Referência: | 14124 |
Autor: | ANDRADE, José Ignácio de |
Título: | CARTAS ESCRIPTAS DA ÍNDIA E DA CHINA nos anos de 1815 a 1835 por ... a sua mulher D. Maria Gertrudes de Andrade. Segunda edição. |
Descrição: | Tomo I (e II). Na Imprensa Nacional. Lisboa. 1847. In 8º de 2 volumes com (22) - 245 - (3) e (10) - 235 - (8) págs. respectivamente. Encadernação coeva meia inglesa com elaborados ferros gravados a ouro na lombada de pele, esta com ligeiros e insignificantes defeitos acentuados no primeiro volume. Cantos do primeiro volume com ligeiro sinais de manuseamento descuidado. Miolo impecável, muito limpo com rarísimos picos de acidez. |
Observações: | 2ª EDIÇÂO. Frei Francisco de S. Luis (Cardeal Saraiva) refere que o autor nos deu a conhecer “... os costumes, as leis, o génio e o singular caracter do grande Império da China, fazendo justiça ao espirito, e ao valor dos antigos portuguezes ...”. É de facto notável o desenvolvimento dado pelo o autor aos curiosos costumes orientais, bem como á história da presença dos portugueses por aquelas paragens. Ilustrado com doze belos retratos litográficos, de sua mulher, de Domingos António de Sequeira, de Rodrigo Ferreira da Costa e de importantes personagens chineses. |
Preço: | 175,00€ |
Referência: | 14142 |
Autor: | Autoria diversa |
Título: | VESTIRAM-SE OS POETAS DE SOLDADOS - Canto da pátria em guerra |
Descrição: | Cidadela, 1973. In-8.º oblongo de 55 págs. Br. |
Observações: | Antologia poética da Guerra no Ultramar seleccionada e prefaciada por Rodrigo Emílio. Fez-se esta antologia em homenagem aos combatentes da guerra no Ultramar e ficou concluída em 1 de Junho de 1973, data de abertura do 1º Congresso Nacional dos Combatentes. |
Preço: | 15,00€ |
Referência: | 14133 |
Autor: | COELHO, José |
Título: | MEMÓRIAS DE VISEU (Arredores): I - A Freguesia do Salvador e o extincto Concelho do Barreiro e Notas Toponímicas de Viseu e Concelhos limítrofes - Arqueologia, História, Arte, Geografia, Epigrafia, Heraldica, Genealogia, Bibliografia... |
Descrição: | Edição do Autor, Viseu, 1941.In-8º de 462 págs. Encadernação em sintético falho de capa de brochura. Valorizado por uma dedicatória autógrafa. Profusamente ilustrado com muitas ilustrações (fotografias, desenhos e aguarelas) ao longo do texto e em extra-texto. "Tiragem de 1000 exemplares que vão numerados e rubricados pelo autor." Sendo este o nº 636.
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Observações: | Monografia exaustiva e importante para a zona de Viseu, freguesia do Salvador e o Concelho do Barreiro e notas toponímicas de Viseu e concelhos limítrofes repleta de curiosissimas informações históricas. |
Preço: | 40,00€ |
Referência: | 14118 |
Autor: | COSTA, Afonso |
Título: | DISCURSOS PARLAMENTARES 1900-1901, 1911-1914e 1914-1926 Compilação, prefácio e notas de A. H. de Oliveira Marques |
Descrição: | Publicações Europa América/ Livraria Bertrand, Mem Martins, 1973-1977. Três volumes de in-8º de 617-(4), 679 e 460-(2) págs. Br. Ilustrado em extra-texto. Capa de José Cândido.
