Banner Vista de Livro
 Aplicar filtros
Livros do mês: Março 2024
Temas 
Palavras Chave 
Módulo background

Primeiras edições

Foram localizados 796 resultados para: Primeiras edições

 

Referência:15310
Autor:AAVV
Título:O ESPECTRO DO JUVENAL nº1 (a 5). Redactores: Gomes Leal, Guilherme d'Azevedo, Luciano Cordeiro, Magalhães Lima, Silva Pinto.
Descrição:

Imprensa de J. G. de Sousa Neves, Lisboa 1872-1873. In-4º de 5 números com 55-(1), 33-(1), 35-(1), 43-(1) e 40-(1) págs. respectivamente, encadernados num volume único. Encadernação moderna, meia francesa em chagrin castanho tabaco, com guardas de papel fantasia executados em tina manual. Lombada finamente decorada com dourados floreados em casas fechadas e através dos dizeres.
CONSERVA INTACTOS todas as capas de brochura, estando o exemplar por aparar na íntegra.
O facto das capas de brochura conservarem quase todas elas carimbos a óleo dos correios (apenas o nº 3 está sem carimbo), forma pela qual circulavam na época, permite datar com algum rigor, a sua difusão entre 26 de dezembro de 1872 e 27 de maio de 1873, portanto, uma por final de cada mês.

RARA PUBLICAÇÃO completa, como a que se apresenta, em que Gomes Leal tinha apenas 24 anos quando fundou este periódico.
PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

Os únicos cinco números editados permitem considerar O Espectro de Juvenal como um conjunto de notas e comentários profundos a muitos aspectos da vida portuguesa.
Nesta revista se analisam, descrevem ou estudam livros, homens, factos, ideias e se apresentam páginas literárias. Esta raríssima revista apresentava-se com espírito crítico e combativo tendo aparecido em 1872, por convites de Silva Pinto e Magalhães Lima endereçados a Guilherme de Azevedo, Gomes Leal e Luciano Cordeiro. Guilherme de Azevedo viria a abandonar em 1873, a partir do terceiro número d' O Espectro de Juvenal  até onde se tornava difícil individualizar-se os seus textos, impossibilitando mesmo sua determinação. Alguns apresentam-se subscritos com iniciais: M. L. (Magalhães Lima), S. P. (Silva Pinto), G. L. (Gomes Leal), etc. Nenhuma delas, porém, remete para o poeta santareno.

" ... A introdução d’ O Espectro de Juvenal é bastante elucidativa quanto aos seus propósitos. A revista não se destinava, segundo aí se afirma, nem ao leitor burguês, nem ao operário, nem ao militar, nem ao literato oficial, nem a “liberalões corruptos”, nem a falsos republicanos, nem, ainda, a legitimistas. Não pretendia exibir-se como um simples emoliente para as horas de irritação ou de lazer. O Espectro de Juvenal propunha-se ― e a afirmativa ganha força por oposição às negativas anteriores ― desmascarar a Mentira, acusar o Erro, desmitificar a Rotina, seguindo o princípio fundamental da Humanidade: a Justiça. Dirigia-se a todas as vítimas da extrema injustiça social que viam reprimida a sua liberdade de pensamento, fossem elas o professor primário, o empregado público, o operário modesto ou todos os trabalhadores obscuros e
ignorados. ..."
(in Guilherme de Azevedo na Geração de 70, por Maria das Graças Moreira e Sá, Biblioteca Breve, 1986).

Nesta data Gomes Leal estreia a sua pena já com o cariz interventivo da sua escrita, caracerística esta que veio depois ser marcante, não só em folhetins publicados nos jornais, mas também em quase toda a sua obra. Gomes Leal é considerado um precursor do Modernismo Português, tendo sido referido por Fernando Pessoa como um dos seus mestres.

 

Preço:495,00€

Referência:14945
Autor:AAVV
Título:ALBUM DO ZÉ POVINHO
Descrição:

(Papelaria e Typographia Academica, Porto, 1908). In-8º gr de 76 folhas inumeradas. Magnífica impressão, muito cuidada, com texto a duas cores e letras capitulares, envoltos em belíssimas cercaduras floreadas tipográficas bem ao gosto da época. Encadernação editorial em skivertex com ferros dourados ao gosto arte nova na pasta anterior, ferros secos floreados na pasta posterior e dizeres gravados a pigmento branco pela frente. Ligeiro esbatimento na secção inferior das pasta anterior. Exemplar bem conservado, sem os habituais picos de acidez que ocorrem em algumas das suas páginas.

 

Este álbum, executado em 1908, na cidade do Porto, teve uma produção com a intervenção das seguintes casas: gravuras na Casa Marques Abreu & C.ª; Cromolitografia na Lytographia Nacional; composição e impressão da  primeira folha na Typographia Academica e as restantes folhas do miolo na Typographia Santos . Por fim, a encadernação esteve a cargo da Casa de Alexandre Duarte Correia. Colaboração literária e artística de notáveis escritores e artistas portugueses da época, tais como Sampaio Bruno, Maximiano Ricca, Castro Dias, Joaquim Dias de Souza, Artur Ribeiro, Manuel de Moura, desenhos de Júlio Ramos, José de Brito, Antonio Candido da Cunha, Manuel Monterroso, F. Valença entre muitos outros.

 

ESTIMADO E MUITO INVULGAR.

Observações:

Homenagem do Club Fenianos Portuenses a Alexandre Corrêa Junior, que durante o Carnaval encarnava a figura tradicional do Zé Povinho, percorrendo os bailes espalhando a “sua expontanea graça toda portuguesa e inoffensiva”.

"Celebra este álbum Alexandre Correia Junior, pitoresca figura portuense que, para quase todos, aí encarnava o Carnaval e, portanto, uma espécie de Zé Povinho nortenho... Isto segundo os próprios promotores da edição. Claro que o original lisboeta foi sempre um pouco de tudo... menos carnavalesco! Terá sido, este último, um tolo, mas um tolo virado à política e à intervenção cívica ..." (J.M.M.)

Preço:85,00€

Referência:15135
Autor:AFFONSO, Manoel José & MELLO, Francisco José
Título:NOVO METHODO DE PARTEJAR recopilado dos mais famigerados e sabios authores ...
Descrição:

Na Officina de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1772. In-8º de 20 ff. inums - 171-(1) págs. Encadernação coeva, em carneira, com falhas e vestígios de dourados floreados na lombada. Guardas com pertences e notas manuscritas assim como contas aritméticas.

PRIMEIRA E ÚNICA EDIÇÃO.

Inocêncio, t.VI, p. 24; Ferreira de Mira, p. 221 a 227 refere três obras do género publicadas no séc. XVIII, referindo-se a elas muito elementares e insuficientes, mas sendo esta a menos incompleta; BN apresenta um exemplar.

Observações:

Embora o bibliógrafo Inocêncio (Dicionário Bibliográfico Portuguez, t. VI, p. 24)  tenha considerado este tratado de obstetrícia totalmente esquecido no final do séc.XIX, ele é considerdo pioneiro em Portugal na assunto da matéria médica que trata. Escrito por dois irmão de sangue e de profissão, é resultado de pesquisa bibliográfica e médica em tratados publicados nos anos sessenta e setenta da mesma época, tratados esses descritos em página própria com a designação de Catalogo dos Authores que consultámos para a factura desta obra .

Constitui a primeira edição, e única, desta série de textos médicos publicados em forma de diálogos, abarcando temas como a gravidez e o parto, descrições anatómicas da pelvis e orgão reprodutor feminino, passando de igual forma por más-formações dos fetos e o "nascimento de monstros". No texto introdutório, os autores garantem nunca se ter escrito em português nada do género por quanto " ... dos nossos estudos conhecemos a grande falta, que havia no nosso Portugal, de quem os Cirurgioens modernos na arte de partejar (Sciencia, que he legitima filha da Cirurgia;) e como nas nossas classes se naõ trata de semelhante materia, nem no Idioma se acha obra alguma donde se encontem os preceitos, que bastam para a verdadeira instrucçaõ, motivo porque a practica se encontraõ varios descuidos, principalmente nas Provincias, aonde a cultura das Sciencias he menos disputada ...". Ainda no prólogo, os autores informam matérias dos livros seguintes, apresentando-se aqui a designação "FIM DO I. VOL". No entanto, as bibliografias consultadas assim como o exemplar da BN, apenas foi publicado este primeiro volume que aqui se apresenta.

Preço:375,00€

Referência:15070
Autor:AL BERTO
Título:TRÊS CARTAS DA MEMÓRIA DAS ÍNDIAS
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1983. In-8º de 45 págs. Brochado. Capas com ligeiro empoeiramento. Com desenhos em separado da autoria de Lúis Silva.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de poemas destinado para uma peça de teatro do dramaturgo Ricardo Pais, mas que nunca chegou a concretizar-se.

Preço:50,00€

Referência:13027
Autor:ALBUQUERQUE, Luís da Silva Mousinho de
Título:RUY O ESCUDEIRO. Conto
Descrição:

Typographia. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, Lisboa, 1844. In-8º de 112 págs. Encadernação meia francesa em pele com dizeres e florões em pele. Edição muito cuidada, impressa em papel de qualidade superior, ornado com desenhos de inspiração celta no texto, vinhetas e capitulares. CONSERVA CAPA DE BROCHURA anterior.

 

Observações:

 "Uma das mais curiosas obras do romantismo em Portugal" segundo Albino Forjaz de Sampaio, é  um longo poema em seis cantos ao gosto romântico,

"O manuscripto original do presente Poema foi dadiva generosa de seu illustre Auctor, feita á Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis, que desejando corresponder a tão obsequioso offerecimento empenhou os recursos artisticos, de que podia dispor, para que a edição fosse primorosa, e provasse o adiantamento da gravura em madeira e da typographia em Portugal nestes ultimos annos."

Inocêncio, V, 324
Luís da Silva Mousinho de Albuquerque (1792-1846). Militar e estadista português. Atingiu o posto de coronel (de Engenharia). "Fez parte de vários ministérios e desempenhou papel de relevo nas disputas políticas do seu tempo - combatendo, designadamente, no Cerco do Porto, do lado dos liberais. Notabilizou-se também como docente na área das ciências, sendo autor de um Curso Elementar de Física e Química. Foi ainda autor de vários livros de poesia.

Preço:75,00€

Referência:15288
Autor:ALEGRE, Manuel
Título:O CANTO E AS ARMAS.
Descrição:

(Tipografia do Carvalhido. Porto). 1967. In-8º de 150-(1) págs. Brochado com sobrecapa ilustrada, a partir de fotografia de Eduardo Gageiro. Insignificante defeito no pé da lombada, na sobrecapa.

Primeira edição da segunda obra poética do autor (na verdade é a terceira, pois a primeira, publicada com o autor muito jovem, foi renegada pelo próprio), bastante invulgar.

Observações:

Nesta obra “... se acentua a propensão ideológica e de poesia de combate, acrescentando-se uma temática do exílio que será constante ao longo de toda a sua obra...”.

Preço:40,00€

Referência:14780
Autor:ALEGRE, Manuel
Título:COIMBRA NUNCA VISTA
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995. In-8º de 91-(1) págs. Brochado. Rúbrica de posse no anterosto. Exemplar em excelente estado, "quase" como novo.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:
Preço:15,00€

reservado Sugerir

Referência:15213
Autor:ALMEIDA GARRETT, J. B.
Título:DONA BRANCA OU A CONQUISTA DO ALGARVE. Obra posthuma de F. E.
Descrição:

Na casa de J. P. Aillaud, Paris, 1826. In-8º de (8)-251-(1) págs. Encadernação coeva, meia inglesa em pele vermelha com dizeres dourados na lombada. Etiqueta antiga com número de ordem de biblioteca provada. Rubrica de posse coeva no frontspício. Ocasionais picos de acidez, generlaizada na mancha tipográfica, ao longo do volume. Aparo generalizado. Bonito exemplar.

PRIMEIRA EDIÇÃO, rara.
 

Observações:

Obra com que Almeida Garrett, (1799-1854) inaugura a senda do romantismo em Portugal, juntamente com o seu outro título Camões (1825). Lê-se nesta edição princeps, na página que segue ao prefácio:  O assumpto d'este romance, é tirado da chronica de D. Afonso III de Duarte Nunes de Leão. Embora o autor se refira a um romance, trata-se de um poema lírico-narrativo, onde o lirismo grave convive com a facécia anticlerical (Álvaro Manuel Machado, Dicionário de Literatura Portuguesa, 1996, p. 213) datado do primeiro exílio de Garrett, que aborda um episódio lendário da história nacional relacionado com a época evocada no título D. Branca ou a conquista do Algarve e que corresponde a história de amor infeliz entre o rei mouro Aben-Afan e a infanta D. Branca " ...que foi senhora do mosteiro de Lorvão, d'onde foi mandada para abbadeça do mosteiro de Holgas de Burgos que he o mais rico, e mais nobre mosteiro de toda a Hespanha (...) Com esta infanta teve amores um cavalleiro (...) do qual pario um filho ... " (segundo carta do autor enviado a Duarte Lessa. publicada em Garret. Memórias Biographicas de Francisco Gomes de Amorim, 1881). Obra escrita  após a experiência do primeiro exílio, " ... que trouxe o conhecimento das obas de Shakespeare, Byron e Walter Scott e o das paisagens góticas onde abundam os castelos em ruínas, representa a introdução, entre nós, do vírus romântico ..." ( Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, vol I, p. 635),

Relativo ao monograma F. E. que o autor adoptou na edição original, na segunda edição (1848) lê-se na introdução " ... monograma com que o autor puerilmente se encobriu por medo das criticas, e do que era um pouco mais sério, a censura armada do paternal governo absoluto, que, se já não tinha a inquisição, tinha ainda as suas academias e literatos a bradar que o Limoeiro e Cais do Tojo eram a verdadeira lei de repressão dos abusos da Imprensa ...".

Preço:245,00€

Referência:15248
Autor:ALVES, Castro
Título:OS ESCRAVOS. Poesias
Descrição:

Tavares Cardoso & Irmão, Editores, Lisboa, 1884. In-8º de 30 págs. Brochado, com lombada fragilizada. Miolo em óptimo estado não obstante ocasional foxing.

RARO e muito estimado livrinho de poesia brasileira.

Observações:

Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871) foi um poeta que fez parte da terceira geração do romantismo brasileiro, conhecida por apresentar maior liberdade formal e uma visão social mais ampla, sobretudo em relação às identidades negra e indígena no país. Não por acaso, o poeta é conhecido como “poeta dos escravos”. Publicado doze anos após a morte do autor, Os Escravos reúne as composições antiescravagistas de Castro Alves, entre elas, os famosos poemas abolicionistas O Navio Negreiro e Vozes d'África.

Os Escravos , publicado doze anos após a morte do autor, reúne as composições antiescravagistas, entre elas, os famosos poemas abolicionistas O Navio Negreiro e Vozes d'África. Corresponde a uma coletânea de poemas publicada postumamente em 1884. A obra aborda de forma contundente a temática da escravidão, denunciando os horrores e injustiças desse sistema opressor que marcou profundamente a história do Brasil. Os poemas retratam a vida dos escravos, explorando as suas experiências de sofrimento, humilhação e desumanização. Castro Alves utiliza a sua poesia engajada para dar voz aos personagens marginalizados, expondo os abusos e as crueldades cometidas pelo tráfico e pelos senhores de escravos. Cosntitui uma obra de forte apelo social e político, representando a luta do autor pela abolição da escravatura. Alves utiliza o poder das palavras para emocionar e conscientizar o público sobre a necessidade de justiça e igualdade. A obra é marcada pela intensidade lírica, pelos diálogos poderosos e pela representação vívida dos personagens e cenários onde Castro Alves explora as contradições humanas, expondo a hipocrisia da elite e a resistência dos escravos diante de sua condição.

 

Preço:150,00€

Referência:15239
Autor:ANDRADE DE FIGUEIREDO, Manuel de
Título:NOVA ESCOLA PARA APRENDER A LER, ESCREVER E CONTAR.Offerecida á Augusta Magestade do Senhor Dom Joaõ V. Rey de Portugal. Primeira parte / por Manoel de Andrade de Figueiredo, Mestre desta Arte nas cidades de Lisboa Occidental, e Oriental
Descrição:

Na Officina de Bernardo da Costa de Carvalho, Impressor do Serenissimo Senhor Infante, Lisboa, S/d. (1722). In-4º de XVIII-156 págs. Encadernação coeva (?) em pele, com decoração dourada moderna na lombada. Ilustrado em extra-texto com 2 gravuras de B. Picart: uma representando de Lisboa antes do terramoto de 1755, encimada por dois anjos segurando o brasão real e a segunda com o retrato do autor datado de 1721. Seguem-se 45 estampas com alfabetos, penas e desenhos caligráficos da autoria de Andrade datadas de 1718. Borba de Morais, na sua Bibliografia Brasileira do Periodo Colonial, p. 136 refere a existência de três impressões, contestando assim a descrição em Inocêncio (V, 336) que refere apenas duas. refere ainda que a primeira tiragem da obra corresponde a que tem 7 folhas preliminares inumeradas além do frontspício e a portada alegórica, situação essa que se verifica no exemplar que se apresenta.

Encadernação ligeiramente coçada, ocasionais picos de humidade em algumas folhas, com raras manchinhas de tinta.

 

PRIMEIRA TIRAGEM EM PRIMEIRA EDIÇÃO, muito valiosa e rara.

 

 

Observações:

Obra monumental sobre a caligrafia portuguesa moderna, A sua publicação reformou uma arte que não tinha evoluído desde que saiu a luz a obra Exemplares de Diversas Sortes de Letras de Manuel Barata, ainda no início do período filipino. Manteve-se actual até ao início do reinado de D. José. Embora referido no frontspício como sendo Primeira Parte, não foi impresso nada mais do que aqui se apresenta.
A obra divide-se em quatro tratados:

- o primeiro ensina o idioma português, com o objetivo de ler e escrever perfeitamente;
- o segundo apresenta os diversos caracteres e tipos de letras que se usavam naqueles tempos;
- o terceiro fornece as regras da ortografia portuguesa;
- o quarto ensina as noções básicas de aritmética.

Manoel de Figueiredo aborda as características dos suportes da escrita, fornece receitas de tintas e apresenta, nas suas gravuras, exemplos de vinhetas e cercaduras em florões, pássaros, animais, anjos e cavaleiros em desenhos figurativos ou caligráficos, compostos a partir do movimento da pena sobre o papel em riscos circulares entremeados. Fornece ainda  modelos de letras romanas, grifas, góticas e antigas, ensinando como grafar cada uma, além de fornecer exercícios de caligrafia.e aborda também  uso de cada tipo de letra e sua função, de acordo com as características do documento. Apresenta quatro modelos diferentes de letras capitulares adornadas, das mais rebuscadas às mais simples.

A Nova Escola é também considerada uma revolução do ensino no século XVIII por incentivar uma mudança no pensamento pedagógico em Portugal. Segundo Rogério Fernandes “Andrade de Figueiredo atribuía largo alcance social à educação. As qualificações dos súbditos, assegurava sem hesitações, provêm da sua aplicação enquanto meninos e do ensino dos mestres”.

Inocêncio V, 355 diz-nos : “Famoso professor de calligraphia em Lisboa, e natural da capitania do Espírito-Santo no estado, hoje império, do Brasil", e segundo Ventura da Silva "deu á Luz Andrade a sua Arte de Escripta, que enriqueseu d’elegantes abecedários, ornados de engraçadas laçarias."

Inocencio V, pág. 355-356. Samodães, 151; Ameal, 107; Ferreira Lima (Calígrafos), p. 7 et seq; Bonacini 66; Becker, Practice of Letters 138; Borba de Moraes, Bibliografia Brasileira do Período Colonial, pág. 136; Borba de Moraes, Bibliografia Brasiliana, 311

Preço:1650,00€

Referência:15344
Autor:ANDRADE, Eugénio de
Título:OS AMANTES SEM DINHEIRO
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950. In-8.º de 66-(1) págs. Brochado. Miolo ligeiramente amarelecido dada a qualidade do papel sob acção do tempo. Capas muito bem conservadas e muito limpas.

Primeira edição, incluída na colecção prestigiada Cancioneiro Geral.

Observações:

Segundo Beatriz Almeida Quintas, neste livro Amantes sem Dinheiro "... a poesia de Eugénio de Andrade destaca algumas características: o facto de estar erreizado tradição lírica portuguesa; está presente a simbologia do corpo, da natureza, dos animais e da água. Os poemas são na maioria breves, ora eufórios, ora melancólicos e sempre avessos à morte mas todos com uma linguagem simples ..."

 

Preço:80,00€

Referência:15148
Autor:ANDRADE, Eugénio de
Título:PALAVRAS INTERDITAS. Poemas
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1951. In-8º de 52-(1) págs. Brochado. Exemplar com as capas de brochura com ligeiríssimos picos de humidade. Cadernos por abrir.

PRIMEIRA EDIÇÃO inserida na colecção Cancioneiro Geral.

Observações:

"Sob regime violento e autoritário, neste livro de poesia de Eugénio de Andrade, escreve-se pela negativa e pela ausência, referindo-se a tudo aquilo que não pode ser dito em um Portugal debaixo de forte censura e repressão. Aponta para um cenário devastado, fragmentado, despido de humanidade. Sem levantar bandeiras políticas, demonstra a necessidade de ação por meio da expressão do amor, tornado cada vez mais improvável no contexto totalitário em que os afetos são controlados e as relações sociais rigorosamente dirigidas". (Joana Araújo, in Revista Desassossego, 2013)

Livro responsável pela polémica entre o autor e Cesariny, em que este acusou Eugénio de Andrade de plágio (segundo Maria de Fátima Marinho in O Surrealismo em Portugal, 1987, p. 88).
 

Preço:65,00€

Referência:15314
Autor:ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner
Título:DIA DO MAR
Descrição:

Edições Ática, Lisboa , 1947. In-8º de 93-(2) págs. Brochado. Capas com ocasionais picos de humidade, tipo foxing, extensível ao ante-rosto. Miolo muito limpo e impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO do segundo livro da autora, justamente apreciado e procurado pelos bibliófilos

Observações:
Preço:75,00€

Referência:15267
Autor:ASSIS, Joaquim Maria MACHADO DE
Título:AMERICANAS
Descrição:

B.L.Garnier. Livreiro-editor do instituto histórico, Rio de Janeiro, 1875. In-8º de VII-210-(3) págs. Encadernação coeva, meia inglesa em pele grenat, com dizeres dourados na lombada. Aparo marginal generalizado, carimbo de posse a óleo coevo, assim como a rúbrica de posse correspodnente no ante-rosto, este e o frontspício apresentam raro foxing estando o restante miolo muito limpo e fresco.

Primeira edição, bastante rara, publicada num dos momentos, literariamente, mais interessantes na vida do autor.

Observações:

Obra maior da literatura brasileira, é composta por treze poemas, de temática romântica, em que, Machado de Assis, mostra-se contido nas suas expressões, sendo algumas mantidas nas suas formas arcaicas, respeitando a métrica. Trata-se de uma poesia narrativa baseada na acção, contando com a influência de vários outros autores, entre os quais José de Alencar, com recursos de metalinguagem. Na opinião de António Cândido, crítico maior da literatura brasileira, na sua importante obra Formação da Literatura Brasileira (1957), afirma que teria sido este "... o movimento inicial da verdadeira literatura brasileira, onde estavam valorizadas, na pena dos mais ilustres poetas do Brasil, as distintas figuras do ambiente local, desde o índio localizado nas matas, até o homem da capital no romance urbano ou regional. Seria então, este o momento da fundação da literatura nacional no Brasil. ...".

Obra na qual encontramos uma erudição ímpar, retratanto a figura indígena dispersa por todo o Brasil, além de homenagens ao “Patriarca da Independência” – José Bonifácio; e ao autor da Canção do Exílio – Gonçalves Dias – que também imortalizou muitas das tribos brasileiras com sua obra de cunho indígena. Não sendo inteiramente dedicada ao tema indígena, Machado de Assis aborda também neste título, e com algum ênfase, a temática nacionalista da época, mas nunca deixando de exaltar figura nacional, cantando o herói da própria terra, por oposição a Europa e aos clássicos.

 

Preço:390,00€

Referência:15247
Autor:ASSIS, Joaquim Maria MACHADO DE
Título:CHRYSALIDAS. Poesias de (...) com um prefácio do Dr. Caetano Filgueiras.
Descrição:

Livraria de B. L. Garnier, Rio de Janeiro, 1864. In-8º de 178 págs. Encadernação antiga (segundo quartel, séc. XX), meia inglesa com cantos em pele azul, ligeiramente cansada na charneira. Guardas em papel fantasia. Conserva as capas de brochura. Pequeno trabalho de traça marginal, sem afectar a mancha tipográfica.

BOM EXEMPLAR desta RARÍSSIMA edição original, especialmente quando preserva as capas, do livro de estreia de um dos escritores mais importantes, senão o maior, escritor do Brasil.

Observações:

Possui prefácio do Dr. Caetano Filgueiras, posfácio do autor: Carta ao Dr. Caetano Filgueiras, notas, errata e índice. Obra com 29 poemas, escrita e publicada aos 25 anos de idade de Machado de Assis (1839-1908). Reeditada em 1901 com menos 17 poemas, por ordem do próprio poeta, quando editou suas Poesias Completas. Teve nova edição independente, a segunda, apenas em 2000 pela Livraria Crisálida, portanto esquecido desde o séc. XIX.

É um livro de poemas dedicado ao amor e às mulheres, textos apaixonados que tiveram boa repercussão, tanto no Brasil como em Portugal, e ajudaram a abrir as portas para o mundo da literatura.

Preço:1350,00€

Referência:12599
Autor:BERNARD, Pierre-Joseph
Título:L'ART D'AIMER et poesies diverses
Descrição:

De l'imprimerie de Didot jeune, Paris, 1795. In-8º de 207-(1) págs. Encadernação inteira de pele mosqueada gravada a ouro nas pastas com cercaduras. Lombada com decoração barroca a florões e dizeres dourados sobre rótulo de pele vermelha. Seixas douradas e corte das folhas brunidas a ouro fino. Ilustrado em extra-texto com sete gravuras abertas em chapa de aço de Bacquoy, Ponce, Patas, Eisen, Martini. Nítida impressão sobre papel encorpado mantendo a sonoridade original.

Observações:


Obra em verso imitando a "Arte do amor" de Ovidio que fez sensação nos salões intelectuais dessa época. Poemas ligeiros e eróticos. Não descrita nas principais bibliografias especializadas o que nos leva a tratar-se de uma edição MUITO RARA e ilustrada.

"L’ Art d’aimer de M. Bernard est un des ouvrages les plus célèbres de ce siècle. Il a fait  pendant plus de trente ans les délices des plus brillantes sociétés, et presque tous les Poëtes contemporains, depuis M. de Voltaire jusqu’au dernier rimailleur, en ont fait l’éloge."
 

Pierre Joseph Bernard nasceu em Grenoble e serviu a armada francesa na guerra de Italia tendo-se distinguido na batalha de Guastalla tornando-se secretário do marechal de Coigny. Nas letras foi distinguido entre os poetas libertinos de produção erótica. O epítoto de "Gentil" esteve-lhe sempre associado depois que Voltaire o empregou para como forma de apreço pelo seu talento. As mulheres mundanas de Paris adoptaram a sua poesia uma vez que nela se via reproduzida a delicadeza espiritual e imoral do final do século XVIII, em especial o seu L'ART D'AIMER (também conhecido na época como L'ART DE SEDUIRE. Conservado durante 30 anos em manuscrito, o texto foi impresso à revelia do seu autor.
 

Preço:250,00€

Referência:15277
Autor:BESSA-LUÍS, Agustina
Título:MUNDO FECHADO.
Descrição:

Mensagem. Coimbra. 1948. In-8.° de 173-(3) págs. Encadernação moderna, meia francesa em pele mosqueada com dourados em casas fechadas e rótulos de pele castanha escura gravados a ouro com dizeres na lombada. Exemplar muito limpo sem qualquer defeito apontar à vista desarmada. Capa da brochura ilustrada por A. Luis. Conserva capas de brochura e ostenta uma belíssima dedicatória autógrafa (na imagem, o nome do destinatário rasurado é apenas digital, por nós realizado) e que diz: 

"Um primeiro livro é como uma primeira viagem: propõe-nos repetir os nossos caminhos. Para o  ... Agustina Bessa-Luis, Porto, 1995".

Primeira Edição da estreia literária de Agustina Bessa Luís, hoje já de raro aparecimento no mercado. PEÇA DE COLECÇÃO.

 

Observações:

O primeiro livro de Agustina Bessa-Luís, Mundo Fechado, datado de 1948 encetou uma enorme obra literária em que publicou ficção, ensaios, teatro, crónicas, memórias, biografias e livros para crianças.
 Na edição de Mundo Fechado da Guimarães Editores, 2005, lemos as seguintes palavras da autora: "O mais novo de todos os meus livros é o Mundo Fechado. É limpo de intenções, como as crianças. E doce de encontros, como os que as crianças têm com uma ave que caiu do ninho. (...) ".

Preço:625,00€

Referência:14574
Autor:BOTTO, António
Título:BAIONETAS DA MORTE
Descrição:

Oficinas Gráficas do Empresa do Anuario Comercial. 1936. In-4º de 64 págs. inumeradas. Brochado. Capas de brochura muito limpa, ao contráriod do ante-rosto com  picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Livro de poemas dedicado aos Combatentes Portugueses que é considerado um dos melhores livros do autor. " Organizem os povos, estabeleçam a concórdia, acabem com a miséria e veremos, depois, se a vida não é um cântico divino, enternecedor e eterno ao amor, à natureza e a Deus "

 

Preço:85,00€

Referência:12210
Autor:BOTTO, António
Título:AINDA NÃO SE ESCREVEU
Descrição:

Edições Ática, Lisboa, 1959. In - 8º de XI-198-(6) págs. Br.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra póstuma cujo original o autor enviou para as Edições Ática.

Preço:40,00€

Referência:12209
Autor:BOTTO, António
Título:NÃO É PRECISO MENTIR
Descrição:

Editôra Educação Nacional, Porto, 1939. In-8º de 278-(10)págs. Br. Ilustrado com um retrato do autor. Cadernos por abrir. Capas de brochura com alguns picos de acidez.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

LIvro de contos muito estimado do autor.
"O homem perfeitamente educado, em qualquer momento ou circunstância,mostra a sua educação que, até mesmo sem ele dar por isso, estende às coisas o respeito que mantém com as pessoas com quem trata."

Preço:50,00€

Referência:12207
Autor:BOTTO, António
Título:ELE QUE DIGA SE EU MINTO
Descrição:

Edições Romero. Lisboa,s/d. In-8º de In-8º de 414 págs. Br. Capa com pequenas e insignificantes falhas marginais.
 

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

da Introdução:

“Todo êste livro é uma infinita camaradagem de vários factos sucedidos. A chamada literatura não tem nêle intervenção. Talvez lhe faça falta a mentira de que alguns verdadeiros escritores abusam... Agrada-me ser oposto a essas virtudes de confecção, e sou assim, por natureza. Aqui há só o relato da verdade pura e simples. Podia chamar-lhe memórias ou mais pròpriamente ainda: um romance original, se às personagens pusesse o nome que as acompanha na vida.”

