperança e de vida, para outros, porém, foi desde logo, e continua a ser - uma bomba ardente e mortifera de seus interesses. No enatnto, alguns estudantes, ainda hoje, talvez illudidos, apparecem alegres e com o sorriso nos labios, como indicando: estou na Universidade ! - em quanto que os mestres caminham a passos lentos, com a gravidade estampada no rosto, e o olhar perdido nq região das tremendas economias. Oh! que pedonho phantasma! ... "

Mas adiante, apresenta soluções, que nos parecem bastante curiosas:

" (...) 3º Todos os rechonchudos Abbades devem ceder pelo menos o prato de meio - a bem dos pobres;
4º Todos os Duques, Marquezes, Viscondes, Barões, Conselheiros, Pares do Reino, etc., devem andar a pé -- além que paguem o que devem ao thesouro ;
5° Finalmente, se depois de tomadas estas medidas e outras, que a tempo opportuno faremos saber, o governo não achar o tesouro salisfeito, então, peça a Deos que transforme o pobre Portugal n'um mar de baleias, e façâmos todos o sacrificio do Jonas biblico passando hospedado uns tres dias nos seus bojudos seios; - mas, seja o Governo o primeiro a dar este heroico exemplo, que a patria será então salva das garras do medonho Defici
t."

 

Preço:65,00€

Referência:15073
Autor:SANTOS, Arnaldo
Título:QUINAXIXE
Descrição:

Casa dos Estudantes do Imperio, Lisboa, s.d. (1965). In-8º de 105-(5) págs. Brochado. Ligeira e insignificante mancha de humidade, muito ténue, no canto inferior esquerdo, junto à lombada.

Observações:

Título impedido de circular pela então polícia política, constitui um dos quatro únicos livros de ficção, de um conjunto de vinte que caracteriza todo o universo de publicações da Casa dos Estudantes do Império em que, segundo Alfredo Margarido (2014) "... a par da organização de «antologias-mosaico» , havia a preocupação, pelo menos num pequeno núcleo, de afirmar a autonomia das literaturas dos países-colónias pela revelação de autores «nacionais» a fim de construir «a autonomia da produção cultural de cada país» ...". Esta obra do autor angolano Arnaldo Santos (1935) é no contexto das representações da cidade de Luanda, como nos diz Inácio Mata (2015) " ... no sentido de uma relação entre um real não significante e a verbalização da relação entre esse real e a produção cultural que o faz significar, os nove contos de Quinaxixe,  dialogam de forma intensa com as histórias de vida de A cidade e a infância de Luandino Vieira conformando a estética que tenho vindo a designar como «escrita griótica» da cidade de Luanda ..." adiantando-nos ainda, o mesmo autor que " ... é sobretudo Luanda, aqui contada por dois muito premiados ficcionistas (Luandino Vieira e Arnaldo Santos), que é erigida a metáfora do país agrilhoado por diversas conflitualidades geradas pela situação colonial, num espaço caracterizado, também ele paradoxalmente, pela diversidade etnocultural — uma multiculturalidade étnica e rácica (negros, mestiços e brancos) que o particulariza(va) no conjunto nacional ...".

Preço:50,00€

Referência:15070
Autor:AL BERTO
Título:TRÊS CARTAS DA MEMÓRIA DAS ÍNDIAS
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1983. In-8º de 45 págs. Brochado. Capas com ligeiro empoeiramento. Com desenhos em separado da autoria de Lúis Silva.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de poemas destinado para uma peça de teatro do dramaturgo Ricardo Pais, mas que nunca chegou a concretizar-se.

Preço:50,00€

Referência:15066
Autor:JORGE, Luiza Neto
Título:A LUME
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1989. In-8º de 94-(1) págs. Brochado com ligeiros defeitos, insignificantes de manuseamento. Muito bom exemplar.

Observações:

Primeira edição publicada postumamente fixado e anotado pelo escritor Manuel João Gomes, companheiro da autora. Apresenta facsimile do texto dactilografado e mansucrito, bastante rasurado, no final do volume.

Preço:20,00€

Referência:15065
Autor:VASCONCELOS, Padre Simão
Título:CHRONICA DA COMPANHIA DE JESU DO ESTADO DO BRASIL e do qve obrarão sevs filhos nesta parte do novo mundo.
Descrição:

 

 (da continuação do título): Em que se trata da entrada da Companhia de Jesv nas partes do Brasil e dos fundamentos qve n’ellas lançaram e continuarão seus Religiosos e algumas noticias antecedentes, curiosas e necessarias das cousas d’aquelle estado.

A.J. Fernandes Lopes, Lisboa. 1865. In 8° gr. de 2 vols. com CLVI-200 e 339-(4) págs. respectivamente encadernados em um tomo. Encadernação coeva, meia inglesa em pele preta com ferros romanticos dourados gravados na lombada. Ocasionais sinais de manuseamento ligeiro e insignificantes vincos nas coifas e junto à charneira. BONITO EXEMPLAR mantendo a sonoridade original do papel, não obstante a ligeira acidez provocado pela tinta na mancha tipográfica, sem prejuizo algum da rigidez e estrutura interna do papel.

