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Livros do mês: Março 2024
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Descobrimentos

Foram localizados 82 resultados para: Descobrimentos

 

Referência:14937
Autor:AAVV
Título:OS JUDEUS PORTUGUESES ENTRE OS DESCOBRIMENTOS E A DIÁSPORA.
Descrição:

Associação Portuguesa de Estudos Judaicos - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1994. In-4º de 329-(2) págs. Brochado.

Observações:

Catálogo da exposição realizada por ocasião do evento cultural Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura e por iniciativa da Embaixada de Israel em Portugal. Com o objetivo de relatar a história dos judeus portugueses entre a época dos Descobrimentos e a sua diáspora, a mostra apresentou diversos documentos originais e vestígios da presença judaica portuguesa pelo mundo, aqui reproduzidos em larga escala.

Preço:45,00€

Referência:14736
Autor:AAVV
Título:ONDE NASCE O SÂNDALO. Os Portugueses em Timor nos séculos XVI e XVII
Descrição:

Grupo de tarbalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, 1995. In-4º de 223 págs. Brochado.

Observações:

Encerra colaboração valiosa de diversos especialistas e historiadores e ilustrado no final com motivos artísticos timorenses.

Preço:25,00€

Referência:12630
Autor:ALVES, Frederico
Título:ROMANCE DA CONQUISTA DA GUINÉ adaptação para rapazes, da "Crónica do descobrimento e conquista da Guiné" por Gomes Eanes da Zurara, clássico português do século XV
Descrição:

Agencia Geral das Colónias, Lisboa, 1944.In-4º de XI-124-(2) págs. Br.

Observações:

Adaptação para rapazes da Crónica do descobrimento e conquista da Guiné por Gomes Eanes da Zurara. Tem uma introdução histórica de 11 páginas e faz também uma referência a ter a sua publicação sido "autorizada por despacho de S. Exa. o Ministro das Colónias, de 12 de Março de 1943".

“Os rapazes mostram, em geral, relutância pelas obras antigas. O jovem estudante (mesmo estudioso), de quinze, dezasseis, dezassete anos, fatigar-se-á, porventura, através das páginas quantas vezes deliciosas – mas para ele menos interessantes – de qualquer clássico.
Estes oferecem, na verdade, enigmas complicados; às vezes, mesmo, enigmas insolúveis, e, quando tal não aconteça, a linguagem que nós achamos tão bela, tão expressiva, tão rica, tão profunda, acham-na eles (…) Tentei dar aos rapazes uma Crónica da Guiné que seja como um texto antigo a vir ao encontro do adolescente moderno.
A Guiné, de que trata a crónica de Zurara, não equivale, apenas, à moderna Guiné portuguesa. Refere-se a um território muito mais vasto que se estendia ao longo da costa atlântica da África. Os heróis desta verídica história movem-se e atuam numa extensão que vai desde os Açores ao Cabo da Boa Esperança. Porém, insistem, numa faixa de costa mais reduzida, que termina, aproximadamente, por alturas do grande rio Níger.
Junto da Guiné vinha confundir-se a Etiópia, designação vaga dada a um território do Sul do Egipto que morria na costa do Atlântico”.

Preço:18,00€

Referência:12936
Autor:BENSAÚDE, Joaquim
Título:LES LÉGENDES ALLEMANDES SUR L'HISTOIRE DES DÉCOUVERTES MARITIMES PORTUGAISES. Réponse a M. Hermann Wagner, Professeur à l'Université de Göttingue.
Descrição:

Imprimerie A. Kundig, Genève, 1917-1920.in-8º de  122-(13) págs. Br. Capas de brochura empoeiradas. apenas o primeiro volume. Obra em língua francesa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Obra escrita em reacção àquilo que considerava "as espoliações alemãs das glórias nacionais" portuguesas ou seja, a  tese de Alexander von Humboldt, amplamente aceite pela intelectualidade alemã, segundo a qual a náutica dos descobrimentos marítimos tinha tido a sua origem na Alemanha, em particular nos trabalhos de Johannes Müller von Königsberg que teriam sido trazidos para Portugal por alguns humanistas.

Preço:39,00€

Referência:12299
Autor:BENSAÚDE, Joaquim
Título:A CRUZADA DO INFANTE D. HENRIQUE
Descrição:

Agência-Geral do Ultramar. Lisboa. 1960. in-8º de 131-(3) págs. Br. Edição comemorativa do V Centenário da morte do Infante D. Henrique.