Preço:40,00€

Referência:15335
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:O JUDEU. (Vol I e II) Romance Histórico.
Descrição:

Em casa de Viuva Moré - Editora, Porto, 1886. [Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira]. 2 vols. In-8.° gr. de 262 e 278 págs. respectivamente. Brochados. Capas com picos de acidez, assim como disseminados ao longo do texto.

 

Primeira e rara edição de um dos mais estimados romances de Camilo. Exemplar pertenceu ao distinto bibliófilo LAureano Barros, cujas anotações manuscritas a lápis encontramos na folha de guarda do primeiro volume, e está descrito no grandioso seu catálogo sob o nº 1179.

 

Observações:

Livro dedicado «À memória de António José da Silva escritor português assassinado nas fogueiras do Santo Ofício, em Lisboa, aos 19 de Outubro de 1739».

 

No Dicionário de Camilo CAstelo Branco, lemos o seguinte na página 342/3:
 

"... O enredo, repartido em 2 volumes, constitui 2 quadros distintos da realidade social da época em que a acção se desenrola (séculos XVII e XVIII), não só nacional — entenda-se -, mas universal, na medida em que as vicissitudes das personagens ocorrem em Portugal, Holanda, Itália, Brasil e Inglaterra, onde quer que os desgraçados «judeus» buscavam refúgio da sanha persecutória do Santo Ofício. Primeiro quadro: os amores do fidalgo Jorge de Barros e a judia Sara de Carvalho, chamada cristamente Maria Luísa de Jesus, de envolta com a cobiça do achamento do cofre (a fortuna) do contador-mor dos contos do reino (por isso o romance teve primitivamente o título de O Anel do Contador-Mor). Segundo quadro: o drama do comediógrafo An-tónio José da Silva, conhecido por «Judeu». A linha abrangente dos dois quadros é a presença terrífica de indivíduos que, a coberto de falsos altruísmos cristianizadores, perseguiram outros seres humanos com vingativa crueldade. O que sobressai no romance é a corajosa denúncia do autor da repressão que, por suspeitos motivos religiosos, se procurava a recuperação e salvamento das almas pela purificação do fogo. Uma barbaridade histórica que só tem paralelo, nos tempos modernos, com a monstruosidade dos campos de concentração nazi ...".

Preço:435,00€

Referência:15326
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:MARIA MOYSÉS
Descrição:

Livraria Editora de Mattos Moreira, Lisboa, 1876. In-8.º de 2 vols com 74 e 74-(2) págs. Encadernação não-coeva, meia francesa com cantos, em carneira mosqueada, dourados nas pastas e na lombada, sobre rótulo de pele mais escura. Conserva ambas as capas de brochura. Aparado unicamente à cabeça, carminada. Rótulos de núemro de ordem de biblioetca privada, nas pastas posteriores. Cantos do primeiro volume, ligeirmaene amassados. Ex-libris a óleo, nas folhas de guarda, de Prof. Dr. José Bayolo Pacheco de Amorim.

PRIMEIRA EDIÇÃO e exemplar muito atractivo- PEÇA DE COLECÇÃO desta obra inserida em Novellas do Minho (fasc. 7 e 8), edição única em vida do autor.

Descrição de uma camiliana (2003), 137; HENRIQUE MARQUES, 175; MANUEL DOS SANTOS, 22; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 108; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 411; CONDE DE FOLGOSA, 1308; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 1168; ALMEIDA MARQUES, 517, LAUREANO BARROS, 1199.

Observações:
Preço:145,00€

Referência:15322
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:O CALECHE
Descrição:

In-8.° de 15-(1) págs. Encadernação meia inglesa em pele cor de mel, com dizeres dourados na lombada. Nítida impressão em papel de linho de cor branca. Ocasionais manchinhas de humidade exclusivas às duas primeiras páginas. Ligeiro furinho de traça no canto inferior esquerdo, junto à charneira, sem afectar a mancha tipográfica. Todos os caracteres impressos na última página, são de tipo e tamanho superior dos das páginas precedentes.

PRIMEIRA E RARÍSSIMA EDIÇÃO dos dois curiosos escritos reunidos em opúsculo. Henrique Marques na sua Bibliographia Camilliana, declara conhecer apenas 2 exemplares desta primeira edição, conhecendo-se na actualidade em mãos de particulares cerca de 10 exemplares (Descrição Bibliográfica Camiliana, 2003). Existe alguma confusão na identificação das edições de O Caleche de 1849, e a de 1889, não havendo diferenças das indicações de local de e data de impressão. No entanto, distinguimo-las todas por comparação com outras que na ocasião tivemos acesso e publicadas as características em 2003 em Descrição Bibliográfica Camiliana . Deste modo, o exemplar que aqui se apresenta, a raríssima e a primeira, apresenta-se conforme pelas seguintes características:

i) - página 3 inicia-se com “Determinou isso a providencia para de uma vez …” versus “cahir no dominio publico, …” da segunda  edição;
ii) - página 8 “ São funestos capítulos …”  versus “ perdeu o governo do reino …” da segunda edição;
iii) - página 15 “facto na tua admnistração…” versus “Tudo por ti! …” da segunda edição;
iv) - na página 13, lê-se SCENA 4ª e não como na segunda edição;
v) - todo o texto do presente exemplar apresenta o mesmo corpo (ou tamanho) e tipo de caracteres dos da primeira página enquanto que no fac-simile  se distinguem nítidamente dois tipos de caracteres diferentes quando comparada a primeira com a segunda página e, por sua vez, esta com as seguintes.

HENRIQUE MARQUES, 9; MANUEL DOS SANTOS,177, 463, 464, 465, 525, 631; JOSÉ DOS SANTOS, 105, ALMEIDA MARQUES, 359; CARVALHO, 36.

Observações:

O título completo:
O CALECHE // Ou o requerimento que o jornal a NAÇÃO, publicou // pedindo a S. M. a senhora D. Maria II. demita dos // seus conselhos, e de ministro do reino, ao conde de // Thomar, por crime de peita: ou de dar uma com- // menda por um caleche no anno de 1849, seguido do // FOLHETIM // Escripto pelo snr. Camillo Castello Branco, publicado // no NACIONAL de 19 de Dezembro.

O Caleche já havia sido publicado no jornal lisboeta A Nação de 28 de Novembro de 1849 e o Fragmento de um drama do Futuro intitulado o Ultimo Anno de um Vallido, saíra primitivamente no periódico portuense Nacional, a 19 de Dezembro do mesmo ano. Apesar de O Caleche não ser da autoria de Camilo, e segundo Henrique Marques, a sua participação neste opúsculo deve-se ao facto de ser o texto de ataque e propaganda política contra Costa Cabral. A propósito disto, no Dicionário de Camilo Castelo Branco por Alexadnre Cabral, (Caminho, 1988), lemos o seguinte: " ... Henrique Marques, na mesma obra, afirma que o folheto fora editado por José Joaquim Gonçalves Basto* , o proprietário de O Nacional, e explica a razão de aparecer o texto camiliano em estranho conúbio com uma prosa alheia: tratar-se «de propaganda política contra Costa Cabral e ser o opúsculo um ataque em forma a este odiado estadista». Não vamos entrar em minudências sobre as proclamadas intimidades da rainha com o seu ministro. A verdade é que António Bernardo da Costa Cabral, conde (e depois marquês) de Tomar, regressara triunfante do desterro, em consequência das eleições de 1848. A imprensa en-carniçava-se contra o detestado político, que acusava de «ladrão», sem subterfúgios. ...".

 

 

Preço:1875,00€

Referência:15309
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:PERFIL DE MARQUEZ DE POMBAL
Descrição:

Editores-Proprietários Clavel & Cª, Porto, 1882. In-8º de XVI-316-(2) págs. Encadernação coeva (sem capas de brochura) meia francesa em chagrin verde com cantos, bela e finamente dourado na lombada e pastas com filetes duplos. Aparado apenas à cabeça. Ilustrado à parte com três estampas (duas delas desdobráveis, representando a Marqueza de Távora, o palácio dos Condes de Aveiro e a queima dos corpos incriminados na tentativa de regicídio contra D. José I).

PRIMEIRA EDIÇÃO, apreciada e já rara no mercado.

Observações:

Ante-rosto com PERFIL // DO // MARQUEZ DE POMBAL e verso em branco; frontispício com os dizeres supra e verso com os direitos editoriais e registo tipográfico Typographia Occidental // Rua da Fabrica, 66 – Porto; página 5, inumerada com dedicatória a ANTONIO RODRIGUES SAMPAIO e verso em branco; PROEMIO até à página XVI iniciando-se o texto propriamente dito na página 1 até à 316; segue-se a ADVERTENCIA com verso em branco e o INDICE com verso em branco.

Logo abrir o texto, no Proemio, Camilo diz-nos:
"Este livro não pode agradar a ninguém. Nem aos absolutistas, nem aos republicanos, nem aos temperados. Chamo «temperados» aos que se atemperam às circunstâncias do tempo e do meio. São os piores, porque são mistos – têm três doses da bílis azeda dos três partidos.  São a mentira convencional – a máscara. Déspotas para zelarem a liberdade, livres para glorificarem o despotismo.  Escreveu-se esta obra de convicção, e sem partido, com uma grande serenidade e pachorra. Não se ama nem desama alguma das facções e fracções militantes. Sou um mero contemplador da fundição do metal de que há-de sair a estátua da liberdade portuguesa; mas, em meio século, será difícil empresa desagregar o bronze, estreme do chumbo e da escumalha de ferro. ..."

Camilo apresenta-se aqui numa faceta menos divulgada, a de biógrafo e historiador, numa obra que pretendia isenta e que, além do valor literário, propicia uma enriquecedora reflexão sobre um governante que despertou paixões e ódios, num período marcante da história de Portugal. Publicado originalmente por ocasião das comemorações do Centenário de Pombal, em 1882, o livro acaba por ser um libelo contra aquele governante e a má gestão da dinastia de Bragança.

A matéria dos capítulos, consta da seguinte forma: «Oraculos do Marquez de Pombal», O Marquez de Pombal e o terramoto», «O Marquez de Pombal e o vinho», «Pombal e Garção», «Pombal e os garfos», «O Marquez de Pombal e a Inquisição», O Marquez de Pombal ridiculo», «O Marquez de Pombal réo confesso».

 

HENRIQUE MARQUES, 199; MANUEL DOS SANTOS, 117; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 114; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 433; CONDE DE
FOLGOSA, 1322; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 1198; ALMEIDA MARQUES, 529.

Preço:165,00€

Referência:15178
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:A ESPADA DE ALEXANDRE. // - // CORTE PROFUNDO NA QUESTÃO DO HOMEM- MULHER // E MULHER HOMEM // POR // UM SOCIO PRENDADO DE VARIAS PHILARMONICAS
Descrição:

Typographia da Casa Real, Porto, 1872. In-8.° gr. de 50 págs. Encadernação moderna meia inglesa com cantos, em pele verde, gravada com dizeres dourados na lombada. Compreende ante-rosto com os dizeres A ESPADA DE ALEXANDRE e verso em branco; frontispício textualmente descrito supra e verso em branco; página 5ª até à página 50 o texto propriamente. Todo o texto e os dizeres da capa de brochura enconytram-se emoldurados por um filete simples.

PRIMEIRA EDIÇÃO, INVULGAR deste excelente exemplar com as CAPAS DE BROCHURA CONSERVADAS. O presente exemplar pertenceu ao célebre camilianista António Almeida Marques, cujo ex-libris se encontra no verso da pasta anterior e descrito no respectivo catálogo sob o nº 432.

 

 

Observações:

Justamente e muito estimado "opúsculo" de Camilo, publicado sob pseudónimo, desta obra que constituiu a intervenção do autor à célebre questão sobre o adultério feminino levantada em França por Alexandre Dumas Filho
e intitulada Homme-Femme. Ela foi posteriormente englobada na Bohemia de Espirito.

Acompanhar o exemplar, encontra-se um mansucrito, provavelmente de Almeida MArques (?), onde se lê a curiosa nota:
"Por carta de Camilo a Chardron e publicada por Cardoso Martha, a pág 73 do 2º vol se vê que era suposto para o título deste folheto, agora em publicação em volume: A grnde questão do Marido-Esposa, da Esposa-Marido, do Mata-Aquele, do Mata-Aquela, do Mata-os-Dois - por um sócio prendado de várias filármonicas. Na Boemia do Espírito foi reproduzido o folheto com o título A Espada de Alexandre."


HENRIQUE MARQUES, 155; MANUEL DOS SANTOS, 11; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 56; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 235; CONDE DA FOLGOSA, 1214; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 995; ALMEIDA MARQUES, 43

Preço:150,00€

Referência:14786
Autor:BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
Título:ÂMAGO I - Nova Arte
Descrição:

Limiar, Porto, 1985. In-8º de 72-(7) págs. Brochado. Inserido na colecção Os Olhos e a Memória.

Observações:

Na badana:
"...só o nome de Fiama começa logo por ser uma garantia de (alta) qualidade. Sem a preocupação de evitarmos o lugar comum, mas ainda assim solução de recurso para a pressa com que se escrevem os jornais: Fiama - diremos - é um das fortes referências na (vasta e complexa) constelação da poesia portuguesa de hoje, e as proporções da sua obra (a complexificar-se de referências e de sugestões progressivamente, e a enriquecer-se também, precisamente por isso) já excederam há muito (desde «(este) Rosto» em 70, poderemos talvez dizer) os limites que antes a tornavam significativa ou representativa, somente. Fiama é hoje muito mais do que um nome da «Poesia 61», dos anos 60, de uma geração, de uma tendência, de uma linha de produção que a partir da «Poesia 61» se foi alargando e tornando cada vez mais fecundas as suas experiências. A obra de Fiama é hoje um lugar de vanguarda (de grande avanço, de avançadas conquistas) no domínio da linguagem poética, no âmbito da poesia portuguesa dos anos correntes..."

Preço:15,00€

Referência:14752
Autor:BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
Título:O TEXTO DE JOÃO ZORRO
Descrição:

Editorial INOVA, Porto, 1974. In-8º de 258-(17) págs. Brochado. Muito bom estado de cosnervação.

Inserido na colecção Coroa da Terra, dirigida por Egito Gonçalves. Capa de brochura e desenhos de Ângelo de Sousa.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO do livro que reunia a poesia toda até então publicada, com excepção de "Em Cada Pedra Um Voo Imóvel" e incluindo ainda um livro inédito: ERA.

Iniciou o seu percurso com as prosas poéticas de "Em Cada Pedra um Voo Imóvel", 1958, edição de autor, que conquistou o prémio de poesia Adolfo Casas Monteiro. Continuou pela prosa poética em "O Aquário", de 1959. Em 1961, integra o grupo "Poesia 61" com o folheto "Morfismos". A partir daí, publica poesia, de onde se destacam por exemplo "Barcas Novas" (1967), "Melómana" (1979) ou "Âmago 1: Nova Arte" (1985); no domínio da prosa poética acaba por esbater as separações entre a poesia e ficção com "Falar Sobre o Falado" (1988) e "Movimento Perpétuo" (1991); produz abundantemente para teatro, iniciando o seu percurso como dramaturga com "Os Chapéus de Chuva" (1961); e escreveu ainda um único romance, "Sob o Olhar de Medeia" (1998). Reuniu a sua obra em 1974, "O Texto de Joao Zorro" e em 1990, "Obra Breve". Foi-lhe atribuído o Prémio APE para poesia por duas vezes, "Epístolas e Memorandos" (1997) e "Cenas Vivas" (2000). O seu último livro de poesia foi publicado em 2002 pela Quasi, "As Fábulas".

Preço:30,00€

Referência:15001
Autor:BRANDÃO, Raúl
Título:HISTÓRIA D’UM PALHAÇO. (A Vida e o Diário de K. Mauricio).
Descrição:

Livraria de António Maria Pereira, Lisboa, 1896. In 8º de (4)-171-(2) págs. Encadernação coeva e cartonada, aproveitando as capas de brochura originais. Exemplar muito aparado, sem no entanto nunca afectar a mancha tipográfica. Rúbrica de posse no ante-rosto e frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO da segunda obra do autor, uma das mais raras no m

Observações:

" ... K. Maurício é uma personagem criada por Raul Brandão que surge esporadicamente na Revista d’Hoje, no Correio da Manhã e no Micróbio, de Celso Hermínio, entre “Dezembro de 1894 e Maio de 1895” (Viçoso, 1999: 157), sendo-lhe atribuída a autoria de um diário fragmentário, com o título “Diário de K. Maurício”. Em 1896, surge a obra História dum Palhaço (A Vida e o Diário de K. Maurício), sendo posteriormente reeditada, em 1926, com o título A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore. O texto e a personagem são sintomáticos da época em que são escritos, na medida em que nos deparamos com três níveis narrativos quase sobrepostos, por um lado, e, por outro, com uma sucessão de alteridades que na sua pluralidade não deixam de ser K. Maurício ..." (Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa)

Preço:65,00€

Referência:15312
Autor:BRANDÃO, Raul & PASCOAES, Teixeira de
Título:JESUS CRISTO EM LISBOA. Tragicomedia em sete quadros.
Descrição:

Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. s. d. (1926). In-8º de 120 págs. Brochado. Rúbrica de posse coeva no frontspício.

Observações:

"Vinte séculos escoaram, e Jesus reencontra os mesmos males que não curou. Nada mais lhe resta do que fazer-se crucificar de novo. O Deus feito homem passa da cabana do cavador miserável ao gabinete do Comissário de Polícia, onde ele encontra o anarquista e o ladrão. Ouvimos a mulher honesta invejar cruelmente o insolente luxo da prostituta; assistimos à reunião do Conselho de Ministros, onde perpassa o pavor dos estragos que pode causar, no mundo moderno, a pregação de uma doutrina de humildade e de pobreza; na Catedral, encontramos o Diabo e Jesus face a face; o próprio poeta duvida que um Deus verdadeiro possa aparecer na Lisboa do nosso tempo; todavia, este Deus está de facto ali, sob a forma humana, e os poderosos do dia decidiram que deveria morrer pela segunda vez..." [Philéas Lebesgue, Lettres Portugaises (excerto), in Mercure de France, n.º73, tomo CCVIII, Paris, 1.12.1928.]

Preço:65,00€

Referência:14093
Autor:BRANDÃO, Raul; BRANDÃO, Maria Angelina
Título:PORTUGAL PEQUENINO
Descrição:

Tipografia Seara Nova, Lisboa, 1930. In-8º de 258-(6) págs. Br. Ilustrado ao longo do texto com ilustrações de Carlos Carneiro e em extra-texto duas pinturas de Alberto de Sousa representando as cidades do Porto e de Lisboa. Capa de Alberto Sousa. Capa com algumas insignificantes manchas marginais.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro de Raul Brandão pelo mundo infanto-juvenil cuja escrita revela um gosto pelo pitoresco local ou de costumes e até de brincadeiras infantis “de outros tempos”, que não esconde, em certa medida, o "espanto sempre extasiado de ver e sentir" que referem José António Saraiva e Óscar Lopes ao falarem sobre a obra do autor.

Preço:45,00€

Referência:15192
Autor:BRETON, André
Título:NADJA
Descrição:

Editorial Estampa (Lisboa, 1971). In-8º de 142-(2) págs. Brochado. Ilustrado com fotografias de Man Ray e de Jacques-André Boiffard, ao longo do texto.

PRIMEIRA EDIÇÃO portuguesa de um dos títulos capitais da literatura francesa do séc. XX, da autoria da figura de proa e/ou disciplinador teórico do movimento surrealista internacional, considerado pelo autor a sua obra-chave, e, aqui, numa excelente tradução de Ernesto Sampaio. Integrada na colecção Novas Direcções..

Observações:

Nadja publicada em 1928 revista e reeditada pelo autor em 1963, é um dos primeiros "romances" surrealistas. Nela o autor narra a sua história, sem definir as fronteiras oníricas e reais, de uma breve e tempestuosa relação com Nadja, uma jovem pela qual se enamorou de forma misteriosa e fascinante. E é através dos olhos dessa mulher que ele é transportado numa deambulação por Paris e, ao mesmo tempo, numa profunda busca de si mesmo, uma tentativa de resposta à pergunta seminal com que abre a narrativa: «Quem sou?».

Preço:20,00€

Referência:15177
Autor:CARVALHO, Joaquim Martins de
Título:ASSASSINOS DA BEIRA. Novos apontamentos para a História Contemporânea
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1890. In-8.º de VII-359 págs. Encadernação meia inglsa em pele preta com dizeres gravados a ouro na lombada, em casas abertas. O exemplar apresenta aparo à cabeça e com acidez própria da qualidade do papel aqui empregado. Conserva a original capa de brochura anterior.

Edição original bastante INVULGAR.

Observações:

Importante obra, talvez a mais destacada de toda a bibliografia desta temática dos conturbados tempos das lutas miguelistas e sobre as guerrilhas da Beira no Séc. XIX, entre as quais a de João Brandão.

"Aqui se conta o assassínio dum sapateiro próximo da igreja, ou capela de S.Pedro; a morte do padre António José Torres, quando num dia de festa punha luminárias nas janelas de sua casa; o apunhalamento junto da fonte da Bica, durante a feira do Mont'Alto de 1837, do tendeiro Joaquim Pereira Novo e, finalmente, o espancamento de Manuel Carvalho de Brito."

Joaquim Martins de Carvalho (1822-1898) nasceu em Coimbra, frequentou aulas de latim nos jesuítas, fez parte do movimento da "Maria da Fonte" (1846), tendo por isso sido preso e levado para o Limoeiro em Lisboa. Foi um notável jornalista, talvez o mais admirável do seu tempo, colaborou no Liberal do Mondego, Observador (de que, posteriormente, foi proprietário) e principalmente nesse incontornável jornal, O Conimbricense Não tendo ele sido verdadeiramente um escritor, na acepção estilística do termo, foi um jornalista ardoroso e intemerato, arrostando tão corajosamente os perigos como afrontava sobranceiramente chufas e arruaças, em luta permanente contra tudo e contra todos pelo Progresso, pela Ordem e pela Verdade.

 

Preço:65,00€

Referência:14607
Autor:CARVALHO, Maria Amália Vaz de
Título:CARTAS A LUIZA (Moral, Educação e Costumes)
Descrição:

Barros & Filha, Editores, Porto, 1886. In-8º de 286-(1) págs. Encadernação moderna em percalina castanha. Conserva capas de brochura, estas com restauros e manchas (ver imagem) e está por aparar.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO desta notável obra em que a autora considera essencialmente o papel da Mulher na sociedade e na família, focando que seria essencial apostar na educação da Mulher, caso contrário esta seria incapaz de desempenhar em boas condições a sua função. Nota-se nestas cartas a influência francesa típica da época, sem esconder alguma ironia ou mesmo uma leve crítica.

"... Maria Amália Vaz de Carvalho (Lisboa, 1847 - Lisboa, 1921), casada com o poeta Gonçalves Crespo, foi a primeira mulher a ingressar na Academia de Ciências de Lisboa. Sob o pseudónimo de Maria de Sucena, assinou numerosas crónicas jornalísticas. Poetisa consagrada e apelidada de 'Stael portuguesa', devido às semelhanças com a literatura francesa do século XVIII, a sua casa tornou-se o primeiro salão literário de Lisboa, tendo sido frequentada por grandes figuras das letras. Além de poesias, publicou contos, romances, ensaios e memórias..."

Preço:33,00€

Referência:14339
Autor:CARVALHO, Raul
Título:POESIA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, S/d (1955). In-8º de 259-(5)págs. Br. Capa com algumas falhas marginais e mancha de humidade marginal nas primeiras folhas.

Primeira edição.

Observações:

Segundo livro de um dos poeta mais importantes do nosso tempo, muito apreciado por Jorge de Sena, e colaborador das revistas Távola Redonda e Árvore e Cadernos de Poesia, que, na década de 50 conglomeravam de forma irregular, mas activa, poetas de várias sensibilidades.

Preço:35,00€

Referência:15300
Autor:CASTELLAN, A(ntoine) L(aurent)
Título:LETTRES SUR LA GRÈCE, L´HELLESPONT ET CONSTANTINOPLE faisant suite aux Lettres Sur La Morée; par ... avec vingt Dessins de l'Auteur, gravés par lui-même, et deux Plans. PREMIÈRE PARTIE (et Deuxième).
Descrição:

Chez H. Agasse, Paris, 1811. In-8º de dois tomos com (2) ff, 171 p. e (2) ff, 235 págs encadernados num só volume, com 22 gravuras das quais duas são mapas desdobráveis (algumas das gravuras são também desdobráveis). Encadernação coeva, cartonada, decorada com papel fantasia pintada na época, corte das folhas carminado, com ligeiros e insignificantes defeitos de manuseamento, especialmente nos cantos. Miolo muito limpo, mantendo a sonoridade original do papel.

EDIÇÃO ORIGINAL deste notável livro de viagens, largamente elogiado na época por Lord Byron , muito bela, de grande valor bibliófilo, magnificamente ilustrada com planos e desenhos de vistas e monumentos elaborados e gravados pelo autor, o pintor Antoine-Louis Castellan (1772-1838) que percorreu a Grécia e a Turquia, atingindo através desta obra uma certa notoriedade.  Castellan foi para o "levante"  em 1796 enquanto desenhador, com uma missão de engenharia francesa liderada por Pierre Ferregau, que esperava obter um contrato laboral durante a construção de novas docas. " ... Embora a missão tenha sido interrompida, Castellan aproveitou a oportunidade para tomar notas e fazer desenhos. Ele produziu um livro muito interessante, extremamente pró-Grécia, com longas digressões sobre política e folclore" (Blackmer).

PEÇA DE COLECÇÃO.

Hage Chahine, 821; Blackmer, 299; Chadenat, 2247.

Observações:

Antoine Laurent Castellan (1772-1838) foi um arquiteto, pintor e gravador francês. Estudou pintura paisagística e viajou para a Suíça, Itália e Império Otomano. Realizou uma curta viagem pelos territórios otomanos, principalmente pelo sul da Grécia e pelas ilhas (Zaquintos, Citera, Peloponeso e Hidra), bem como por Istambul e o Helesponto. No final do século XVIII, durante o reinado do sultão Selim III, num esforço para melhorar as relações com o império otomano, a França organizou uma expedição a Istambul com a missão de reparar navios e ajudar em outras tarefas no porto da cidade. Castellan participou da missão como pintor.

A expedição não alcançou os seus objetivos, pois os seus membros foram obrigados a fugir face à guerra, a uma epidemia, a incêndios e a uma revolta. Castellan, no entanto, publicou as suas impressões desta viagem, num texto escrito em estilo epistolar, que circulou em três edições, com numerosas gravuras baseadas nos seus desenhos. Infelizmente, o trabalho de Castellan circulou ao mesmo tempo em que Pouqueville conheceu enorme sucesso editorial com seus próprios livros. Castellan tornou-se membro da Acadèmie des Beaux Arts, à qual dedicou os últimos anos de sua vida. Sua obra “Moeurs, usages, costumes des Othomans” (1812) juntamente com a que se apresenta, foram largamente elogiada por Lord Byron.

Inteligente e objetivo, além de sensível, Castellan retrata as ilhas, o Peloponeso e Propontis, focando-se nas tradições de cada um dos lugares visitados. Foi um dos primeiros viajantes a se tornar sensível à música grega e à arte religiosa ortodoxa grega. Harmoniosos com o seu texto, os seus desenhos acompanham o seu discurso gentil. Livre de preconceitos, Castellan descreve o novo mundo que vê diante de si: fortalezas, cidades, mesquitas, igrejas, fontes, casas, moinhos, antiguidades e pessoas.

Nesta edição, Castellan descreve brevemente algumas ilhas do Mar Egeu (Cranae, Kea, Eubeia, Calogeros, Psarra, Lesbos e Tenedos) e discorre sobre Dardanelos, Callipolis, Lampsakos e a Ilha de Mármara. Foca-se nos assuntos específicos relativos a Istambul, como Pera, os caikhs, os costumes dos fuzileiros navais gregos, a Royal Cistern, uma mulher grega da nobreza, sua recepção por um oficial otomano, um grande incêndio, cemitérios, a epidemia de peste, palácios no Bósforo, costumes e tradições dos turcos etc. A escolha dos temas e a forma como descreve mostram a visão particular de um notável viajante.

Preço:650,00€

Referência:15189
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:CAMAFEUS ROMANOS
Descrição:

´Lúmen, Coimbra, 1921. In-8º de 92-(3) págs. Brochado. Nítuda impressão a duas cores, negro e vermelho, sobre papel de linho. Bom exemplar.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:
Preço:15,00€

Referência:15184
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:SAUDADESDO CÉO
Descrição:

  F. França Amado — Editor, Coimbra, 1899. In-8º de 58-(2) págs. Brochado com pequenos defeitos superficiais provocador pela actividade de lepismatidae. Cadernos por abrir,

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Obra publicada numa fase simbolista de Eugénio de Castro mais tardia mas que mereceu enorme interesse por parte de escritores da América do Sul entre outros países, como nos testemunha Miguel Filipe Mochila (revista Limite, nº 15, 2021):
" ... Cabe começar por recordar que, graças à publicação de Oaristos (1890) e Horas (1891), livros habitualmente tidos como os introdutores do Simbolismo na Península Ibérica, alcançou o poeta notoriedade em diversos meios literários europeus, com destaque para Itália e França, salientando-se as traduções que dos seus poemas realizou Vittorio Pica, graças às quais, bem como ao papel desempenhado por algumas revistas e críticos franceses, a sua poesia chegou ao contexto ibero- americano, onde os seus livros foram recebidos com entusiasmo. Poetas ibero-americanos, oriundos de países como a Argentina, o Chile, a Colômbia, Cuba, o México, a Nicarágua ou o Peru, admiraram o autor português, tendo-o traduzido ou escrito sobre ele, dedicando-lhe elogiosas e por vezes mesmo aduladoras missivas, criando em seu redor um fascínio quase mitificante ...".

Preço:25,00€

Referência:15183
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:GUIA DE COIMBRA
Descrição:

F. frança Amado, editor - Coimbra, s.d. In-8º de 103-(1)-(8) págs. Brochado. Ilustrado à parte com um grande mapa ou planta topográfica desdobrável da cidade e sobre papel couché com vistas de Coimbra, monumentos, fachadas de edifícios, claustros, etc ... Apresenta no final um caderno de 8 páginas cimpressa sobre papel rosa velho com publicadade a casas comerciais locais. Capa de brochura ligeiramente rasgada na charneira, na parte superior. De resto, muito bom exemplar, muito estimado.

Primeira e única edição cuja publicação oficial foi suportada pela Sociedade de Defesa da Propaganda de Coimbra.