COLECÇÃO COMPLETA |
Observações: | Compilação dos discurso proferidos por Afonso Costa nas sessões do Parlamento entre 1900 e 1926. Afonso Costa foi um dos maiores defensores da causa republicana e após a instauração da República foi um dos políticos mais importantes, tendo feito parte do Governo Provisório e de outros governos. Toda a sua actividade parlamentar se baseava na teoria da República como fundamento “obrigando todos a compreender que a República não é apenas uma substituição de fórmulas, mas a substituição de um regime de inutilização do indivíduo, da família e da sociedade, por um regime de trabalho, de moralidade e de progresso”. |
Preço: | 45,00€ |
Referência: | 14151 |
Autor: | DIAS, Saúl |
Título: | SANGUE |
Descrição: | Edições “Ser”. Vila do Conde. (1952). In-8º de 56-(2) págs. Brochado. Desenho de Julio, de página inteira. Rubrica de posse do anterior proprietário, datada de 52. Ligeiros e insignificantes cortes marginais e outros sinais de uso. Capa de brochura posterior com ligeiro restauro. |
Observações: | O poeta e pintor Júlio Maria dos Reis Pereira nasceu e viria a falecer em Vila do Conde. Permaneceu em Vila do Conde até completar o quinto ano do Liceu, curso que terminaria já na cidade do Porto, no Liceu Rodrigues de Freitas. Estudou pintura como aluno voluntário na Escola de Belas‑Artes do Porto durante dois anos, entre 1919 e 1921, e licenciou‑se em Engenharia Civil na Faculdade de Ciências da Universidade também do Porto, já em 1928. Entre 1931 e 1935, exerceu a sua profissão na Câmara Municipal de Vila do Conde e, a partir de Janeiro de 1936, no Ministério das Obras Públicas, em Coimbra, tendo sido transferido no ano seguinte para Évora, onde fixou residência. No Alentejo viria ainda a dedicar-se à olaria tradicional, nos anos de 1963-1964. Do seu casamento com Maria Augusta da Silva Ventura, em 1941, nasceu um filho, José Alberto dos Reis Pereira. Irmão mais novo do escritor José Régio (1901‑1969), com quem colaborou ao longo de toda a vida, Júlio Maria dos Reis Pereira dividiu a sua actividade artística entre a poesia e pintura, produzindo uma obra bifronte com expressão declarada no plano onomástico: Saúl Dias, com acento, foi o pseudónimo escolhido pelo poeta para identificar a sua obra poética; Julio, sem acento, o ortónimo escolhido pelo pintor para assinar a sua obra plástica.
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Preço: | 150,00€ |
Referência: | 14145 |
Autor: | FERREIRA, Vergílio |
Título: | APARIÇÃO |
Descrição: | Portugália Editora, Lisboa, 1959. In-8º de 254-(1) págs. Brochado e com uma pequena rubrica de posse no canto superior esquerdo da folha de rosto. Muito bom exemplar com as capas de brochura perfeitas |
Observações: | PRIMEIRA EDIÇÃO da obra-prima de Virgílio Ferreira, que descende directo de uma linhagem literária existencialista que vai de Albert Camus, André Malraux, Lúcio Cardoso até Sartre, que através de seus escritos literários: romances, peças, novelas e contos; relataram o espanto de existir e viver, o absurdo da condição humana diante da vida e principalmente da morte e a falta de sentido na existência. |
Preço: | 80,00€ |
Referência: | 14143 |
Autor: | FERREIRA, Vergílio |
Título: | VAGÃO J |
Descrição: | Coimbra Editora, Coimbra, 1946. In-8º de 232 págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação, estando apenas a capa muito ligeiramente amarelada, devido à acção do temnpo sobre a qualdiade própria do papel. Nestas condições, RARO. PRIMEIRA EDIÇÃO, apreendido pela PIDE sendo considerada como uma das mais IMPORTANTES OBRAS DO NEO-REALISMO PORTUGUÊS. A lindíssima capa de brochura é desenhada por Victor Palla. Inserido na prestigiada colecção de literatura neo-realista portuguesa Novos Prosadores da Coimbra Editora |
Observações: | Um dos livros de Vergílio Ferreira censurados durante o Estado Novo, sobretudo pela exposição da miséria social e da categorização da sociedade. “Assim, e resumindo, Vagão J gera-se entre dois espaços de ficção: a estrutura social, claustrante, e a estrutura de espanto, que preenche o espaço de alargamento, desclaustrante. O homem e a vida possíveis no primeiro espaço são caraterizados pela linearidade provocada pelo dinheiro, significante aniquilador que abafa todas as outras dimensões possíveis no ímpeto de esmagar. Gera-se assim a claustração para os ricos e para os pobres. Estes últimos, como não têm acesso à parte agradável desse espaço, veem-se privados de uma linguagem ordenada, que hierarquize, compartimentando, a vida. E a partir dessa linguagem cuja sintaxe põe lado a lado vários planos, hierarquizados valorativa e topograficamente no discurso dos ricos, se gera o alargamento em que os contrários se harmonizam e em que a linearidade monótona se quebra em favor da recuperação circular de novas dimensões a partir dos momentos de espanto, que vão enriquecer de novos tons a Harmonia (tal como o canto de Maria do Termo), encontrada numa organização possível dos momentos de espanto – aquilo a que chamei estrutura de espanto.” (Helder Godinho) |