Observações:

Segunda edição corrigida e aumentada da que é considerada por muitos bibliógrafos, entre eles o Conde de Samodães, como uma das mais belas produções dos prelos portugueses do século XVII e de uma “... fonte perene de notícias e subsídios para a História do Brasil e das Missões Religiosas que, durante os anos 1549 a 1570, pregaram e difundiram a fé cristã entre os indígenas dessa vastíssima região americana ...”.

Escrita em duas partes: 1) a primeira relata o descobrimento do Brasil, a descrição geográfica das suas terras, costas, rios,  portos, cabos, enseadas e serranias fronteiras ao mar, responde às perguntas “Quem foram os primeiros progenitores dos Índios, em que tempo entraram no Brasil, de que parte vieram, por onde e de que maneira entraram e como não conservaram as suas cores, línguas e costumes”; 2) a segunda parte trata exclusivamente da Companhia de Jesus no Brasil desde 1549. Edição valorizada em relação à primeira, por ainda apresentar a primeira impressão do poema de José de Anchieta sobre a Virgem Maria.

O Padre Simão de Vasconcelos teve algumas dificuldades em conseguir publicar esta sua obra. Essa dificuldade resulta do facto do Pe. Jacinto de Magistris, Visitador do Brasil, não se relacionar muito bem com o autor da obra, seu concorrente quando da nomeação para Visitador. Apesar de ter as aprovações canónicas de três revisores e do Padre Geral, o Visitador tentou impedir a impressão, fundado nas opiniões dos Padres António Vieira, Baltazar Teles e Manuel Luís que atestavam na falta de estilo do Pe. Simão de Vasconcelos. Mas a aprovação de Francisco Brandão, cronista-mor do Reino fez terminar a questão. Não satisfeito, o Pe. Jacinto de Magistris informou desfavoravelemente o Padre Geral sobre os últimos sete capítulos da primeira parte da Crónica que respondia com a explanação se o paraíso não seria na América portuguesa. Apesar de já ter dado aprovação, o Padre Geral mandou riscar essa parte. Quando a ordem chegou a Lisboa, já Henrique Valente de Oliveira tinha impresso dez exemplares que o Pe. Simão de Vasconcelos distribuiu pelos amigos. Por ser a conclusão das Notícias Antecedentes, o Pe. Jacinto de Magistris não via dificuldade em se suprimirem os sete capítulos, substituindo-os por uma página final.

Biblografia:

Brunet, t.II, p. 846
Palha, 2517
Pinto Matos, p. 554
Samodães, 3443
Inocêncio, t. VII, p. 286

 

Preço:195,00€

Referência:15063
Autor:LIMA, Manuel de
Título:MALAQUIAS ou a história de um homem bárbaramente agredido.
Descrição:

Contraponto, Lisboa, s.d. (1953). In-8º de 267- (1) págs. Brochado. Rúbrica de posse no ante-rosto, picos de humidade próprio da qualidade deste papel.

INVULGAR

Observações:

1ª edição deste importante título do Surrealismo Português, sendo a segunda obra do autor.

Preço:45,00€

Referência:15062
Autor:COELHO, João
Título:AVIARIUM e ILLIABUM ou AVEIRO e ÍLHAVO ATRAVÉS DOS SÉCULOS. Notas toponímicas
Descrição:

Tipografia de "O Figueirense", Figueira da Foz, 1953. In-8.º de 22-(2) págs. Brochado.

Tiragem restrita - RARO.

Observações:

Posfácio de José Leite de Vasconcelos.

Preço:25,00€

Referência:15061
Autor:LOUREIRO, José Pinto
Título:TOPONÍMIA DE COIMBRA. Volume I (e II).
Descrição:

Edição da Câmara Municipal, Coimbra, 1964. In-8º de dois volumes de XXXII-426 e (4)-434 págs. Respectivamente. Encadernação coeva meia francesa com cantos em pele azul, algo coçado pelo manuseamento e a qualidade própria deste tipo de pele. Ilustrado com vistas da cidade de coimbra assim como pormenores de ruas. Conserva capas de brochura.

Observações:
Preço:75,00€

Referência:15060
Autor:MELLO, Pedro Homem de
Título:BODAS VERMELHAS
Descrição:

Editorial Domingos Barreira, Porto, 1947. In-8º de 241-(1) págs. Brochado. Pequena rúbrica de posse no ante-rosto.

Observações:

Prefácio muito interessante de Júlio Dantas onde ele afirma que Pedro Homem de Mello é um "(...) poeta de alta estirpe, justamente considerado um dos mais representativos cultores do moderno lirismo português(...)".