Observações:

Na introdução, as palavras de um poeta caracterizam tão bem a cidade de Coimbra de então, como hoje, cem anos depois, e dizem o seguinte:
" ... COIMBRA é como certas mulheres que depois de haverem soffrido os maiores ultrajes do tempo e do destino, conservam ainda na decrepitude eloquentes signaes da belleza que tiveram em moças. Ao passo que, nos outros paizes da Europa e até na visinha Hespanha, injustamente classificada de barbara, a modernisação das povoações historicas se tem feito assisadamente, abrindo-se novos bairros de ruas amplas e arejadas, mas conservando-se com respeito a parte antiga nos seus elementos monumentaes e pittorescos, em Portugal, pelo contrario, a falta de cultura artistica, a decadencia da aristocracia, o desdem pela tradição e a incompetencia da maior parte das edilidades, descaracterisaram por completo as cidades, arrasando ou deixando cair desalmadamente castellos e muralhas, templos e solares, duplamente interessantes e veneraveis, pelo que valiam como obras d'arte e pelas nobres coisas que do passado nos diziam. De todas as cidades portuguêsas victimadas pelos elementos devastadores acima apontados, nenhuma como Coimbra padeceu tantas e tão grandes injurias. ...".

Preço:25,00€

Referência:15181
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:O REI GALAOR. Poema dramático.
Descrição:

F. França Amado, Coimbra, 1897. In-8º de 77-(1) págs. Brochado com capa ligeiramente empoeirada e pequeníssimas falhas de papel provocado pela acção de lepismatidae. Nítida impressão a duas cores, negro e verde. Miolo bem conservado embora apresentando ligeira acidez marginal. Conserva as badanas.

Invulgar PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Texto de feição dramática desenvolvida pela fase "novista", paralelamente à sua vertente poética lírica mais conhecida que, segundo José Carlos Seabra Pereira (1990), " ... após a revolução de Oaristos e Horas, segue-se uma consolidação renovadora com O Rei Galaor, Belkiss e Sagramor, prenhe este de um neo-goethismo de ascendência horaciana na defesa do carpe diem situando o autor estas obras na ontologia negativa do Decadentismo e na superação contemplativa do Simbolismo ...". Rei Galaor mereceu ainda imensa atenção fora fronteiras onde conheceu diversas traduções, nomeadamente em Espanha (em 1902 por José Juan Tablada, em 1913 por Juan González Olmedilla, em 1912, 1915 e 1930 por Francisco Villaespesa) e Itália (em 1900 por Antonio Padula).

Preço:25,00€

Referência:15037
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:BELKISS, RAINHA DE SABÁ D'AXUM E DO HYMIAR
Descrição:

Typographia F. França Amado, Coimbra, 1894. In-8.º de 204-(2) págs. Brochado. Nítida impressão com recurso a duas cores, negro e vermelho, sobre papel de qualidade superior, em linho. Capas de brochura com fortes sinais de manuseamento, etiqueta de ordem de biblioteca privada e capa posterior com trabalho de lepismatídeos. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. A necessitar de uma encadernação.

PRIMEIRA EDIÇÃO, rara.

Observações:

Este texto, baseado na narrativa bíblica sobre a Rainha de Sabá, introduziu o simbolismo no teatro português, ao lado de O Pântano, de D. João da Câmara. De grande sucesso no estarngeiro, a obra foi publicada entre diversas línguas logo a seguir à edição original portuguesa, tendo sido só reeditado entre nós em 1910 e novamente em 1927, aquando das obras completas revistas pelo poeta.

Obra produzida numa fase de anos vertiginosos em que a produção de Eugénio de Castro, na opinião do estudiosos José Carlos Seabra Pereira, está longe de se circunscrever a modalidades discursivas de agitador cultural, " ... desmultiplicando-se antes em sondagens surpreendentes de novos domínios de inovação literária e promissoras tentativas de outros tipos de escrita sempre sob o signo da «modernidade» ...".

Preço:85,00€

Referência:15009
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:SALOMÉ e outros poemas
Descrição:

Livraria Moderna de Augusto D´Oliveira Editor, Coimbra, 1896. In-8º de (6)-88-(3) págs. Encadernação coeva em chagrin vermelho, com cantos. Nítida impressão de esmerado apuro gráfico sobre papel algodão de qualidade superior. Pastas com cercaduras douradas e lombada fina e elegantemnte decorada a ouro com elaborados ferros. Ambas a capas de brochura preservadas e com raros picos de humidade. Miolo muito limpo. Guardas em papel tintado manualmente. Ligeiro aparo generalizado. Rubrica de posse no frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Eugénio de Castro (1869-1944) foi autor responsável pela introdução do Simbolismo em Portugal. A publicação deste título coincide com o seu ponto mais alto de toda uma produção simbolsita de quem S. Mallarmé, numa carta que lhe dirigiu por estes anos fini-seculares " ... très haute Religion Artistique dont vous êtes, avec le divin Wagner et le sublime Poe, un des plus admirables Pontifes ...” [MALLARME, Stéphane - Correspondance edição Gallimard, Paris, 1973, p. 228-29]

Preço:90,00€

Referência:14990
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:A MOSCA - Bijou Litterario. 7 nº em duas séries. (10 de Setembro 1882 a 20 de Dezembro 1882)
Descrição:

Typ. S. e S., Coimbra, 1882. In-4º pequeno de cinco números (de sete) e um suplemento em duas séries. Brochado. Impressão nítida sobre papel de cor laranja, com excepçao do último númro, sobre papel creme. Capa de brochura impressa em separado para albergar todos os números. Foi redactor e fundador, Eugénio de Castro.

A revista tem a seguinte composição dos seus números:
- a primeira série, o primeiro nº tem a data 10 de Setembro de 1882, o nº 2 de 17 de Setembro de 1882, o nº 3º de 24 de Steembro de 1882, o nº 4º de 1 de Outurbo de 1882.;
- a segunda série, composta por três números, tem como nº 1 a data 3 de Dezembro de 1882, o nº 2 a data de 10 de Dezembro de 1882 e o nº 3 a data de 20 de Dezembro de 1882;
- apresenta ainda um Suplemento ao nº 4 (da primeira série) com data 2 de Outubro de 1882 e que é uma folhinha de informação de suspensão de publicação.

No exemplar que se apresenta, falta apenas o nº 1 e 3 da primeira série.

Observações:

RARÍSSIMA publicação periódica, anterior à publicação de estreia (Chrystalizações da Morte, 1884) do maior poeta simbolista português (e dos mais destacados e reconhecidos poetas europeus nesta corrente artística literária) que foi EUGÉNIO DE CASTRO (contava então 13 anos !!!), desconhecidíssima dos catálogos dos avançadas colecções de literatura portuguesa, dos bibliófilos de primeira linha (Almeida Marques, Aulio Gélio Godinho, Avila Perez, Cândido Augusto Nazareth, João Ameal, Laureano Barros, etc ...). Tão pouco inexistente na Biblioteca Nacional, ou em outra qualquer importante biblioteca pública nacional. Excepção  verifica-se na Biblioteca da Câmara Muncipal de Coimbra, que descreve na sua Jornais e Revistas de Coimbra (1931, p. 47) com a existência de apenas um exemplar, embora incompleta, da primeira série, admitindo a existência de uma segunda série, mas inexistente no seu acervo.

Teve colaboração de Alfredo Costa, Fernando Chénier, José Mourão, António Horta, Alfredo da Câmara, Raul de Soils, Eugénio de Castro entre outros.

Preço:900,00€

Referência:12197
Autor:CASTRO, Fernanda de
Título:A ILHA DA GRANDE SOLIDÃO Poema
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1962. In-8º de 69-(2) págs. Br. Apresenta um pequeno carimbo editorial de oferta. Apresenta todos os cadernos por abrir. Excelente estado de conservação.

Observações:

 

Pequena flor…
Petite fleur.
A trompette do Sidney Bechet
dilacera-me ouvidos
e sentidos.
Magoa-me a estridência
da música obcecante.
Enerva-me a violência
dos sons,
dos desejos incontidos.
Dói-me a culpa,
a inocência
de uns braços estendidos.

 

Preço:20,00€

Referência:15201
Autor:CASTRO, Ferreira de
Título:MAS ...
Descrição:

Typ. Boente & Silva. Lisboa. 1921. In-8° com (4) - 100 págs. Brochado. Capas de brochura em excelente estado de conservação, ostentando ocasionais pequenos picos de acidez e miolo em mint condition. Preserva a capa da brochura ilustrada a cores bem como as duas raríssimas ultimas folhas picotadas de forma a facilitar a sua remoção, para o caso do leitor de espírito mais púdico não querer acompanhar a incursão erótica desta parte final.

MUITO RARA PEÇA DE COLECÇÃO em primeira edição (e única) da primeira obra de Ferreira de Castro publicada em Portugal.

Observações:

José Maria Ferreira de Castro (1898 – 1974) notável escritor e opositor ao Estado Novo, lutou pela Liberdade, pela justiça social, e pela dignidade e emancipação do Homem. Em 1911, com apenas 12 anos e com a escola primária, emigrou para o Brasil, Belém do Pará, e enviado logo de seguida para os confins da selva amazónica onde trabalhou arduamente num seringal, realidade sobre a qual iria escrever mais tarde em muitos dos seus romances. Nessa época passou por imensas privações e desempenhou os mais variados e humildes trabalhos. Começou entretanto a escrever enviando os textos para jornais no Brasil e em Portugal. Publica em 1916 o seu primeiro trabalho literário, Criminoso por ambição, em fascículos vendendo-os de porta em porta, seguindo-se de duas peças de teatro Alma Lusitana e O Rapto. Por volta de 1917 torna-se jornalista e escreve para vários jornais brasileiros. Coloca-se ao lado dos individuos explorados, miseráveis e expoliados da sociedade. No ano de 1919 regressa a Portugal, e apesar de ser um jornalista bastante conhecido no Brasil, tem dificuldade em encontrar emprego. Foi nesta sequência que publicou a obra que se apresenta Mas ... , em edição de autor, e corresponde a uma coletânea de ensaios literários e sociais juntando narrativas em que é patente a procura dum estilo original, ousado e com uma pontuação bastante vincada que " ... revelam uma ânsia de inovar, de cortar com fórmulas consagradas, de fugir dos caminhos trilhados..." (Jaime Brasil, In-Memoriam Ferreira de Castro, 1976, p. 37). A sua obra mais conhecida, divulgada, editada e traduzida é A SELVA. Mas ... insere-se num período de criação literária até 1928 com O Vôo nas Trevas em que o autor não autorizou reeditações, sendo por isso de difícil acesso e bastante raras no mercado bibliófilo.

Ferreira de Castro é um dos maiores escritores portugueses de sempre, estando os seus romances traduzidos em vinte uma línguas em todo o mundo. Chegou mesmo a ser proposto para o Nobel da Literatura. Em 1951, um grupo de intelectuais democratas e anti-fascistas convidou-o para se candidatar à Presidência da República, o que declinou. Foi também membro do MUD - Movimento de Unidade Democrática, opositor do Estado Novo.

 

Preço:825,00€

Referência:14306
Autor:CASTRO, João Osório de
Título:O BAILE DOS MERCADORES
Descrição:

Cosmos, Lisboa, 1964. In-8º oblongo com  X-165-(19) págs. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado ao longo do texto e em extra-texto com ilustrações  de Luís Osório. Encerra também as pautas de música da autoria de Luís Sande Freire.

 

 

Observações:

Curiosa farsa em 7 quadros escrita por João Osório de Castro recheada de humor e fantasia.

Preço:18,00€

Referência:14847
Autor:CASTRO, Sérgio
Título:CAMILLO CATELLO BRANCO. Typos e Episodios da Sua Galeria
Descrição:

Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1914. In-8.º de 3 volumes com 334, 302 e 372 págs. respectivamente. Encadernações editoriais em skivertx vermelho com ferros vegetalistas gravados a negro e dizeres dourados nas pastas. Exemplares em  muito bom estado de conservação.

Primeira edição. INVULGAR.

Observações:
Preço:75,00€

Referência:14664
Autor:CENTENO, Yvette Kace
Título:NO JARDIM DAS NOGUEIRAS
Descrição:

Livraria Bertrand, Amadora, 1982. In. 8.º de 137 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Vitor Simões. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

Este livro tem passagens propositadamente estragadas pela autora.
Yvette Centeno guia-se aqui pelo acaso (e pelo compositor tipográfico e as suas falhas) e confunde o leitor, até ao nível material da imagem da frase que se vai esfumando e desaparecendo na página, com as palavras sumidas e comidas.
 

Preço:15,00€

Referência:12512
Autor:CÉSAR, Amândio
Título:NÃO POSSO DIZER ADEUS ÀS ARMAS
Descrição:

Editora Pax, Braga, 1945. In-8º de 76-(4) págs. Br. Integrado na colecção "Metrópole  e Ultramar".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra distinguida com o Prémio Camilo Pessanha.

NECROLOGIA PARA UM SOLDADO DA ÍNDIA

Os jornais publicaram nomes,
Muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Eram nomes, muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes!
Eram milhares de nomes de vivos:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Nas linhas, muitas linhas de nomes,
Vinham altas patentes e soldados rasos,
Hierarquicamente e por ordem alfabética:
O TEU NOME NÃO ESTAVA LÁ!

Não! O teu nome não podia estar ali:
Tu morreste em Goa, à vista de Goa,
Que morria quando tu morreste.
Por isso ficaste abandonado e só,
Junto de Goa moribunda.

Tão abandonado e tão só
Como a pistola metralhadora,
Agora inútil,
Agora inútil porque tu morreste
E Goa morreu contigo!

Há-de florir, vermelha,
Uma flor nascida do teu sangue.
As folhas serão verdes
Como a última imagem dos teus olhos baços.

É o último reduto,
Será a última bandeira hasteada em Goa,
Na terra ocupada pelo invasor,
Depois que alguém ergueu ao céu azul
A branca bandeira do medo e da ignomínia!

Não vens na lista de nomes,
Em nenhuma das linhas dos nomes:
O TEU NOME NÃO PODIA ESTAR ALI!

Mas, quando uma jovem manducar
Colher a flor vermelha que sobrou do teu martírio,
Aspirar o perfume solene dessa flor cortada
E perder seus olhos pretos no verde das folhas tenras,
ENTÃO SIM, TU ESTARÁS ALI!

Ali ressuscitado,
Ali vigilante como a sentinela,
Até que tornem os fantasmas dos soldados de Albuquerque
Para castigarem o orgulho sacrílego do invasor.

Tu, anónimo soldado,
Morto na terra escaldante de Goa,
És a imagem do Governador
Que à vista dela morreu.
Tu, sim, és da estirpe de Albuquerque,
Nunca vassalo…

Preço:15,00€

Referência:15212
Autor:COELHO, Trindade
Título:IN ILLO TEMPORE
Descrição:

Livraria Aillaud & Cª, Lisboa, 1902. In-8º de 418-(5) págs. Encadernação editorial em skivertex verde com dizeres dourados nas pastas. Conserva as muito belas capas de brochura (pequena falta de papel no canto inferio esquerdo - ver foto), ligeiramente aparado à cabeça. Impressão em papel couché, ilustrado ao longo do texto (chamamos especial atenção para os "tipos de Coimbra"). Corte superior das folhas brunido a ouro fino. Exemplar com sinais de manuseamento e rúbrica de posse coeva no frontspício.

Primeira edição desta obra que se tornou popular pelas inúmeras edições que veio a conhecer.

Observações:

Interessante livro de memórias académicas evocando o ambiente estudantil e figuras típicas, tanto da Universidade como da cidade coimbrã.

Preço:50,00€

Referência:15106
Autor:CORELLA. Fr. Jayme de
Título:PRACTICA DO CONFESSIONARIO e explicação das proposiçoens condenadas pela Santidade de Innocencio XI e Alexandre VII, sua materia os casos mais selectos da Theologia Moral, sua forma hum dialogo entre o confessor e o penitente. Parte I ( e II).
Descrição:

Na Officina que foy de Miguel Lopes Ferreira, Lisboa, 1737 (e 1738). In-fólio de 15 ff. inums. - 310 e 7 ff. inums. - 330 págs. [ai-dij , Ai - Rr & §i-Sss] respectivamente. Encadernação coeva, inteira de carneira, mosqueado fino e lombada com decoração floreada barroca em casa fechadas, ligeiramente coçadas. Falho de rótulo na lombada. Último caderno solto. Exemplar completo, de estrutura rígida e muito bem conservado, mantendo a sonoridade original do papel. Algumas páginas com anotações marginais, coevas.

PRIMEIRA EDIÇÃO PORTUGUESA da obra que, no género, teve grande aceitação e um elevado número de edições e traduções, escrita quando o autor tinha 27 anos. Tradução de Padre Domingos Rodrigues Faya publicada em portuguyês cerca de meio século depois.

BN ; Monteverde Cunha Lobo, 1811.

Observações:

Jaime de Corella (1657-1699) vestiu o hábito dos Capuchos no Convento de Cintruénigo em 1673 então com 18 anos de idade e foi eleito Provincial em 1693. Escritor moralista e orador sacro, destacando-se por sua grande elocuência e profundidade doutrinal. Teve vasta obra publicada sendo o título Pratica del Confesionario (1686) e Conferencias morales (1687) as que tiveram maior aceitação e delas se realizaram inúmeras edições e traduções.

 

Preço:225,00€

Referência:14569
Autor:CORREIA, Hélia
Título:VILLA CELESTE novela ingénua.
Descrição:

Ulmeiro, Lisboa, 1985. In-8º de 50-(2) págs. Brochado. Primeira edição.

Observações:

Começa assim esta novela ingénua:

"Teresinha Rosa já passava dos sessenta quando a vida lhe armou um campo de batalha e ela tomou o gosto ao pelejar. Atravessara até então os tempos - primaveras rosads, invernias, sufocações de verão, tremores de outono - em perfeita harmonia com as coisas, como um madeiro a passear-se na corrente, abandonado às águas, prazenteiro, divertindo-se até com algumas topadas em bicos de rochedo ...".

Preço:14,00€

reservado Sugerir

Referência:14568
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O SEPARAR DAS ÁGUAS
Descrição:

A Regra do Jogo, Lisboa, 1981. In-8º de 91-(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Teresa Ferrand. Muito bom estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE ESTREIA de Hélia Correia.

Observações:

Livro de estreia de Hélia Correia em que desde logo cedo, com a obra seguinte O Número dos Vivos, se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta. Esta novela " O Separar das Águas trouxe consigo uma voz singular, devedora de algum realismo fantástico..." (Eduardo Pitta) tendo sido também considerada pela crítica obra invulgarmente bem escrita entre o burlesco e o dramático.

Preço:30,00€

Referência:14567
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O NÚMERO DOS VIVOS
Descrição:

Relógio d'Água, Lisboa, 1982. In-8º de 135-(1) págs. Brochado. Capa com ligeiros sinais de manuseamento. Miolo muito limpo.

Observações:

Este segundo título da extensa bibliografia que Hélia Correia publicou, é considerado o primeiro romance sendo as restantes obras classificadas de novelas. Nesta obra que tem como panorama de fundo o contexto rural, a acção desenrola-se principalmente entre mulheres.

Hélia Correia (1949) sendo também poetisa e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta, ao publicar, em 1982, O Número dos Vivos.
 

Preço:25,00€

Referência:13358
Autor:CORREIA, João de Araújo
Título:NOITE DE FOGO e outros contos
Descrição:

Editorial Inova, Porto, 1974. In-8º de 96-(2) págs. Br. Capas de brochura com algum desgaste e miolo amarelecido pelo tempo. Integrado na Colecção Duas Horas de Leitura, com direcção gráfica de Armando Alves.

 

Observações:

Antologia de contos deste autor considerado o maior contista português. A sua escrita sofre  influências de Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco e Trindade Coelho.

Da badana:

“É João de Araújo Correia um estilista de linhagem camiliana, com o senso agudo do dinamismo narrativo: escreve para contar histórias e tão bem sabe fazê-lo, que nelas se imprime, como o rosto sangrento de Cristo na toalha de Verónica, a fisionomia de um povo”

Urbano Tavares Rodrigues

Preço:20,00€

Referência:15298
Autor:CORREIA, Natália
Título:CÂNTICO DO PAÍS EMERSO.
Descrição:

Contraponto (Lisboa, s.d. - 1961). In-8º de 37-(1) págs. Brochado com raros picos de humidade.

PRIMEIRA EDIÇÃO rara e apreendida pela PIDE.

Observações:

Cântico do país emerso foi escrito na sequência do assalto ao Santa Maria (22de Janeiro 1961), assalto este, comandado por Henrique Galvão, que teve objectivo expor a ditadura portuguesa virando a comunidade internacional contra Salazar. O livro da Natália " ... terá demorado menos tempo a escrever do que Salazar demorou a livrar-se da humilhação ..." (Filipa Martins, 2023) e encabeçou o rol de obras natalianas proibidas pelo Estado Novo durante os anos 60.
 

Preço:90,00€

Referência:15295
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MOSCA ILUMINADA
Descrição:

Quadrante, Lisboa, 1972. In-8º de 85-(3)págs. Brochado.

Integrado na "Colecção Poesia". Capa e orientação gráfica de Cidália de Brito Pressler. Exemplar muito bem conservado, não obstante de alguns picos de humidade na capa.

Observações:

Colectânea constituída por duas partes "Fragmentos de um Itinerário" e "As Aparições" onde Natália Correia reúne um conjunto de poemas e de prosa poética.

Num dia demasiado raivoso para caber no zodíaco nasci a metade de um endecassílabo quebrado em dois. Tambor de ossos delirantes espalhei na cidade a notícia de um planeta puro como o hálito de muitas flores reunidas preparava um dilúvio de sonhos para desnudar as estrelas jacentes nas criptas dos nomes. Era a loucura de não nascer comigo. Sentados no sumptuoso acento da morte, os homens trocavam entre si as navalhas em código dos assassinos especialistas na vida. Tinham todos nascido pontualmente à hora da certidão de idade. Ou estavam pelo menos convencidos disso. Uma certeza que na caça aos fogos-fátuos do alfabeto atribui a cada um o mérito de pendurar à cintura o significado esperneante da vida. Uma cabeleira em acento circunflexo amortecia os sons pertencentes a outra idade que levavam aos sepulcros, salas da dança horrível das vogais sepultadas vivas. Constelada de calafrios recolhi-me à minha flor provocada pelos dias intensos em que me alcanço na radiosa capital dos inascidos: a luz da minha pele iluminada por dentro para gravar um canto. A educação musical dos girassóis que dá o meu hectare de realidade entre o ser e o estar põe a minha memória ao serviço da metade que eu fiquei por nascer. Trabalho urbanístico de esponja embebida na luz de um lugar achado pela técnica suavíssima do marfim de todos.
Alguns, por cardíaca aceitação do policiamento da porta que um cão de turquesas abre para o sítio onde vai ser a vida, chamam a isso poesia.

Preço:40,00€

reservado Sugerir

Referência:15294
Autor:CORREIA, Natália
Título:O HOMÚNCULO. Tragédia jocosa com quatro ilustrações da autora.
Descrição:

Contraponto, Lisboa, 1965.In-4º de 38-(2) págs. Brochado. Ilustrado em extra-texto com quatro ilustrações da autora, com fortes influências surrealistas, impressas à parte e coladas em folhas para isso destinadas. Edição cuidada. Exemplar impecável

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

O Homúnculo é uma peça de teatro escrita por Natália Correia, apreendido pela PIDE logo após ser publicado, em 1965. A peça consiste numa sátira onde a figura de Salazar (que na peça é incarnado pela figura de el-rei Salarim) é completamente destituída da majestade  e solenidade que caberia a um chefe de estado. Salarim apresenta-se como a figura que representa o Reino da Mortocália, no qual as pessoas que o habitam vagueiam pelo território como mortos-vivos.

"Salarim tem nariz (ou bico) arqueado e dois olhos de fogo muito juntos, situados quase no alto da cabeça. Da sua idade só se pode dizer que por meios naturais era de esperar que já tivesse morrido há muito tempo, mas que por outros meios, talvez sobrenaturais (há quem diga que usando em proveito próprio o tempo que roubou aos súbditos), conseguiu suster a foice, sempre que a morte julgou chegada a altura de ceifar os seus muito esticados anos."

Preço:80,00€

Referência:15287
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MADONA
Descrição:

Editorial Presença, Lisboa, 1968. In-8º de 239-(1) págs. Brochado. Capa de brochura lustrada com fotografia de F.C.E. Não obstante de se encontrar com alguns, muito poucos, sublinados leves a tinta negra, está um exemplar em muito bom estado de conservação.

Primeira edição.

Observações:

Romance de Natália Correia que é um ataque feminista à sociedade, mais emocional do que argumentativo, em que,  segundo Filipa Martins (2023) "... denuncia a doença do ateísmo ...". .  Muito do que ainda hoje  é a concepção de castidade, de fidelidade,de amor , de feminino e de masculino é aqui descrito de uma forma crua e intensa.

 

Da Contracapa:

"... A dialéctica da emancipação da mulher tem neste romance um dos seus mais vivos e vigorosos testemunhos. Natália Correia acompanha, passo a passo, a vida da mulher que, desenraizada da sua ancestralidade feudal, procura àvidamente o direito a uma existência própria, à possessão de um destino pessoal que lhe foi milenariamente sonegado..."

Preço:25,00€

Referência:15279
Autor:CORREIA, Natália
Título:RIO DE NUVENS. Livro de poesias de (...). Prefácio de Campos de Figueiredo.
Descrição:

(Oficinas da Atlântida, Livraria Editora), Coimbra, 1947. In-8º de 39 págs. Brochado, com ligeiro empoeiramento, praticamente imperceptível. Exemplar com os cadernos por abrir. Raríssimo foxing.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro de estreia na poesia da Natália Correia. PRIMEIRA EDIÇÃO do, seguramente, mais raro livro de toda a sua bibliografia.

Observações:
Preço:300,00€

Referência:15196
Autor:CORREIA, Natália
Título:DESCOBRI QUE ERA EUROPEIA. Impressões de uma Viagem à América.
Descrição:

Portugália, Lisboa, 1951. In-8º de 329-(1) págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos em pele verde, ainda com dizeres e florões dourados, gravados na lombada. Inteiramente por aparar e com as capas de brochura conservadas, estas com pequenas machas de humidade. Ligeiro amarelecimento do papel, próprio da sua qualidade intrínseca.

Observações:

A obra trata de um conjunto de textos publicados originalmente em 1951 nos quais Natália Correia reflectia sobre a sua primeira viagem aos Estados Unidos, sobre a descoberta de um mundo diferente e com as impressões de uma viagem marcante.

Preço:45,00€

Referência:15130
Autor:CORREIA, Natália
Título:O ANJO DO OCIDENTE À ENTRADA DO FERRO
Descrição:

Edições Ágora, Lisboa, 1973. In-8º de 138-(6) págs. Encadernação editorial em tela com sobrecapa em papel com a reprodução de um desenho de Lino.

Observações:

AEROPORTO

De franqueforte franquefurta-me a placa giratória
No centro o minotauro do livro e do dinheiro
Bolsa do desespero! o aeroporto cunha
a moeda do trânsito, da urgência joalheiro

Os diapositivos da espera me dissecam
nesta de mármore mesa da minha anatomia
e gelam as pestanas que velam o cadáver
da pressa escarnecida pela meteorologia

Os pés involuntários por tapetes rolantes
vão sendo massajados para as finais do juízo
Para a leda flor de pinho dos nervos lusitanos
franqueforte é farmácia que não está de serviço

Ε de erres arrastados o ofício das ground-hostesses
que escrevem sim e não com a ponta do nariz
Emudecem as águas do batismo de Goethe
nos químicos arredores deste alemão a giz

De franqueforte franquefarta-me o ninguém coletivo
este frio da morgue que abandona o cenário
às unhas dos relâmpagos e às pombas pluviosas
que pausas desdenhosas dejetam no horário

Aeroporto humano apenas na retrete
Na mansa paranoia da pista de absinto
pousa ariadna fio 727
gargalhando a saída do lerdo labirinto

 

Preço:40,00€

Referência:14944
Autor:CORREIA, Natália
Título:DESCOBRI QUE ERA EUROPEIA - impressões duma viagem à América
Descrição:

Portugália, Lisboa, 1951. In-8º de 332 págs. Brochado. Exemplar impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Uma das primeiras obras da autora, em registo diarístico em que mistura  relato de viagem de uma mulher fora do seu continente com crónica documentarista, onde o incisivo “veneno crítico” da intelectual já está muito presente. Retrata uma viagem aos Estados Unidos - chegada a Boston, partida para o Maine, a que se segue Nova Bedford, Nova York (como ela escreve) e Washington.

"... Este livro tem talvez muito de mim e pouco daquilo que eu devia dizer.... Não sei fazer as coisas doutra forma. Sou uma ave que só sabe voar a toda amplitude do espaço que o seu amor criou. Este livro sou eu..."

Preço:40,00€

reservado Sugerir

Referência:14660
Autor:CORREIA, Natália
Título:EPÍSTOLA AOS IAMITAS
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisbopa, 1976. In-8º de 63-(3) págs. Brochado. marcas de vincno no canto superior direito. Exemplar em bom estado de conservação

Observações:
Preço:27,00€

Referência:14659
Autor:CORREIA, Natália
Título:A ILHA DE CIRCE
Descrição:

Publicações Dom Quixote. Lisboa. 1983. In-8º de 135-(4) págs. Brochado. Inserido na Colecção Autores de Língua Portuguesa. Capa de brochura ilustrada por Fernando Felgueiras. Exemplar em óptimo estado.

Observações:
Preço:25,00€

Referência:15253
Autor:COSTA, F. A. Pereira da
Título:DOLMINS OU ANTAS DE PORTUGAL. Noções sobre o Estado Prehistórico da Terra e do Homem seguidas de Descrição de alguns Dolmens ou Antas de Portugal.
Descrição:

Tipografia da Academia, Lisboa, 1868. In-4º de VIII-97 págs. Encadernação moderna meia inglesa em pele mosqueada com rótulo de pele vermelha na lombada. Guardas em papel fantasia, igual à das pastas. Belo exemplar, falo de capas de brochura. Apresenta as três belíssimas folhas desdobráveis litografadas (impressas pelas célebres oficinas Lithográphicas da Comissão Geológica de Portugal) com exemplos de algumas Antas nacionais e espólio lítico nelas recolhidas. Carimbo de posse, a óleo, de extinta biblioteca pública da Noruega.

Belíssimo exemplar desta obra de referência da arquitectura megalítica portuguesa.

Observações:

Edição bilingue com mancha tipográfica disposta em duas colunas, lado-a-lado com ambos os idiomas francês e português, Trata-se, segundo cremos, da primeira obra inteiramente dedicado ao estudo arqueológico das Antas conhecidas desde 1734 (cerca de trezentas unidades arqueológicas deste tipo), apresentadas por Affonso da Madre de Deus Guerreiro, numa relação enviada para a conferência realizada na Academia de História Portuguesa, relação esta nunca impressa. Já no ano anterior de 1733, Martinho de Mendonça e Pina tinha apresentado à mesma Academia uma conferência referindo-se unicamente sobre a origem da designação de Anta, nada mais. Portanto, cremos estar presente da primeira obra unicamente dedicada ao estudo de Antas dispersas pelo território português continental. Descreve exaustivamente as estruturas e o espólio de 44 antas exploradas, centrando-se especialmente na zona do Alentejo.

A designação Dolmin, o autor justifica ter ido buscar a palavra empregue pelo poeta Filinto Elísio numa estrofe das suas Obras Completas.