Observações:

Obra muito importante de "um dos mestres a quem se deve a renovação dos estudos sôbre as origens da ciência náutica e a história dos descobrimentos".

Do índice:

I - Introdução (Junho, 1942) - Astronomia peninsular na Idade Média; O plano das Índias; As críticas; Documentos nos Arquivos do Vaticano; Documentos existentes na Biblioteca de Florença; II - O plano da Índias (Conferência na Exposição de Sevilha — 1930; III - Resposta ao artigo do Dr. Duarte Leite (2 cartas — 1930); IV - As dificuldades financeiras dos descobrimentos do Infante (Agosto, 1942).

Preço:24,00€

Referência:12325
Autor:BRAZÃO, Eduardo
Título:OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES NAS HISTÓRIAS DO CANADÁ
Descrição:

Agência Geral do Ultramar, Lisboa, 1969. In-8º de 341-(1) págs. Br.

 

Primeira edição.

Observações:

Esta obra "tem por fim explicar o que supomos serem os motivos que levaram os historiadores antigos deste país a diminuir ou a desconhecer a obra dos portugueses no Noroeste Atlântico."

Preço:18,00€

Referência:13952
Autor:BROCHADO, Costa
Título:O PILOTO ÁRABE DE VASCO DA GAMA
Descrição:

Comissão Executiva das Comemorações dos Quinto Centenário da Morte do Infante D. Henrique, Lisboa, 1959. In. 8.º de 130 págs. Br. Ocasionais picos de acidez nas capas de brochura. Miolo muito limpo.

Observações:

Obra bastante interessante sobre Ibn Madjid "para sempre ligado à História de Portugal, através do descobrimento do caminho marítimo para a Índia".

Preço:18,00€

Referência:14019
Autor:CALDAS, Pereira
Título:ALVARO DE BRAGA E NÃO ALVARO VELHO como auctor plausivel do Roteiro da viagem que em descobrimento da India, pelo Cabo da Boa-Esperança fizera Vasco da Gama em 1497, segundo um manuscripto coetaneo existente na Bibliotheca Publica do Porto ...
Descrição:

Typographia e Papelaria Costa Braga & C.a,Braga, 1898. In-8º de 45 págs.Br. Capas de brochura empoeiradas e miolo com picos de acidez. Valorizado pela dedicatória e carimbo pessoal do autor. Marcas de carimbo a óleo. "Tiragem limitada em papel escolhido".

INVULGAR.

Observações:

Opúsculo sobre a autoria do roteiro da Viagem de vasco da Gama à Índia, argumentando que seria Álvaro de Braga e não Álvaro Velho o seu autor.

Preço:24,00€

Referência:15154
Autor:CANDIDO, Antonio
Título:DISCURSO proferido no Theatro de S. João da cidade do Porto na noite de 19 de Maio de 1900.
Descrição:

Typographia do "Commercio do Porto", Porto, 1900. In-4º de 33 páginas. Encadernação inteira em fino chagrin verde escuro com dizeres dourados na pasta anterior. Conserva o retrato do autor.
Nítida impressão sobre papel encorpado de qualidade superior. Conserva capas de brochura.

INVULGAR.

Observações:

Discurso proferido por ocasião do 4º Centenário do Descobrimento do Brasil, que segundo uma comissão de ilustres de Amarante, foi-lhe pedido a publicação do presente discurso para que o produto da venda do livro revertesse a favor do Hospital da Misericordia de Amarante, lista de pessoas essa transcrita no final do Preâmbulo: Miguel Pinto Martins, José Monteiro da Silva, visconde de Alvellos, António Pereira Pinto Carvalhal, Francisco Cardoso, Miguel Augusto de Faria Mascarenhas, Augusto Vicente da Cunha Brochado e Joaquim Leite do Carvalho

Preço:42,00€

Referência:15111
Autor:CORDEIRO, Luciano
Título:DESCOBERTAS E DESCOBRIDORES - DE COMO E QUANDO FOI FEITO CONDE VASCO DA GAMA
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1892. In-8.º de 43 págs. Cartonado com rótulo azul, com dizeres dourados, na pasta. Ilustrado com dois grandes desdobráveis reporduzindo facsimiles de assinaturas. Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Conserva capa de brochura posterior.