BODAS VERMELHAS

As almas pedem luz. Apodrecida
A noite dorme, quieta, em seu armário.
Cantai sem medo! A cruz foi no Calvário
Que Deus a ergueu, como a anunciar a vida!


Cantai, rapazes! E essa juventude
Que não foi a minha, seja, ao menos, a vossa!
Que dentre todos, um, ao menos, possa
Quebrar tanto silêncio que ainda ilude!


As asas só são asas quando há vento.
Cantai! Cantai na força dos vinte anos!
Cantai! Cantai! Ingénuos, mas humanos,
Com lábios rubros de prometimento!


Não morrer hoje, que importância tem?
A paz, às vezes, lembra-nos veneno...
E tudo é falso no país sereno
Que não se bate nunca por ninguém.

Preço:30,00€

Referência:15059
Autor:BRANDÃO, Raúl
Título:MEMÓRIAS. Volume I (II e III)
Descrição:

Perspectivas & Realidades, Lisboa, s.d. (1988). In-8º de 3 volumes com 241-(5), 219-(3) e 213-(1) págs. Brochado. Muito ilustrado à parte, sobre papel couché, retratos de persoanldiades com quem Raul Brandão privou, documentos, facsimiles, etc ...
Ostenta ex-libris heráldico.  Primeiro volume com alguns cadernos desarticulados, prórpio da qualidade de encadernação colada, técnica comum e tão característica desta época.

Observações:

Nas palavras de Alexandre Honrado a prop´sotio da última edição de Memórias de Raul Brandão, pela Quetzal : 
" ... Raul Brandão foi escritor, jornalista e militar, com longas permanências no Ministério da Guerra, envolvido portanto na máquina burocrática militar. Por vezes, sabemo-lo bem, as três funções (de escritor, jornalista e militar ) confundem-se na diversidade das linhas de batalha. Certo é que Brandão viveu a vida portuguesa das intensidades: o nascimento da I República, a barbárie da I Grande Guerra e a sangria do Golpe Sidonista e o início desse nado-morto destinado a apodrecer por décadas, o Estado Novo. Viveu, pois, a grande agitação política (as duas primeiras décadas do século XX); e assim sendo, as suas obras “constituem um testemunho indispensável para se compreender não apenas a sua obra mas também o país a que ela se refere como uma obsessão”. Mas a agilidade da prosa, a dinâmica da construção de cenários literários e dramáticos, a presença de recursos estilísticos onde nem a ironia falta, guindam-no ao patamar supremo dos melhores. As suas Memórias destacam o que de uma vida intensa mais o relevou. São três volumes (...) e constituem um dos exemplos maiores do género na nossa literatura. Memórias pessoais, memórias do seu tempo político e cultural, memórias das pessoas com quem o autor privou ao longo de uma vida consagrada à literatura e ao conhecimento dos outros – as recordações de Raul Brandão transportam-nos para um tempo, para uma sensibilidade e para um modo de escrita irrepetíveis: condensam um talento e um génio literário único. Não será exagero sugerir estas Memórias para completar as nossas. É que se trata mesmo de um pedaço de nós. E se nos faltam as memórias, a marca da morte sobressai sobre o que fomos, o que somos – e o que ainda podemos ser ...".

Edição patrocinada pelo Instituto Português do Livro, apresenta no final de cada um dos volumes, umas breves notas do autor:

"O que sei de belo, de grande ou de útil, aprendi-o nesse tempo: o que sei das árvores, da ternura, da dor e do assombro, tudo me vem desse tempo... Depois não aprendi coisa que valha. Confusão, balburdia e mais nada. Vacuidade e mais nada. Figuras equívocas, ou, com raras excepções, sentimentos baços. Amargor e mais nada. Nunca Londres ou a floresta americana me incutiram mistério que valesse o dos quatro palmos do meu quintal. (Volume 1) "

"A certa altura da vida tive a impressão de que me despenhara num mundo de espectros. A face humana meteu-me medo pelo que nela descobria de repulsivo e de grotesco. Fugi para poder viver; tudo me soava falso e me parecia inútil. Paz e uma árvore. Vamos, disse-te, ser como aqueles naúfragos da jangada, que vi numa estampa, agarrados um ao outro, entre o mar encapelado. Estamos nas mãos duma coisa desconforme e frenética que nos dá a ilusão e a morte. Deixemo-nos levar, que isto dura pouco. E daí não sei... (Volume 2)"

"Considero os meses mais felizes da minha vida aqueles em que eu e minha mulher fomos viver para uma aldeia remota. Ainda hoje me penetra a solidão perfumada dos montes. A casa não tinha vidros e à noite o silêncio doirado de estrelas entrava pelas janelas e desabava sobre nós... Há, horas em que as coisas nos contemplam, e estão por um fio a comunicar connosco. Às vezes é um nada, um momento de êxtase em que distintamente ouvimos os passos da vida. caminhando. (Volume 3)"

Preço:35,00€

Referência:15056
Autor:CAETANO, José A. Palma
Título:VIDIGUEIRA E O SEU CONCELHO
Descrição:

Edição da Câmara Municpal de Vidigueira, 1986. In-8º de 446 págs. Encadernação editorial cartonada com sobrecapa ilustrada. No final do livro, nas folhas de guarda, apresenta, manuscrito a tinta, apontamentos bio-bibliográficos sobre Espinosa.