Preço: | 150,00€ |
Referência: | 14141 |
Autor: | FERREIRA, Vergílio |
Título: | MANHÃ SUBMERSA |
Descrição: | Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1954. In-8º de 234-(1) págs. Brochado. Exemplar em "mint-condition", ainda com os cadernos por abrir. As ilustrações são de António Charrua, em linólelo. PRIMEIRA EDIÇÃO. |
Observações: | “... Considerei o terror a nota dominante desta narrativa, terror religioso que se esgota na liturgia dos mortos e se esvanece com a ‘morte’ do Deus do terror. É todo um mundo (o das crenças da infância, de uma fé, aliás bem distorcida, alimentada naqueles terrores da morte e do inferno) que se desmorona, para dar lugar a um mundo marcado de uma visão adulta, mas vazia de Deus...” (Maria Joaquina Nobre Júlio) |
Preço: | 180,00€ |
Referência: | 14140 |
Autor: | FITZLER, M. A. H. |
Título: | O CÊRCO DE COLUMBO últimos dias do domínio português em Ceilão. Rompimento das Hostilidades pelos Holandeses até à rendição de Columbo (1652-1656). |
Descrição: | Imprensa da Universidade, Coimbra, 1928. In-4º de XXV-236-(1) págs. Br. Exemplar com os cadernos inteiramente por abrir. Capas de brochura com ocasionais picos de humidade estando o miolo muito limpo. Inserido na colecção das "Memórias do Instituto de Coimbra" de que apenas se publicou esta obra. RARO. |
Observações: | Obra baseada em relatos e cartas encontradas na Academia das Sciencias, Biblioteca da Ajuda, Nacional de Lisboa, da Torre do Tombo, e do Arquivo Ultramarino pretendendo projectar alguma luz sobre o domínio português em Ceilão. Apresenta no final da obra um conjunto de Apêndices com a descrição da Fortaleza de Columbo e capítulos biográficos de todos os intervenientes da questão. Muito importante e já muito RARO de aparecer no mercado. |
Preço: | 80,00€ |
Referência: | 14137 |
Autor: | JORGE, Lídia |
Título: | O VALE DA PAIXÃO |
Descrição: | Publicações Dom Quixote, lisboa, 1998. In-8º de 241 págs. Brochado, impecávelmente conservado. PRIMEIRA EDIÇÃO |
Observações: | Esta obra obteve váruios prémios literários entre eles o Prémio D. Diniz da Fundação da Casa de Mateus, o Prémio PEN Club Português de Ficção, Prémio Maxima de Literatura, Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa e o Prémio Jean Monet de Littérature Européenne (2000). Este livro, retrata um periodo de cerca de 40 anos, numa família rural algarvia. Toda a acção, gira em torno das lembranças de um dos elementos da família, a filha/sobrinha/neta mais velha, que através dos seus actos, nos dá a conhecer a história do livro. Essa personagem, vai traçar um retrato composto de memórias, centradas noutro personagem principal, "Walter", o filho mais novo do clã Dias. Walter, cedo se torna o filho "rebelde", não querendo trabalhar nos campos com a família, fugindo e desobedecendo ao pai, tendo apenas como paixão desenhar pássaros e como companhia, uma manta de soldado. Numa das suas fugidas, Walter engravida uma rapariga, mas entretanto é enviado para a tropa pelo pai e prefere ir para a Índia cumprir serviço militar do que regressar a casa e casar. Para limpar a honra da família, essa rapariga é casada com o irmão mais velho de Walter, Custódio que é igualmente o braço direito do pai na gestão da casa, família e negócios. Desde o momento que Walter parte para a Índia inicia uma viagem sem fim, pelo mundo, fazendo disso o seu modo de vida, regressando apenas uma vez a casa. É a partir desse regresso, que a história é contruída, correndo em paralelo a história de Walter, da sua sobrinha (que é mais do que sua sobrinha), e restante clã Dias, cujos filhos aos poucos "fogem" do trabalho do campo, abandonando o pai, emigrando para vários países da América para fazer fortuna. Lídia Jorge, com este livro faz um retrato da vida e costumes de Portugal da década de 50 à de 80, através dos olhos de uma rapariga que cresce nesse periodo, que observa e participa nas mudanças profundas que ocorrem na sua família, e ao mesmo tempo na busca que ela faz ao seu passado, para se poder reconciliar com o presente. O livro tem um linguagem muito íntima, suave e melancólica, é uma história muito bonita que se lê muito bem...".