Observações:

Na introdução: "... tão banal e insignificativa como a jovial manipulação da «grandeza do reino», na monarchia moderna, quanto importa e interessa á integridade historica de um vulto e de um nome da craveira de Vasco da Gama não púde ser rasoavelmente desdenhado, tanto mais que estas cousas, hoje consideradas pequenas, perdido o seu senso crítico, se correlacionam e ligam, intimamente, ás vezes, á compreensão dos homens e dos sucessos do tempo em que tinham, ainda, esse sentido. Aragão não precisou a data em que Vasco da Gama foi feito conde da Vidigueira, porque, como honestamente diz, encontrando diversamente indicada essa data em varios escriptos, não encontrou o diploma ou, melhor, o seu registo no Archivo Nacional. Esse diploma apareceu recentemente ! ..."

Preço:30,00€

Referência:15114
Autor:CORRÊA, Marques de Jacome
Título:HISTORIA DA DESCOBERTA DAS ILHAS
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1926. In-8º de (4)-220-(3). Brohcado. Exemplar muito estimado e em muito bom estado de conservação.

Observações:

Estudo histórico de elevado interesse para a determinação do que poderiam ter sido as causas e factores influenciadores na descoberta das ilhas colonizadas pelos portugueses. Dos capítulos, descrevem-se os seguintes: I - Portugal e a organisação social feudataria no principio do seculo XV; II - Os Infantes; III - Portugal e a Política Europeia; IV - As Explorações Marítimas; V - A navegação portugueza antes e depois das descobertas; VI - O conhecimento dos antigos do mundo habitado; VII - O conhecimento que tinham os arabes, do Mundo; VIII - Os propagadores da sciencia antiga na Edade Media; IX - A sciencia na Italia na Edade Media; X - A política externa portugueza no reinado de D. Affonso IV; XI - As Ilhas Athlanticas nas cartas da Edade Media; XII - A Influencia Ingleza nas Descobertas Portuguezas; XIII - A Colonisação das Ilhas; XIV - Frei Gonçalo Velho, o Descobridor dos Açores.

Marquez de Jacome Corrêa (1882-1932) foi grande proprietário, sucedendo nos vastos domínios de sua casa, e adido à embaixada de Portugal em Londres. Ficou conhecido o Marquês como grande filantropo, nomeadamente pelos seus frequentes actos de grande benemerência, aliás á semelhança de seu pai. Ficou Aires Jácome Correia conhecido por ter publicado vários estudos históricos sobre a ilha de S. Miguel.

Preço:35,00€

Referência:13410
Autor:DIAS, J. S. da Silva
Título:OS DESCOBRIMENTOS E A PROBLEMÁTICA CULTURAL DO SÉCULO XVI
Descrição:

Seminário de Cultura Portuguesa. Universidade de Coimbra, Coimbra, 1973. In-4º de 411 págs. Br. Com alguns sublinhados a caneta numa das páginas.

Observações:

Obra sobre a problemática cultural durante os Descobrimentos e onde o autor abordou a visão europeia e portuguesa sobre os povos de outros continentes, formada a partir das descobertas, que influenciou a prática da escravatura e também o impacto do Humanismo enquanto mentalidade típica de uma época não só na producção literária mas também em matérias diversas como  a acção missionária.

Preço:30,00€

Referência:14140
Autor:FITZLER, M. A. H.
Título:O CÊRCO DE COLUMBO últimos dias do domínio português em Ceilão. Rompimento das Hostilidades pelos Holandeses até à rendição de Columbo (1652-1656).
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1928. In-4º de XXV-236-(1) págs. Br. Exemplar com os cadernos inteiramente por abrir. Capas de brochura com ocasionais picos de humidade estando o miolo muito limpo. Inserido na colecção das "Memórias do Instituto de Coimbra" de que apenas se publicou esta obra. RARO.

"... Actual Sri Lanka, ilha no Oceano Índico conhecida também por Taprobana (tradição greco-latina), Serendib (trad. árabe) e Hsi-lan (trad. chinesa). Os primeiros contactos com os portugueses deram-se em Setembro de 1506 com a chegada de Dom Lourenço de Almeida a Columbo, e uma possível arribada a Galle. A hipótese de esta viagem ter ocorrido em 1505 (Castanheda) está hoje posta de lado. Uma viagem de João da Nova em 1501, embora plausível (cf. Bouchon), não se encontra documentada. Ceilão ocupou uma posição semi-periférica no sistema português do Índico. País exportador de canela, elefantes, areca e pedras preciosas, exerceu sobre os portugueses uma forte atracção comercial desde 1506, ano em que se estabeleceram relações amistosas com o rei de Kotte, Dharma Parakramabahu IX (r. 1489-1513). Os soberanos budistas de Kotte interessaram-se pelos portugueses enquanto comerciantes, mas também na sua função militar, desenvolvendo desde cedo esforços para atrair as forças do Estado da Índia ou mais genericamente soldados portugueses à ilha com vista à sua participação em conflitos locais e nas guardas palacianas. Em 1518 foi estabelecida, por ordem de D. Manuel e no seguimento de um pedido do rei de Kotte Vijayabahu VI (1513-21) uma primeira fortaleza portuguesa em Columbo. Por consequência de um conflito surgido nesta ocasião, o rei cingalês foi feito vassalo da coroa portuguesa, passando a pagar páreas anuais de canela num regime tributário formalizado. A fortaleza seria porém abandonada em 1524, devido à incapacidade que ambas as partes revelaram em coordenar o pagamento de tributos por parte de Kotte com as contrapartidas militares do lado português.