Preço:85,00€

Referência:12441
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:ISAURA
Descrição:

Editorial Inquérito, Lisboa, 1944. In-8º de 75-(5) págs. Br. Valorizado por uma dedicatória a Luís Forjaz Trigueiros. Inserida na Colecção "Novelas Inquérito".

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

 

Observações:

Curiosa novela de Ribeiro Couto que  foi o último  título de uma colecção de novelas da Editorial Inquérito publicou entre 1940 e 1944.

Preço:18,00€

Referência:12440
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:A MENSAGEM DO LUSÍADA ANTÓNIO NOBRE
Descrição:

Tip. Ramos, Afonso & Moita, Lisboa, 1944. In-8º de 30 págs. Br. Valorizado pela dedicatória aos poetas José Osório de Oliveira e Raquel Bastos. Folhas com ligeiras manchas de água marginais. Separata da Revista Litoral, nº1. Este é o exemplar nº 25  da edição especial de 150 exemplares, numerados e assinados pelo autor. Ilustrado com uma fotografia de António Nobre e uma vinheta no começo do texto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Ensaio muito interessante sobre António Nobre escrito por Ribeiro Couto.

"A poesia de António Nobre restaura o reino da confiança e aponta à nacionalidade portuguesa o caminho do renascimento."

Preço:20,00€

Referência:12439
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:POESIAS REUNIDAS
Descrição:

Livraria José Ollympio, Rio de Janeiro, 1960, In-8º de 4486-(2) págs. Br. Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra que reune todos os livros de poesia publicados pelo autor, na altura da sua publicação Manuel Bandeira escreveu :

"Sua poesia continuou sempre sendo a anotação arguta dos momentos raros da vida, aqueles momentos de “indecisão delicada”. Momentos de subúrbio, digamos assim, quando do luar descem coisas – “certas coisas”. Nunca lhe interessaram as polêmicas sobre o que seja poesia. “É poesia? Não é poesia? Quem saberá jamais?” Todos os problemas estavam resolvidos para ele “pela aceitação da simplicidade”.

Preço:40,00€

Referência:12438
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:POEMETOS DE TERNURA E MELANCOLIA
Descrição:

Editora Monteiro Lobato, São Paulo, 1924. In-8º de 112-(2) págs. Br. Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira. Capas de brochura com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.
 

Observações:

SURDINA

Minha poesia é toda mansa.
Não gesticulo, não me exalto...
Meu tormento sem esperança
tem o pudor de falar alto.

No entanto, de olhos sorridentes,
assisto, pela vida em fora,
à coroação dos eloqüentes.
É natural: a voz sonora
inflama as multidões contentes.

Eu, porém, sou da minoria.
Ao ver as multidões contentes
penso, quase sem ironia:
"Abençoados os eloqüentes
que vos dão toda essa alegria."

Para não ferir a lembrança
minha poesia tem cuidados...
E assim é tão mansa, tão mansa,
que pousa em corações magoados
como um beijo numa criança.

Preço:30,00€

Referência:12437
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:SENTIMENTO LUSITANO
Descrição:

Livraria Martins Editora, São Paulo, 1961. In-8º de 178 págs. Br. valorizado pela expressiva e extensa dedicatória autógrafa aos poetas Raquel Bastos e José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO da obra publicada no Brasil e só póstumamente publicada em Portugal.

 

Observações:

Conjunto de ensaios muito interessantes de Ribeiro Couto,Autor brasileiro muito apreciado entre os intelectuais portuguesesda sua época,  encerra ensaios sobre, António Nobre, João de Barros, Joaquim Paço d'Arcos, entre outros. De destacar também o ensaio " O pequeno emigrante português e a continuidade histórica do Brasil".

“não era adquirido sem trabalho, não caia do céu; custava muito esforço” -, para muitos mais terá constituído um penoso exercício de sobrevivência, talvez pelas poucas habilitações com que em sua grande maioria arribaram a terras de Vera Cruz. Mas não é desse brasileiro entre aspas o objecto desta minha fala, já retratado  por Guilhermino César, em O “Brasileiro” na ficção portuguesa: O Direito e o Avesso de uma Personagem-Tipo”

 

Preço:40,00€

Referência:15324
Autor:DEUS, João de
Título:CRYPTINAS (folha avulsa gratuita)
Descrição:

Sem indicação de lugar nem data (188?). In-8º de 16 págs. Encadernação meia inglesa em pele grenat com dizeres e florões decorativos na lombada. NÃO SE CONHECEM CAPAS DE BROCHURA PARA ESTE TÍTULO. folhas ligeiramente amarelecidas pela acção do tempo. 

Observações:

Trata-se de um folheto de poesia erótica. De toda a bibliografia de João de Deus, este título é o mais raro. Conheceu nova edição em 1981 pela editora &etc na colecção Contra-Margem.

Preço:275,00€

Referência:15133
Autor:DIAS, João Pedro Grabato
Título:40 E TAL SONETOS DE AMOR E CIRCUNSTANCIA E UMA CANÇÃO DESESPERADA
Descrição:

Edição do autor, Lourenço Marques, 1970. In-8.º de 59 págs. Brochado. Exemplar impecável e irrepreensível, conservando a cinta publicitária com inscrições de Eugénio Lisboa.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO de Grabato Dias.

Observações:

António Augusto de Melo Lucena e Quadros , usou como pseudónimos João Pedro Grabato Dias, Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João António Quadros (1933-1994), estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, e Gravura e Pintura a Fresco em Paris. Em 1964 parte para Lourenço Marques. Foi pintor e professor, mas também artista gráfico, ilustrador, ceramista, escultor, fotógrafo, cenógrafo e pedagogo. Trabalhou em arquitectura, apicultura, comunicação, biologia e ecologia, privilegiando uma abordagem interdisciplinar. Escreveu e publicou poesia sob diferentes pseudónimos. Coordenou, com Rui Knopfli, os cadernos de poesia Caliban. Regressa a Portugal em 1984, e lecciona na Universidade do Algarve e na Faculdade de Arquitectura do Porto, continuando a pintar e a escrever. Uma parte da sua obra plástica está antologiada no livro O Sinaleiro das Pombas (2001).

"... No ano de 1970, sai a lume o livro de poesia 40 e tal Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada . Confinado genologicamente ("Ó soneto, ó espartilho carcereiro!"), a colecção de composições ousa e avança, derrubando os freios pela compresença de constructos de linguagem subversivos e inventivos (neologismos, justaposições e "infracções" ortográficas), sem menosprezamento de utilização de outras vozes - a de Camões é quase uma obsidência - que provam que os vanguardismos se alimentam do passado. Nessa escrita estimulada pela homofonia colhe o leitor uma fascinante viagem pelo pulsar da linguagem e pelas suas veias que se expandem até ao limite num jogo suspensivo de corrosão, sarcasmo e humor cáustico, num pulular de erupção léxica reganhadora de identidade e diferença intensiva. Erigindo aí a sua ars poetica - "Humor, minha automática secreta", escreve Grabato Dias na p. 8 -, o nosso escritor e artista plástico faz entroncar o seu tom diletantemente verrinoso nas cantigas de escárnio e de maldizer e na voz insubmersível de Alexandre O'Neill ou Cesariny de Vasconcelos. Eugénio Lisboa, apresentando o Autor em nota que precede a obra, di-lo possuidor de uma poesia "ensimesmada, onírica, ironicamente realista, brutal, descabelada, ardentemente bizarra, reveladora de um mundo fantasmagórico e quase demasiado verdadeiro". Sirva de exemplo o ardiloso e cativante soneto da p. 17 destes Sonetos de Amor e Circunstância , que recobrem, como codiciosamente o notou Eugénio Lisboa, um "livro denso e difícil" (Eugénio Lisboa, 1987) mais preso ao universalismo do que ao moçambicanismo ..."

Preço:70,00€

Referência:15203
Autor:DUARTE, Afonso
Título:OSSADAS
Descrição:

Seara Nova Editora, Lisboa, 1947. In. 8.º de 98-(4) págs. Brochado. Exemplar muito limpo e fresco, impresso sobre papel de linho.

PRIMEIRA EDIÇÃO e peça de colecção deste exemplar, que pertence à edição especial em papel de linho, numa tiragem de 100, numerados e rubricados pelo autor, levando este o nº 4.

 

 

Observações:

Afonso Duarte é tido como autor cuja poesia se situa entre o saudosismo e o movimento da revista Presença, e que acabou por ter relevante influência na geração de poetas do neo-realismo.

Livro de "... Poemas breves / como o instante da flor / que abriu para morrer. ..."  publicados nas importantes revistas literárias CONTEMPORÂNEA, TRÍPTICO, PRESENÇA, MANIFESTO, SINAL, SÍNTESE, REVISTA DE PORTUGAL, CADERNOS DE POESIA, ATLÂNTICO, LITORAL, VÉRTICE, PORTUCALE e SEARA NOVA.

Preço:75,00€

Referência:14161
Autor:DUARTE, Afonso
Título:LÁPIDES E OUTROS POEMAS (1956 - 1957)
Descrição:

Iniciativas Editoriais, Lisboa, 1960. In-8.º de 52-(4) págs. Brochado, impecavelmente bem conservado nao obstante uma pequena mancha na capa posterior. Miolo muito limpo e fresco. Apresenta um poema facsimilado.

Observações:

Edição apresenta um Apêndice assinado por Carlos de Oliveira e João José Cochofel.

Preço:28,00€

Referência:12295
Autor:FANHA, José
Título:OLHO POR OLHO
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1977. In-8º de 40 págs. Br. Capa de  Manuel Botelho. Valorizado por uma dedicatória autógrafa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

À conquista do espaço

Não
Não quero voar
Rapidamente no espaço
E pousar em qualquer lua.


Quero uma estrela pequena,
Do meu tamanho de gente,
A iluminar
Quem passa
Nesta rua.

 

Preço:10,00€

Referência:12503
Autor:FERAUD,Marie
Título:CONTOS AFRICANOS Contos e Lendas do Folclore Africano Seleccionados e Adaptados Por...
Descrição:

 Verbo, Lisboa, 1977- In-4º de 155-(2) págs. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com belos desenhos a cores e a preto e branco de Akos Szabo. Ostenta uma dedicatória não autógrafa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Interessante colectânea de contos africanos seleccionados e adaptados por Marie Feraud e traduzidos para português por António Manuel Couto Viana, Rui Viana Pereira e Maria Adelaíde Couto Viana.
 

Preço:27,00€

Referência:15261
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:AVENTURAS MARAVILHOSAS DE JOÃO SEM MEDO
Descrição:

Portugália, Lisboa, 1963. in-8º de 254-(10) págs. Brochado com as capas ilustradas pr Cãmara Leme. Exemplar estimado com todos os cadernos por abrir.

PRIMEIRA EDIÇÃO em livro, trinta anos depois de ter sido publicada num jornal infantil.

Observações:

José Gomes Ferreira (1900-1985) poeta e ficcionista, foi um lutador antifascista. Apesar de ter publicado o seu primeiro livro com 17 anos de idade com o título Lírios do Monte, JGF começa em 1931 a sua longa carreira de «poeta militante», militante da poesia total, «misto de cavaleiro andante, profeta, jogral, vate, bardo, jornalista, comentador à guitarra de grandes e horríveis crimes», como ele próprio se qualificou. Sob a aparência de um (falso) conto infantil esconde-se uma belíssima e divertida escrita, estando longe de ser um livro para crianças. O livro foi escrito na fase emergente da ditadura fascista (1933), quando foi publicado sob a forma de folhetim e, depois, com alterações em pleno período negro e decadente do salazarismo, em 1963. Neste contexto, a sua aparência de ingénuo conto infantil terá enganado certamente a censura do regime como se pode ler no final com esta NOTA. — A matéria-prima desta narrativa, agora totalmente refundida, foi publicada pelo autor com o pseudónimo de 0 Avô do Cachimbo num jornal de Lisboa, O Sr. Doutor, em 1933, com desenhos de Ofélia Marques.

Preço:35,00€

Referência:14335
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:O MUNDO DOS OUTROS - HISTÓRIAS E VAGABUNDAGENS
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950. In-8.º de 191-(2) págs. Br. Capas de brochura com ocasionais picos de acidez.

Observações:

Publicado em 1950 pelo Centro Bibliográfico de Lisboa, incluído na "Colecção de Prosadores".

O Mundo dos Outros é constituído por uma série de crónicas de Lisboa (nenhuma delas anterior a 1945, pelo que a sua redacção se deve ter processado durante o mesmo período em que o Poeta vai compondo os poemas de Poesia III), onde o quotidiano é transfigurado, e o encantamento e desencantamento, real-sonho, verdadeiro-falso, se alternam - uma reflexão automatizada a que o autor recorre para tornar mais perceptível e radical o desmascarar da realidade, segundo a sua cosmivisão. É, por isso, uma das obras máximas produzidas pelo neo-realismo português.

O autor reflecte também sobre o seu "fora" e o seu "dentro", o "'equilíbrio entre as duas vidas que nem sempre conseguem coexistir harmonicamente separadas", colaborando na confusão que a sua face múltipla provoca em quem lhe queira penetrar o íntimo" (TORRES, Alexandre, Vida e obra de José Gomes Ferreira, Amadora, Livraria Bertrand, 1975, p.237). Frases como "Ninguém me vê do mesmo modo" , ou "Cada qual agarra em mim a realidade que mais lhe convém", são afirmadas com mal disfarçada alegria, e o poeta ajuda à confusão assumindo muitos papéis diferentes (o que é preferível ao esconder-se por detrás de diferentes personagens, como fazia F.Pessoa ou Robert Browning - afirma Carlos Oliveira). O autor também é, por um lado, o "vagabundo social" de dia, mas o solitário de noite, que "espera com paciência que a cidade de esvazie para, em largas digressões de vagabundagem por essas ruas solitárias abrandar um pouco as rédeas do autodomínio. E poder enfim adorar a lua redonda à sua vontade; e ruminar versos num ruminar quase obsessivo (...)falar só (...) sem vergonha da lua".

Outro aspecto importante desta obra é o facto do autor se assumir como esse espectador que "anseia por todos os espectáculos, que transforma tudo em espectáculo, e que lamenta o fim do espectáculo". A história de O Mundo dos Outros começa a 8 de Maio de 1945, o dia em que termina a 2ª Guerra Mundial, e José Gomes Ferreira escreve no início do seu livro: "Confessa que o teu egoísmo de espectador inato teme não voltar a encontrar no bolor quotidiano outro espectáculo capaz de suprir o que desapareceu agora para sempre..." José Gomes Ferreira reduz-se a espectador para condenar a sua falta de intervenção, revelando todo o processo que o tornou assim (como no cap."A infância Estragada", onde descreve o seu "ódio total a este caricato planeta de homens com uma civilização de papagaios", onde o homem é, desde a infância, submetido a catequeses de submissão, a pedagogias do servilismo e da modéstia, que a Igreja divulga), e ainda critica o espectador que somos todos nós, de "brandos costumes" : "1793?...Data da viragem da história do mundo. Revolução Francesa (...) E, entretanto, em Lisboa, fundava-se uma Ervanária para vender ingredientes ressumantes de vapor de água ...brandura dos nossos costumes - numa civilização de chazinhos fumegantes,...enxaquecas, teorias, estorvos, molezas, melindres, gritinhos, medo do papão, chatice...". E ainda noutro texto: " Dormia tudo em torno de mim: homens, mulheres, crianças, burros, carroças, elécticos,(...)Teatro D.Maria, tabuletas,(...)e até o céu azul estendido como uma mulher de preguiça (...) Uns a sonhar que estão acordados. Outros, que vivem. Alguns, que falam. Muitos, que amam. Aqueles, que trabalham. Estes, que sofrem. Outros, que gritam. E que protestam. E que berram. E que lutam. Mas não. Tudo mentira. Dormem profundamente com o corpo todo, com a alma toda, nos tremedais dos cafés e nos cemitérios dos mortos-vivos das ruas..." José Gomes Ferreira diagnostica assim este mundo mentiroso, "adormecido pela disciplina institutriz da humilhação ou da docilidade", onde se jaz vivendo em vão.

O autor parece, em muitas das crónicas, querer desistir da sua obsessão romântica de mudar o mundo, mas ela subsiste sob a capa de um Quixote sonhador (que diz o autor que deixou de existir nos Portugueses, mais preocupados consigo mesmos, e passando "sempre adiante", o que, no fundo, mas com vergonha, também acaba por lhe acontecer - confessa ), que "exprime a saudade doutrinária de um futuro qualquer, tão distante, tão lá no fundo, tão sonho, tecido apenas de pequenas coisas doces, num mundo menos pesado de cadáveres..." (Fonte: CITI - Centro de Investigação para Tecnologias interactivas)

Preço:45,00€

Referência:15252
Autor:FERREIRA, Vergílio
Título:ONDE TUDO FOI MORRENDO
Descrição:

Coimbra Editora, Ldª, Coimbra, 1944. In-8º de (8)-436-(2) págs. Encadernado meia ingelsa em chagrin castanho, com dizeres dourados na lombada. Conserva as capas de brochura (um pouco manuseadas), preservando as badanas impressas e encontra-se todo intacto, isto é, por aparar. Miolo em excelente estado. Inserido na Colecção "Novos Prosadores". Capa de brochura ilustrada por Regina Kasprzykowski.

Primeira e muito rara edição do segundo livro do autor, apreendido pela PIDE.

Laureano Barros, 2203

Observações:
Preço:300,00€

reservado Sugerir

Referência:15249
Autor:FERREIRA, Vergílio
Título:O CAMINHO FICA LONGE
Descrição:

Inquérito. (Lisboa. 1943). In-8º de 316-(4) págs. Encadernação meia inglesa em pele castanha, preservando as capas de brochura. De leve aparo marginal, encadernado com as margens desencontradas. Corte superior das folhas carminado. Exemplar muito fresco e muito limpo. Capa de brochura ilustrada. Inserido na colecção Biblioteca Nova Geração da editorial Inquérito.

Exemplar da edição original, bastante raro, do primeiro romance do autor, apreendida pela polícia política de então.

Observações:

O Caminho Fica Longe foi o primeiro romance de Vergílio Ferreira, escrito em 1939 e publicado em 1943. Juntamente com Onde Tudo Foi Morrendo e Vagão J, integra a trilogia neorrealista que inaugura a obra romanesca de Vergílio Ferreira.

Na opinião do crítico Martim Gouveia, " ... este romance contém um conjunto de atrativos a respeitar: seja a influência queirosiana, utilizada, sem angústia, com peso e medida; seja o halo modernista de uma certa ficção à Mário de Sá-Carneiro e de induções à Álvaro de Campos; seja ainda a ágil utilização das temáticas existencialistas (a morte e a vida, a condição humana, o sofrimento…) ou a filia cinemática, à boa maneira presencista, com aquele interessantíssimo «Intervalo»; seja, por fim, a linhagem neorrealista que o livro também abraça. A ilustração da capa incorpora, na visão sobre a cidade de Coimbra, um caminho terreno e etéreo, abrindo, desde logo, a expectativa de um caminho intangível e impossível. Trata-se, indubitavelmente, de um grande romance já, com um conjunto de propriedades, estruturais também, que só fazem lamentar que o objeto não tenha tido a receção devida e que, já agora, o próprio escritor para tal tenha contribuído, com o fechamento e exclusão da obra canónica...".

O Caminho Fica Longe, primeiro romance de Vergílio Ferreira, é um livro que poucas pessoas leram, porque a sua publicação engrossou, como muitas outras, os anais da Censura. Editado em 1943, foi proibido, pelos censores da época, e os poucos exemplares que chegaram às livrarias, logo foram recolhidos e, por consequência, postos fora do mercado. Só alguns priviligeados o adquiriram a tempo. É um romance que não existe mesmo nas bibiliotecas públicas (a), sendo assim quase inacessível até para os estudiosos que com ele pretendam balizar o percurso romancístico de Vergílio Ferreira.” (MENDONÇA, Aniceta de – «O Caminho Fica Longe» de Vergílio Ferreira e o romance dos anos 40" revista Colóquio/Letras. Ensaio, n.º 57, Set. 1980, p. 36-44).

Preço:350,00€

Referência:15094
Autor:FERRO, António
Título:D. MANUEL II O DESVENTURADO
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1954. In-8.º de 229(1) pág. Br. Ilustrado com gravuras em extra-texto sobre papel couché.

Observações:

Notas de Correia Marques.
"figura portuguesíssima, insinuante, de D. Manuel II. Se houve um rei luso que se perdeu na bruma, esse foi, sem dúvida, o triste exilado de Fullwell Park, o Desejado de muitos portugueses, outro D. Sebastião teimosamente aguardado numa manhã de nevoeiro. Mas nem os próprios, que tanto ansiavam por ele, conheciam bem, como eu pude conhecer, a esbelteza da sua alma, a sua doce melancolia de português saudoso, distante. Viam nele apenas o Rei, o símbolo ainda vivo do seu ideal, a esperança do regresso, mas não conheciam o homem, o seu encanto pessoal, a distinção e a graça das suas maneiras, não sabiam, por exemplo, que D. Manuel fingia viver em Inglaterra, mas que continuava, de facto, a ser rei na nossa maior possessão: na saudade."

Preço:30,00€

Referência:13830
Autor:FIGUEIREDO, Campos de
Título:O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Descrição:

Editorial Saber, Coimbra, 1953. In-8º de 22-(2) págs. Br. Capa de brochura com desenho de José Contente. Capas de brochura com picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO..

INVULGAR.

Observações:

Peça de teatro de teor religiosos escrita por Campos de Figueiredo, poeta, ensaísta e dramaturgo português, que foi director da revista Conímbriga e da revista Tríptico.

 

Preço:15,00€

Referência:11774
Autor:FIGUEIREDO, Tomaz de
Título:A TOCA DO LOBO
Descrição:

Editorial Verbo, Lisboa, 1963. In-8º de 257-(23)págs. Encadernação editorial em sintético. Com uma ilustração extra-texto de Maria Adozinda Santos. De uma tiragem especial numerada e assinada pelo autor (fora do mercado os numerados de I a X, sendo este o VI). Valorizada pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório Oliveira. Obra integrada nas «Obras Completas» do autor.

Observações:

Romance que J. Bigotte Chorão, no livro "O Essencial sobre Tomaz de Figueiredo",considera “o livro mais seu, o título que o identifica na república literária, e nela teria um lugar ainda que não houvesse publicado mais nada. Trata-se do que chamamos uma «obra-prima»: um livro único e irrepetível"

Preço:50,00€

Referência:11773
Autor:FIGUEIREDO, Tomaz de
Título:VIDA DE CÃO
Descrição:

Editorial Verbo, Lisboa, 1963. In-8º de 223-(10)págs. Encadernação editorial em sintético. Com uma ilustração extra-texto de Artur Bual. De uma tiragem especial numerada e assinada pelo autor (fora do mercado os numerados de I a X, sendo este o VI). Valorizada pela expressiva dedicatória autógrafa.
Primeira edição, integrada nas «Obras Completas» do autor.

Observações:

Primeira edição deste livro que reune 9 novelas do autor sobre quem Baptista Bastos afirmou "Os livros de contos e novelas de Tomaz de Figueiredo são um maravilhoso conjunto de pequenos espelhos que mudam, mas que reflectem a «totalidade» (tomando a expressão com todas as precauções devidas) de um testemunho presencial, que recusa as imagens cosméticas. Baseados em efeitos de transformação e de deformação, esses textos exaltam os últimos vestígios do mito da natureza, indo o autor ao baú da infância e às turbulências adolescentes para remanchar um tempo que impõe as suas próprias limitações mas que produz uma eficácia emocional extraordinária."

Preço:40,00€

Referência:13466
Autor:FILIPE, Daniel
Título:MARINHEIRO EM TERRA
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1949. In-8º de 53-(3)págs. Br. Capas com alguns picos de acidez. Capa de António Vaz Pereira.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

NOME ERRADO

Quando os meus avós disseram
"há-de cha,ar-se Esaú..."
só quatro fadas vieram
ver-me, amedrontado e nu.

Não sei o que me fadaram
_ isso é que a história não diz:
o meu futuro bordaram
(com velhos tons) a matiz.

Verdes. lilazes sombrios
cinza... E eu mp berço nu.

(Sigo a vida por desvios
só não me chamo Esaú).

Preço:40,00€

Referência:13465
Autor:FILIPE, Daniel
Título:MARINHEIRO EM TERRA. Poemas.
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1949. In-8º de 53-(3)págs. Br. Capas com alguns picos de acidez. Capa de António Vaz Pereira. Este exemplar é o nº 2 de 5 exemplares em papel bíblia, da Matrena, fora do mercado, numerados e rubricados pelo autor". Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Castro a quem o livro também é dedicado.

PRIMEIRA EDIÇÃO do segundo e raro livro do autor.

Observações:

 

CANTIGA DE RODA

A tarde no jardim deserto e calmo
e este livro de poemas morno e fútil!
(Por exemplo: vejamos este "salmo")
Tudo tão completamente inútil!

Um céu azul, sem núvens - de verão.
Duas crianças jogam animadamente
ao eixo. Um entusiasmo são
qur me torna igual a toda a gente!

Apetece ser simples e sincero,
aqui onde há crianças e pardais...
Que diabo! Uma vez, ao menos, quero
ser como os mais!

 

Preço:75,00€

Referência:14481
Autor:FONSECA, Manuel da
Título:ROSA DOS VENTOS. Desenhos de Manuel Ribeiro
Descrição:

Edição do Autor, Lisboa, 1940. In-8º de 71-(3) págs. Encadernado inteira de percalina verde com dizeres dourados na lombada. Preserva as capas de brochura.

RARA e importante obra

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO deste consagrado poeta neo-realista, autor de uma das mais importantes poemas do século XX - DOMINGO, aqui publicado. Fez parte do grupo do grupo do NOVO CANCIONEIRO e através da sua arte teve uma intervenção social e política muito importante, retratando o povo, a sua vida, as suas misérias e as suas riquezas, exaltando-o e, mesmo, mitificando-o.

Segundo Osvaldo Silvestre, "... a obra de Manuel da Fonseca (1911-1993) acaba por realizar o destino interventivo que desejou. De tal modo que não é possível estudá-la hoje à margem da mitologia revolucionária de que se alimentou, por longas décadas, a resistência ao regime, mitologia para a qual, afinal, contribuiu decisivamente. De certo modo poderíamos mesmo dizer que a sua obra coloca, como nenhuma outra, a questão da mitologia neo-realista - assim como a do neo-realismo enquanto mitologia (...) A publicação de "Rosa dos Ventos" em 1940, altura em que o neo-realismo na poesia não conseguira ultrapassar a inconsistência de algumas tentativas exploratórias, veio viabilizar uma alternativa ao presencismo dominante".
"A sua poesia propor-se-á como oralidade dramática, pela qual a enunciação é delegada num vasto friso de personagens que assim conquistam finalmente a sua voz, no que é afinal uma reparação feita a todos aqueles a quem a História interditara a voz, relegando-os para a esfera do não-dito - e daí a oralidade desta poesia, tão devedora no tom e nas formas poéticas de tradições maioritariamente populares, isto é, não cultas. É esta, pois, uma poesia em que o realismo se declina em termos históricos e, sobretudo, materialistas, pela forma como se enraíza na concretude de personagens e situações." ALVARO RIBEIRO DOS SANTOS-1288

Preço:160,00€

Referência:14933
Autor:FONSECA, Thomaz da
Título:OS DESHERDADOS. Com um prefacio de GUERRA JUNQUEIRO
Descrição:

Livraria Chardron, Porto, 1909. In-8º de 92-(1) págs. Brochado com picos de humidade.

Observações:

Edição original de um dos primeiros livros de Tomás da Fonseca, autor cuja obra esteve quase sempre sob a vígia da censura, tendo sido praticamente proibida em Portugal durante as ditaduras sidonista e salazarista.

Preço:35,00€

Referência:15150
Autor:FONSECA, Tomás da
Título:NA COVA DOS LEÕES
Descrição:

Edição de Autor, Lisboa, 1958. In-8º de 454-(10) págs. Brochado. Edição destinada ao Brasil. BOM EXEMPLAR

PRIMEIRA EDIÇÃO

INVULGAR.

Observações:

Livro de Tomás da Fonseca, considerado por muitos o livro mais subversivo que algum dia se escreveu em Portugal, durante a época salazarista. É um conjunto de cartas publicadas no então jornal “República” tendo por base não só a situação política vivida na altura como as relações promíscuas entre o regime do Estado Novo e a Igreja. Tomás da Fonseca procura desconstruir, quer o cristianismo, num primeiro momento, e depois, as muito famosas aparições de «Nossa Senhora» aos pastorinhos em Fátima.
O estilo acusatório do autor é, em muitas circunstâncias, de uma violência impiedosa. Tomás da Fonseca usa o seu longo reportório e conhecimentos de natureza teológica para desmontar aquilo que designa como embuste de Fátima.

Preço:45,00€

Referência:14982
Autor:FRANÇA, José-Augusto
Título:BALANÇO DAS ACTIVIDADES SURREALISTAS EM PORTUGAL
Descrição:

Cadernos Surrealistas, Lisboa, 1948.  In-8º de 15-(1) págs. Brochado.
Exemplar com miolo irrepreensível, estando apenas a capa de brochura com insignificante empoeiramento marginal
PRIMEIRA EDIÇÃO (e únca), BASTANTE RARA de aparecimento no mercado.

Observações:

Opúsculo muito raro que se propoê a fazer um balanço dos surrealismo em Portugal.
"Resta-nos agora fazer as contas do activo e de passivo dessa fase de factos isolados, escriturando cuidadosamente aquilo que cada Surrealista trouxe de pessoal."
Com um texto de António Pedro sobre José-Augusto França na badana.

Segundo Perfecto E. Cuadrado (Surrealismo em Portugal 1934-1952 [catálogo], 2001):
"... A publicação destes cadernos dá origem a uma polémica com João Gaspar Simões, que tem raíz nas críticas feitas por este no jornal Sol, a que respondem Alexandre O’Neill e José-Augusto França. A polémica estende-se até Outubro (1949), (...) e constitui a última acção do Grupo Surrealista de Lisboa. (...) Mário Cesariny e Pedro Oom publicam no Sol o comunicado Os surrealistas dizem da sua justiça, em que respondem criticamente a todos os envolvidos na querela mencionada ...".

Preço:120,00€

Referência:13876
Autor:FRANÇA, José-Augusto
Título:DESPEDIDA BREVE
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, s.d. (1958) In-8º de 231-(5) págs. Br. Capa de brochura ilustrada por Sebastião Rodrigues. Inserido na colecção "Os Livros das Três Abelhas".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Primeira edição da curiosa colecção de contos escritos entre o início das actividades literárias de JOSÉ AUGUSTO FRANÇA e meados da década de 50 e que foi incluido por Maria de Fatima Marinho, no seu livro "Surrealismo em Portugal" lado a lado com outras obras publicadas em 1958 de Vergílio Martinho, Ernesto Sampaio, Mário Cesariny, Barahona da Fonseca, Alfredo Margarido, Granjeio Crespo e Natália Correia, ano marcado por uma "série de publicações de autores de algum modo ligados ao surrealismo."