Observações:

Monumental monografia sobre a Vidigueira e região, muito ilustrada com fotografias de lugares, monumentos, gente ilústre, costumes, etc ...

Preço:20,00€

Referência:15055
Autor:Sem autoria
Título:ALBUM AÇOREANO
Descrição:

Editores - Oliveira & Baptista (Typographia e Photogravura do Annuario Commercial de Portugal), Lisboa, 1903. In-4º oblongo com 608 págs. Encadernação inglesa meia de pele com cantos. Pasta gravada a ouro com dizeres. Lombada gravada com ferros dispostos em fillets, a ouro. Sinais de manuseamento. Lombada e pastas com pequenos gastos. Miolo com pequenos restauros marginais e raras manchas de acidez. Muito bom estado de conservação. Ricamente ilustrado e impressão cuidada com decoração e vinhetas decoratoivas, ao gosto arte nova, impressa a duas cores. Preserva ambas as capas de brochura de um dos fascículos, publicação através da qual, veio sendo publicada na época.

BASTANTE INVULGAR e da maior importância para o estudo dos hábitos, história, genealogia e costumes açoreanos.

Observações:

Obra que deu um muito importante e grande contributo, à época, para o conceito de açorianidade, que começou a esboçar-se muitos anos antes de lhe ser inventado o nome pelo qual acabou por ficar conhecido. Enquanto especificidade cultural açoriana, que quis ver reconhecida uma identidade, a açorianidade remonta um pouco antes da publicação do presente livro, aos anos noventa do século XIX, quando se ambicionava a descentralização do poder político no arquipélago e se apelava à união das ilhas.

Preço:280,00€

Referência:15053
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:CARTAS DE INGLATERRA
Descrição:

Livraria Chardron, Porto,1905. In-8º de (6)-242-(1) págs. Encadernação editorial em skivertex grenat lavrada a ferros dourados na pasta anterior e lombada. Com uma litografia representando o Monumento erigido a Eça de Queiroz segundo a escultura Teixeira de Lopes. Pequena mancha na pasta anterior.

A obra conhece capas de brochura. No entanto, por experiência própria e consulta bibliográfica especializada, quando este título se faz encadernar pela encadernação editorial, as capas nunca são encadernadas juntas. Também são invulgares os exemplares que se fazem acompanhar por esta ilustração, sendo mais comuns os com um retrato do autor.

 PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma).

Observações:

Como o são todos os livros de Eça, quase século e meio depois, muito actuais nos temas sociais vigentes. Particularmente interessante neste título, é o capítulo com que abre o livro, o texto Afeganistão e Irlanda. Organizado em 1905, cinco anos depois da morte do escritor, Eça faz comparação entre duas campanhas realizadas pelos ingleses na região (em 1847 e 1880), fazendo frente aos russos. O Afeganistão surge como um adversário poderoso, misterioso, e os ingleses são tratados com ironia. Eça aponta as artimanhas dos ocidentais para legitimar-se no poder e satiriza o extravagante aparato bélico.

Preço:65,00€

Referência:15051
Autor:[ROZA, Miguel]
Título:ENCONTRO "MAGICK" de Fernando Pessoa e Aleister Crowley.
Descrição:

Hugin, Lisboa, 2001. In-8º de 529 págs. Brochado.

Observações:

Na contracapa:
"Uma novela policial de Fernando Pessoa e toda a correspondência que lhe deu origem, com o «mago», poeta e pintor inglês Aleister Crowley, além de outras personalidades do mundo esotérico tão caro a Fernando Pessoa."

Compilações de iconografia rara da época, fac-símiles e notas elucidativas existentes no dossier Crowley –-Pessoa, organizadas por um seu sobrinho Miguel Roza (pseudónimo literário de Luis Miguel Rosa Dias). " ... Miguel Roza desvenda ao público leitor de Fernando Pessoa os segredos do encontro do poeta com Aleister Crowley, ajudando a entender melhor as múltiplas facetas de um génio que não cessa de nos inquietar: como visionário, como experimentalista tão inovador oumais do que os conhecidíssimos «manifestantes» futuristas, como excepcional tradutor (recorde-se o «Hino a Pã» de Crowley) e, como inquiridor persistente dos mistérios da alma humana e, neste caso, de alguém que começou por admirar como mestre e iniciador: o célebre mago Crowley ..."

Preço:30,00€

Referência:15049
Autor:ALCOFORADO, Soror Mariana
Título:CARTAS DE SOROR MARIANA.
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, s.d.. In-12º de 197 págs. Brochado. Cabeça da lombada com ligeiro defeito de manuseamento.