Nas décadas de 1520 e 1530, as relações portuguesas com Ceilão passaram por contactos diplomáticos esporádicos e pela consolidação de uma comunidade de algumas dezenas de indivíduos portugueses no reino de Kotte. Sob pressão militar crescente por parte do reino vizinho de Sitawaka, saído de uma partilha no seguimento da morte de Vijayabahu em 1521, Bhuvanekabahu VII (1521-51), rei de Kotte, viu-se compelido em 1533 a assinar um tratado permitindo a transacção da canela, para além das páreas, sob condições muito vantajosas para os portugueses. Em 1542-43 uma embaixada de Kotte a Lisboa reforçou o contrato de vassalagem de 1518, estabeleceu o jovem príncipe Dharmapala como sucessor de Bhuvanekabahu VII, e abriu Ceilão à actividade missionária dos franciscanos capuchos da Província da Piedade (ver artigo Missionação em Ceilão). Durante a década de 1540 intensificou-se o interesse dos portugueses pelos diversos reinos de Ceilão, incluindo Sitawaka, Kandy, Jaffna, as Sete Corlas e os chefados da parte oriental da ilha (Welasa, Bintenna, Batticaloa, Trincomalee). Esboçaram-se então, em Columbo, Cochim e Goa, os primeiros planos para a conquista e a missionação da ilha como um todo, muitas vezes em diálogo com soberanos ou candidatos alternativos aos tronos locais.

Após a morte de Bhuvanekabahu VII em 1551, o vice-rei Afonso de Noronha estabeleceu pessoalmente uma nova guarnição em Columbo, reforçada em 1554, a qual subsistiria até 1656. O despojo do principal templo budista de Kotte, o Templo do Dente de Buda (Dalada Maligawa), por ordem de Noronha, minou porém a legitimidade do novo rei Dharmapala (1551-97), causando uma transferência maciça de lealdades para o rei de Sitawaka, Mayadunne (1521-81). O filho de Mayadunne, Rajasinha I (c.1581-93), viria a ser o principal senhor nas terras baixas anteriormente controladas por Kotte.

Durante as décadas de 1550-80, a presença portuguesa oficial viu-se confinada ao reduzido território remanescente do reino de Kotte, cujo cerco por Sitawaka obrigava a saídas militares sazonais de pequena envergadura com o fim de abastecer a capital de víveres e bens de trato (a corte de Kotte foi transferida para Columbo em 1565). O rei Dharmapala (1551-97) aceitou ser baptizado pelos franciscanos em 1557, tomando por nome Dom João. Em 1580, assinou um testamento em que doava mortis causa o reino de Kotte à coroa portuguesa. Durante a década seguinte surgiram também sinais de um renovado interesse desta última por Ceilão. No entanto, as únicas fortalezas portuguesas na ilha nesta época eram a de Columbo e a de Mannar, estabelecida após a campanha de D. Constantino de Bragança a Jaffna em 1560 com o fim de controlar a navegação no Estreito de Palk e proteger uma incipiente comunidade de cristãos locais.

Foi na década de 1590 que se iniciou a conquista de Ceilão propriamente dita, com ordens explícitas dadas em Lisboa e Madrid. Uma primeira tentativa de controlar o reino de Kandy, colocando no seu trono um cliente cristão, D. Filipe Yamasinha, falhou em 1591. No mesmo ano, porém, André Furtado de Mendonça lograria colocar no trono de Jaffna um rei favorável aos portugueses, Ethirimanna Cinkam (1591-1616), e em 1593 morreria Rajasinha I, rei de Sitawaka e principal inimigo de Kotte, abrindo as portas a novas campanhas militares. No ano seguinte, Pero Lopes de Sousa, primeiro capitão geral da conquista de Ceilão, encarregava-se de conquistar o reino de Kandy e de colocar no seu trono Dona Catarina Kusumasanadevi, irmã de D. Filipe Yamasinha. A expedição acabou no desastre de Danture, fortalecendo a posição de Vimaladharmasuriya, rei budista (1591-1604) que casou com Dona Catarina em Kandy.