Preço:25,00€

Referência:12483
Autor:FRIAS, Sanches de
Título:ARTHUR NAPOLEÃO: Resenha comemorativa da sua vida pessoal e artística
Descrição:

Subsidiada por amigos e admiradores do artista, Lisboa, 1913. In-8 º de  296 págs. Encadernação meia inglesa com lombada em sintético com dizeres a dourado. Ilustrado em extra-texto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Biografia de Arthur Napoleão, pianista, compositor, editor de partituras musicais, professor e comerciante português.
Considerado uma criança prodígio, tendo dado o seu primeiro recital aos sete anos de idade. Fez recitais por toda a Europa, tendo tocado em dueto com Henri Vieuxtemps e Henryk Wieniawski.
Em 1866 estabeleceu-se no Rio de Janeiro onde se tornou comerciante de instrumentos musicais e partituras e editor de músicas. Como editora, a famosa Casa Artur Napoleão contribuiu significativamente para a divulgação da música brasileira durante décadas.

Neste livro escrito pelo Visconde de Sanches de Frias, e dedicado “a Portugal e Brasil. As duas nações estreitamente parentas uma, que presidiu ao nascimento, e gosou os primeiros triunfos do famigerado pianista, e outra, que o acolheu, e préza como filho dilecto” o autor propõe-se a prestar uma homenagem ao músico em vida. A precisão cronológica e a riqueza de detalhes  fazem supor que a base do trabalho de Sanches de Frias, incluindo o acervo fotográfico tenha sido a autobiografia, nunca publicada do pianista.

"perante numerosa e escolhida concorrência, aos seis anos e meio de idade, a 11 de Novembro de 1849, em casa do abastado portuense Duarte Guimarães (...). O Nacional, gazeta desse tempo, ao noticiar a curiosa festa, dizia: — O pequenino Arthur tocou, a quatro mãos, com variações, num piano duro e de largo teclado. Se não fosse a presença de seu pai, que o acompanhava, dir-se-ia que o piano tocava por si, tal era a pequenez do músico."

 

 

 

Preço:0,00€

Referência:11530
Autor:GIL, Augusto
Título:ROSAS DESTA MANHÃ Versos, interpretações e paráfrases dalguns epígramas gregos.
Descrição:

Ottosgrafica Lda, Lisboa, s/d. In-4º de 166 págs. Encadernação inteira em sintético com florões e dizeres em casas fechadas na lombada. Ilustrado ao longo do texto e com o último retrato do autor. Livro nº 18 duma tiragem especial de 150 assinada pela viúva do autor.

Observações:

Livro póstumo do poeta, com prefácio de Júlio Dantas e um emotivo "In Memoriam " na ultima metade do livro.

Preço:30,00€

Referência:15281
Autor:GOMES, Soeiro Pereira
Título:CONTOS VERMELHOS
Descrição:

In-8º de 22 págs. Brochado. Capas de brochura com ligeira acidez, miolo em excelente estado, quase limpo, não fosse o ocasional e muito ténue foxing em algumas, muito poucas, páginas. Sem defeitos de ordem física assinalar (exemplares houvera que passaram por nossas mãos, apresentavam um ponto de ferro - agrafo - transmitindo intensa oxidação nas suas imediações. O exemplar que se apresenta está intacto em folhas soltas e dobradas, tal como publicado e distribuído de mão em mão.

Trata-se de EDIÇÃO ORIGINAL CLANDESTINA impressa inteiramente sobre finíssimo papel de arroz, sem indicação de local de impressão. Livrinho perseguido e apreendido pela Polícia Política de então. Desconhecido por alguns bibliófilos e ausente na maioria dos catálogos de primeiras edições

MUITÍSSIMO RARO.

Laureano Barros, 2623; Paulo Quintela, 301.

Observações:

Aos meus companheiros – que, na noite fascista, ateiam clarões duma alvorada” dedica o autor os três contos inseridos na publicação  “Pio dos Mochos”, “Mais um Herói” e “Refúgio Perdido”.

A publicação do Museu do Neo-realismo Na Esteira da Liberdade (2009)  por ocasião do centenário do nascimento do escritor, luisa Duarte Santos diz-nos que o primeiro destes contos, O Pio dos Mochos (dedicado "ao camarada Duarte", pseudónimo na clandestinidade de Álvaro Cunhal), terá sido escrito em 1945, seguindo-se Refúgio Perdido em Novembro de 1948, dedicado "ao camarada João (pseudónimo clandestino de António Dias Lourenço) que inspirou este conto" e Mais um Herói, de 20 de Janeiro de 1949. A dedicatória deste último, "À memória de Ferreira Marquês e de quantos, nas masmorras fascistas, foram mártires e heróis", apresenta "o nome legal e não o pseudónimo, porque o camarada já morrera (em 1941) assassinado e não era portanto necessário protegê-lo".

" ... Escrever foi para Soeiro Pereira Gomes outra forma de lutar. E ai a sua arte não se limitou a interpretar o mundo: pela beleza e profundidade dessa interpretação inscrita no tempo histórico da maxima exploração que é o fascismo, ditadura terrorista da grande capital aliado ao imperialismo, e dos latifúndios, ela contribuiu para preparar subjectivamente sempre novas gerações para a luta pelo socialismo e pelo comunismo, nos quais (e só neles) deixarão de existir os meninos dos Esteiros, expulsos da infância, os clandestinos de Contos Vermelhos, expulsos da vida comum de todos os homens, os miseros recém-proletários de Engrenagem, expulsos brutaimente de um passa-ao campones ..." (Augusta da Costa Dita, prefácio a Refúgio Perdido, Edições Avante, 1975)

 

Preço:685,00€

Referência:13394
Autor:GOMES, Soeiro Pereira
Título:REFÚGIO PERDIDO inéditos e esparsos
Descrição:

Edições SEN, Porto, 1950. In-8º de I-106-(4) págs. Br. Ilustrado em extra-texto com uma fotografia do autor. capa de Veloso e Mário Bonito.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Publicado postumamente "Refúgio Perdido" reune um conjunto de contos e crónicas de Soeiro Pereira Gomes. Encerra também uma breve entrevista sob o título "5 Minutos de Conversa Telefónica com o Autor de "Esteiros", publicada pela primeira vez no jornal "O Primeiro de Janeiro", na página de "Artes e Letras" de 10 de Fevereiro de 1943 e "Fogo!", ao tempo páginas inéditas do romance Engrenagem.

 

Preço:25,00€

Referência:14908
Autor:GUIMARÃES, Dórdio
Título:UBÉRIA.
Descrição:

Arcádia Editora, Lisboa, 1978. In-8.º de 54 págs. Brochado. Integra a "Colecção Licorne».
Primeira edição.

Observações:

"a graça traçou a hipérbole da nação
rosto a rosto ruga a ruga o olhar
que deitou à rua o destino e o perdeu
nos calcanhares dos desperdícios do dia

como se se cortassem os dedos um a um
e faltasse a mão que os descreveu em gesto"


A poesia de Dórdio Guimarães "carregada de símbolos e de metáforas, é servida por uma linguagem torrencial onde o lírico e o onírico, estreitamente harmonizados, criam, por vezes, uma atmosfera próxima do delírio ou do paroxismo" (in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses)

Dórdio Leal Guimarães (Porto, 10 de Março de 1938 - 2 de Julho de 1997), foi um poeta, cineasta, ficcionista e jornalista português. Filho de Manuel Guimarães, casou-se com Natália Correia em 1990.
 

 

Preço:13,00€

Referência:14907
Autor:GUIMARÃES, Dórdio
Título:A IDADE DOS LILASES
Descrição:

Tip. Anuário, s/l, 1969. In-8.º de 40 páginas inumeradas. Brochado. Capa e orientação gráfica de Rui Mesquita.

Primeira edição.

Observações:

A poesia de Dórdio Guimarães "carregada de símbolos e de metáforas, é servida por uma linguagem torrencial onde o lírico e o onírico, estreitamente harmonizados, criam, por vezes, uma atmosfera próxima do delírio ou do paroxismo" (in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses)

Dórdio Leal Guimarães (Porto, 10 de Março de 1938 - 2 de Julho de 1997), foi um poeta, cineasta, ficcionista e jornalista português. Filho de Manuel Guimarães, casou-se com Natália Correia em 1990.

Preço:17,00€

Referência:15191
Autor:HEMINGWAY, Ernest
Título:THE FIFTH COLUMN AND FOUR STORIES OF THE SPANISH CIVIL WAR.
Descrição:

Charles Scribners Sons, New York, (1969). In-8º de 151 págs.Cartonagem editorial conservando a original dustkacket (no verso, retrato de Hemingway datado de 1937 com autógrafo facsimilado). Preserva a etiqueta original de custo de venda de livraria (ver foto). Contracapa protegida por uma pelicula de celofane anti-acido própria para livros de bibliofilia. Carimbo no ante-rosto. Exemplar sem outros defeitos apontar, e como tal, impecável, muito fresco.

PRIMEIRA IMPRESSÃO DA PRIMEIRA EDIÇÃO , exemplar de colecção de interesse internacional. Este livro teve uma edição simultânea no Canadá, muito menos apreciada pelos bibliófilos.

Observações:

Estas cinco obras surgiram da experiência de Hemingway na guerra espanhola como correspondente da North American Newspaper Alliance e como participante nas filmagens de “The Spanish Earth”. Mais especificamente, elas cresceram a partir de aventuras dentro e ao redor da Madrid sitiada - particularmente no Hotel Florida e num bar chamado Chicote. O livro é unificado em tempo, lugar e ação. É ainda mais unificado pela presença dominante do autor, que se encontra vivo em cada página. Essa presença distorce o foco, mas também dá ao livro uma distinção nítida. Este é um Hemingway imediato e inconfundível. Esta coleção contém a peça "The Fifth Column" de Hemingway e as quatro histórias "The Denunciation", The Butterfly and the tank", "Night before battle" e "Under the Ridge". Apesar de seu fascínio pela guerra e seu humor alegre, ele também tenta-nos dizer que a guerra é um inferno.

Preço:150,00€

Referência:15147
Autor:HONWANA, Luis Bernardo
Título:NÓS MATÁMOS O CÃO-TINHOSO
Descrição:

(Sociedade de Imprensa de Moçambique, Lourenço Marques, 1964). In-8º de 135-(1) págs. Brochado. Arranjo gráfico de Pancho e desenhos de página inteira (embora fragmentos) de Bertina.

PRIMEIRA EDIÇÃO, bastante rara publicada quando o autor tinha apenas 22 anos (escrita iniciada aos 18 de idade) e foi preso pela polícia política.

Apesar do ligeiro e insignificante defeito na charneira, junto ao pé da lombada, trata-se de uma PEÇA DE COLECÇÃO.

Observações:

Na contra-capa: "Não sei se realmente sou escritor. Acho que apenas escrevo sobre coisas que, acontecendo à minha volta, se relacionem Intimamente comigo ou traduzam factos que me pareçam decentes. Este livro de histórias é o testemunho em que tento retratar uma série de situações e procedimentos que talvez inte resse conhecer. ..."

Luis Bernando Honwana é pseudónimo literário de Luis Augusto Bernardo Manuel (n. 1942). O título que se apresenta é um livro de contos narrados por crianças, que marca um importante momento de viragem na literatura moçambicana, e que chegou a exercer uma influência importante na geração pós-colonial de escritores moçambicanos. O universo social e cultural moçambicano durante a época colonial é o centro da análise das narrativas. De acordo com Manuel Ferreira, neste livro " ... apresentam-nos questões sociais de exploração e de segregação racial, de distinção de classe e de educação”. E, ainda, na opinião de João Ferreira, conclui-se que " ... o texto do escritor moçambicano, além do seu alto nível literário e poético e da sua ágil e dinâmica estrutura narrativa, nos oferece: 1 - um rico e variado sub-texto ideológico referente de um contexto sócio-linguístico moçambicano ainda marcado pelas estruturas de dominação colonial; 2 - um característico traço linguístico de imprescindível importância na pesquisa da identidade literária e linguística moçambicana ...".

Em 1964, Moçambique enfrentava o começo da guerra pela independência, mesmo momento em que Luis Bernardo Honwana colocou no papel sua condição como sujeito pós-colonial, criando uma ruptura com a sua condição de subalterno. Ao aliar o testemunho da situação em que o país se encontrava pré-independência com a descrição íntima da natureza humana, Nós Matámos o Cão-Tinhoso representa o impacto de séculos de silêncio imposto àqueles que tinham a vida vigiada pelo poder colonial.

 

Preço:95,00€

Referência:14668
Autor:HORTA, Maria Teresa
Título:AMBAS AS MÃOS SOBRE O CORPO - narrativas
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1970. In-8.º de 124(5) págs. Brochado. Capas com ligeiros defeitos. Miolo em exceelnet estado não obstante o amareleciemnto do papel próprio da sua qualidade sob acção do tempo. Conserva um retrato da autora.

Observações:

"(...) primeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta. Trata-se de um conjunto de curtas narrativas que, fundindo-se, se organizam numa mais ampla narrativa, ou num romance, no qual decorre o retrato moral e estática de "alguém" cuja existência larvar nunca sobre ao nível do concreto ou nunca se individualiza no seio da existência arquetípica.(...) Obra espectral e cruel, porventura uma das mais inquietantes da moderna literatura portuguesa."

Preço:30,00€

Referência:15182
Autor:HUGO, Victor
Título:TORQUEMADA
Descrição:

Calmann Lévy, Paris, 1882. In-4º de (3) - 203 - (3) págs. Encadernação demi-maroquin verde, brunida, com filetes dourados duplos nas pastas, lombada de cinco nervos com decoração fina disposta em casas fechadas.

Encadernação coeva e assinada pelo grandioso encadernador francês RAPARLIER (Paul-Romain Rapalier,1858-1900, encadernador preferido do escritor Anatole France). Aparo à cabeça brunido a ouro fino. Apresenta uma gravura não descrita pelas bibliografias consultadas.
Um dos 30 exemplares numerados "Grand Papier" (levando o nosso o nº 15) que compõe a edição original em papel Whatman, depois de 10 em papel China e 10 em papel Japon.
Conserva as raras capas de brochura. Exemplar muito limpo, quase "mint condition".
PEÇA DE COLECÇÃO de interesse internacional.
 

Observações:

Torquemada, é um drama em quatro actos e em verso de Victor Hugo, com prólogo escrito em 1869 e publicado em 1882, mas nunca apresentado em palco durante a vida do autor. A história é inspirada na figura histórica do monge dominicano Tomás de Torquemada (1420-1498) cujo nome está associado à Inquisição Espanhola.

Sinopse: O monge espanhol Torquemada, emparedado vivo em ritmo acelerado por sentença eclesiástica, é libertado por duas crianças que se amam, Dom Sancho e Dona Rosa. Depois de obter a absolvição do papa em Roma, Torquemada retornou à Espanha para ali fundar a inquisição. Entretanto, o rei Fernando apaixonou-se por Rosa e, para separá-la de D. Sancho, manda os dois jovens para o convento. Mas o seu primeiro-ministro, o conde de Fuentel, liberta-os e confia-os a Torquemada. Ele reconhece neles os seus dois salvadores; mas ele descobre que só o libertaram à custa de um sacrilégio: usando uma velha cruz de ferro para levantar a pedra de sua prisão. Ele entrega-os à fogueira da Inquisição para salvar suas almas.
(Simbolismo: Vitor Hugo esboçou, no personagem Torquemada, uma estranha e poderosa figura de fanatismo que quer impor sua religião através do terror; opõe-lhe, em cena episódica, a figura de São Francisco de Paula, apóstolo da religião pelo amor.).

Carteret (Romantique I), 427; Clouzot 94; Vicaire IV, 364-365.

Preço:850,00€

Referência:13872
Autor:IVO, Lêdo
Título:ACONTECIMENTO DO SONETO - ODE À NOITE
Descrição:

Orfeu, Rio de Janeiro, 1950. In-8º de 45-(5) págs. Br. Capas de brochura envelhecidas. Ilustração da capa de Artur Jorge. Assinatura de posse de José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO conjunta.

INVULGAR.

Observações:

Este livro é a 2ª edição de Acontecimento do Soneto, a primeira edição  foi feita por João Cabral de Melo Neto, em 1948, numa tiragem de 110 exemplares. A esta edição foi acrescentado  o poema Ode à Noite. Prefácio de  Campos de Figueiredo.

SONETO DAS CATORZE JANELAS

O que se esquiva em mim mais se levanta
no sul da arte poética, no drama
onde o meu ser transfigurado clama
que eu escreva a canção que não me encanta

mas, por falar de mim, sempre me espanta
pela perícia com que me proclama.
E eu destruo o supérfluo, usando a chama
que sobre o meu trabalho o sol decanta

Não se faz um soneto; ele acontece
e irrompe da alquimia do que somos
subindo as altas torres do não ser

Nas rimas que ninguém nos oferece,
pungentes, nós seguimos, e fitamos
catorze casas para nos conter.

Preço:27,00€

Referência:14923
Autor:JACKSON, Catharina Carlota
Título:A FORMOSA LUSITANIA
Descrição:

Livraria Portuense Editora, Porto, 1877. In-8º de 448-(2) págs. Encadernação editorial vermelha com as pastas ricamente lavradas a ferros dourados e pigmento negro, njma muito sumptuosa decoração, com dizeres a ouro na lombada e nas pastas. Profusamente ilustrado em extra-texto com gravuras de monumentos e paisagens de Portugal. Extensa dedicatória não autógrafa, mas do afamado livreiro Camiliano Manuel dos Santos.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra sobre Portugal da autoria de Lady Jackson que passou o ano de 1873 em Portugal e ao regerssar a Inglaterra publicou este livro com o título "Fair Lusitania". A tradução do inglês e o prefácio desta edição portuguesa são de Camilo Castelo Branco que, na Advertência e nas notas que acompanham a sua tradução, reconhece tratando-se de "um livro digno e honrado" mas não não deixa de criticar, corrigir e comentar as  "inexactidões" e "excentricidades" contidos na obra.

Excerto do livro sobre Coimbra

"Este agora não é o tempo proprio para vizitar Coimbra. Principaram as ferias, e poucos estudantes ficaram; de modo que as ruas estão ermas. Cursam, termo médio, 1:000 a 1:200 estudantes, e os lentes, que são muitos, tambem se auzentaram. Vivem os academicos na cidade em cazas particulares dezignadas para os receberem, e com a sua prezença dão vida áquelle provecto, lugubre e horrendo arruamento. Governam a universidade um reitor, um chanceller, decanos e outros. As leis, ou estatutos por que se regulam, creio que divergem agora muito dos que se observavam antes da extinção dos institutos monasticos. (1)
As informações obtidas, esta manhã, a respeito da estrada que dezejamos seguir para o Bussaco, decidiram-nos a saír de Coimbra entre as trez e quatro horas da tarde. (2)"

 

Comentários de Camilo Castelo Branco


(1) Não ha rezidencias privativamente dezignadas para alojamento de academicos. Quanto aos estatutos, os reformados no reino de D. José emanciparam a academia da influencia monacal. Desde 1773 que ali se professam as sciencias com pouco deslize das mais adiantadas universidades da Europa. Pelo que respeita a estatutos, o estudante, fora das obrigações escolares, é um cidadão indistinto dos outros. Do passado conserva apenas a capa e a loba, que despe fora dos Geraes para envergar um paletó surrado, uma calça á faia esgarçada, e um chapeu á bombeiro com inclinações afadistadas. Se não todos, alguns d´elles sáem d´ali muito ignorantes, muito devassos, e excelentes ministros da coroa.

(2) Esta senhora houve-se generosamente com a princesa do Mondego. Não é esse o costume dos hospedes ingleses. Richard Twiss, que esteve em Coimbra em 1773, homem de lettras, escreveu um enorme livro ácerca de Portugal e Hespanha, dedicando a Coimbra as cinco seguintes linhas: «Coimbra é uma universidade situada n´um monte, perto do rio Mondego, sobre o qual corre uma ponte muito comprida e baixa, com muitos arcos grandes e pequenos. Rezidem aqui cinco familias inglezas, uma das quaes pertence a um medico. Esta cidade é celebrada pelos seus curiosos copos e caixas de corno polido.» This city is celebrated for its curious cups and boxes of turned horn.
E nada mais diz o admirador do polido corno.

Preço:145,00€

Referência:14493
Autor:JORGE, João Miguel Fernandes
Título:TRONOS E DOMINAÇÕES
Descrição:

Assirio e Alvim, Lisboa, 1985. In-8º de 113-(6)págs. Brochado.

Observações:

Prémio Nicola de Poesia no ano de 1985.
João Miguel Fernandes Jorge, distingue-se pela fluidez do ritmo do verso e das imagens, pelas frequentes referências e alusões pessoais e culturais.
A sua obra, de grande fluidez de ritmo e som, constrói-se a partir de referências narrativas pessoais e evocações históricas.

Preço:20,00€

Referência:14492
Autor:JORGE, João Miguel Fernandes
Título:O ROUBADOR DE ÁGUA
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1981. In-8.º de 131(3) págs. Brochado.

Observações:

Primeira edição "A sua obra, de grande fluidez de ritmo e efeitos de sonoridade, constrói-se, de forma supreendente, a partir de referências narrativas pessoais e evocações históricas, marcadas pela presença de vocábulos de época. As imagens contidas nos seus poemas libertam-se muitas vezes do sentido metafórico, através de uma deslocação do significante por lugares e tempos, acentuando outras o carácter efémero dos seres e das coisas."

Preço:18,00€

Referência:14136
Autor:JORGE, Lídia
Título:O CAIS DAS MERENDAS
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1982. In-8º de 251 págs. Br. Integrado na Colecção Século XX.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo romance de Lídia Jorge, que se desenvolve-se em torno dos temas da identidade e da aculturação no pós 25 de Abril. Trata-se de uma narrativa poética, teatralizada, em que as personagens rurais, confrontadas com o mundo exterior, dão testemunho da sua intimidade, dos seus medos e desejos mais profundos.

Preço:25,00€

Referência:15066
Autor:JORGE, Luiza Neto
Título:A LUME
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1989. In-8º de 94-(1) págs. Brochado com ligeiros defeitos, insignificantes de manuseamento. Muito bom exemplar.

Observações:

Primeira edição publicada postumamente fixado e anotado pelo escritor Manuel João Gomes, companheiro da autora. Apresenta facsimile do texto dactilografado e mansucrito, bastante rasurado, no final do volume.

Preço:20,00€

Referência:14346
Autor:JÚDICE, Nuno
Título:PLÂNCTON - Romance
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1981. In-8.º de 148 págs. Brochado. Belíssimo estado de conservação.

Observações:

Primeira edição do segundo romance do autor. "Uma das primeiras obras de ficção de Nuno Júdice, este romance explora a dificílima técnica estilística de «mise en abyme».
Júdice é, aliás, o único ficcionista português vivo que utiliza abundantemente esta técnica, trabalhada pelos restantes apenas em uma ou outra narrativa.
Esta obra foi escrita de acordo com o estilo fragmentário e desconstrucionista da década de 70, quando explora a comunidade de
dimensões vivenciais das três personagens femininas (Rita, Rosa e Laura) ou quando o narrador explora uma ideia nascida da «sobreposição de duas imagens«. Assim sendo, neste romance, Nuno Júdice explicita a já referida «mise en abyme», técnica de narração que explora «em profundidade» («abyme») uma particular representação da realidade (um elemento da narrativa) na qual se sobrepõe, em imagens vertiginosamente cruzadas, a totalidade (ou quase) da história narrada. Neste caso, por via da sobreposição de «duas imagens», Nuno Júdice explora «abissalmente», girando em círculos «concêntricos» e «excêntricos», os elementos da intriga ao ponto de provocar no leitor a sensação de uma irrealidade intemporal ou meta-histórica, ausente de cronologia e geografia específicas
."

Preço:15,00€

Referência:15286
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:PEDRO SORIANO
Descrição:

Paris - 2119. (S.l. nem data autêntica). In-8º de 14 págs. Encadernação meia francesa em pele verde com cantos, ornamentação dourada em casas abertas e dizeres, também dourados, na lombada. Nítida impressãoi sobre papel de linho encorpado. Magnífico exemplar, sem defeitos assinalar.

Edição princeps, muito rara, do célebre poema "obsceno" e erótico, publicado sem o consentimento do autor (mesmo assim tendo-o chamado filho do alcool e da bohémia) de forma clandestina numa restritíssima tiragem, cujos exemplares ele procurou recolher e destruir até ao fim da vida. .

Observações:

No texto introdutório, lê-se: Pedro Soriano foi o heroi de um casamento simulado que houve em Lisboa. Tinha o membro viril desenvolvidissimo. Uns amigos de Junqueiro, encarregaram-se de lhe apresentar o Soriano, porque tendo contado a Junqueiro a enormidade do membro, ele dissera que exageravam. Junqueiro viu e exclamou: “Tamanho membro merece um poema”.

Poema licensioso, do qual, segundo nos relata Raul Brandão, no seu segundo volume das Memorias, " ... Junqueiro escreveu algumas poesias eróticas, que um livreiro do Porto a ocultas coligiu e publicou tirando quarenta exemplares». E mais adiante acrescenta: «José Sampaio [Bruno] arranjou um para a Biblioteca Municipal do Porto. Junqueiro que passou a vida a comprar por todo o preço esses exemplares, deu o manuscrito da Pátria à Câmara do Porto em troca do exemplar da Biblioteca. E dizia: - Esses versos não são meus, são do álcool...". Todavia, o escritor João Paulo Freire (Mário), publicou em Curiosidades Bibliográficas o seguinte acrescento: " ... Sampaio Bruno aceitou e mandou fechar a sete chaves uma cópia que mandara tirar do original que Junqueiro acabava de inutilizar. Desta edição tiraram-se apenas 60 exemplares ...".

 

Preço:395,00€

Referência:15225
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:PÁTRIA
Descrição:

Edição de autor (?), s.l.,1896. In-8º de 188 - XXV - (I) págs. Encadernação inteira de pele cor de mel, de feitura artística com ferros gravados a sêco nas pastas, de estilo Arte Nova representando figuras femininas da época, emolduradas com ferros dourados dispostos em filetes simples. Dourado também nas coifas e seixas. Guardas em papel pintadas. Conserva as capas de brochura (anterior om ligeiros restauros marginais). Exemplar impresso em papel de boa qualidade, de esmerado apuro gráfico e encontra-se inteiramente por aparar, mantendo as margens intactas e desencontradas. Conserva encadernada no final uma folha volante impressa, que, em nossa opinião é indpendente da presente edição da obra, onde se lê: "Nota extraída doexemplar pertencente a José Pereira de Sampaio Bruno" com a identificação das personagens referidas na obra.

Primeira edição, muito invulgar que as condições descritas, constitui uma PEÇA DE COLECÇÃO única.

Cândido Nazareth, 3435 (raro); Aulo-Gélio 1888.

Observações:

Notável poema dramático, um ds últimos "documentos do vate político, que desfere com força imcomparável o látego da sátria", no dizer de J. do Prado Coelho. António José Saraiva e Óscar Lopes, na sua História da Literatura Portuguesa (15.ª ed., Porto Editora, Porto, 1989), apontam esta fase poética de Junqueiro como o ponto charneira na abordagem do real: "...  A nebulosidade da sua ideologia anticlerical permitia que, entretanto, prosseguisse até à crise política de 1890 a sua carreira de deputado monárquico, gravitando na órbita de Oliveira Martins e na do grupo de literatos e aristocratas dos Vencidos da Vida. Com o Ultimato assiste-se, porém, à sua rotura com Martins e à passagem para as fileiras republicanas. Datam de 91 Finis Patriæ e Canção do Ódio, violentas sátiras à dinastia brigantina e à Inglaterra, das quais ainda é sequência Pátria (1896), poema já, no entanto, repassado de um patriotismo elegíaco a condizer com as tendências saudosistas do tempo ...".

 

Preço:245,00€

reservado Sugerir

Referência:15270
Autor:LEADBEATER, Charles Webster e PESSOA, Fernando [trad.]
Título:A CLARIVIDENCIA
Descrição:

Livraria Clássica Editora de A.M. Teixeira, Lisboa, 1916. In-8ºde 200 págs. Encdernação moderna meia inglesa em pele grenat. Conserva capas de brochura e todas as margens por aparar. Últimas páginas com ligeira manchinha de humidade marginal. Rúbrica de posse no ante-rosto.

PRIMEIRA EDIÇÃO desta tradução de Fernando Pessoa, que conheceu em 1924 nova edição. MUITO INVULGAR.

Observações:

Clarividência foi publicado originalmente em 1899, e é um clássico difícil de superar sendo uma referência para todos os interessados no tema. Foi redigido com a simplicidade didática característica de Leadbeater, sendo por ele dividido, segundo a capacidade de visão empregada em três classes principais, a saber: a clarividência simples (a mera expansão da visão ao que ocorra estar ao redor do vidente), a clarividência no espaço (o poder de projetar a visão em direção a cenas ou acontecimentos afastados do vidente no espaço) e clarividência no tempo (o poder de ver o passado e futuro), bem como seus métodos de desenvolvimento e seu domínio (se é intencional, semi-intencional ou não intencional). Pela leitura da belíssima tradução de Fernando Pessoa, que enriquece esta edição, vem este " ... título abrir gradualmente o portal para as dimensões superiores de seu Ser, por meio de uma transformação que leva uma visão mais ampla da vida ...".

Preço:100,00€

Referência:14703
Autor:LEÃO, Francisco da Cunha
Título:NAUFRÁGIO DE GOA
Descrição:

Guimarães Editores, Lisboa, 1962. In-8.º de 38-(3) págs. Brochado. Integrado na Colecção "Poesia e Verdade".

Ostenta uma dedicatória autógrafa ao escritor José Osório de Oliveira.

 

Observações:

A origem desta obra tem a ver com  independência de Goa que representa, histórica e simbolicamente, o doloroso princípio do fim do império colonial português.


"Filha dos galeões a pique. O mar abriu-se
E retomou-a em seu abraço verde.
Que imperioso fado manda reviver
A Trágico-Marítima?
A vingança do Oceano retomou-a.
Domingo dezassete de Dezembro
Dá-se o naufrágio de Goa

 

Preço:15,00€

Referência:15109
Autor:LEIRIA,Mário-Henrique
Título:CASOS DE DIREITO GALÁTICO. O Mundo Inquietante de Josela (fragmentos). Ilustrações de Cruzeiro Seixas.
Descrição:

Editorial REPÚBLICA, Lisboa, 1975. In-8º de 83 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Cruzeiro Seixas, assim como todas as restantes ilustrações da obra.

PRIMEIRA EDIÇÃO (e única). INVULGAR

Observações:

O livro Casos de direito Galático são um muito sui generis exemplar de ficção científica portuguesa, escritos e publicados numa época em que praticamente se desconhecia a existência de tal coisa.

Preço:45,00€

Referência:15304
Autor:LEITÃO, Luis Veiga
Título:NOITE DE PEDRA. Poemas de ...
Descrição:

Edição do autor, Porto, 1955. In-8º de 58-(2) págs. Brochado.
Livro de notável arranjo gráfico da autoria de Amândio Silva, com ilustração de Augusto Gomes. Um livro muito belo, impresso sobre papel de elevada qualidade e gramagem, numa tiragem muito reduzida (250 exemplares).

PRIMEIRA EDIÇÃO da segunda produção literária do autor.