Observações:

Tentativa de reconstituição do texto francês por Charles Oulmont e do texto português por Afonso Lopes Vieira.
 

"Quem poderá duvidar de que o maior desejo de Soror Mariana era o de ser entendida pelo homem a quem escrevia as Cartas de Amor? ..."

Preço:20,00€

Referência:15048
Autor:ANDRADE, Eugénio de
Título:CORPO DE AMOR
Descrição:

Colares Editora, Sintra, s.d. (1992?). In-8º de de 32 págs. inums. Brochado. llustração de José Rodrigues.

Observações:
Preço:10,00€

Referência:15046
Autor:GIRÃO, Aristides de Amorim
Título:ANTIGUIDADES PRE-HISTORICAS DE LAFÕES. Contributo para o Estudo da Arquelogia de Portugal.
Descrição:

Universidade de Coimbra, Coimbra, 1921. In-8º de 68 págs. Brochado (com ligeiros defeitos de mansueamento). Ilustrado à parte sobre papel couché, representando monumentos megalíticos e em mapas desdobráveis representando cartas arqueológicas regionais e diversos achados líticos provenientes de escavações e de sondagens.

Valorizado por ter uma dedicatória autógrafada a Joaquim de Carvalho, de quem o exemplar ostenta um carimbo de posse no frontspício.

Observações:
Preço:35,00€

Referência:15044
Autor:[ABREU, José Maria de ]
Título:OBSERVAÇÕES SOBRE O DECRETO DO 1º DE DEZEMBRO DE 1845 QUE REGULOU A HABILITAÇÃO DOS CANDIDATOS AO MAGISTERIO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Descrição:

Na Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1846. In-8º de 21 págs. Brochado com acção de lepismas na charneira. Miolo bem conservado, preservando a sonoridade original do papel. Bonita capa de brochura, de original composição tipográfica dsposta em moldura. Com carimbo de posse dos Livros do Prof Joaquim de Carvalho.

Observações:

" O Decreto do 1. de Dezembro de 1845, que regulou a habilitação dos Candidatos no Magisterio da Universidade de Coimbra, offerece tão graves inconvenientes na maior parte das suas disposi-gões, que, ninda antes de ser posto em execução, tem produzido mui grande anciedade entre os membros do Corpo academico, e os verdadeiros amigos da instrução publica; porque são muito de recear para o progresso das sciencias, e estabilidade da Universidade as consequencias daquela providencia, que tanto difficulta a carreira academica, e tão poucas garantias lhe offerece!

O tirocinio academico até obter o gráo de Dontor é sujeito a santas provas, e depende de tantas habilitações, que aquelle, que o lia conseguido com distincção, é por isso digno d'aspirar ao Magisterio da Universidade sem dependencia de novas provas: a exigencia de uma obra da sua composição inspressa, ou manuscrita para fundamento da Candidatura colloca o Doutor nas circumstancias ou de abandonar a Universidade, porque uma obra original em objectos scientificos só póde ser o fructo de longos, e profundos estudos, a que unicamente poderá dedicar-se aquelles que tiverem já na carreira academica uma subsistencia segura; ou de satisfazer áquelle onus com um Escripto menos digno a despeito do proprio pundonor: - obra de necessidade, e não do coração; filha das circunstancias, e não do amor das letras; isto só serve de estriar os brios da mocidade estudiosa, e de a tornar superficial, tomando por obrigação o que unicamente deve ser obra da vontade, e fructo de madura reflexão.

Nesta concorrencia o candidato que fosse capaz de apresentar uma obra prima, não ficando isento de outras provas, tendo além disso de esperar largos annos a vacatura de alguma cadeira, buscaria outro modo de vida, porque nenhum Doutor, dotado de um talento superior, e de grandes estudos, sacrificará a maior parte da sua existencia a uma espectativa, sobre onorosissima a mais incerta, e arbitraria! ..."

Preço:30,00€

Referência:15043
Autor:BRANCO, Camilo Castelo
Título:A SENHORA RATTAZZI
Descrição:

Livraria Internacional de Ernesto Chardron Editor, Porto e Braga, 1880. In-8º de 30-(2) págs. Encadernação moderna inteira de sintético azul com dizeres dourados e moldura fina ornar a capa anterior. Conserva ambas capas de brochura, reforçada nas margens. Foxing próprio da quqalidade deste papel. Por aparar.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR

Observações:

Primeira edição deste folheto da Questão Rattazzi, polémica em que Camilo se envolveu a propósito do livro escrito pela Princesa Rattazzi sobre Portugal. Este livro é a resposta às provocações da Sr.ª Rattazzi e termina da seguinte maneira:
“Em conclusão: o seu livro não é cano de escorrencias muito nauseabundas, nem é canal de noticias uteis, tirante a dos hoteis infamados de persevejos; não é pois cano, nem cabal; mas é canudo, porque custa sete tostões; e — vá de calão — como troça e bexiga, é caro.”