A partir de 1594, e até 1612, a capitania geral foi ocupada por Dom Jerónimo de Azevedo. Construíram-se, numa primeira fase, fortes em Ruwanwella, Galle e Uduwara. A morte do rei Dom João em 1597 levou à integração formal do reino de Kotte na Monarquia Católica de Filipe II, encorajando as autoridades a apostar na conquista dos territórios perdidos ao longo do século XVI, e ainda de outros reinos na ilha. Nesse ano, existiam já fortes e fortalezas em Galle, Matara, Kalutara, Negumbo, Chilaw, Gurubewila, Batugedara, Runwanwella e Kurwita/Delgamuwa e Sitawaka, e ainda tranqueiras em Malwana e Kaduwela. Com a conquista dos territórios das Quatro e Sete Corlas, a leste e a norte de Columbo, criaram-se fortes em Menikaddawara, Damunugashima, Mottapuliya, Diyasunnata, Attapitiya, Deewala, Alawwa, Etgaletota, Katugampola e Pentenigoda. O novo sistema de fortificações servia para estabilizar os territórios conquistados e bloquear os acessos a Kandy. Iniciou-se também, nestes anos, a inventariação das terras de Kotte (primeiro registo em 1599 pelo então nomeado vedor da fazenda de Ceilão; tombo extensivo em 1614-17). Quebrou-se, em 1602, o monopólio franciscano sobre as missões de Ceilão, abrindo as portas aos Jesuítas, Agostinhos e Dominicanos. No entanto, uma expedição de Azevedo a Kandy fracassada em 1603 (a “famosa retirada”) levou à desintegração do primeiro sistema de domínio territorial, exigindo a sua reconquista em 1605, enquanto Kandy via a subida ao trono do rei Senarat (1604-35). Nos anos seguintes lançaram-se repetidos ataques contra os territórios de Kandy, mas sem sucesso definitivo. Uma extensa revolta das populações do interior do Sudoeste, sob Nikapitiya Bandara, em meados da década de 1610, acabou por forçar os portugueses e o reino Kandy a um acordo de paz em 1617. Por este tratado, ficou o rei de Kandy vassalo da coroa portuguesa, salvaguardando a sua independência de facto em conformidade com as práticas cingalesas do século anterior.

Impedido de investir na conquista de Kandy, Constantino de Sá de Noronha pacificou entre 1618 e 1621 as terras baixas e enviou uma expedição naval para o Norte sob o comando de Filipe de Oliveira, que logrou anexar o reino de Jaffna ao Estado da Índia em 1619. Após uma capitania inexpressiva de Jorge de Albuquerque (1621-23), Sá de Noronha assumiu novamente o comando de 1623 até à sua morte em 1630. Os anos de 1623-28 viram uma relativa acalmia nas terras de Kotte e Kandy. Como reacção ao aparecimento de holandeses e dinamarqueses na ilha, os portugueses fortificaram Batticaloa e Trincomalee. Procederam também, ao longo da década de 20, à reforma das fortificações de Galle, Malwana, Manikaddawara e Columbo. Criaram-se duas vilas fortificadas para os lascarins, em Peliyagoda e Muleriyawa. Extenderam-se ainda as missões, numa estratégia que acabaria por levar ao alienamento de largas partes da população cingalesa.

Em 1630, Noronha avançou com o grosso das forças portuguesas para o reino de Uva, nas montanhas a Sul de Kandy, acabando cercado e aniquilado no “desastre de Randeniwela”. Em consequência, Columbo sofreu um cerco de 16 meses por parte das tropas do rei de Kandy, que levou a um novo tratado de paz em 1633. Quebrando as pazes em 1638, o geral Diogo de Melo de Castro avançou novamente para as terras altas, sofrendo uma derrota total em Gannoruwa. No mesmo ano, a fortaleza de Batticaloa caía nas mãos dos holandeses, que conquistavam ainda Trincomali (1639), Galle e Negumbo (1640). Negumbo seria recuperada em 1641, mas as tréguas luso-holandesas desse ano complicaram o quadro, onde entre Columbo (portuguesa) e Galle (holandesa) as principais terras produtoras de canela quedavam sob propriedade incerta, levando a vários anos de negociações complexas pontuadas por campanhas militares. A quebra definitiva das tréguas em 1652 preludiou o fim da presença portuguesa na ilha. Em 1655, os holandeses, aliados ao rei de Kandy Rajasinha II (1635-87), cercaram Columbo, que caía em Maio de 1656. Mannar acabou por perder-se em Fevereiro de 1658, e Jaffna em Junho do mesmo ano.