Observações:

Poeta de renome e artista plástico, LUIS VEIGA LEITÃO foi um militante antifascista, preso e perseguido pela Ditadura do Estado Novo. É obrigado a exilar-se no Brasil, onde acaba por morrer numa visita àquele país depois da Revolução. Era um homem corajoso, desprendido e sereno, um narrador de impressões e de histórias. O seu mais importante livro de poemas, Noite de Pedra, teve grande impacto no panorama da Poesia Portuguesa e na Resistência

Preço:40,00€

Referência:14249
Autor:LEMOS, Merícia de
Título:HORAS SEM TEMPO
Descrição:

Editora Lux, Lisboa, 1962. In-8º de 51-(1) págs. Br. Ilustrado com um retrato da autora por Alain Brustlein.

Observações:

Último livro que a autora escreveu antes de uma pausa de 30 anos.
Merícia de Lemos nasceu em 1913 na Beira, Moçambique, e morreu em 1996. Colaborou em diversas revistas e jornais, onde foram publicadas várias poesias suas.
A sua poesia caracteriza-se por um tom directo muito lúdico e subtil, em que uma feminilidade franca sabe encontrar uma intensidade ora graciosa ora melancólica, ora comovente.

Preço:25,00€

Referência:13605
Autor:LIMA, Augusto J. Gonçalves
Título:MURMURIOS
Descrição:

Typographia da Revista Popular, Lisboa, 1851. In-8º de XXIV-262-(2) págs. Encadernação meia inglesa em pano com dizeres a ouro em rótulo de pele. Sem capas de brochura e ligeiramente aparado. Pequenoa carimbo de posse.


PRIMEIRA EDIÇÃO
INVULGAR

 

Observações:

Livro de poemas de Augusto Gonçalves Lima, um dos nove poetas que integraram a revista "Trovador" editada por Feliciano de Castilho que acreditava ter descoberto uma nova linhagem de poetas coimbrães, "os poetas do Trovador". Em jeito de prólogo o livro encerra cartas trocadas entre o autor e o critico literário dessa geração, António Pedro Lopes de Mendonça.

Preço:25,00€

Referência:15307
Autor:LISBOA, António Maria
Título:EXERCÍCIO SOBRE O SONHO E A VIGÍLIA DE ALFRED JARRY seguido de O Senhor Cágado e o Menino.
Descrição:

Editora Gráfica Portuguesa, Lisboa, s.d. (1958). In-8º de 34-(1) págs. Encadernação moderna, meia inglesa em pele com papel fantasia de execução artesanal, com dizeres dourados na lombada. Conserva as capas de brochura.

PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma) dos textos deixados inéditos e organizados por Mário Cesariny na importante colecção “Antologia em 1958”.

Observações:


“ ... Antologia em 1958 o título saiu gralhado, devendo ser antes “Exercício sobre o SONO (e não sonho) e a Vigília de Alfred Jarry”. O “Exercício” foi cedido por Helder Macedo a Mário Cesariny, composto por três folhas dactilografadas e com a nota de Helder Macedo no verso da última folha “este texto de António Maria Lisboa foi-me cedido por Luiz Pacheco, que assinou pelo autor, para publicação em Folhas de Poesia, 3º. “O Senhor Cágado” foi, segundo Cesariny, “ o único texto que L.P. [Luiz Pacheco] me cedeu, em cópia dactilografada”. Ambos saíram pela primeira vez nesta edição que foi custeada  com a venda de um guacho de Maria Helena Vieira da Silva, então em Portugal ..." (in Poesia de António Maria Lisboa, Assírio e Alvim, pp. 397-398)

Preço:85,00€

Referência:14759
Autor:LISBOA, Irene
Título:APONTAMENTOS
Descrição:

Lisboa, (Edição da autora, Gráfica Lisbonense), 1943. In-8º de 282-(6) págs. Brochado. Pequeníssimo, quase imperceptível, trabalho de traça à cabeça do livro. Capas com ocasionais picos de humidade, e em especial, junto do pé da lombada. Miolo em muito bom estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de textos, crónicas e contos, escritos entre 1942 e 1943, onde revela através de uma loinga sequência, as suas opções estéticas e ideológicas, com a  representação de cenas do quotidiano (pequenos retratos neo-realistas de personagens do Portugal profundo de então). A estes olhares sobre a realidade do quotidiano justapõem-se a auto-análise e as reflexões sobre a linguagem, sobre o que é pensar e escrever, reveladoras de uma consciência meta-literária, do desassossego que caracteriza a escrita de Irene Lisboa. APONTAMENTOS constitui um testemunhoreflexivodo projecto literaário de Irene Lisboa nada preocupada com sua consagração junto da crítica literária. Com a publicação desta obra, Irene Lisboa abandona definitivamente o pseudónimo João Falco ao mesmo tempo que revela o seu isoalmento em relação aos leitores e a sua marginilização referente ao panaorama literário dos anos 30-40.

 

Preço:23,00€

Referência:14487
Autor:LOPES, Manuel
Título:O GALO CANTOU NA BAÍA ... (e outros contos cabo-verdeanos)
Descrição:

Orion Distribuidora, Lisboa, 1959. In-8º de 220-(2) págs. Brochado.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Inserido na colecção "Hoje e Amanhã". Manuel Lopes é um dos nomes mais destacados da literatura cabo-verdiana. A presente colectânea reúne alguns dos melhores contos do autor. Com os seus personagens de vigorosa personalidade, vivendo enredos de forte carga simbólica, relatados numa linguagem simultaneamente densa e subtil, estes contos de Manuel Lopes proporcionam ao leitor uma forte emoção. O primeiro deles, «Galo Cantou na Baía», publicado pela primeira vez em 1936, marca, na opinião de Russel Hamilton, o nascimento da moderna prosa narrativa de Cabo Verde.

Preço:40,00€

Referência:14341
Autor:MACEDO, Helder
Título:DAS FRONTEIRAS
Descrição:

Edição do autor, Livraria Nacional, Covilhã, 1962. In-8.º de 41-(3) págs. Br. Desenhos e extratexto de Manuel Baptista

Observações:

Inserido na Colecção "Pedras Brancas".

Segundo Fernando Guimarães (in SEMA # 3, p. 97) ,"... Das Fronteiras, em 1962, é o re-conhecimento da vanidade de qual-quer busca, a irrupção de uma ironia através da qual o sujeito lança a sua corrosiva suspeita sobre a "mansidão" das "angústias pressurosas" vertidas em "literatura". O discurso não se contenta, agora, com a "perfeição" medida, estu-dada, com a concisão epigramática - assume-se em ruptura e liberdade, flui, longamente, sem a nostalgia de um centro, de uma ordem. Ao mesmo tempo, o sujeito lírico, para lá da sua procura, dá-se conta do contexto em que ela se situa. E desenha-se um país. Uma "pátria calcinada", também ela minada por desamparado desespero, entregue ao demónio da autodestruição. Igual pessimismo imanentista, que não aceitaria a intromissão de uma transcendência que significasse a superação das contradições da precaridade e desamparo humanos, se encontra presente na leitura pro-fana que é feita, em "Os Trabalhos de Maria e o Lamento de José", da História Sagrada. ..."

Preço:30,00€

Referência:15273
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:O DESENGANO. Periodico Politico, e Moral por ...
Descrição:

Lisboa na Impressão Regia, 1830 (Setembro 1830 a Setembro de 1831). In-8º de 27 números, composto maioritariamente por 12 páginas cada: Colecção completa de 27 numeros encadernados num volume. Encadernação meia de pele cor de mel, século XX, com rótulo de pele vermelha gravada cm dizeres a ouro na lombada. Corte coevo das folhas salpicado a pigmento azul indigo. Exemplar acompanhado do retrato que por vezes falta nos exemplares que aparecem no mercado, gravura esta desenhada por H. J. da Silva e gravada por D. J. Silva . Inocêncio, no seu Dicionário Bibliográfico, diz-nos que a obra " ... compõe- se de 27 n.ºs, dos quaes o ultimo sahiu posthumo, tendo ficado incompleto pela morte do auctor ...", dado esse que se obtem também no último parágrafo do último número, onde refere a data de cessão de escrita e do passamento do autor "... por lhe obstar a finalisal-o o ataque das sezões de que lhe sobreveiu a morte ..."

Exemplar apresenta ainda uma folha final, constituída por 2 sonetos assinados J.J.P.L. [Joaquim José Pedro Lopes], intitulados «Por ocasião da sentida morte do Padre J.A. de Macedo» e o «Índice dos títulos dos numeros desta obra».

Publicação periódica completa, de difícil obtenção no mercado e cujas descrições não referem, nem a gravura, nem a folha final.

Inocêncio, IV, 197; Manuel Ferreira, Cat. LXXXII

 

 

Observações:

Periódico afeiçoado à causa absolutista em que o autor " .... arremedando uma espécie sui generis de heteronímia ou máscaras da mentira, criou, sem paralelo, um verdadeiro estilo de intervenção desorbitada na vida política portuguesa, habitualmente mais passiva e impessoal (...) e verdadeiro profissional da demagogia, converteu a polémica de intenção literária num registo ideológico ..." (Maria Ivone Ornellas Andrade, in A Contra-revolução em português, José Agostinho de Macedo, vol. II, 2004, p. 316)

Preço:250,00€

Referência:13537
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:GAMA poema narrativo
Descrição:

Na Impressão Regia, Lisboa, 1811. In-8.º de XV-266 págs. Encadernação coeva inteira em pele e dizeres a ouro em rótulo de pele vermelha na lombada.

PRIMEIRA E ÚNICA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Primeira versão do poema Oriente de de Agostinho de Macedo onde ele tentou  corrigir aquilo que considerava errado em «Os Lusíadas», de Camões, e de fazer justiça aos heróis que Camões não tinha exaltado.

Inocêncio: “Foi editor o livreiro Desiderio Marques Leitão. - O poema é dedicado a Ricardo Raymundo Nogueira, então membro da regencia do reino: consta de dez cantos, com 787 oitavas, e é precedido de uma de pindarica em louvor de Camões, a qual se não encontra noutra parte. D’este Gama refundido, e accrescentado com dous novos cantos, é que se formou o Oriente.”

Preço:60,00€

Referência:13517
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:A MEDITAÇÃO junto com NEWTON
Descrição:

Typ de Francisco Pereira d'Azevedo, Porto, 1854. Dois tomos de 270 e 169 págs encadernados juntos num só volume. Encadernação coeva em pele castanha meia inglesa com dizeres a ouro na lombada. Pequena vinheta de número de ordem de biblioetac particular na lombada.

Observações:

Dois poemas de inspiração filosófica de José Agostinho de Macedo.

A Meditação, poema em quatro cantos que segundo Innocêncio no seu livro "Vida e Obra de José Agostinho de Macedo" transcrevendo um juízo de Costa e Silva afirma: "De  todas as obras de José Agostinho a mais importante é a Meditação. Este poema lhe levou longos annos de trabalho e de desvelo, refundindo-o e corrigindo-o muitas vezes, e mudando-lhe o titulo, antes de o dar á luz."

 

Newton, Esta edição encerra o "Discurso Preliminar. A Fisica, ou alguma de suas
partes, he, ou póde ser digna materia da poezia sublime?"

 

Preço:95,00€

Referência:13516
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:A NATUREZA
Descrição:

Typographia de Francisco Pereira De Azevedo, Porto, 1854. In-8º de 363 págs. Encadernação coeva meia inglesa em pele castanha com dizeres a ouro na lombada. Pequena vinheta de núemro de ordem de biblioteca particular na lombada.

Observações:

"Tomei para objecto d'este poema a descripção das maravilhas da Natureza.(...) o compasso frigidissimo das estereis, e infecundas regras, com que nos opprimem alguns pedantes, não tem aqui lugar."

Preço:65,00€

Referência:13570
Autor:MACHADO, Fr. José
Título:NOVO MESTRE PERIODIQUEIRO, ou dialogo de hum sebastianista, hum doutor, e hum ermitão , sobre o modo de ganhar dinheiro no tempo presente.
Descrição:

Na Imprensa de Galhardo, Lisboa, 1821. In-8º de 38 págs. Encadernação moderna em papel marmoreado. Ostenta um pequeno autocolante de biblioteca particular.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Opúsculo polémico que atacava as ideias de liberdade da época. Nele o autor defendia os estabelecimentos antigos, as ordens religiosas e mesmo a Inquisição. Foi o primeiro de uma série de opúsculos.

Preço:45,00€

Referência:15339
Autor:MAGNO, David
Título:LIVRO DA GUERRA DE PORTUGAL NA FLANDRES. Descrição militar histórica do C.E.P. Recordações das trincheiras, da batalha e de cativeiro. Figuras factos e impressões. Volume I ( e II).
Descrição:

Comapnhia Portuguesa Editora, Porto, 1921. In-8º de dois volumes com 270-(2) e 194-(5) págs respectivamente. Encadernação coeva, meia francesa em pele com rótulos de pele vermelha na lombada gravadas com dizeres dourados e florões a sêco, em casas abertas. Ligeiros sinais de manuseamento, sem qualquer perda de estrutura. Ligeiro aparo marginal geral com páginas grosadas. Conserva as capas de brochura de ambos os volumes.

Ostenta uma valiosa dedicatória autógrafa que, pela sua curiosa, embora relativa importância, se descreve: " Ao Major Joaquim Augusto Geraldes, citado na pág. 50 do tomo I e 137/139 do II, oferece o autor, que há mais de quarenta anos aprecia o seu belo caracter e as suas raras qualidades de Oficial e Amigo. Em 8/VI/1937 // David Magno // major."

(O Major Joaquim Augusto Geraldes foi condecorado com Grau de Oficial da Ordem Militar de Avis, em 8 de dezembro de 1920 e ainda, proposto sem seguimento, Condecoração com o Grau de Comendador da Ordem Militar de Cristo, em 1929).

Observações:

David José Gonçalves Magno também conhecido simplesmente por Major David Magno (1877-1957) no posto de Capitão, combateu em França durante a 1ª Guerra Mundial, como Comandante da 3ª Companhia do Batalhão de Infantaria nº 13 originário do Regimento de Infantaria Nº 13 em Vila Real, integrado na 5ª Brigada da 2ª Divisão do CEP, com particular destaque em termos de heroísmo e espírito de sacrifício, nomeadamente na Batalha de La Lys na região de Les Lobes, La Couture, Flandres nos dias 9, 10 e 11 de Abril de 1918, pelo que em pleno teatro de operações e perante a formação das forças presentes no terreno, recebeu do General Tamagnini de Abreu a primeira Cruz de Guerra relativa a esta Batalha. O livro que se apresenta, descreve com pormenor todo teatro de guerra vivido na primeira pessoa, na épica batalha da Flandres, em La Lys e na qual participou o maior contingente português, que acabou com uma pesada derrota das forças Aliadas. São da autoria de David Magno as melhores descrições do que foi o quotidiano e o comportamento do Batalhão 35 na frente de batalha da Flandres.

 

 

região de La Lys O major David Magno, homem de Letras e etnólogo, na Primeira Guerra Mundial era capitão no Regimento de Infantaria nº 13, no CEP, na Flandres. Pela sua conduta conquistou uma Cruz de Guerra na épica batalha de La Lys, na qual participou o maior contingente português, que acabou com uma pesada derrota das forças Aliadas. São dele as melhores descrições do que foi o quotidiano e o comportamento do Batalhão 35 na frente de batalha da Flandres, no “Livro da Guerra – Portugal na Flandres” -, da sua autoria, com edição de 1921. Na página 153, vai directo ao assunto:.

 

Preço:85,00€

Referência:14410
Autor:MARTINS, Albano
Título:A MARGEM DO AZUL
Descrição:

Tipografia A. desportida Lda, (1982).In-8.º oblongo de 49(4) págs. Br. Ilustrado.

Observações:

Albano Dias Martins (n. Fundão, 6 de Agosto de 1930), é um poeta português. Nasceu em 1930 na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal. Albano, formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Presentemente, é professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto. O poeta foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.

Preço:15,00€

Referência:14689
Autor:MEIRELES, Cecília
Título:ANTOLOGIA POÉTICA com poemas inéditos
Descrição:

Editora da Autora, Rio de Janeiro, 1963. In-8º de 256 págs. Brochado. Exemplar em exceelnte estado de conservação.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Além de ser uma edição de autora, apresenta ainda poemas inéditos.

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

 

Preço:40,00€

Referência:15060
Autor:MELLO, Pedro Homem de
Título:BODAS VERMELHAS
Descrição:

Editorial Domingos Barreira, Porto, 1947. In-8º de 241-(1) págs. Brochado. Pequena rúbrica de posse no ante-rosto.

Observações:

Prefácio muito interessante de Júlio Dantas onde ele afirma que Pedro Homem de Mello é um "(...) poeta de alta estirpe, justamente considerado um dos mais representativos cultores do moderno lirismo português(...)".

BODAS VERMELHAS

As almas pedem luz. Apodrecida
A noite dorme, quieta, em seu armário.
Cantai sem medo! A cruz foi no Calvário
Que Deus a ergueu, como a anunciar a vida!


Cantai, rapazes! E essa juventude
Que não foi a minha, seja, ao menos, a vossa!
Que dentre todos, um, ao menos, possa
Quebrar tanto silêncio que ainda ilude!


As asas só são asas quando há vento.
Cantai! Cantai na força dos vinte anos!
Cantai! Cantai! Ingénuos, mas humanos,
Com lábios rubros de prometimento!


Não morrer hoje, que importância tem?
A paz, às vezes, lembra-nos veneno...
E tudo é falso no país sereno
Que não se bate nunca por ninguém.

Preço:30,00€

Referência:14320
Autor:MELO E CASTRO, E. M. de
Título:FINITOS MAIS FINITOS -FICÇÃO/FICÇÕES
Descrição:

Hugin Editores Lda., Lisboa, 1996. In. 4.º de 127 págs. Br. Capa de brochura ilustrada.

Observações:

Deste livro diz o autor: "...representa um corte transversal na minha actividade criativa diária mostrando que para mim não há diferença entre a escrita de poemas, de ensaios, de contos e a produção de poemas visuais no computador. O processo da escrita é em/muitos, tal como as vivências de que esse processo é uma emanação virtual. Por isso este livro é talvez aquele que neste momento melhor me traduz e representa."

Preço:28,00€

Referência:14317
Autor:MELO E CASTRO, E. M. de
Título:QUEDA LIVRE
Descrição:

Livraria Nacional, Covilhã, 1961. In-8.º de 64-(2) págs. Brochado. Impecavelmente bem conservado apenas apontando-se como “defeito” um quase imperceptível amarelecimento marginal, provocado pela oxidação do papel desta zona das margens do livro quando em contacto com o ar, ao longo dos seus 60 anos de existência.

Obra invulgar e inserida na apreciada colecção "Pedras Brancas". Capa e desenho impresso em folha desdobrável à parte, da autoria de Manuel Batista.

Observações:

 

sento-me nestas cadeiras que limitam
quatro paredes brancas
onde me quebro as noites

terra de geometria

alicerce de pó
que nos mantém a vida

casa forma passiva de ser móvel

horizonte de braços

telhado

que deixa o sol entrar
e a chuva fugir

 

Preço:40,00€

Referência:13930
Autor:MENDES, Manuel
Título:CONSIDERAÇÕES SÔBRE AS ARTES PLÁSTICAS
Descrição:

Seara Nova, Lisboa, 1944. In-8.º de 163-(1) págs. Br. Ilustrado em extra-texto. Valorizado pela dedicatória autógrafa no ante-rosto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

 

Observações:

Livro que encerra vários textos dispersos de Manuel Mendes sobre crítica de arte.

 

Do índice: Breves palavras sôbre o valor das artes plásticas e a razão dos seus estilos; Sôbre o desenho e alguns desenhadores; Desenhos de alguns artistas portugueses; Crónicas; Os arquitectos no 1º Salão dos Independentes; O pintor Dórdio Gomes; À margem do Salão dos Modernistas; A-propósito da exposição de Carlos Botelho; A exposição de Maria Keil; Crónica de Natal; A exposição de Simões de Almeida Veloso Salgado; Columbano; Um artista; Sôbre a natureza das artes; A crítica de arte.

 

“As páginas dêste volume, escritas em épocas diferentes, no decorrer dos úlltimos quinze anos, juntei-os agora num molho, a que não fiz mais do que dar um arranjo leve, como quem ageita e compõe sem pretensões de maior. Foram escritos para um público que não se interessa pelos estudos especializados dêstes problemas, nem pela inviabilidade de certas explicações fantasistas ou literárias. (...) Êste livro não constitui mais do que um éco apagado do interêsse que estas questões merecem, mesmo no nosso país, terreno tão pouco propício se tem mostrado para as artes plásticas ”

 

Preço:25,00€

Referência:9622
Autor:MOITA, António Luís
Título:TEORIA DO GIRASSOL Poesias
Descrição:

Oficinas Gráficas de Ramos, Afonso & Moita, Lda, Lisboa, 1956. In-8º de 137-(1) págs. Br. Capa de brochura ilustrada a cores. Ilustrado com desenho de António Ramos.
Tiragem especial de 150 exemplares em papel offset creme "de fabrico nacional extra" numerados e assinados pelo autor (sendo este o nº 15). Valorizado por expressiva dedicatória autógrafa.

Observações:

Belissímo livro de poesia de um dos fundadores da revista "Árvore". Considerado por Álvaro Salema como "uma das vozes mais expressivas do lirismo português contemporâneo."

Preço:60,00€

Referência:14885
Autor:MONIZ, Egas
Título:O PADRE FARIA NA HISTÓRIA DO HIPNOTISMO
Descrição:

Faculdadede Medicina de Lisboa, Lisboa, 1925. In-4.° de 194-(3) págs. Brochado apresentadno na capa picos de humidade. Miolo muito limpo, fresco e bem conservado.

PRIMEIRA EDIÇÃO da conferência plenária realizada na Faculdade de Medicina, no Primeiro Centenário da Régia Escola de Cirurgia de Lisboa, em 19 de Dezembro de 1925, depois ampliada e dividida em capítulos, aqui editados.

Observações:

No prâmbulo:
"... Aí por 1813 apareceu em Paris um magnetizador, que em breve se cobriu de prestígio, prègando uma nova doutrina sôbre os factos que Mesmer divulgara. Mas a interpretação dos estranhos fenómenos que tanto emocionaram o público passou despercebida. Todos os que frequentavam as conferências da rua de Clichy, 49, onde o padre Fatia preleccionava sôbre as causas do sono lúcido, iam ver o magnetizador operar (...) O sucesso foi notável. De novo voltou à tela a questão do sonambulismo e os jornais franceses, a partir de Agosto de 1813, encheram colunas sôbre o misterioso fenómeno com apreciações mais ou menos severas, por vezes jocosas e até insultantes para o padre Faria, que ousara afrontar a opinião parisiense, ainda recordada das exibições e da falência de Mesmer. Pretendemos fazer a história dêsse período da evolução do hipnotismo e, consequentemente, divulgar o nome do padre Faria, cuja vida romanesca e agitada é quási ignorada e cujo nome apenas soou aos ouvidos do grande público como sendo o do atraente prisioneiro do 'Conde de Monte Cristo', em que Alexandre Dumas lhe atribui naturalidade italiana".

Preço:27,00€

Referência:14719
Autor:MONTE, José Ferreira
Título:PARA QUE TUDO RENASÇA poemas
Descrição:

Edição do autor, Coimbra, 1948. In-8º de 79-(5) págs. Brocgado. Integrado na colecção do "Galo", dada a lume em Coimbra e cuja tiragem foi sempre muito restrita. Capa de brochura com alguns picos de acidez e ligeiras manchas marginais.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Invulgar livro de poemas neorealistas.

Observações:
Preço:23,00€

Referência:14971
Autor:MONTEIRO, Adolfo Casais
Título:EUROPA.
Descrição:

Editorial Confluência, Lisboa, 1946. In-8.º gr. de 38-(2) págs. Brochado. Capa de brochura ilustrado com desenho de António Dacosta. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. Lombada com pequena falha de papel junto ao pé e à cabeça. Miolo impecável, bem estruturado pelo seu exceelnte estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo Vanessa Sousa, este poeta Adolfo Casais Monteiro, " ... sendo um homem interessado pela política e pela defesa da dignidade humana, escreveu os seus versos numa angústia que se intensificou durante a Segunda Guerra Mundial, quando todo e qualquer princípio ético foi posto em causa. Aliás, foi a sua “intervenção cívica de exemplar dignidade” que lhe valeu o exílio. Mas ainda antes de partir para o Brasil, Casais Monteiro escreveu em tom de protesto uma obra com o título do continente que o viu nascer: Europa (1946). Livro composto por um longo poema sobre o velho continente, foi escrito entre 1944 e 1945 e publicado logo após a segunda Grande Guerra. (...) Numa clara crítica ao nazismo, Casais Monteiro pergunta: “Europa sem misérias arrastando seus andrajos, / virás um dia? Virá o dia / em que renasças purificada?” Casais Monteiro descreve uma Europa idealizada por si próprio, uma Europa “sem misérias”, “sem andrajos”, uma Europa purificada e livre da “mão avara”. Este desejo de regeneração estende-se ao longo dos seus versos, que vão descrevendo o estado decadente desse continente. A Europa precisava de se purificar para que não findasse. O poeta pede redenção para o mal que a Europa causou, mas também deseja que o seu bem, já existente antes da guerra, seja repartido. Assim, esta aparente esperança acompanha o percurso do leitor pelos versos referentes à temática da morte e da destruição causadas pela guerra. Tal disforia ocupa grande parte da obra z, apesar de os seus primeiros versos serem de esperança, purificação e renascimento. ...".

Preço:45,00€

Referência:14267
Autor:MONTEIRO, Adolfo Casais
Título:A POESIA DA "PRESENÇA"
Descrição:

Ministério da Educação e Cultura - serviço de documentação, Rio de Janeiro, 1959. In-8º de 363 págs. Br. Rubrica de posse no frontispício.
Primeira edição.

Observações:

Esta obra começa por fazer uma antologia das poesias de António Nobre, dos poetas da Geração do Orpheu, posteriormente apresenta poesias e poetas contemporâneos brasileiros e portugueses.

Preço:25,00€

Referência:14486
Autor:MOURÃO-FERREIRA, David
Título:TAL E QUAL O QUE ERA
Descrição:

Editorial Organizações, Lisboa, 1963. In-8º de 64 págs.Br. Colecção "Antológica Best-Sellers".

Observações:

Primeira edição autónoma, "corrigida, e em certos passos abreviada" desta novela extraída do livro Gaivotas em Terra.

Álvaro Salema, na nota de badana:
"monólogo coloquial de um narrador, que vai em busca das suas recordações de comparsa para redescobrir e tentar explicar a grande figura dramática da mulher que preenche a narrativa."

"Era justamente o que eu ia dizer! Tudo se prende, em última instância (pelo menos na aparência), a esse outro problema. Mas aí é que está: jamais descobriremos se a Maria Antónia se suicidou ou não se suicidou. Já sabes o que penso a tal respeito: agora é que ela não tinha razões nanhumas para se suicidar; no entanto, a Maria Antónia era pessoa para se suicidar, precisamente quando não tivesse razões nenhumas para isso. Suponhamos, porém, que foi um acidente: a verdade é que um acidente pode muito bem ser uma das armas do destino; e, em contrapartida, não será a natureza - uma natureza cansada, depauperada, gasta antes do tempo - a responsável por um acidente daquele género? Suponhamos, agora, que não foi um acidente: e nunca saberemos até que ponto é que a livre vontade da Maria Antónia, por muito livre que parecesse, não estaria comandada pelo destino ou subornada pela natureza.

Ora até que enfim te vejo sorrir. É isso, meu caro: falo sempre como advogado. De qualquer modo, bem vês: esta última incógnita (a da morte), mesmo quando ficasse devidamente esclarecida, nunca bastaria para explicar a outra: a vida, a vida da Maria Antónia."

Preço:15,00€

Referência:14762
Autor:MURALHA, Sidónio
Título:26 SONETOS
Descrição:

Livros Horizonte, Lisboa, 1979. In-8º de 30-(2) págs. Brochado. Rúbrica de posse no frontspício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livrinho de poemas onde se apresenta dois campos essenciais: " ... a denúncia e a fome/incerteza de fome. No primeiro deles encontramos textos em regra mais acre, mordazes ou combativos enquanto nos revela, no segundo, um outro discurso: o das emoções do dia novo, o da alegria, da serena confiança nos homens, do canto vitorioso sobre as amarras. E aqui recobra o autor de Poemas de Abril a sua voz de esperança laminar ..." (José Manuel Mendes na contracapa deste livro).

Preço:13,00€

Referência:14873
Autor:NAMORA, Fernando
Título:O TRIGO E O JOIO
Descrição:

Guimarães Editores, Lisboa, 1954. In-8º de 295-(4) págs. Brochado. Ligeira acidez generalizada, própria da qualidade do papel.

Capa de brochura da autoria de Cambraia e as ilustrações são de Charrua.

Observações:

O Trigo e o Joio é um romance universal que tem como pano de fundo o Alentejo, onde é descrita a vida e os anseios de uma família de lavradores composta pelo pai, a mãe, e a filha de ambos, sendo um retrato interessante sobre aquela região nos anos 50, assim como do ambiente laboral de então, e as
relações sociais e de convívio entre as pessoas que trabalham a terra. É como tal, sobretudo, um romance das gentes do Alentejo, das suas vilas, dos seus campos e das suas vidas, duras e difíceis. O romance da terra portuguesa de um escritor que rompeu as barreiras da língua e ultrapassou todas as fronteiras. Disto nos transmite o próprio autor:
"... Gostaria de vos contar coisas dessa gente. Coisas da vila, do Alentejo cálido e bárbaro e dos heróis que lhe dão nervos ou moleza, risos ou tragédia. (...) E gostaria de vos falar ainda dos trigos e dos poentes incendiados, dos maiorais e dos lavradores, do espanto dos dias, do apelo confuso da terra, da solidão ..."

Preço:20,00€

Referência:14310
Autor:NAMORA, Fernando
Título:A NOITE E A MADRUGADA. Romace
Descrição:

Editorial “Inquérito” Limitada. Lisboa. (1950). In-8º de 252-(1) págs. Brochado. Pequena falha de papel no pé da lombada. Miolo em muito bom estado de conservação. Capa da brochura ilustrada com um belo desenho a cores de Manuel Ribeiro de Pavia.

PRIMEIRA EDIÇÃO. INVULGAR.

Observações:

A Noite e a Madrugada , escrito em 1948 mas só publicado em 1950, foi o romance de maior sucesso de Fernando Namora. Nele, o autor conta-nos a vivência das gentes raianas, da fronteira beirã de Portugal e Espanha, lado a lado com o mundo ilegal do contrabando. O realismo das descrições levam-nos a simpatizar com os personagens, que embora foras da lei, são retratados como sobreviventes de uma realidade dura.

Preço:35,00€

Referência:12852
Autor:NASCIMENTO, Cabral do
Título:CONFIDÊNCIA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa,  s/d. In-8º de 107 págs. Br. Vinheta de Maria Franco. Capa de brochura com algumas picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Livro de poemas deste poeta fortemente marcado pelo Saudosismo.

Natal


Se alguém por mim passou,
O seu caminho foi.
Nenhuma dor me dói;
Neste canto me isolo;
Dá-me tanto consolo
Saber que apenas sou!

