Foram localizados 30 resultados para: Livros Proibidos
Referência: | 14405 |
Autor: | FONSECA, Tomás da |
Título: | NA COVA DOS LEÕES |
Descrição: | Edição de Autor, Lisboa, 1958. In-8º de 454-(10) págs. Br. Edição destinada ao Brasil. Capas de brochura insignificantemente empoeiradas. BOM EXEMPLAR PRIMEIRA EDIÇÃO INVULGAR. |
Observações: | Livro de Tomás da Fonseca, considerado por muitos o livro mais subversivo que algum dia se escreveu em Portugal, durante a época salazarista. É um conjunto de cartas publicadas no então jornal “República” tendo por base não só a situação política vivida na altura como as relações promíscuas entre o regime do Estado Novo e a Igreja. Tomás da Fonseca procura desconstruir, quer o cristianismo, num primeiro momento, e depois, as muito famosas aparições de «Nossa Senhora» aos pastorinhos em Fátima. |
Preço: | 30,00€ |
Referência: | 14982 |
Autor: | FRANÇA, José-Augusto |
Título: | BALANÇO DAS ACTIVIDADES SURREALISTAS EM PORTUGAL |
Descrição: | Cadernos Surrealistas, Lisboa, 1948. In-8º de 15-(1) págs. Brochado. |
Observações: | Opúsculo muito raro que se propoê a fazer um balanço dos surrealismo em Portugal. Segundo Perfecto E. Cuadrado (Surrealismo em Portugal 1934-1952 [catálogo], 2001): |
Preço: | 120,00€ |
Referência: | 15064 |
Autor: | PEREIRA, José Pacheco |
Título: | AS LUTAS OPERÁRIAS CONTRA A CARESTIA DE VIDA EM PORTUGAL. A Greve Geral de Novembro de 1918. |
Descrição: | (Portucalense Editora, 1971). In-8º de 199-(1) págs. Brochado. Bom estado geral do livro. |
Observações: | Livro proibido de circular pela PIDE. |
Preço: | 15,00€ |
Referência: | 14976 |
Autor: | RIBEIRO, Aquilino |
Título: | QUANDO OS LOBOS UIVAM |
Descrição: | Editora Anhambi, São Paulo, 1959.In-8º de 262-(2)págs.Br. Capa de Fernando Lemos. PRIMEIRA EDIÇAO brasileira. INVULGAR. |
Observações: | Primeira edição brasileira deste romance proibido e retirado de circulação pelo regime de Salazar. "Facto já de si muito significativo,maior valor ganha por constituir como que uma desafronta ao grande escritor, impedido por uma censura inepta de ver a sua obra reeditada em Portugal. Assim, o Brasil, ao mesmo tempo que desagrava moralmente o escritor, assume a posição de legítimo juiz na causa da cultura portuguesa, repudiando a prepotência ditatorial, repondo no seu devido lugar o direito de escritor, a legítima e essencial liberdade de criação." Como curiosidade, é de notar que na badana , entre várias outras citações, há uma de António de Oliveira Salazar que diz : "Comece o seu inquérito por Aquilino. É um inimigo do regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não importa: é um grande escritor." |
Preço: | 25,00€ |
Referência: | 14813 |
Autor: | SOROMENHO, Castro |
Título: | TERRA MORTA |
Descrição: | Livraria-Editôra da Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro, 1949. In-8º de 228-(1) págs. Brochado. Exemplar impecável, com os cadernos por abrir, não obstante o tradicional amarelecimento do papel impresso, desta época. PRIMEIRA EDIÇÃO de livro proibido em Portugal pela censura do Estado Novo, muito bem conservado, sendo até nestas condições, RARO - PEÇA DE COLECÇÃO. |
Observações: | Terra Morta é um romance de Castro Soromenho (1910-1968), proibido em Portugal pela censura do Estado Novo (Relatório 2805 de 18 de Abril de 1945) e publicado no Rio de Janeiro, em 1949. Neorrealista, a obra retrata a vila de Camaxilo, locus horrendus no Nordeste de Angola, na época colonial. É a descrição da vida patética de uma pequena comunidade de colonos portugueses, comerciantes e funcionários do Estado colonial, que se esforça por manter a todo o custo uma certa honra e dignidade que o estatuto de homem branco, lhes confere. Inúmeras personagens, colonizadores e colonizados, homens e mulheres, interagem no enredo, pela voz do narrador, como se fossem actores históricos, úteis para pensar o Terceiro Império Português. As minas da Diamang e os cânticos dos trabalhadores contratados fazem parte do cenário, sendo, também, a obra um contributo importante para a história do trabalho colonial. O autor deixa uma mensagem não só de opressão, materializada em Camuari, a máscara da morte, como de luta contra esta, contada e cantada em outras histórias de resistência à violência colonial. Terra Morta (com uma significativa dedicatória a Casais Monteiro, outro escritor e poeta desterrado no Brasil) é um romance que inaugurou a Coleção Gaivota da Casa do Estudante do Brasil, editora dirigida por Arquimedes de Melo Neto. É considerado o primeiro livro da “trilogia de Camaxilo” (Terra Morta,1949, Viragem, 1957 e A Chaga, 1970) que constitui a segunda fase da obra de Castro Soromenho. Terra Morta pertence tanto à literatura angolana quando à portuguesa. Do ponto de vista da primeira, é considerado um romance fundamental, que viria a influenciar profundamente os novos autores angolanos, que lutaram pela independência, como se pode constatar a partir das considerações do poeta Costa Andrade (Ndunduma wé Lépi), entre outros: “Soromenho escrevendo em português climatiza, ideologiza e universaliza o choque que gerou a angolanidade. Hoje, o mais idoso dos nossos escritores, Soromenho, revela-se novo e atual, mesmo após a forçada e longa ausência de uma vida de exílio. Em Soromenho, o escritor e o homem confundem-se numa coerência exemplar, de que a angolanidade se orgulha”. Segundo a ensaista Susana A. de Oliveira, que defendeu uma tese em torno deste livro, Terra Morta é considerado como marco da historiografia literária angolana do inicio do século XX, diferenciando-se da literatura colonial, e especialmente influenciada pelo neorrealismo português e pelo regionalismo brasileiro, inovando seja pela estrutura narrativa, pela complexidade e hibridez dos personagens ou pelo uso do duplo código português- quimbundo. Pretende-se também mostrá-la como um registro pioneiro da sociedade da época, visto que revela de modo ímpar o contexto econômico da decadência do ciclo da borracha (1879-1920) e o perfil da migração e da colonização portuguesa em Angola naquele período, bem como o início da exploração das minas de diamantes. |
Preço: | 125,00€ |
Referência: | 14812 |
Autor: | VIEIRA, Luandino |
Título: | A CIDADE E A INFÂNCIA. Contos |
Descrição: | Edição da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa (1957). In-8º de 78-(2) págs. Brochado. Capas de brochura com ligeiríssimas e insignificantes manchinhas de humidade. MUITO RARO. |
Observações: | Livro de Contos de estreia de Luandino Vieira com um prefácio de Costa Andrade, que termina o texto da seguinte forma: "... Eis a tua mensagem de Amor que ninguém destruirá porque não há força capaz. O teu livro, um pouco de todos nós e da terra imensa, é uma época que as crianças de agora não vivem e muitos não entendem, mas um dia virá, meu Caro, que fará dos portos do mundo, portos de todo o mundo. Um dia virá ..." Livro proibido e cuja edição foi destruída pela polícia política (Maria Aparecida Ribeiro, in Biblos - Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa).
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Preço: | 100,00€ |