É de notar que durante o período holandês (1658-1796) se produziram na Índia obras portuguesas de relevo sobre a história de Ceilão (Fernão de Queiroz, João Ribeiro). Ao mesmo tempo, reavivaram-se as missões católicas, na clandestinidade, com a entrada em Jaffna do Padre José Vaz, Oratoriano goês, em 1687. A quimera de um regresso das forças do Estado da Índia a Ceilão sobreviveu ao longo de todo o século XVIII, época em que o português crioulo se reforçou na ilha enquanto língua de comunidades cristãs consideradas luso-descendentes ou “portuguesas” (“Portuguese Burghers”), nomeadamente em Columbo, no litoral do Sudoeste da ilha, e em Batticaloa, onde hoje sobrevive.
..." (Autor: Zoltán Biedermann )

Observações:

Obra baseada em relatos e cartas encontradas na Academia das Sciencias, Biblioteca da Ajuda, Nacional de Lisboa, da Torre do Tombo, e do Arquivo Ultramarino pretendendo projectar alguma luz sobre o domínio português em Ceilão. Apresenta no final da obra um conjunto de Apêndices com a descrição da Fortaleza de Columbo e capítulos biográficos de todos os intervenientes da questão. Muito importante e já muito RARO de aparecer no mercado.

 

Preço:80,00€

Referência:13537
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:GAMA poema narrativo
Descrição:

Na Impressão Regia, Lisboa, 1811. In-8.º de XV-266 págs. Encadernação coeva inteira em pele e dizeres a ouro em rótulo de pele vermelha na lombada.

PRIMEIRA E ÚNICA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Primeira versão do poema Oriente de de Agostinho de Macedo onde ele tentou  corrigir aquilo que considerava errado em «Os Lusíadas», de Camões, e de fazer justiça aos heróis que Camões não tinha exaltado.

Inocêncio: “Foi editor o livreiro Desiderio Marques Leitão. - O poema é dedicado a Ricardo Raymundo Nogueira, então membro da regencia do reino: consta de dez cantos, com 787 oitavas, e é precedido de uma de pindarica em louvor de Camões, a qual se não encontra noutra parte. D’este Gama refundido, e accrescentado com dous novos cantos, é que se formou o Oriente.”

Preço:60,00€

Referência:15136
Autor:MARQUES, Alfredo Pinheiro
Título:A MALDIÇÃO DA MEMÓRIA DO INFANTE DOM PEDRO e as origens dos Descobrimentos Portugueses.
Descrição:

Centro de Estudos do Mar, Figueira da Foz, 1994. In-8º de 625 págs. Brochado. Ostenta uma extensa dedicatória autógrafa de página inteira.

Primeira e única edição desta polémica obra, muito bem fundamentada, que deita por terra toda a historiografia até então, tida como válida, e que atribuia autoria dos descobrimentos ao Infante D. Henrique na vez do Infante D. Pedro. Trata-se, segundo o autor, d' O Livro que mudou para sempre a História dos Descobrimentos e a História de Portugal.

Observações:

" ... Em Portugal a opinião pública e a maior parte dos historiadores, nos últimos séculos, têm estado sempre iludidos com a trombeteada importância do Infante D.Henrique, e ofuscados pelas apregoadas "grandezas manuelinas". De tal maneira têm estado obcecados e condicionados por estes apriorismos que esqueceram-se de colocar a hipótese de que a realidade possa ter sido diferente: de que tudo isso possa ter sido uma legitimação historiográfica, deturpada a posteriori, fomentada por quem sobreviveu e ganhou no fim manipulada para reescrever a História ao sabor das conveniências do Presente (...) Iludida pela alegada importância do Infante D.Henrique, a maior parteda historiografia sobre os Descobrimentos Portugueses - mesmo quando bem intencionada - tem até agora laborado em erro. (...) A Casa de Viseu-Beja e a Ordem de Cristo (do Infante D.Henrique até ao Rei D.Manuel) não foram decisivas - ou sequer particularmente pioneiras ou importantes - nos momentos cruciais dos Descobrimentos Portugueses (...). Se esse longo protagonismo coube a alguma Casa senhorial, ela foi a Casa de Coimbra ... - para além, claro, do Povo Português que, esse sim, foi sempre o verdadeiro protagonista. (...) É que o Rei D João II foi "Duque de Coimbra" ... foi herdeiro e Senhor da Casa de Coimbra... (e, por isso, depois, foi testador dessa mesma Casa...). O Rei D. João II foi o neto e herdeiro do Infante D.Pedro. Foi-o, como já tem sido apontado, no que diz respeito às orientações estratégicas da política interna portuguesa (processos de controle da grande nobreza feudal e de reforço do Poder da Coroa, com o apoio dos povos e dos Concelhos, em articulação com uma exemplar vingança pessoal e familiar contra as grandes Casas senhoriais que haviam assassinado o seu avô em Alfarrobeira), mas, além disso, foi-o também no que diz respeito aos Descobrimentos e à Expansão Ultramarina. Porquê? Por uma razão até de pura herança material. Porque, logo na juventude, recebeu o Senhorio das terras e dos homens que haviam sido de seu avô Infante D.Pedro: as regiões do litoral do Ducado de Coimbra... (Buarcos, Montemor-o-Velho, Aveiro, Mira...) e, depois, não por acaso, recebeu também, para além desses homens e dessas terras, igualmente o controle dos Descobrimentos. (...)

Os Descobrimentos Portugueses, nos inícios e na fase decisiva, na primeira e na segunda metade do século XV, foram ordenados pela Coroa e pela Casa de Coimbra - com os mercadores e pescadores do litoral Norte e Centro, e com a Ordem de Santiago da Espada (do litoral alentejano) - e não pelo Ducado de Viseu-Beja e pela Ordem de Cristo... (que nem sequer tinham saída para o mar... e que com o mar sempre tiveram pouco a ver ...), apesar das contínuas manipulações historiográficas com que, para futuro, se lhes atribuiu essa glória. (...) A tarefa para os historiadores do presente e do futuro é: despolitizar os "Descobrimentos"; recusar as ilegítimas pressões e censuras políticas a que esta área científica tem estado sujeita; resgatar a figura silenciada do Infante D.Pedro. Isto implica a demolição radical das lendas infantis e dos mitos inaceitáveis que têm sido, e continuam a ser, avolumados em torno da figura do Infante D.Henrique - para fazer esquecer o Infante D.Pedro e, sobretudo, para fazer esquecer o Príncipe Perfeito, o Rei D.João II, que foi o verdadeiro responsável pelos Descobrimentos e pela prematura (e, infelizmente, frustrada) modernização de Portugal (...) A maneira como na História de Portugal tem sido silenciado o que diz respeito ao Infante D.Pedro (e, depois, ao seu neto Rei D.João II e à Casa de Coimbra-Aveiro) levou a que tenham sido falseados aspectos importantes e decisivos dessa mesma História - aspectos que tentamos agora esclarecer. (...)

Uma mentira pede sempre outra e outra, para esconder a primeira. Mas, quando se descobrir a primeira, descobrem-se todas. E por isso que é preciso descobrir a primeira. ..."

Preço:95,00€

Referência:13421
Autor:MAURO, Frédéric [coord.]
Título:O IMPÉRIO LUSO-BRASILEIRO 1620-1750
Descrição:

Editorial Estampa,Lisboa, 1991. In-8º de  516 págs. Br. Profusaamente ilustrado ao longo do texto e em extra-texto com gravuras, mapas, gráficos e tabelas. Integrado na colecção "Nova História da Expansão Portuguesa" dirigida por Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques.

Observações:

Da Contracapa:

"Com efeito, desde os princípios do século XV até ao terceiro quartel do século actual – a expansão marroquina, os descobrimentos marítimos, a colonização de ilhas e de terras continentais, os tráficos transoceânicos, as permutais culturais, etc. – eis aí uma sucessiva e vária projecção de Portugal no Mundo, sem cujo conhecimento não é inteligível o que foi ocorrendo na metrópole europeia."

Preço:10,00€

Referência:14747
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:VIDA E OBRA DO INFANTE D. HENRIQUE.
Descrição:

Comissão Executiva das Comemorações do Quinto Centenário da Morte do Infante D. Henrique, Lisboa, 1959. In–8º de 184 págs. Br. Capa de brochura ilustrada. Exemplar integrante da Colecção Henriquina.

Observações:

Biografia do "pai" dos descobrimentos portugueses.