Reduz-se tudo a isto:
Suavíssimo perfume
De heliotrópio morto.
Traz-me tanto conforto
Saber que só existo
Aqui, junto do lume!

E o vento que, lá fora,
Deita as folhas em terra,
Não me abala sequer.
Ah, quanto bem encerra
A minha ideia, agora,
De estar num canto, e ser?

 

Preço:19,00€

Referência:15123
Autor:NEGREIROS, José de Almada
Título:MITO - ALEGORIA - SÍMBOLO
Descrição:

Livraria Sá da Costa, Lisboa, s.d. (1948). 4º de 32-(2) páginas. Brochado. Mancha de humidade na capa  de brochura, miolo bastante limpo. Edição primeira, desta invulgar obra, ilustrada com um auto-retrato do autor, impressa em separado.

Único volume publicado.

Observações:

Monólogo autodidacta na oficina de pintura. (Fasc. I). Introdução aos inéditos: Ver - Visuais e auditivos. Os sentidos, a vista, a visão, ver. Ver e Homero e Dórico canone da ingenuidade. Leitura do dórico. Canone da ingenuidade. Com o primeiro capítulo de Ver e o Numero.

Preço:100,00€

Referência:14958
Autor:NEGREIROS, José de Almada
Título:NOME DE GUERRA. Romance
Descrição:

Edições Europa. Lisboa. S.d. (1938) In-8º de 254-(1) págs. Brochado. Todos os exemplaes apresentam um sinete a óleo de Almada Negreiros. Capas de brochura com ligeira acidez generalizada, própria da qualidade do papel. Capa anterior e ante-rosto com assinatura de posse coeva. Miolo em óptimo estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO muito procurada. Já de raro aparecimento no mercado.

 

Observações:

Apreciadíssimo romance de Almada Negreiros sendo também um importante contributo para o modernismo literário português. Trata-se do primeiro volume da Colecção de Autores Modernos Portugueses dirigida por João Gaspar Simões, quem nos afirma no prefácio da obra ser escrito em 1925, mas  só publicado em 1938. Trata-se de um  romance de iniciação de um jovem provinciano proveniente de uma família abastada.

Sinopse:
Quando o tio de Luís Antunes o envia para Lisboa, ao cuidado do seu amigo D. Jorge (descrito como “bruto como as casas e ordinário como um homem”), com o propósito de o educar nas “provas masculinas”, não imaginava o desenlace de tal aventura. Apesar de, na primeira noite, D. Jorge ter ficado convencido da inutilidade dos seus préstimos, Antunes concluiu que o “corpo nu de mulher foi o mais belo espectáculo que os seus olhos viram em dias de sua vida”, decidindo-se a perseguir Judite. Esta “via perfeitamente que o Antunes não estava destinado para ela”, mas “não lhe faltava dinheiro e dinheiro é o principal para esperar, para disfarçar, para mentir a miséria e a desgraça”. Assim se inicia a história de Luís Antunes e Judite, que terminará com a prodigiosa e desconcertante frase, “não te metas na vida alheia se não queres lá ficar”.

Preço:150,00€

Referência:15237
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:EU, COMOVIDO A OESTE. Poemas.
Descrição:

Revista de Portugal. Lisboa. 1940. In-8º de 36 págs. Brochado. Capa de brochura anterior com pequenas manchinhas de tinta e raro foxing (ausente no miolo).
Ostenta uma dedicatória autógrafa ao poeta Alexandre O'Neill.

Primeira edição independente de um dos mais célebres livros de poemas do autor, RARO no mercado. PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

Conjunto de 41 poemas que Nemésio publicou na Revista de Portugal e ainda no mesmo ano os editou sob a forma de livro.

Paulo Quintela, 467; Laureano Barros, 3896.

Preço:225,00€

Referência:14783
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:ONDAS MÉDIAS por ...
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1945. In-8º de 360 págs. Brochado. Em excelente estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Apreciada colectânea de crónicas que " ... tiveram grande divulgação mediática em programas de rádio ..." e consagradas a grandes figuras da literatura portuguesa de todos os tempos.

Capítulos sobre Dom Duarte, Damião de Góis, Anchieta, Frei Tomé de Jesus, Gaspar Frutuoso, Heitor Pinto, Cavaleiro de Oliveira, Correia Garção, Tolentino Gonzaga, Bocage, Garrett Herculano, Camilo, Eça de Queiróz, Juio de CAstilho, Anselmo Braamcamp Freire, Fausto Guedes Teixeira, António Nobre, etc ...

Preço:35,00€

Referência:14747
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:VIDA E OBRA DO INFANTE D. HENRIQUE.
Descrição:

Comissão Executiva das Comemorações do Quinto Centenário da Morte do Infante D. Henrique, Lisboa, 1959. In–8º de 184 págs. Br. Capa de brochura ilustrada. Exemplar integrante da Colecção Henriquina.

Observações:

Biografia do "pai" dos descobrimentos portugueses.

"...a cobiça de "acabar grandes e altos feitos", o domínio de si, o bom acolhimento de grande senhor na austera continência. Raro bebia vinho; passou toda a vida por casto e usaria cilício. Finalmente, as exclamações do apologista, tão sinceras de tom, diante de uma vida inteira dada a devassas de mar: "Oh quantas vezes o achou o sol assentado naquele lugar onde o deixara o dia dantes", etc., "cercado de gentes de diversas nações".
Este passo de Zurara atrai necessariamente o delicado problema de Sagres como residência e escola."

Preço:13,00€

Referência:14746
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:SAPATEIA AÇORIANA Andamento Holandês e outros poemas
Descrição:

Editora Arcádia, Lisboa, 1976. In-8º de 92-(3) págs. Brochado.

Observações:

 Último livro de poemas de Vitorino Nemésio que reune poemas publicados em edições restritas com distribuição restrita, de que se destaca Andamento Holandês .

"Este volume de poemas devia ser acompanhado de quatro motivos, a cor, inspirados a Nikias Skapinakis pelo andamento Holandês... Por razões de crise económica, que o editor, o pintor e o poeta lamentam, esse projecto de edição fica adiado..."


 A  CAMINHO DO CORVO

A minha vida está velha
Mas eu sou novo até aos dentes.
Bendito seja o deus do encontro,
O mar que nos criou
Na sede da verdade,
A moça que o Canal tocou com seus fantasmas
E se deu de repente a mim como uma mãe,
Pois fica-se sabendo
Que da espuma do mar sai gente e amor também.
Bendita a Milha, o espaço ardente,
E a mão cerrada
Contra a vida esmagada.
Abençoemos o impossível
E que o silêncio bem ouvido
Seja por mim no amor de alguém.

Preço:19,00€

Referência:14639
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:POESIA 1935-1940
Descrição:

Livraria Morais Editora, Lisboa, 1961. In-8º de 150-(2) págs. Brochado. Em muito bom estado de conservação

Observações:

Inserido na prestigiada Colecção "Circulo de Poesia".
(...) Este homem, pensei então, não quer saber da rigidez de teorias ou receitas literárias e engendra e inflecte os seus próprios recursos técnicos como lhe apetece em cada momento. A sua liberdade poética oscila muitas vezes entre a utilização e a transgressão dos cânones, mas sempre ou quase sempre, com uma cuidada modulação fónica e rítmica nas suas próprias asperezas. (...) " Vasco Graça Moura

Preço:35,00€

Referência:14637
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:O VERBO E A MORTE
Descrição:

Livraria Moraes Editora, Lisboa, 1959. In-8º de 90-(6) págs. Brochado. Exemplar impecávelmente bem conservado.

Observações:

Este é um dos mais significativos livros de poesia de Nemésio integrado na apreciada colecção Círculo de Poesia.

 

 

 

VERBO E ABISMO       

Já da vaga vocálica dependo
Como a alga que a onda leva à areia:
Mas eu mesmo, que a digo, mal entendo
A voz que clama a minha vida e a enleia.

Se intervenho no som gratuito, ofendo
Seu sentido secreto e íntima cheia:
Transtornado por ela, emendo, emendo,
E é ela que me absorve e senhoreia.


Verbo ao abismo idêntico, toado
Sobre os traços de fogo que precedemA presença de Deus no monte irado,

Ao teu sopro de amor as vozes cedemO que a morte decifra e restitui
Ao espírito liberto do que fui.

Preço:50,00€

Referência:14269
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:CAATINGA E TERRA CAÍDA - Viagens do Nordeste e no Amazonas
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, sem data (1968-?). In-8º de 357-(1) págs. Br.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Da nota de badana: " A identificação do autor com paisagens e gentes brasileiras vai desde o saber histórico e sociológico à intimidade dos costumes e à apropriação da linguagem. (...)
Estes cadernos de viagem ao Nordeste e ao Amazonas completam, com um fio romanesco e um impressionismo flagrante de fauna, flora e gentes, largamente informado de cidades, engenhos, fazendas de gado, postos e cocais do “aranhol”, o largo itinerário (...)"

Preço:30,00€

Referência:15202
Autor:NETO, João Cabral de Melo
Título:MORTE E VIDA SEVERINA
Descrição:

[Teatro da Universidade Católica TUCA, s.d - (1965?)]. In-8º de 32 págs. Brochado. Rúbrica de posse e apontamento a tinta na capa.

Primeira edição autónoma do poema "Morte e vida severina", que correu de mão em mão e nunca chegou às livrarias, publicado originalmente no livro "Duas Águas", em 1956, texto este de maior sucesso de João Cabral que resultou em diversas encenações, gravações audio, cinematográficas e mini-séries.

Observações:

O poema, na verdade é um auto, teve a sua primeira encenação no ano de 1957 em Belém pelo grupo Norte Teatro Escola. Em 1965 foi musicada por Chico Buarque a pedido do então director do grupo de Teatro da Universidade Católica (TUCA) da PUC-SP. Foi incluído na coletânea Morte e vida severina e outros poemas em voz alta, alcançando ainda um público mais vasto.

Segundo António Secchin, maior estudioso da poesia cabraliana "... neste auto de Natal pernambucano, o protagonista Severino, à imagem do Rio Capibaribe, desce do Sertão para a cidade, e toda a travessia é pontuada por encontros com a morte, até a eclosão da vida, representada pelo nascimento de uma criança. (...) Ele, que pensara em suicídio, simbolicamente renasce com a nova vida 'severina' que acaba de surgir ..." . O termo "vida severina", que reflecte uma vida simples e franzina, que "corre frágil na beira do abismo", transfomou-se num adjetivo, em que neste auto surge como uma esperança, um símbolo da renovação humana.

Preço:60,00€

Referência:15260
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:UMA ABELHA NA CHUVA
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1953. In-8º de 211-(1) págs. Brochado com a capa anterior ilustrada por Victor Palla, apresenta ligeiro e insignificante defeito na cabeça da lombada, sem perda de papel.

INVULGAR PRIMEIRA EDIÇÃO deste apreciado livro de Carlos de Oliveira e também um dos mais representativos romances de referência para o século XX português. Conheceu sucessivas edições revistas até 1981, ano da sua morte. Foi ainda, em 1971, objecto de um notável filme de Fernando Lopes.

 

Observações:

"... Pelas cinco horas duma tarde invernosa de outubro, certo viajante entrou em Corgos, a pé, depois da árdua jornada que o trouxera da aldeia do Montouro, por maus caminhos, ao pavimento calcetado e seguro da vila: um homem gordo, baixo, de passso molengão; samarra com gola de raposa; chapéu escuro, de aba larga, ao velho uso; a camisa apertada, sem gravata, não desfazia no esmero geral visível em tudo, das mãos limpas à barba bem escanhoada; é verdade que as botas de meio cano vinham de todo enlameadas, mas via-se que não era hábito do viajante andar por barrocais; preocupava-o a terriça, batia os pés com impaciência no empedrado.

Tinha o seu quê de invulgar: o peso do tronco roliço arqueava-lhe as pernas, fazia-o bambolear como os patos: dava a impressão de aluir a cada passo.

A respiração alterosa dificultava-lhe a marcha.

Mesmo assim galgara duas léguas de barrancos, lama, invernia.

Grave assunto o trouxera decerto, penando nos atalhos gandareses, por aquele tempo desabrido. ..."

O casamento de Álvaro e Maria dos Prazeres é infeliz, como tantos outros que se eternizavam no Portugal medíocre de Salazar. As fidalguias viviam de aparências, a fingir e a calar para manter o património intacto. Todavia, o romance “Uma abelha na chuva” de 1953, faz  o amor nascer entre uma criada e um motorista, à margem das regras sociais.

 

 

Preço:70,00€

Referência:15020
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:PEQUENOS BURGUESES. Romance.
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1948. In-8º de 228-(3) págs. Brochado, com ligeiros picos de humidade. Miolo impecável apresentando os cadernos por abrir. Exemplar com estrutura sólida e muito bem conservado. Carimbo de oferta da Casa Editora no ante-rosto.

Observações:

Pequenos Burgueses, com a 1.ª edição em 1948, terá a sua 3.ª edição refundida 1970. O número de capítulos e o seu texto é reduzido e essa redução implica o quase desaparecimento de certos desenvolvimentos narrativos, mas por outro lado, há curtos mas significativos acrescentos e interpolações que introduzem notas novas no romance.
Em Pequenos Burgueses apercebemo-nos de uma complexa teia de relações amorosas e familiares, em torno da qual outros acontecimentos, sempre descritos com humor e sarcasmo, curiosos e hilariantes, se desenrolam. Somos absorvidos pelas manias, traumas e psicoses destas personagens, bem como pelo seu modo de vida em que muitas vezes estão implícitas a duplicidade e a clandestinidade.

Preço:50,00€

reservado Sugerir

Referência:15018
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:PASTORAL
Descrição:

Livraria Sá da Costa, Lisboa, 1977. in-8º de 22 págs. Brochado. Exemplar imaculado.

Edição original com uma tiragem limitada a 150 exemplares.

Dos títulos mais difíceis de toda a bibliografia de Carlos de Oliveira. PEÇA DE COLECÇÃO, não mencionado nos catálogos das principais colecções bibliófilas de literatura portuguesa.

Observações:

No posfácio da autoria de Rosa Maria Martelo, na reedição recente de Pastoral (Averno, Outurbo 2022), que anexamos à venda deste item, lemos o seguinte:
"... Quando organizou os dois volumes de Trabalho Poético (1976) Carlos Oliveira fechou o conjunto da sua poesia com um breve livro Mundo Pastoral. Nesse mesmo ano, a revista Nova - Magazine de Poesia e Desenho divulgou, no número de Outono, sete desses dez poemas, mas só em 1977 o escritor viria a publicar Pastoral autonomamente numa discreta plaquete com a chancela da Sá da Costa, da qual cento e cinquenta exemplares fora do mercado. Tais circunstâncias de publicação levaram a que este breve livro de singularíssima temática pastoril fosse lido essencialmente no contexto de Trabalho Poético e visto, acima de tudo, como o epílogo da poética de Carlos de Oliveira. No entanto Pastoral representa, em termos absolutos, um ponto muito alto na escrita do poeta e ganha em ser lido de forma autónoma ...".

 

VENDIDO

Preço:0,00€

Referência:14741
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:APRENDIZ DE FEITICEIRO
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1971. In-8º de 289-(4) págs. Brochado. Ilustrado à parte com fotografias belíssimas e artísticas de António Cabrita.

Observações:
Preço:30,00€

Referência:15323
Autor:ORTIGÃO, Ramalho
Título:EM PARIZ
Descrição:

Typographia Lusitana, Porto, 1868. In-8º de 235-(3) págs. Encadernação coeva em pele preta, meia inglesa, com dourados ao gosto romantico na lombada. Aparo marginal, falho de ante-rosto. Dedicatória autógrafa (?) safada e vestígios de antigo carimbo, no frontispício. Miolo impecável, muito limpo.

Muito rara primeira edição da estreia literária de Ramalho Ortigão.

Não referido em Laureano Barros. Aulo-Gélio, 2991; Candido Nazareth, 5681 (muito rara); Soares & Mendonca (1968), 3397.

Observações:

Interessante livro, publicado assim que o autor chegou de Paris, em Janeiro de 1868, onde visitou a Exposição Universal de Paris de 1867, e no prólogo da viagem, logo abrir o livro, lemos o seguinte: " ... Hoje em dia um viajante que se não apeie de balão com noticias da lua, precisa de nos ser muito sympathico para o não termos por um semsaborão quando vier contar o que viu. Este mundo está visto e revisto. A electricidade e o vapor tornaram toda a redondeza do globo terrestre tão compreensivel como a circunferencia de uma tangerina que a gente atravessa com um palito e mette na algibeira acabado o jantar ..." demarcando a sua obra de qualquer intenção didática: "Proponho-me singelamente conversar com a despresunção plena de quem não tem compromissos nenhuns para ser embiocado e sorna". Já em "Sobre as águas do mar", aponta as suas motivações de viagem: "Viajar? (...) Para onde? Para qualquer parte. Para quê? Para voltar depois. Porquê? Porque se volta melhor do que se foi."

Nele o autor descreve algums particularidades da vida cosmopolita francesa, faz comparações com Portugal, descreve as paisagens da viagem, e dedica bastantes páginas à literatura francesa e aos prazeres de mesa dos jantares do Grand Hotel. Aqui reúne uma série de textos heterogéneos cuja acção se desenvolve em Paris ("No asfalto parisiense"); um fragmento autobiográfico ("Uma visita a Ferdinand Denis"); vários folhetins ("Jantares e jantantes", sobre a vida mundana parisiense; "A parisiense", onde faz o elogio da mulher francesa; "O petit crevé", onde caricatura o tipo do rapaz elegante; "A mocidade", em que examina a mocidade intelectual francesa).

Preço:95,00€

Referência:14322
Autor:PAPANÇA, Macedo (conde de Monsaraz)
Título:OBRAS DO CONDE DE MONSARAZ. (Vol I e II). Catharina d'Athayde - Grande Marquez - Lenda do Jesuitismo. Do ultimo romantico. Páginas soltas. Severo Torell.
Descrição:

Livraria Ferreira Editora, Lisboa, 1908. In 8º, 2 vols de com 208-IV & 261-XXIII-VII págs. respectivamente. Brochado. Segundo volume inteiramente por abrir e capas com ligeiros picos de acidez. Bons exemplares com miolo muito limpo.

Observações:

Da Enciclopédia online, destacamos o seguinte, por nos parecer de qualidade:


" ... Era considerado pelos seus contemporâneos um "homem encantador", gozando de "largo e aristocrático prestígio no meio mundano e político", que mantinha em Lisboa a sua "corte alentejana de artistas, um salão literário, uma vida larga, uma linda cabeça de aedo", levando uma vida simultaneamente de "palaciano e lavrador". Ao contrário da tradição poética nacional, "foi precisamente quando instalado num título e numa alta situação social que melhor revelou a emoção duma ardente vida interior. Macedo Papança, ao chegar a Lisboa, vindo de Reguengos, era um vate sorridente e aristocrático. Foi o Conde de Monsaraz que regressou ao drama da terra, à écloga da sua província, à alma das charnecas e dos montados, à viola do velho Brás e à graça matinal das azinhagas em flor. Foi na época dourada da sua existência que ele sentiu melhor a humilde gestação do povo, o divino crepúsculo dos horizontes de sobreiros e de giestas em que nascera. Foi então que nele surgiu o admirável poeta regional que ia criar o lirismo alentejano e lhe ia dar o lugar que lhe compete, de um dos clássicos da nossa poesia moderna, ao lado de Cesário Verde e de Gonçalves Crespo " . De entre as várias obras poéticas, destacam-se Crepusculares (Coimbra, 1876); Catharina de Athayde (1880); e Telas históricas (1882).

Monárquico convicto, com a implantação da República optou pelo exílio, partindo voluntariamente para Suíça e daí para a França, fixando-se em Paris. Doente, regressou a Lisboa no início de 1913, falecendo a 17 de Julho daquele ano, na véspera do seu 61.º aniversário. Foi sepultado na Figueira da Foz, terra natal da esposa.

Preço:45,00€

Referência:15084
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:O POBRE TOLO
Descrição:

Edição de A Renascença Portuguesa, Porto, 1924. In-8º de 207-(1) págs. Brochado. Capas de brochura, ilustrada por Carlos Carneiro, apresenta-se com acidez generalizada.

PRIMEIRA EDIÇÃO bastante invulgar.

Observações:

Livro em prosa, escrito em 1923 (e reescrito sete anos depois sob a designação de Elegia Satírica), é dos mais estimados da sua bibliografia.

No meio da ponte de S. Gonçalo, em Amarante, tendo, de um lado, a rua do Cuvelo e, do outro, o Largo, entre as duas margens do Tâmega, esse "rio de verdes sombras liquefeitas", encontra-se um pobre tolo que, "parado e pasmado", contempla o rio. "Não vou nem fico, não me decido", afirma, não conseguindo resolver-se quanto ao rumo a tomar. Parece estar condenado a permanecer no mesmo local, convivendo com os fantasmas que passam, discutindo a existência consigo mesmo.

Preço:50,00€

Referência:15032
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:JESUS E PAN
Descrição:

Livraria Editora José Figueirinhas Junior, Porto, 1903. In-8º de 67-(1)págs. Brochado. Belíssima capa de brochura e de original concepção gráfica ao gosto arte nova, com alguns elementos florais. Lombada a precisar de restauro. Com os cadernos por abrir. Lombada fragilizada e com restauros à cabeça e pé.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Um dos primeiros livros do autor e onde aborda o Cristianismo e o Paganismo.

Ó tristeza do mundo em tardes outomnaes!
Longinqua dôr beijando-nos o rôsto…
Crepusculo esfumado em intimo desgôsto,
Bôca da noite acêsa em frios ais…
Aparição soturna, vaga imagem
Do mêdo e do misterio…
Que solidão escura na paisagem!
Tem phantasmas e cruzes,
Tem ciprestes ao vento e moribundas luzes,
Como se fosse um grande cemiterio.

Preço:80,00€

Referência:15353
Autor:PESSANHA, Camilo
Título:CLEPSIDRA. Poemas de ...
Descrição:

Edições Lusitana, Lisboa, 1920. In-8º de LXXII págs. Brochado com ligeiros e insignificantes picos de acidez. Conserva intactas as capas de brochura preservando as respectivas badanas largas. Exemplar em excelente em estado de conservação.

Ostenta uma dedicatória autógrafa do escritor Manuel Cardoso Martha (padrasto de Natália Correia) a uma figura conterrânea ligada à historiografia préhistórica local.

JÁ BASTANTE RARA edição princeps.

Observações:

Primeira da única obra poética de Camilo Pessanha publicada em vida sob a responsabilidade do filho de Anna de Castro Osório, o poeta João de Castro Osório que as soube salvar, recolher e publicar. Leia-se o que JCO escreveu na segunda edição de Clepsidra, publicada em 1945 " ... e realmente é èle que, melhor do que nenhum outro, mostra o mundo interior, cheio de virtualidades imensas, que, de tão vivido em sonho, só por milagre da admi ração que despertou pôde salvar-se e existir hoje como um dos mais belos Poemas da língua portuguesa ...". Mais adiante, vinte e quatro anos depois, escreve de novo, na Introdução crítico-bobliogáfica da edição de Clepsidra e Outros Poemas (Ática, 1969): " (...) Inexplicável e tristemente, ninguém, antes, sequer tentara esta obra de recolha e preservação dos seus Poemas, não obstante ele os ceder generosamente, se lhos pediam, como autógrafo a guardar, ou para publicação em algum periódico. E no entanto, o acolhimento imediato, agradecido e entusiasta, que obteve o meu pedido, clàramente demonstra quanto algumas simples dedicações de tantos indivíduos que com o Poeta, mais ou menos íntima e longamente, conviveram, no decurso de três ou quatro décadas, poderiam ter contribuído para a completa recolha das suas Obras, e até para mais vasta realização, em especial no campo, de enorme valor, das traduções poéticas da Literatura Chinesa ..."

Na obra poética de Pessanha, são visíveis os quatro grandes temas característicos do simbolismo: a dor, a solidão, a morte e a fuga para o nada. O termo decadência encontra-se presente no pessimismo de Pessanha, na sua angústia e saudosismo. Esta corrente reage contra o materialismo, procurando a espiritualidade, a imaginação e o ideal. Na sua escassez material, Clepsidra é o fruto mais puro e ponderado do simbolismo português, marcou uma posição nunca suplantada por nenhum dos outros poetas simbolistas, e pode ser colocado ao lado dos grandes simbolistas europeus. Os seus poemas influenciaram largamente a geração modernista de Orpheu, desde Mário de Sá-Carneiro até Fernando Pessoa e mesmo de outros poetas mais contemporâneos.

Preço:600,00€

Referência:15321
Autor:PESSOA, Fernando
Título:PRECONCEITO DA ORDEM. Com uma nota de Álvaro Bordalo.
Descrição:

[Empresa Industrial Gráfica do Porto], Porto, 1950. In-4.° de 13-(1) págs. Brochado, exemplar impecável, sem as tradições manchinas foxing, tão próprias deste tipo de papel empregado. Miolo irrepreensível..

Primeira edição .

Observações:

Edição independente deste escrito de Pessoa, publicado nas páginas do raríssimo «Eh Real!» e agora integrada nos «Cadernos das Nove Musas», limitada a 60 exemplares, numerados e assinados pelo editor.

Preço:95,00€

Referência:14939
Autor:PESSOA, Joaquim
Título:AMOR COMBATE
Descrição:

Moraes Editores, Lisboa, 1977. In-8º de 80-(1) págs. Brochado. Excelente estado de conservação.
 

Observações:

Inserido na prestigiada colecção Círculo de Poesia.

Em epígrafe, a Maria Velho da Costa, escreve o seguinte: "... Temos que entender-nos porque sim. Estar fora ou dentro desta grande acometida da heróica arraia miúda que sobrevive e vinga todas as traições e a quem devemos cada minú cia do nosso mais-saber, melhor dito sentir. Oue temos a perder, escritores desta lingua que se derrama em novidade pelo mundo? ..."

Preço:18,00€

Referência:15306
Autor:PIMENTEL, Alberto
Título:PORTUGAL DE CABELEIRA
Descrição:

Livraria Universal de Tavares Cardoso & Cª, Pará, 1875. In-8º de 248 págs. Encadernação moderna, meia francesa em pele, decorada a ouro em casas abertas e rótulos de pele aul escura, também dourada, na lombada. Conserva as capas de brochura e ligeiro aparo à cabeça, com pigmento azul. O papel mantém a sonoridade original do papel,

Magnífico exemplar, em excelente estado, desta PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Esta obra, em primeira edição, foi destinada ao Brasil, como o indicada a capa de brochura e o frontispício, mas impressa em Portugal. De interesse camiliano.

Na capa de brochura, lemos a seguinte informação:
«I Barba e bigode – II A dama da cutilada – III O Terreiro do Paço – IV Os sinos d’Alpendurada – V Rehabilitação do queijo por um documento antigo – VI Ha dois seculos e meio – VII As feiras – VIII A antiga viação portugueza – IX Um episodio da conquista de Lisboa – X Como as borboletas se queimam – XI Tradição Setubalense, O convento de Jesus XII – Tradições antigas de Sant’Yago de Cacem XIII – Um serão de Bocage».

Preço:75,00€

Referência:13367
Autor:PIMENTEL, Alberto
Título:O CAPOTE DO SNR. BRAZ
Descrição:

Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Porto, 1877. In-8.º de XVI-225-(1) págs. Br. Cadernos por abrir.

Observações:

Compilação de crónicas, artigos e folhetins anteriormente publicados no "Diário de Notícias" por este autor contemporâneo de Camilo Castelo Branco.

"O titulo d'este livro é exactamente como esse  mysterioso capote, porque, por detraz d'elle, estão  os mais variados assumptos, as mais oppostas narrativas, que todavia podem constituir um volume como essas mil pequenas coisas, differentes umas  das outras, de que o próprio Braz era portador iam certamente constituir um jantarinho de velho celibatário."

 

Preço:30,00€

Referência:15146
Autor:PINA, Manuel António
Título:AQUELE QUE QUER MORRER. Poema por ...
Descrição:

Na Regra do Jogo, 1978. In-8º de 49-(7) págs. Brochado. Pequena rúbrica de posse, no ante-rosto. Muito bom exemplar, em excelente estado. Integrado na colecção inverso.

Observações:

Segundo título de poesia publicado pelo autor, quatro anos após a estreia com Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo, Calma é apenas um pouco tarde.
 

Preço:35,00€

Referência:14551
Autor:PIRES, José Cardoso
Título:O BURRO-EM-PÉ
Descrição:

Moraes Editores, Lisboa, 1979. In-8.º de 175-(1) págs. Brochado. Ilustrações de Júlio Pomar impressas sobre página inteira e capa de Sebastião Rodrigues sobre pormenor de "As Amigas " de Júlio Pomar. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Preço:37,00€

Referência:15250
Autor:PORTO-ALEGRE, Manoel de Araujo
Título:COLOMBO. Poema por ... Tomo primeiro (e segundo).
Descrição:

Livraria de B. L. Garnier, Rio de Janeiro, 1866. In-8º de dois volumes com (7) - 428 e (4) - 522 págs. respectivamente. Encadernação coeva, meia francesa em chagrin fino, brunido e com finos e elaborados dourados dispostos em casas fechadas com dizeres, também dourados, na lombada. Pastas com molduras elaboradas por filetes triplos. Exemplares muito limpos sem manchas. Guardas em papel marmoreado da época. Aparo marginal generalizado. BELÍSSIMOS EXEMPLARES.

Peça de colecção desta primeira edição do importante título do romantismo brasileiro, bastante rara.

Biblioteca Guita e José Mindlin regista um exemplar no seu imponente acervo.

 

Observações:

José Veríssimo na sua História da Literatura Brasileira, diz-nos "...a  obra capital de Porto Alegre é, porém, o grande poema Colombo, publicado em 1866, em pleno Romantismo, quando a poesia brasileira havia já rompido com a tradição poética portuguesa antiga, e florescia aqui a segunda geração romântica. (...) Menos vernáculo como prosador que o seu êmulo, o é muito mais como poeta, no Colombo. Mas sobretudo lhe é superior pela abundância e vigor das idéias, movimento e colorido do estilo, e brilho da forma. Neste, como é muito nosso, freqüentemente excede-se e cai no empolado e no retórico. (...)  Esta marca do verdadeiro escritor, ter idéias gerais, Porto Alegre é um dos primeiros dos nossos em que se nos depara. (...). É extraordinariamente raro que ainda um homem de grande engenho, como sem dúvida era Porto Alegre, resista às influências e se forre aos preconceitos do seu ambiente espiritual. Em plena pujança das suas faculdades literárias, aos cinqüenta anos e em mais de metade do século que rompera com a tradição clássica das grandes epopéias, compôs e publicou um poema de um prólogo e quarenta cantos com mais de vinte e quatro mil versos, Colombo (...). "

Porto Alegre (1806-1879) " ... Só por equívoco pela escolha de assuntos poéticos nacionais, que a teoria neoclassicista não admitiria, entrou Araújo Pôrto Alegre em relações com o movimento romântico. O poema épico Colombo é a última obra classicista que se escreveu, já não encontrando mais leitores; a crítica moderna voltou, porém, apreciar as qualidades artísticas da obra. Em geral é Araújo Pôrto Alegre hoje apreciado mais como importante arquiteto e pintor que como poeta..." (Otto Carpeaux, Pequena Bibliografia da Literatura Brasileira, 1955, p. 77)

Preço:350,00€

Referência:15257
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:ALMANACH ENCYCLOPEDICO. [Para 1896 (e 1897)] Com um extenso prefacio por Eça de Queiroz.
Descrição:

Livraria de Antonio Maria Pereira. 1895 (e 1896). In-8.° de dois volumes com XLV-(1)-385 págs. e LV-(3)-348-(6) págs. Encadernação coeva meia francesa em pele vermelha, com ferros secos nas pastas e dizeres dourados na lombada sobre pele preta. Profusamente ilustrado. Papel ligeiramente amarelecido próprio da sua qualidade intrínseca sob acção do tempo, ausente (?) de capas de brochura.