Inocêncio. XVIII, 144. “A questão Rattazzi: esteve por differentes vezes em Portugal uma dama estrangeira, de origem italiana ou ingleza, que se apresentou com o titulo de Princeza Rattazzi dizendo-se aparentada com a familia Imperial Bonaparte, o que, aliás, segundo consta de informações notorias, as auctoridades francezas não permittiam officialmente. algumas folhas francezas, hespanholas e italianas tinham falado d"ella a proposito de seus escriptos dados ao prelo, dos seus consorcios e de varios incidentes da sua vida aventurosa. Da ultima vez que se demorou em Lisboa, por 1879, lembrou-se ella de escrever um livro de viagem acerca de Portugal: mas, ou por falta de estudo, ou por leviandade, acreditando em esclarecimentos ministrados por pessoas de sua intimidade e de acanhada consciencia quanto aos factos que inculcaram, o certo e que fizeram cair Maria Rattazi em dislates e erros gravissimos, como lhe foi demonstrado. O seu livro, pois, deu margem larga e extensa á publicacão de outras obras de refutação aspera, em que a auctora, apesar do sexo, da idade, do nome aristocratico e da fama de que se fazia cercar, e em que desejava escudár-se, padecem duros ataques, sendo os mais vivos, mordazes e acerados os que lhe vibraram sem piedade Camillo Castello Branco e Urbano de Castro, que assignava os seus escriptos sob o pseudonymo chá-ri-vá-ri. Estas controversias e criticas tomaram o caràcter de verdadeiro escandalo litterario e foram só é alastrando pela imprensa de todas as cidades, em artigos soltos, em folhetins e em correspondencias”.

Preço:90,00€

Referência:15040
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:POEMAS
Descrição:

(Casa Minerva), Coimbra, 1954. In-4º de 230-(1) págs. Brochado. Belíssima capa de brochura ilustrada por Ruy de Oliveira Santos. Muito raros picos de humidade nas primeiras páginas e com miolo impecável. Insignificantes cortes marginais na capa anterior.

Valorizado por ostentar uma excelente, poética e muito sentida dedicatória autógrafa a João Villaret, datada de Junho de 1954.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro que constitui a estreia literária do autor.

Observações:

Bernardo Santareno (1920-1980) é pseudónimo literário de António Martinho do Rosário, escritor e dramaturgo antifascista, vítima da feroz repressão da ditadura sobre a produção intelectual e nunca se amedrontou. Teve, por várias vezes, problemas com o regime, tendo a sua peça A Promessa sido retirada de cena após a estreia, por pressão da Igreja Católica. O título que se apresenta constitui a sua estreia literária dos três únicos livros de poesia publicados, onde se enunciam alguns temas e motivos dominantes da sua obra dramática: a reivindicação feroz do direito à diferença e do respeito pela liberdade e a dignidade do homem face a todas as formas de opressão, a luta contra todo o tipo de discriminação, política, racial, económica, sexual ou outra. Dedica-se depois do seu terceiro e último livro de poesia A Morte da Serpente (1957) e do de ficção Nos Mares do Fim do Mundo (1959) em exclusivo à dramaturgia, sendo considerado então, e por muitos, o mais pujante e maior dramaturgo português do século XX.

Preço:170,00€

Referência:15038
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:GAVETA DE NUVENS
Descrição:

Diabril Editora, Lisboa, 1975. In-8.º de 238-(2) págs. Brochado, impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Do Intróito, na página 7, o autor d'a-nos a ler o seguinte:

" (...) Após uma decisiva prova de marginalidade como cônsul, entreguei-me ao jornalismo ou, com mais exatidão, a colaborar em jornais e revistas (com três ou quatro artigos por semana), onde aprendi a alinhar prosas com tanta facilidade de caneta a deslizar no papel que, a certa altura, quando reparei nessa virtude de ofício, desmaiei de terror. E tratei logo de praticar com afinco a ginástica da Dificuldade. Isto impedir que as palavras corressem em forma de fonte óbvia, não me importar de perder tempo, cinco, dez, vinte minutos para desencantar o adjetivo justo, substituir lugares-comuns já muito cocados por novos lugares-comuns, semear obstáculos de propósito, antes de principiar a escrever. Como, por exemplo, dizer de mim para mim: hoje durante seis linguados não empregarei uma única vez os verbos ser, ter, haver, fazer, etc. ..."

Preço:23,00€

Referência:15037
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:BELKISS, RAINHA DE SABÁ D'AXUM E DO HYMIAR
Descrição:

Typographia F. França Amado, Coimbra, 1894. In-8.º de 204-(2) págs. Brochado. Nítida impressão com recurso a duas cores, negro e vermelho, sobre papel de qualidade superior, em linho. Capas de brochura com fortes sinais de manuseamento, etiqueta de ordem de biblioteca privada e capa posterior com trabalho de lepismatídeos. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. A necessitar de uma encadernação.