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Preço: | 15,00€ |
Referência: | 14120 |
Autor: | KEIL, Luis |
Título: | JORGE ÁLVARES O PRIMEIRO PORTUGUÊS QUE FOI À CHINA (1513) |
Descrição: | Instituto Cultural de Macau, Macau, 1990. In-4º de 51 págs. Brochado. Com um prefácio de João de Deus Ramos. Trata-se da reedição do raro opúsculo publicado em 1933 (Lisboa). Edição trilingue |
Observações: | Do prefácio: |
Preço: | 17,00€ |
Referência: | 14122 |
Autor: | MANRIQUE, Sebastião |
Título: | ITINERÁRIO DE SEBASTIÃO MANRIQUE |
Descrição: | Agência Geral das Colónias, Lisboa, 1946. In-8º de 2 volumes com XV-324-429 pags. Brochados. Ilustrados em separaddo sobre papel couché facsímile da edição de 1608 e com um mapa desdobrável da região onde Manrique passou a maior parte do tempo relatado na obra. Ligeiro empoeiramento das capas mas miolo muito limpo. Edição organizada e prefaciada por Luís Silveira. |
Observações: | Frei Sebastião Manrique, natural da cidade do Porto, e foi ermita Augustiniano, professou no convento de Goa no ano de 1604; mandado por Frei Luís Coutinho, provincial da congregação da Índia, no ano de 1628 às missões de Bengala, em cujo ministério consumiu o largo espaço de treze anos; regressou a Roma por terra, onde foi eleito definidor geral, e Procurador Geral da província de Portugal. A curia de Roma transferiu-o para Londres no ano de 1669, em cuja jornada um seu criado o matou com o intento de lhe roubar o dinheiro que levava. Este foi o trágico fim que teve Fr. Sebastião Manrique, digno certamente de outro mais feliz pelas largas peregrinações que fez em obséquio da religião cristã, nos reinos do Pegu, Mogor, Cochinchina (Vietnam), ilha de Macassar, e outros emporios do oriente, cuja memória permanece eternizada em alguns escritores. O Itinerário de Sebastião Manrique, de valor universal, teve uma adaptação romanceada em Inglaterra com grande aceitação. Tomemos como exemplo a epopeia de Sebastião Manrique, frade agostinho, autor do Itinerário, o relato de uma das aventuras mais fascinantes do início da centúria de Seiscentos, obra bem mais conhecida no estrangeiro do que em Portugal. Goa, pela sua importância política e posição geoestratégica, foi, para o monge agostinho, local de diversas passagens e prolongadas estadas. A Companhia de Jesus era então o mais moderno, culto e prestigiado organismo, e, por esse motivo, tinha a seu cargo a administração do afamado hospital local, com tal nível de excelência que muitos o consideravam superior ao Hospital do Espírito Santo, em Roma, ou à Enfermaria dos Cavaleiros de Malta, os dois estabelecimentos de referência naquela época. Diz-nos Sebastião Manrique que na janta, numa ampla sala desse hospital, serviram-lhe coisas agradáveis, “um frango a cada doente”, salientando que os pratos e os copos eram de porcelana Ming, então uma raridade na Europa. Consta que o lorde tesoureiro Burghley, ministro das finanças da Inglaterra, ao deparar com a preciosidade oriental pensou tratarem-se de tijelas, copos e pratos “de porcelana branca guarnecidos a ouro”, desde logo considerando ser essa a prenda ideal de ano novo para à rainha Isabel. Em 1628, Manrique parte de Cochim para Uglim a bordo de um navio mercante, o Santo Agostinho, carregado de búzios, essas grandes conchas usadas como trombetas e (ainda hoje) utilizadas nos templos hindus, e em si um objecto apetecido, susceptível de ser utilizado como prebenda. Se cortados em rodelas, os ditos búzios serviam de adorno às mulheres. Esta pequena achega, aparentemente fora do contexto, serve para demonstrar a diferença do conceito daquilo que é um presente de acordo com as