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Primeira República

Foram localizados 8 resultados para: Primeira República

 

Referência:14349
Autor:ARRIAGA, José d'
Título:OS ULTIMOS 60 ANNOS DA MONARCHIA. Causas da Revolução de 5 de Outubro de 1910.
Descrição:

Parceria A. M. Pereira, Lisboa, 1911. In-8º de 239-(2) págs. Brochado. Capas impressas em papel fino, apresentando alguns insignificantes defeitos marginais. Miolo muito limpo, apesar de amarelecido pela acção do tempo. Rúbrica de posse no frontspício.

Observações:

Da afamada Wikipédia, lemos o seguinte, sobre este autor, irmão de Manuel de Arriaga:

"José de Arriaga nasceu na casa do Arco, no centro da cidade da Horta, Ilha do Faial, filho de Sebastião José de Arriaga Brum da Silveira e de sua esposa Maria Cristina Pardal Ramos Caldeira. Foi irmão de , o primeiro Presidente da República Portuguesa. Pertencente à melhor sociedade faialense, o pai era um dos mais ricos comerciantes da cidade, último administrador do morgadio familiar e grande proprietário. A família, com pretensões aristocráticas, traçava as suas origens até ao flamengo Joss van Aard, um dos povoadores iniciais da ilha. Foi neto do general Sebastião José Brum da Silveira, que se distinguiu na Guerra Peninsular, e sobrinho-neto do desembargador Manuel José Arriaga Brum da Silveira, que em 1821 e 1822 foi deputado pelos Açores às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa .

Depois de concluídos os estudos preparatórios na cidade da Horta, em 1860  foi para Coimbra na companhia do seu irmão Manuel de Arriaga, quatro anos mais velho, que se matriculara em Direito na Universidade de Coimbra. Depois de concluir os seus estudos preparatórios naquela cidade, em 1863 matriculou-se também no curso de Direito.

Tendo aderido, como o irmão, ao ideário do republicanismo democrático, o pai, um monárquico conservador com laivos de miguelismo, recusou-se a pagar-lhe os estudos, tendo então que recorrer à ajuda do irmão, que dava aulas particulares de inglês, e à escrita de artigos para diversos periódicos. Em 1869 tornou-se bacharel em Direito.

Ainda enquanto estudante, colaborou em jornais e realizou estudos históricos, que continuou ao iniciar a carreira burocrática como conservador do Registo Predial em várias comarcas, entre as quais Armamar, Benavente e Reguengos de Monsaraz, onde não tomou posse. Conseguiu um lugar na Biblioteca Nacional de Lisboa, o que lhe deu ensejo de se dedicar aos estudos históricos e filosóficos. A sua principal obra é a História da Revolução Portuguesa de 1820 (4 vols., Porto, 1886-1889).

Viveu sempre solitário, sofrendo de depressão. Partiu inopinadamente para o Brasil, aparentemente por julgar que os parentes e amigos o perseguiam, tendo ali passado grandes necessidade e regressado doente a Lisboa. Terminou os seus dias no recolhimento da Irmãs da Mercê, em Lisboa."

Este título que agora se apresenta, é seu último enquanto historiador.

Preço:20,00€

Referência:15059
Autor:BRANDÃO, Raúl
Título:MEMÓRIAS. Volume I (II e III)
Descrição:

Perspectivas & Realidades, Lisboa, s.d. (1988). In-8º de 3 volumes com 241-(5), 219-(3) e 213-(1) págs. Brochado. Muito ilustrado à parte, sobre papel couché, retratos de persoanldiades com quem Raul Brandão privou, documentos, facsimiles, etc ...
Ostenta ex-libris heráldico.  Primeiro volume com alguns cadernos desarticulados, prórpio da qualidade de encadernação colada, técnica comum e tão característica desta época.

Observações:

Nas palavras de Alexandre Honrado a prop´sotio da última edição de Memórias de Raul Brandão, pela Quetzal : 
" ... Raul Brandão foi escritor, jornalista e militar, com longas permanências no Ministério da Guerra, envolvido portanto na máquina burocrática militar. Por vezes, sabemo-lo bem, as três funções (de escritor, jornalista e militar ) confundem-se na diversidade das linhas de batalha. Certo é que Brandão viveu a vida portuguesa das intensidades: o nascimento da I República, a barbárie da I Grande Guerra e a sangria do Golpe Sidonista e o início desse nado-morto destinado a apodrecer por décadas, o Estado Novo. Viveu, pois, a grande agitação política (as duas primeiras décadas do século XX); e assim sendo, as suas obras “constituem um testemunho indispensável para se compreender não apenas a sua obra mas também o país a que ela se refere como uma obsessão”. Mas a agilidade da prosa, a dinâmica da construção de cenários literários e dramáticos, a presença de recursos estilísticos onde nem a ironia falta, guindam-no ao patamar supremo dos melhores. As suas Memórias destacam o que de uma vida intensa mais o relevou. São três volumes (...) e constituem um dos exemplos maiores do género na nossa literatura. Memórias pessoais, memórias do seu tempo político e cultural, memórias das pessoas com quem o autor privou ao longo de uma vida consagrada à literatura e ao conhecimento dos outros – as recordações de Raul Brandão transportam-nos para um tempo, para uma sensibilidade e para um modo de escrita irrepetíveis: condensam um talento e um génio literário único. Não será exagero sugerir estas Memórias para completar as nossas. É que se trata mesmo de um pedaço de nós. E se nos faltam as memórias, a marca da morte sobressai sobre o que fomos, o que somos – e o que ainda podemos ser ...".