PRIMEIRA EDIÇÃO, rara.

Observações:

Este texto, baseado na narrativa bíblica sobre a Rainha de Sabá, introduziu o simbolismo no teatro português, ao lado de O Pântano, de D. João da Câmara. De grande sucesso no estarngeiro, a obra foi publicada entre diversas línguas logo a seguir à edição original portuguesa, tendo sido só reeditado entre nós em 1910 e novamente em 1927, aquando das obras completas revistas pelo poeta.

Obra produzida numa fase de anos vertiginosos em que a produção de Eugénio de Castro, na opinião do estudiosos José Carlos Seabra Pereira, está longe de se circunscrever a modalidades discursivas de agitador cultural, " ... desmultiplicando-se antes em sondagens surpreendentes de novos domínios de inovação literária e promissoras tentativas de outros tipos de escrita sempre sob o signo da «modernidade» ...".

Preço:85,00€

Referência:15036
Autor:BRITO, Raquel Soeiro de
Título:GOA E AS PRAÇAS DO NORTE
Descrição:

Junta de Investigações do Ultramar, Lisboa,  1966. In-8º de  197-(128) pags. Encadernação editorial cartonada preservando sobrecapa de protecção. Profusamente ilustrado ao longo do texto e em extra-texto com fotografias a preto e branco, assim como a  cores, com mapas desdobráveis (geográficos, políticos, demográficos) com a ocupação do solo, nos territórios em geral.

Observações:

Obra bastante detalhada sobre o trabalho de campo realizado, entre 1955 e 1956, sob a direcção de Orlando Ribeiro, ao serviço da Missão de Geografia da Índia.
Goa e as Praças do Norte é uma narrativa científica da geografia colonial portuguesa que recorre à análise dos  contextos institucionais, intelectuais e sociais não só do povo em questão mas também dos seus colonizadores.
A autora faz uma descrição pormenorizada dos modos de vida da Índia Portuguesa estruturando a sua obra na história e na descrição dos aspectos físicos e humanos.

 

Preço:55,00€

Referência:15035
Autor:GALVÃO, Henrique
Título:ALBUM FOTOGRÁFICO DA 1ª EXPOSIÇÃO COLONIAL PORTUGUESA
Descrição:

Litografia Nacional do Porto, (1934). In-8º oblongo de 101 folhas impressas de um só lado, a sépia, com um texto introdutório de Henrique Galvão. Brochado. Os 101 Clichés Fotográficos são da autoria de (Domingos) Alvão.

Observações:

" ... A Exposição Colonial de 1934 enquadra-se no âmbito de uma fotografia propagandista. Esta fotorreportagem retrata um acontecimento – a I Exposição Colonial Portuguesa – e é esse o acontecimento, sobre o qual reside quase todo o interesse, que dita o desenrolar do processo fotográfico.

A Exposição Colonial de 1934 enquadra-se no âmbito de uma fotografia propagandista. Esta fotorreportagem retrata um acontecimento – a I Exposição Colonial Portuguesa – e é esse o acontecimento, sobre o qual reside quase todo o interesse, que dita o desenrolar do processo fotográfico. Assim que enunciada a intenção de “primeira lição de colonialismo dada ao povo português”, a Fotografia Alvão solicita à organização a exclusivo de todo o levantamento fotográfico da I Exposição Colonial Portuguesa, desde a sua abertura (16 de julho de 1934) até ao seu encerramento (30 de setembro de 1934), comprometendo-se a entregar uma coleção de fotografias executadas durante a mesma. A resposta foi positiva e Alvão tornou-se o fotógrafo oficial e exclusivo de toda a exposição. Deste levantamento fotográfico resultou o Álbum Fotográfico da 1ª Exposição Colonial Portuguesa, composto por 101 fotografias. Disposta tanto pelos jardins como pelo Palácio, propriamente dito, a Exposição Colonial contava com inúmeras atrações para os seus visitantes: nos jardins, estavam representadas várias cidades natais com indígenas oriundos das várias colónias portuguesas, existiam, ainda, stands comerciais, restaurantes, reproduções de monumentos célebres, um parque zoológico, “Luna Park” com inúmeras atrações que podiam ser vistas a bordo do “Comboio Colonial” ou do teleférico; já no interior do Palácio estavam representados os organismos oficiais, as empresas e as atividades coloniais e metropolitanas (...)

O álbum de Alvão foi considerado um resumo significativo do trabalho desenvolvido aquando da exposição e foi um dos trabalhos que lhe conferiu maior notoriedade. Devido ao forte cariz político e propagandista da Exposição Colonial, as fotografias de Alvão tornaram-se num elemento ativo na construção de uma mensagem política e correram não só por todos os jornais que iam noticiando os eventos mais marcantes, mas também nos guias e catálogos oficiais. ..." (Fotojornalismo 13)

Preço:200,00€

Referência:15034
Autor:SARAIVA, António José
Título:PARA A HISTÓRIA DA CULTURA EM PORTUGAL
Descrição:

Publicações Europa-América, Porto, 1969. In. 8.º de dois volumes com 281-(3) e 364-(2) páginas respectivamente. Brochado. Vestígios acidificados provocados pela acção prolongada de fita goma antiga. Bons exemplares, muito bem conservados.