diferentes culturas. Os produtos chineses foram protagonistas na gestação e fortalecimento da feitoria de Uglim, que esteve na origem da metrópole de Calcutá. Relatam-nos as crónicas coevas que, em 1577 o imperador mogol Acbar mandou chamar um mercador e aventureiro de nome Pedro Tavares. O português, previdente, viu uma excelente oportunidade de negócio, e aproveitou-a. Garantiu uma entrega anual de quantos objectos de luxo chineses fossem requeridos, desde que lhe permitissem construir uma cidade importante em Uglim, para residência dos seus compatriotas e dos respectivos padres. Pelo teor da oferta, ficamos com uma vaga ideia de quão significativo era o comércio feito pelos portugueses ao longo da costa da China, duas décadas apenas após a fundação da cidade de Macau. Acbar acedeu face aos desejos de Tavares e logo deu instruções ao vice-rei de Daca, a cuja jurisdição pertencia Uglim, no sentido de conceder todas as facilidades possíveis, não se esquecendo de avisar, simultaneamente, que se houvesse qualquer interrupção nos fornecimentos, o vice-rei naturalmente perderia o seu lugar. Assim, pode-se dizer que foi graças aos presentes chineses transportados pelos portugueses que Uglim singrou muito rapidamente, atraindo pessoas das mais variadas crenças e nações. Também o poderoso Sirisudhammaraja, rei de Arracão (região do actual Myanmar), beneficiou dos presentes oriundos da China. Era dever dos oficiais, em todas estas monarquias, enviarem despachos pelos estrangeiros de elevado estatuto social, especialmente quando estes transportavam presentes para o rei, como era o caso. Manrique, que se fazia acompanhar pelo capitão Gonçalves Tibau – sobrinho do homónimo Sebastião Gonçalves Tibau, misto de aventureiro e pirata, senhor absoluto durante largos anos da ilha de Sundiva, ao largo do actual Bangladesh – tinha dado a conhecer a sua chegada e, como incentivo adicional, mandara “ao governador da província de Perorem” um presente de “quatro tabuleiros chineses cheios de cravos-da-índia, canela, pimento e cardamomo especiarias que no local não podiam obter-se e haviam sido importadas para Djanga pelos navios portugueses que vinham de Java e de Samatra”. Note-se que as ditas prebendas eram servidas, invariavelmente, em tabuleiros de fabrico chinês. Manrique e o companheiro receberiam do governador, como moeda de troca, “cinquenta galinhas, dois gamos, quatro sacos de arroz perfumado, que era uma especialidade de Chebuba, ilha perto da costa, situada ao sul e manteiga, frutas e doces”. Satisfeitos com a retribuição, os viajantes ofereceram ao filho do monarca “doces à moda da Europa, maçapães de formas fantásticas que divertiram o rapaz”. Numa posterior etapa da épica jornada rumo a Mrauk-U, capital do reino, outras ofertas se seguiram, primeiro “a um inspector” e, posteriormente, “a um almirante”. Consistiam “em quatro tabuleiros dourados cheios de especiarias e mais outro com três peças de seda chinesa, duas de cetim e uma de veludo, tendo cada uma peça de largura bastante para uma saia”. Também neste caso, antes foi aberto o caminho com a oferta de maçapães, certamente para lhes adoçar a boca. Diz-nos Manrique que o capitão Tibao fez sinal aos criados “para trazerem doces e bolos, os maçapães que tão apreciados tinham sido em Perorem”. (preciosa informação obtida no Instituto Internacional de Macau) |
Preço: | 45,00€ |
Referência: | 14126 |
Autor: | OLIVEIRA, (Francisco Xavier de Oliveira) - Cavaleiro de |
Título: | CARTAS INÉDITAS ( 1739 – 1741 ) |
Descrição: | Publicadas por A. Gonçalves Rodrigues, Coimbra, 1942. In 8º de VIII-326-{2} págs. Encadernação meia inglesa com cantos e lombada em pele. Conserva capas de brochura. Exemplar em excelente estado de conservação. |