Edição patrocinada pelo Instituto Português do Livro, apresenta no final de cada um dos volumes, umas breves notas do autor:

"O que sei de belo, de grande ou de útil, aprendi-o nesse tempo: o que sei das árvores, da ternura, da dor e do assombro, tudo me vem desse tempo... Depois não aprendi coisa que valha. Confusão, balburdia e mais nada. Vacuidade e mais nada. Figuras equívocas, ou, com raras excepções, sentimentos baços. Amargor e mais nada. Nunca Londres ou a floresta americana me incutiram mistério que valesse o dos quatro palmos do meu quintal. (Volume 1) "

"A certa altura da vida tive a impressão de que me despenhara num mundo de espectros. A face humana meteu-me medo pelo que nela descobria de repulsivo e de grotesco. Fugi para poder viver; tudo me soava falso e me parecia inútil. Paz e uma árvore. Vamos, disse-te, ser como aqueles naúfragos da jangada, que vi numa estampa, agarrados um ao outro, entre o mar encapelado. Estamos nas mãos duma coisa desconforme e frenética que nos dá a ilusão e a morte. Deixemo-nos levar, que isto dura pouco. E daí não sei... (Volume 2)"

"Considero os meses mais felizes da minha vida aqueles em que eu e minha mulher fomos viver para uma aldeia remota. Ainda hoje me penetra a solidão perfumada dos montes. A casa não tinha vidros e à noite o silêncio doirado de estrelas entrava pelas janelas e desabava sobre nós... Há, horas em que as coisas nos contemplam, e estão por um fio a comunicar connosco. Às vezes é um nada, um momento de êxtase em que distintamente ouvimos os passos da vida. caminhando. (Volume 3)"

Preço:35,00€

Referência:15421
Autor:CASIMIRO, Augusto
Título:SIDONIO PAIS. (Algumas notas sobre a intervenção de Portugal na Grande Guerra).
Descrição:

Livraria Chardron de Lélo & Irmão, Ldª, Editores; Porto, 1919. In-8º de 347 págs. Encadernação editorial em skivertex castanho mel, com dizeres gravados a ouro na pasta anterior e lombada.

Observações:

Subsídio de elevado interesse para a história da intervenção Portuguesa na Primeira Grande Guerra Mundial, debruçando-se ainda em torno de uma das figuras mais carismáticas da Primeira República. Segundo Joel Serrão tno seu «Dicionário de História de Portugal», Sidónio Pais, ministro de Portugal em Berlim ficou " ... deslumbrado pela grandeza militar e pelo aparato das paradas e exibições marciais, terá ficado muito impressionado também pela cega obediência e pela disciplinada passividade de quase todo o povo alemão perante os poderes do Estado ... ".
 

Preço:25,00€

Referência:14844
Autor:SEABRA, Eurico de
Título:A EGREJA, AS CONGREGAÇÕES E A REPÚBLICA. A separação e suas causas. Estudo documenrtal e crítico.
Descrição:

Typographia Editora José Bastos, Lisboa. In~8ºde 2 vols. com 515-(1)-XIII-(3) e (6)-693-XXIV-(2) págs. respectivamente. Brochado com capas ligeiramente empoeiradas. Nítida impressão sobre papel de boa qualidade e gramagem, provávelmenmte de um tiragem especial não declarada. Exemplares autenticados no verso da capa de brochura, com assinatura pelo punho do autor. Rúbricas de posse coeva no frontspício.

MUITO INVULGAR.

Observações:

Obra de forte cunho anticlerical, ataca a Igreja e defende as leis de 8 de Outubro de 1910 (proibição total das congregações religiosas e dos jesuítas) e de 21 de Abril de 1911 (Separação do Estado e da Igreja) e saiu num Portugal que, ao tempo, viveu um ambiente de «guerra religiosa» nos primeiros anos da I República (1910-1917), em que as populações nem sempre foram submissas, recusando-se a abandonar crenças e tradições em obediência a uma legislação redigida por livres-pensadores que não aceitavam os quadros mentais e sociais existentes. O combate fez-se em diversas frentes: a escola, o registo civil, as corporações cultuais, as normas restritivas aos atos de culto, a integração ou rejeição do programa republicano por parte do clero.

O primeiro volume versa:
"A Egreja actual. Intransigencia dogmática. Roma adversa ao constitucionalismo e à democracia. Mercantilismo catholico. Jesuitismo. Clericalismo. Congreções. política e ensino da Egreja."

O segundo voluime abarca:
"Causas da separação portugueza. Os jesuitas, a Egreja a as congregações em Portugal. Os religiosos e a Egreja adversos ao constitucionalismo e à democracia. Vida mercantil, política e amorosa dos jesuitas e congreganistas. A Santa Sé, o clero e o novo regimen. Ciommentario à lei da separação. Um inquérito ao clero. A lei no parlamento."

Eurico de Couto Nogueira Seabra (Porto, 1871-1937), professor em Coimbra, foi autor de obras literárias, obras de economia e de direito comercial, de uma história sumária de Portugal e de várias obras em defesa das teses mais extremistas do Partido Democrático de Afonso Costa, sobre a questão religiosa.

Preço:90,00€