"...a cobiça de "acabar grandes e altos feitos", o domínio de si, o bom acolhimento de grande senhor na austera continência. Raro bebia vinho; passou toda a vida por casto e usaria cilício. Finalmente, as exclamações do apologista, tão sinceras de tom, diante de uma vida inteira dada a devassas de mar: "Oh quantas vezes o achou o sol assentado naquele lugar onde o deixara o dia dantes", etc., "cercado de gentes de diversas nações".
Este passo de Zurara atrai necessariamente o delicado problema de Sagres como residência e escola."

Preço:13,00€

Referência:13767
Autor:RODRIGUES, José Maria
Título:A DUPLA ROTA EM «OS LUSÍADAS»,V,4-13,E AS OBJECÇÕES DO Sr. ALMIRANTE GAGO COUTINHO
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1929-1930.7 volumes de in-8º de 73-(7); 80-(2); 26; 50-(3); 16; 16 e 31 págs. Br. Cadernos por abrir. Capas de brochura ligeiramente envelhecidas. Separatas da revista Biblos. Às separatas de José maria Rodrigues junta-se "Alguns erros em que se apoiou o desdobramento da rota de Vasco da Gama em os Lusíadas" por Gago Coutinho

INVULGAR.

Observações:

Conjunto de  7 separatas que fazem parte da polémica em que José Maria Rodrigues se envolveu com o almirante Gago Coutinho,nas páginas da revista Biblos (durante quase meia década), a propósito da rota de Vasco da Gama em Os Lusíadas.  José Maria Rodrigues afirmava, mediante a análise de várias estrofes do Canto V d’Os Lusíadas, que Camões descrevia duas rotas distintas da armada de Vasco da Gama, no Atlântico. Gago Coutinho, para além de não vislumbrar qualquer “rota dupla” na obra, ripostava com todo o peso dos seus conhecimentos de Náutica e de História para o contradizer, partindo de um problema ético aparentemente menor: repugnava-lhe que Luís de Camões tivesse induzido propositadamente o leitor da epopeia em erro e confusão, por mero artifício literário, sendo conhecedor da verdadeira rota que utilizara Vasco da Gama.

Preço:50,00€

Referência:14693
Autor:SILVA, Manuel Luciano da
Título:PORTUGUESE PILGRIMS AND DIGHTON ROCK. The first Chapter in American History with 164 illustrations
Descrição:

Nelson D. Martins, Editor. Bristol - Rhode Island, USA, 1971. In-4º de 100-(2) págs. Brochado. Profusamente ilustrado ao longo do texto.

Observações:

Edição original da tese que defende terem sido  os portugueses os primeiros a chegar ao continente americano, com a chegada dos irmãos açoreanos Corte-Real. Essa teoria é comprovada pela análise de uma grande formação rochosa ("Dighton Rock") em Massachussets, em que se podem ver vários escudos em V com disposições idênticas à cruz da Ordem de Cristo, usada nas velas das Naus e Caravelas Portuguesas, o nome Miguel Corte-Real e a data 1511.

Preço:60,00€

Referência:12977
Autor:SILVEIRA, Luis [dir. lit.]
Título:A DERRADEIRA AVENTURA DE PAULO DE LIMA
Descrição:

Na Officina da Typographia Portugal - Brasil - à custa da Livraria Bertrand, Lisboa, 1947. In-4º de LXXXIII-I38-(3) págs. Br. Capas ligeiramente empoeiradas e com algunss picos de acidez. Ilustrado em extra-texto. Cadernos Por abrir.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo livro da colecção "As Grandes Aventuras e os Grandes Aventureiros" organizada e parafraseada por Luís Silveira, lançada pela Livraria  Bertrand  como uma  tentativa de mostrar o heroísmo e humanidade dos portugueses nas suas “aventuras” além-mar. Este volume aborda a «História de Paulo de Lima» escrita por António de Ataíde,  que era o protótipo do herói português de Quinhentos.

Preço:29,00€

Referência:14146
Autor:TOSTES, Vera L. B.; BENCHETRIT, Sarah F.; MAGALHÃES, Aline M. [Org.]
Título:A PRESENÇA HOLANDESA NO BRASIL: memória e imaginário : livro do Seminário Internacional
Descrição:

Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, 2004. In-8º de 378 págs. Br. Ilustrado ao longo do texto com facsimiles de docuemntos, cartas manuscritas, retratos de Governadores, etc.

Observações:

Comunicações do seminário internacional "A Presença Holandesa no Brasil: memória e imaginário", realizado no Museu Histórico Nacional de 4 A 7 de outubro de 2004.

Preço:17,00€
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