Observações: | O autor nasceu em 21 de Maio de 1702, na cidade de Lisboa e veio a morrer em Hackney a 18 de Outubro de 1783. Fidalgo da Casa Real exerceu o lugar de Oficial do Tribunal de Contas e nomeado, por morte de seu pai, secretário do Conde de Tarouca, nosso embaixador em Áustria. |
Preço: | 40,00€ |
Referência: | 14129 |
Autor: | PIMENTEL, Luis Serrão |
Título: | PRATICA DA ARTE DE NAVEGAR - 2ª edição. |
Descrição: | Agência Geral do Ultramar, Lisboa, 1960. In-8º de XI-194-(1) págs. Brochado (com ligeiro corte no canto inferior direito, sem prejuizo algum da estrutura da capa). Miolo muito limpo sem qualquer defeito que se possa apontar. |
Observações: | Prefácio de A. Fountoura da Costa. Edição Comemorativa do V Centenário do Infante D. Henrique. Ricamente ilustrado no texto com reproduções de esquemas trigonométricos de esferas e tabuadas de declinações solares, de que é autor de dois processos de cáculo, instrumentos de medição e assim como, em extra-texto, reproduções coloridas dos mapas de praças contidos no códice original. Publicação da obra manuscrita, em 1673, por um aluno do oitavo cosmógrafo-mor de Portugal - Luís Serrão Pimentel (1613-1679) - coligindo as lições do mestre e ilustrando com 15 mapas coloridos com os principais portos da costa portuguesa e das suas colónias. O final da obra apresenta um conunto de Roteiros relacionados com o Cabo Finisterra até Cadiz, Cabo Espartel e costa da Barbaria, Roteiro de Portugal para o Brasil (Pernambuco, Porto Seguro, Fernando de Noronha, Baixos de São Roque, Pedra Furada, etc...). Depois de ter cursado Humanidades no colégio da Companhia de Jesus, Luís Serrão Pimentel seguiu a carreira militar, embarcando na nau Nossa Senhora do Rosário para a Índia em 1631. Não chegou, no entanto, ao destino, ficando-se por Pernambuco. Depois dessa viagem aplicou-se ao estudo das Matemáticas, Cosmografia e Arte de Navegar, tendo chegado ao cargo de Cosmógrafo-mór do reino em 1641. Este precioso manuscrito é uma compilação das aulas do Cosmógrafo na Escola de Pilotos que um seu discípulo coligiu e ilustrou. |
Preço: | 45,00€ |
Referência: | 14150 |
Autor: | TORGA, Miguel |
Título: | MONTANHA. Contos de ... |
Descrição: | Coimbra.1941. In-8º de (6)-181-(1) págs. Brochado. Exemplar em magnífico estado de conservação, quase "mint-condition" não fosse o ligeiro e insignificante amarelecimento marginal das capas de brochura. Miolo imaculado, muito limpo e fresco. PRIMEIRA EDIÇÃO desta apreciadíssima e rara obra apreendida pela PIDE aquando a sua distribuição. O bom estado de conservação aliado à raridade da obra tornam esta espécie bibliográfica extremamente rara e PEÇA DE COLECÇÃO.
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Observações: | Montanha publicado em 1941, foi logo apreendido pela polícia política. Em carta de Abril desse ano, Vitorino Nemésio, solidarizando-se com o amigo, escreveu a propósito dessa apreensão: «Acho a coisa tão estranha e arbitrária que não encontro palavras. De resto, para quê palavras se nelas é que está o crime?». É um livro composto por 23 contos, que descrevem e demonstram os comportamentos, as emoções e as gentes de uma aldeia trasnmontana durante o regime ditatorial fascista de Salazar. Neste ano, Torga publica diversos livros: o volume primeiro do Diário, o volume de teatro Terra Firme-Mar e um de contos Montanha. Em 1955, o autor faz uma edição (a segunda) no Rio de Janeiro, com o título Contos da Montanha, que circula clandestinamente em Portugal.
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Preço: | 275,00€ |