Observações:

"Um dos livros mais justamente célebres de António José Saraiva e um conjunto de ensaios que se notabilizaram pela serenidade dos juízos críticos, pela isenção da doutrina e pelo rigor da informação. (...) obra em dois volumes de inexcedível projecção, é uma verdadeira revisão dos pontos de vista fundamentais da cultura portuguesa. Este livro de ensaios é obra informativa e formativa, enunciadora de problemas e reveladora de pistas, é um itinerário de trabalho. Livro de história? Livro de um historiador da cultura, apaixonado pelos problemas do passado e interessado nos problemas do presente. Livro de um homem que sabe que a inteligência da história ajuda a construir o futuro.

Da «evolução do teatro de Garreit» à «expressão lírica do amor» na poesia de Garrett; de «Júlio Dinis e a sua época» a Herculano e o problema da «propriedade literárária»; de Eça de Queirós a Fernão Mendes Pinto; de «as duas máscaras de Luís de Camões» a «Correia Garção e a Arcádia Lusitana»: da concepção nacional da história de Fernão Lopes à concepção planetária da história de João de Barros; de Gil Vicente a Bertolt Brecht, António José Saraiva patenteia ao leitor a rosa-dos-ventos das suas inquietações, desvenda a problemática que o preocupa e absorve ..." (nota editorial publicada nos volumes).

 

Preço:25,00€

Referência:15033
Autor:CARNEIRO, Álvaro
Título:A MÚSICAEM BRAGA biografias de artistas que nesta cidade se distinguiram como profissionais ou amadores
Descrição:

Escola Tipográfica das oficinas de s. José, Braga, 1959. In-4º de 462 págs. Brochado. Capas um bocado empoeiradas. Profusamente ilustrado ao longo do texto. Separata de "THEOLOGICA".
RARO.

Observações:

Monografia muito exaustiva sobre os músicos profissionais ou amadores da cidade de Braga, organizada alfabeticamente.

Preço:40,00€

Referência:15032
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:JESUS E PAN
Descrição:

Livraria Editora José Figueirinhas Junior, Porto, 1903. In-8º de 67-(1)págs. Brochado. Belíssima capa de brochura e de original concepção gráfica ao gosto arte nova, com alguns elementos florais. Lombada a precisar de restauro. Com os cadernos por abrir. Lombada fragilizada e com restauros à cabeça e pé.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Um dos primeiros livros do autor e onde aborda o Cristianismo e o Paganismo.

Ó tristeza do mundo em tardes outomnaes!
Longinqua dôr beijando-nos o rôsto…
Crepusculo esfumado em intimo desgôsto,
Bôca da noite acêsa em frios ais…
Aparição soturna, vaga imagem
Do mêdo e do misterio…
Que solidão escura na paisagem!
Tem phantasmas e cruzes,
Tem ciprestes ao vento e moribundas luzes,
Como se fosse um grande cemiterio.

Preço:80,00€

Referência:15030
Autor:TRIGUEIROS, Joze Felisberto da Silva
Título:A VERDADE DA RELIGIÃO CHRISTÃ provada pela imencivel paciencia de seus martyres nos seculos da primitiva Igreja por ...
Descrição:

Typografia Silviana, Lisboa, 1825. In-8º de X-234 págs. Encadernação coeva inteira de pele mosqueada com dourados em casas abertas e rótulo vermelho gravado com dizeres, também dourados na lombada. Papel manetndo a sonoridade original. Nítida edição bem cuidada e de magnífica impressão. Ex-libris no verso da pasta anterior. BOM EXEMPLAR. INVULGAR.

Observações:

JOSÉ FELISBERTO DA SILVA TRIGUEIROS (1767-1845), nasceu em Torres Vedras veio a falecer a 24-X-1845 em Lisboa. Foi guarda-livros, contador e inquiridor da Alfândega Grande de Lisboa, da qual foi demitido a 14-IX-1833 depois de aí servir por muitos anos, ficando sem qualquer pensão ou subsídio.  A data da sua demissão, pouco tempo depois dos liberais terem ocupado a capital, indicia-nos que teria sido um simpatizante da causa miguelista. Este que se apresenta, foi o único livro que escreveu. Casou a 11-II-1790 na Igreja de São Mamede, em Lisboa, com D. MARIA INÁCIA SOARES DE AVELAR, natural da freguesia da Encarnação, em Lisboa, filha de Bernardo Soares de Avelar e de sua mulher D. Inácia Teresa Soares Rufina.

Preço:55,00€
página 1 de 4