Invulgar.

Observações:

Almanques muito curiosos e especialmente estimados pela extensa colaboração queirosiana que na totalidade da obra, ocupa cerca de uma centena de páginas.

Preço:75,00€

Referência:15053
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:CARTAS DE INGLATERRA
Descrição:

Livraria Chardron, Porto,1905. In-8º de (6)-242-(1) págs. Encadernação editorial em skivertex grenat lavrada a ferros dourados na pasta anterior e lombada. Com uma litografia representando o Monumento erigido a Eça de Queiroz segundo a escultura Teixeira de Lopes. Pequena mancha na pasta anterior.

A obra conhece capas de brochura. No entanto, por experiência própria e consulta bibliográfica especializada, quando este título se faz encadernar pela encadernação editorial, as capas nunca são encadernadas juntas. Também são invulgares os exemplares que se fazem acompanhar por esta ilustração, sendo mais comuns os com um retrato do autor.

 PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma).

Observações:

Como o são todos os livros de Eça, quase século e meio depois, muito actuais nos temas sociais vigentes. Particularmente interessante neste título, é o capítulo com que abre o livro, o texto Afeganistão e Irlanda. Organizado em 1905, cinco anos depois da morte do escritor, Eça faz comparação entre duas campanhas realizadas pelos ingleses na região (em 1847 e 1880), fazendo frente aos russos. O Afeganistão surge como um adversário poderoso, misterioso, e os ingleses são tratados com ironia. Eça aponta as artimanhas dos ocidentais para legitimar-se no poder e satiriza o extravagante aparato bélico.

Preço:65,00€

Referência:14200
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:AS ROSAS
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995. In-8º de 40 págs. Brochado.

Observações:

Este texto foi originalmente publicado em 1893 no períodico Gazeta de Notícias. Primeira edição independente.

Abrir o livro ...

"... Estamos no mês de Maio - e convém falar de rosas. Quando na poesia, como no reino bem organizado, havia classes e uma prahgmática, era a corporação venerável e ligeira dos Poetas da Primavera que celebrava, pontualmente, nesta fresca mocidade do ano, com o coração contente e lira fácil, a chegada das rosas. O poeta, nesses tempos arcádicos, coria constantemente por outeiros e prados, como o antigo Silvano, atento só às belezas simples e compreensíveis da Terra. Hoje, nesta anarquia que baralha as classes, o poeta invadiu a alma humana, desalojou dela os filósofos, seus caseiros hereditários desde Platão, e é ele quem tece a teia da psicologia e sopra a braseira da metafísica, donde se elevam tão densos, tão enrolados fumos ..."

Preço:10,00€

reservado Sugerir

Referência:12621
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:CARTAS DE EÇA DE QUEIROZ
Descrição:

Editorial Aviz, Lisboa, 1945. In-8.º de XV-I-374-(2) págs. Encadernação meia francesa com dizeres a ouro em rótulos de pele. Conserva capas de brochura. Algumas páginas com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma).

Observações:

Obra que reune  mais de uma centena de cartas de Eça de Queiroz, dirigidas a Alberto de
Oliveira, António Ennes, Augusto Fabregas,  Augusto Souto, Carlos Mayer, C. Bordalo Pinheiro, Conde de
Arnoso, Conde de Ficalho, Conde de Sabugosa, Duquesa de Palmela, Eduardo Prado, Emídio Navarro,
Eugénio  de  Castro,  João  Penha,  Luis  de  Magalhães,  Manuel  Gaio,  Benedita  de  Castro,  Mariano  Pina,
Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Rodrigues de Freitas, Silva Pinto, Teófilo Braga e Visconde de Pindela.

de uma carta dirigida a Ramalho Ortigão, de Newcastle, 7 de Novembro 1876

"... Que me diz você à nossa Crítica que não teve uma palavra para o Padre Amaro? Que vergonha! - Não tem Você uma Farpa, uma das melhores para lhes rachar os cachaços? - Peço-lhe isso, amigo, escache-os: mesmo para evitar que eu o faça - e que no meu próximo livro escreva um prólogo - com dinamite, fel, salitre e baba de tigre esfomeado..."

Preço:30,00€

Referência:15259
Autor:QUENTAL, Antero de
Título:ZARA. Edição polyglotta.
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1894. In-8º  de (15)-89-(7) págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos, em pele grenat, com dizeres dourados na lombada. Conserva capas de brochura e encontra-se inteiramente por aparar

Obra numerada pertencente a uma edição cuja tiragem foi de 60 exemplares, impresso sobre papel de linho azul, com grandes margens desencontradas. Belo exemplar, de colecção.

Observações:

Texto preliminar de Joaquim de Araújo, o organizador do livro a título de homenagem póstuma a Antero, cujo labor editorial foi custeado pelo bibliófilo Carvalho Monteiro (Monteiro dos Milhões, como era conhecido). Ainda segundo Joaquim de Araújo, trata-se da “mais formosa Antologia de versões que uma poesia portuguesa tem conquistado”, explicando a dívida de gratidão contraída desde quando o poeta compusera, a seu pedido, os versos que seriam a inscrição tumular da irmã, a Zara aludida; e integra as traduções, quase todas para o efeito, de, entre outros (e num total de dezenas), Wilhelm Storck, Alfredo Testoni, Joseph Bénoliel, Curros Enriques e Edgar Prestage.

Preço:120,00€

Referência:15349
Autor:RATTAZZI, Marie
Título:PORTUGAL DE RELANCE. Traducção Portugueza (auctorisada pela auctora). Volume I (e II).
Descrição:

Livraria Zeferino, Editora. Lisboa. 1881 (na capa de brochura vem a data de 1882.). In-8º de 2 vols. com (6)-LXXVI-193 e (2)-214-(4) págs. respectivamente. Encadernação não coeva, meia francesa em pele castanha marmoreada com rótulos de pele dourados com os dizeres. Conserva as capas de brochura (a anterior está espelhada e restairada, com ligeiras falhas de papel). Aparado à cabeça e margens grosadas. Nítida impressão sobre papel branco. Picos de acidez ocasionais.

PRESERVA A FOTOGRAFIA ORIGINAL da Princesa Rattazzi, elemento este que falta na maioria dos exemplares que aparecem no mercado. INVULGAR esta primeira edição portuguesa da obra que deu origem à acesa polémica de Camilo com a autora, conhecida por «Questão Rattazzi», certa forma um espelho da sociedade portuguesa do séc. XIX, que ainda hoje se reflecte arrebatadamente o país.

Observações:

Tradutor não identificado, mas no Diccionario Bibliographico Portuguez (t. XVIII,1906), refere Brito Aranha " ... A traductora foi D. Guiomar Torrezão, que passava por ser amiga dedicada da Rattazzi …". A Madame Rattazzi (1813-1883), ou Princesa Rattazi como era designada, foi publicista e romancista, não alcançando grande relevo no panorama literário. Em 1879, este título desencadeou uma enorme polémica em Portugal, na qual intervieram nomes como Camilo Castelo Branco (a quem a autora se refere de forma pouco lisonjeira), Antero de Quental e Ramalho Ortigão, entre muitos outros. Entre 1876 e 1879, Marie Rattazzi viajou por Portugal. Filha do diplomata inglês Thomas Wyse e de Letícia Bonaparte, casou três vezes e do segundo marido adotou o apelido literário Ratazzi. Em resultado dessas visitas, nas quais reunia abundantes notas e apontamentos publicou, em 1879, em França um livro com o título Le Portugal a Vol d’Oiseau, Portugais et Portugaises. Esta obra provocou uma grande polémica, porque as opiniões acutilantes vindas de uma mulher, facto muito invulgar à época, não agradaram aos portugueses. De uma escrita franca e direta, conseguiu criar grandes inimizades e suscitou uma grande e combativa controvérsia com Camilo Castelo Branco.

" ... A Rattazzi, que passou dois invernos a desfrutar os literatos de Lisboa, publicou agora um livro sobre Portugal, delicioso. Imagine uma parisiense descrevendo ao vivo, estes mirmidões! Não se fala noutra coisa, e está tudo furioso. (Antero de Quental, carta a João Lobo de Moura, 19 de janeiro de 1880).

Preço:125,00€

Referência:15282
Autor:REDOL, Alves
Título:ESPÓLIO. Conto.
Descrição:

Edição do autor [Composto e impresso na Imprensa Municipalista da Procuradoria Geral dos Municípios. Lisboa] s.d.  (1944). In-8.° de 31-(1) págs. Brochado, com capas ligeiramente empoeiradas. Miolo impecável.

PRIMEIRA Edição de uma tiragem, provavelmente, de reduzido numero de exemplares cuja venda revertia a favor dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira. MUITO INVULGAR.

Observações:
Preço:70,00€

Referência:14506
Autor:REDOL, Alves
Título:O MURO BRANCO
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1966. In. 8.º de 334 págs. Brochado. PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Capa de brochura ilustrada. Primeira edição da produção literária do autor considerada como um marco de toda a sua obra, com um estilo rico pela sua própria simplicidade, profundamente evocativa, poética e sempre dramática. António Alves Redol (1911-1969), homem de origem social humilde, foi romancista, contista e dramaturogo influenciado pelo romance brasileiro nordestino. Estreiou-se literáriamente em 1940 com Gaibeus, marcando oficialmente o aparecimento do neorealismo, movimento de que foi um dos iniciadores e em cuja defesa se lançara em 1936 numa acesa polémica contra a revista Presença.

Preço:20,00€

Referência:14505
Autor:REDOL, Alves
Título:A BARCA DOS SETE LEMES - Romance
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1958. In. 8.º de 515 págs. Brochado. PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Capa de brochura ilustrada por Sebastião. Dedicatória não autógrafa no ante-rosto.

Preço:25,00€

Referência:14503
Autor:REDOL, Alves
Título:UMA FENDA NA MURALHA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, (1959). In. 8.º de 307(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Octávio Clérigo. Primeira edição.

Observações:
Preço:30,00€

Referência:15329
Autor:RÉGIO, José
Título:POEMAS DE DEUS E DO DIABO
Descrição:

Composto e Impresso nas Oficinas de "Lúmen", Coimbra, 1925). In-4º de 88 págs. Brochado. Exemplar com miolo irrepreensível e capas de brochura (quase) intactas, estando ligeiramente intervencionadas com reforço das margens, sem rasgões, como habitualmente aparece nos raríssimos exemplares.

PRIMEIRA EDIÇÃO de extrema raridade, quando assim se encontra como o que se apresenta.

Observações:

Poemas de Deus e do Diabo é o primeiro livro de poemas José Régio, onde foi publicado o famoso “Cântico Negro”. Considerado como um dos livros mais marcantes da Literatura Portuguesa, com esta estreia Régio marca literariamente todo o século XX português como também um programa de vida e uma afirmação estética.

Preço:2450,00€

Referência:14993
Autor:RÉGIO, José
Título:O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO
Descrição:

Editorial Inquérito, Losboa, 1942. In-8º de 349-(1) págs. Brochado. Rubrica de posse no ante-rosto. Inserido na colecção Os melhores romances dos melhores romancistas.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:
Preço:35,00€

Referência:14962
Autor:RÉGIO, José
Título:MAS DEUS É GRANDE
Descrição:

Editorial "Inquérito" Lda, Lisboa, 1945. In-8.º de 110-(7) págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:
Preço:60,00€

Referência:14961
Autor:RÉGIO, José
Título:HISTÓRIAS DE MULHERES
Descrição:

Livraria Portugália, Porto, s/d. In-8º de 342-(6) págs. Brochado. Ilustração da capa por Júlio Resende. Capas de brochura posterior ausente. Assinatura de posse na capa e frontspício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Histórias de Mulheres é uma colectânea de contos da autoria de José Régio, que conforme o próprio título sugere, aborda um universo dominado pela personagem feminina: as mulheres portuguesas dos anos 30/40 do século XX, época em que elas estavam relegadas acima de tudo ao papel de mães destinadas à educação dos filhos, exímias donas de casa e esposas recatadas.
O livro encerra os seguintes contos : "Sorriso Triste","Menina Olímpia e a sua Criada Belarmina", "História de Rosa Brava", "Maria do Ahú", "O Vestido Cor de Fogo" e "Pequena Comédia".

Preço:15,00€

Referência:14960
Autor:RÉGIO, José
Título:HÁ MAIS MUNDOS. Contos
Descrição:

Lisboa, Portugália Editora, 1962. In-8º de 264-(6) págs. Brochado. Miolo limpo, com alguma acidez marginal, própria da qualidade do papel.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Insere os contos intiutlados:
Os Três Vingadores ou Nova História de Roberto do Diabo
O Fundo Do Espelho
Conto do Natal
Os Paradoxos do Bem
Os Três Reinos
Os Alicerces da Realidade
As Historietas dum Coleccionador de Antiguidades

«Tanto mais duvidamos quanto mais sabemos, ou julgamos saber. E sobre nós mesmos, homens, se torna ainda maior a nossa perplexidade! [...] Decerto há mais mundos que os já descobertos, conhecidos, sonhados! Porém o nosso espírito recua, o nosso entendimento vacila e teme, em se aventurando um passo no labirinto das esferas, nas sombras dos nossos próprios subterrâneos...» (in "Os Três Vingadores ou Nova História de Roberto do Diabo", JR)

Preço:30,00€

Referência:14959
Autor:RÉGIO, José
Título:AS ENCRUZILHADAS DE DEUS
Descrição:

Edições Presença - Atlântida, Coimbra, 1935. In-4º de 177, [5] págs. Encadernação coeva meia francesa em pele vermelha com dizeres e floreados dourados na lombada. Conserva capas de brochura e corte superior das folhas carminado. BELÍSSIMA EDIÇÃO ilustrada por Júlio. Miolo impecável, coifas de encadernação fragilizadas pelos ciclos e abertura e fecho.

1ª EDIÇÃO das primeiras obras do autor

Observações:

José Régio pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde, a 17 de Setembro de 1901. Licenciado em Letras pela Universidade de Coimbra. Viveu grande parte da sua vida na cidade de Portalegre (de 1928 a 1967), onde foi professor durante mais de 30 anos, no seu Liceu.

Foi possivelmente o único escritor em língua portuguesa a dominar com igual mestria todos os géneros literários: poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, jornalista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e historiador da literatura. Foi um dos fundadores da revista Presença, da qual foi editor, director e o seu principal animador, desenhador, pintor. à parte de tudo isso, foi aina grande coleccionador de arte sacra e popular.

Preço:300,00€

Referência:13794
Autor:RÉGIO, José
Título:MÚSICA LIGEIRA. Volume póstumo
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1970. In-8º de 105-(7) págs. Br. Capa de João da Câmara Leme.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Volume póstumo de poesia de José Régio organizado por Alberto de Serpa e que foi Prémio Nacional de Poesia 1970 da Secretaria de Estado da Informação e Turismo. O livrro encerra também o texto de Serpa intitulado  “Sobre o último caderno de versos de José Régio”.

 

Viver à beira da morte
No gosto de mais um dia,
Nem eu diria
Que tão pouco me conforte.


Mas para quem
Não tem senão esse pouco,
Seria louco
Perder o pouco que tem.


Gozar o que, sem futuro,
Perdura uns breves instantes,
Não era dantes,
Mas hoje, é o bem que procuro.


Mais uma vez brilha o Sol!
E é de prever que à tardinha
Desponte a Lua, vizinha
Do resplendor do arrebol.


Talvez que a noite comprida
Traga outra manhã, depois.
Um dia e outro, são dois.
Não são dois dias a vida?


Nem eu diria
Que tão pouco me conforte:
Viver à beira da morte
No gosto de mais um dia.

 

 

Preço:15,00€

Referência:13389
Autor:RÉGIO, José
Título:EL-REI SEBASTIÃO Poema Espectacular Em Três Actos
Descrição:

Editora Atlântida, Coimbra, 1949. In-8º de 189-(2) págs. Br. Cadernos por abrir. Terceiro volume da colecção "Teatro de José Régio".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Importante peça de teatro de José Régio sobre D. Sebastião.

SIMÃO – Salve, rei! A doença da tua carne não é senão preservação da tua pureza. A tua incapacidade de rei não é senão apelo do teu verdadeiro Reinado. A tua loucura não é senão entreveres o que não entendes. O teu suicídio não é senão a condição da tua vida
EL-REI - O meu suicídio?!
SIMÃO – O teu glorioso suicídio; o teu suicídio colectivo.

Preço:25,00€

Referência:12449
Autor:RÉGIO, José
Título:A VELHA CASA - AS RAIZES DO FUTURO
Descrição:

Editora Educação Nacional, Porto, 1947. In-8º de 302-(2) págs. Br.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Primeira edição do segundo romance de A Velha Casa, conjunto de romances composto pelos títulos: I - Uma Gota de Sangue; II - As Raízes do Futuro; III - Os Avisos do Destino; IV - As Monstruosidades Vulgares e o V - Vidas são Vidas, (que inclui os rascunhos do VI volume).
Estes romances de José Régio (1901-1969) são considerados a obra em que "o psicologismo e misticismo de Régio parecem evoluir no sentido de um moralismo idealista, e [em que] a confidência romanceada de fundo autobiográfico apresenta um certo ar de apologia contra a crítica neo-realista, ou de doutrinação muito explícita"  

in História da Literatura Portuguesa de António José Saraiva e Óscar Lopes,

Preço:35,00€

Referência:15332
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:QUANDO OS LOBOS UIVAM
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, (1958). In-8º de 411-(1) págs. Brochado. Folha de guarda anterior com insignificantes vestígios de fita gomada. Exemplar muito bem conservado, muito atractivo.

PRIMEIRA EDIÇÃO apreendida pela PIDE, proibida a crítica ao livro assim como proibida a reedição da obra.

Observações:

"... Em 1958, Aquilino Ribeiro escreveu a saga dos beirões da Serra de Milhafres, a quem, na década de 40, durante o Estado Novo, foi imposta a perda dos baldios. Em seu lugar, plantariam pinheiros, o que prometia fortuna ao Estado e fome aos que na serra encontravam sustento. Alimentando a metáfora do nosso escritor, viveu-se uma caça aos lobos para incrementar o número de cães. O desejo do regime era enriquecer os cofres com a transformação das culturas da serra, por muita injustiça que tal empresa arrecadasse, por muito de bom que se perdesse, por muita gente que morresse na defesa das suas vidas com cabeça erguida e espinha esticada. Quando têm fome é Quando os lobos uivam. É esse o título da obra de Aquilino (...) Os lobos chamam-se uns aos outros para se agruparem na alcateia. No livro, Louvadeus regressa do Brasil, depois de anos de trabalho em busca de uma fortuna para a sua terra mãe... " (Pedro Pinheiro, 2021, in Observador)

Preço:40,00€

Referência:15284
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:OEIRAS
Descrição:

Imprensa Portugal, Lisboa, 1940. In-8º de 103-(1) págs. Brochado. Ilustrado ao longo do texto e em separado. Dizeres e brasão da vila de Oeiras impressos na capa anterior com pigmento dourado. Ocasionais picos de humidade nas primeiras 3 páginas, no sector superior da página. Reforço da charneira com restauro da lombada, pequena falha de papel na cabeça da lombada (área correspondente a meio centímetro quadrado). Belo exemplar, muito limpo, em excelente estado geral de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO desta muito estimada e valiosa monografia, título de Aquilino Ribeiro, provavelmente, o mais aro de aparecimento no mercado

Observações:

No colofón: Coligiu estas notas para ser agradável aos seus amigos de Oeiras, Tenente Coentro, Dr. Sílvio Pelico, Leonino Simões, e seu vizinho Agostinho de Macedo, em homenagem ainda à terra onde viveu de 1918 a 1927 - Aquilino Ribeiro.

Preço:125,00€

Referência:15283
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:A TRAIÇÃO. Novela por ...
Descrição:

Editorial Limitada, Lisboa. s.d. [1922]. In-8.º pequeno de 30-82) págs. Brochado, com imperceptíveis e insignificantes picos e manchinha de humidade. Acabamento com ponto em arame, ao contrário do habitual, sem qualquer vestígio de oxidação férrica. Exeplar impecável.

Primeira edição (e única). Invulgar obra, das mais recuadas de Aquilino, inserido na colecção Leitura de Hoje.

Observações:

Publicação em que o autor preferiu ver sem reedição, sendo hoje alvo de apreço dos bibliófilos.

Preço:45,00€

Referência:15272
Autor:RIBEIRO, Aquilino
Título:LEAL DA CAMÂRA vida e obra
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1951. In-4º de 121 págs. Encadernação meia francesa, em pele vermelha, com dizeres a ouro e decoração, também dourada, em casas fechadas na lombada. Conserva as capas de brochura. Edição cuidada com direcção artística de Abel Manta. Ilustrado ao longo do texto a preto e branco e com 12 reproduções a cores e em extra texto de obras do pintor Leal da Câmara.

PRIMEIRA EDIÇÃO, de luxo, numa tiragem limitada, numerada e marcada com sinete do autor.

Observações:

Biografia e elogio do artista Leal da Camâra escrita por Aquilino Ribeiro que foi seu amigo e admirador. Leal da Câmara “(...) desertava para a vida de arte e boémia, que tal era o ofício de desenhador e caricaturista na velha Lisboa mole e patriarcal, à qual começava a arrepelar a epiderme cascuda de conformismo a furuncolose política anti-dinástica. (...) Era uma bandeira que aparecia pela primeira vez a defraldar nos ares pátrios um ideal cheio de promessas, um abanão à sornice lusitana.”

 

Preço:95,00€

Referência:12693
Autor:RIBEIRO, Mário de Sampayo
Título:O RETRATO DE DAMIÃO DE GOES POR ALBERTO DÜRER Processo e história de uma atoarda
Descrição:

Instituto Alemão da Universidade de Coimbra, Coimbra,1943. In-8º de 240 págs. Br.Ilustrado em extra-texto com vários fac-similes de retratos de Damião de Góis entre os quais o desenho da Galeria Albertina, de Viena,  e ainda duas fotografias da caveira de Góis. capa de brochura com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

 

Observações:

Primorosa investigação sobre os vários retratos de Damião de Gois feitos por Alberto Dürer e também sobre as circunstâncias da sua morte.

Preço:35,00€

Referência:15223
Autor:SÁ-CARNEIRO, Mário de
Título:INDÍCIOS DE OIRO
Descrição:

Edições Presença, Porto, 1937. In-4º de 86 págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos em pele azul, com dourados em casas fechadas. Preserva as capas de brochura. Aparo marginal generalizado. Raras e insignificantes manchinhasnas capas.

Primeira edição, póstuma, de uma tiragem limitada a 850 exemplares numerados.

Observações:

Na Nota dos Editores, p. 83, lemos: “Propusemo-nos editar os Indícios de Oiro desde que Fernando Pessoa, há anos, nos confiou a sua cópia. A Fernando Pessoa, depositário dos inéditos de Sá-Carneiro, se devia já a publicação na Contemporânea, na Athena, na Presença, em outras revistas ainda, de vários poemas dos Indícios de Oiro. Além de que já um grupo dêles fôra publicado em vida do poeta, no nº2 do Orpheu. Não se trata, pois, duma colectânea de dispersos: mas duma obra que só a morte impediu o autor de publicar, e cujo título e ordenação êle próprio determinou. O poeta suicidou-se a 26 de Abril de 1916. Assim alguns poemas são de poucos meses anteriores à sua morte (...)”

Preço:170,00€

Referência:15256
Autor:SÁ-CARNEIRO, Mário de & CABREIRA JÚNIOR, Tomaz
Título:AMIZADE. Peça original em 3 actos.
Descrição:

Editor Arnaldo Bordalo, Lisboa, 1912. In-8º de 44-(4) págs. Encadernação meia inglesa em pele verde com rótulo gravado a ouro e ferros secos na pasta anterior.

PRIMEIRA EDIÇÃO desta rara obra da bibliografia de Mário de Sá-Carneiro.

Observações:
Preço:495,00€

Referência:15265
Autor:SADE, Marquês de
Título:A FILOSOFIA NA ALCOVA. Prefácios de David Mourão-Ferreira e Luiz Pacheco.
Descrição:

Lisboa, ediçoes Afrodite, 1966. In-8º de 215 págs. Brochado e adornado com 10 estampas impresas em separado, em papel couché. Edição cuidada. Capas com ligeira descoloração por acção solar directa. Tem colado na folha de ante-rosto um Aviso aos Srs Livreiros aconselhando-lhes o maior cuidado na venda do livro e interditando-o aos menores. INVULGAR.

Observações:

Tradução portuguesa deste clássico francês dos livros eróticos pela primeira pela primeira vez editado em Portugal e que levaria a julgamento as pessoas que colaboraram na sua edição e a posterior condenação. O livro considerado "pornográfico" teve uma edição de tiragem restrita.

Preço:45,00€

Referência:13870
Autor:SANT'IAGO, João
Título:UM DEUS MOMENTÂNEO poemas de...
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1958. In-8º de 58-(5) págs. Br. Capa com desenho do autor. Capa de brochura ligeiramente amarelecida. Valorizado pela dedicatória autógrafa à poeta Raquel Bastos.

PRIMEIRA EDIÇÃO.
INVULGAR.

 

Observações:

Segundo livro de poesia do autor.

Sina


Como uma rota traçada pelo vento,
a sina em minhas mãos é letra morta.
O meu destino está nas tuas veias
e o fim do meu caminho, à tua porta.

 


 

Preço:20,00€

Referência:15040
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:POEMAS
Descrição:

(Casa Minerva), Coimbra, 1954. In-4º de 230-(1) págs. Brochado. Belíssima capa de brochura ilustrada por Ruy de Oliveira Santos. Muito raros picos de humidade nas primeiras páginas e com miolo impecável. Insignificantes cortes marginais na capa anterior.

Valorizado por ostentar uma excelente, poética e muito sentida dedicatória autógrafa a João Villaret, datada de Junho de 1954.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro que constitui a estreia literária do autor.

Observações:

Bernardo Santareno (1920-1980) é pseudónimo literário de António Martinho do Rosário, escritor e dramaturgo antifascista, vítima da feroz repressão da ditadura sobre a produção intelectual e nunca se amedrontou. Teve, por várias vezes, problemas com o regime, tendo a sua peça A Promessa sido retirada de cena após a estreia, por pressão da Igreja Católica. O título que se apresenta constitui a sua estreia literária dos três únicos livros de poesia publicados, onde se enunciam alguns temas e motivos dominantes da sua obra dramática: a reivindicação feroz do direito à diferença e do respeito pela liberdade e a dignidade do homem face a todas as formas de opressão, a luta contra todo o tipo de discriminação, política, racial, económica, sexual ou outra. Dedica-se depois do seu terceiro e último livro de poesia A Morte da Serpente (1957) e do de ficção Nos Mares do Fim do Mundo (1959) em exclusivo à dramaturgia, sendo considerado então, e por muitos, o mais pujante e maior dramaturgo português do século XX.

Preço:170,00€

Referência:13901
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:OS ANJOS E O SANGUE
Descrição:

Ática, Lisboa, 1961. In-8º de 133-(2)págs. Br. Ostenta uma rubrica de posse.

PRIMEIRA EDIÇÃO
INVULGAR

Observações:

Peça escrita para radiotelevisão por Bernardo Santareno (nunca tendo sido transmitida) e que encerra o primeiro ciclo do teatro de Bernardo Santareno, caracterizado não só pela fusão de temas populares com preocupações existenciais, como pela extrema agressividade dos conflitos examinados. Através de seis  cenas muito breves , representam-se acções que o ser humano várias vezes provoca e que são significado de oportunismo, egoísmo, invasão de privacidade, discriminação e insatisfação pessoal.

Preço:30,00€

Referência:15302
Autor:SARAMAGO, José
Título:MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA. Ensaio de romance.
Descrição:

Morais Editores, Lisboa, 1976. In- 8º gr. de 348-(2) págs. Brochado, com ligeiros sinais de manuseamento e algumas, poucas, manchinhas de humidade apenas no ante-rosto. Miolo muito limpo e bem estimado.

Observações:

Livro considerado inovador no panorama da literatura portuguesa contemporânea, sendo até apelidado de "Manual de Vida" (Joana Varela, fichas de leitura da Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, 1984).

Preço:85,00€

Referência:15230
Autor:SARAMAGO, José
Título:DESTE MUNDO E DO OUTRO
Descrição:

Arcádia Editora, Lisboa, 1971. In-8.º de 213-(7) págs. Encadernação artistica assinada Vitor Jorge inteira de chagrin fino vermelho, com filet simples nas pastas, lombada com florões deorativos e dizeres dourados sobre rótulos de pele azul. Preserva as caspas de brochura na íntegra.
Ostenta uma bonita e expressiva dedicatória autógrafa, datada, e faz-se acompanhar encadernado junto, de uma carta manuscrita pelo punho do Prémio Nobel, assinada no final, dirigida à mesma destinatária do livro, com um teor intimista.
 

PRIMEIRA EDIÇÃO, algo invulgar. Nas condições descritas, exemplar único e de colecção.

Observações:

Primeira edição deste volume de contos e crónicas, com os títulos «Um Natal há cem anos», «Carta para Josefa, minha avó», «O meu avô, também», «Nasce na serra de Albarracim, em Espanha», «Viagens na minha terra», «Almeida Garrett e Frei Joaquim de Santa Rosa» e «Nós, portugueses».

Preço:115,00€

Referência:14588
Autor:SARAMAGO, José
Título:MEMORIAL DO CONVENTO
Descrição:

Editorial Caminho (Guide - Artes Gráficas, Lisboa), s.d. (1982). In-8º de 357-(3) págs. Brochado. Exempar muito bem conservado, muito fresco em que se apontam apenas como defeitos os insignificantes e ligeiros vincos na zona de charneira e no canto superior e inferior direito da capa anterior.

Observações:

Na capa posterior:

" ... Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez ...".

Este título tornou José Saramago um autor aclamado internacionalmente na literatura contemporânea.

«Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: " Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido". Tudo, "era uma vez...". Logo a começar por "D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou (...)". Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.» (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998).

Preço:160,00€

Referência:15170
Autor:SARTRE, Jean-Paul
Título:LES CARNETS DE LA DRÔLE DE GUERRE
Descrição:

Gallimard (Bussière à Saint-Amand), 1983. In-8º de 432-(5) págs. Brochado preservado no papel cebola original. Exemplar muito atractivo pelo seu excepcional estado de conservação para não dizer Mint Condition mantendo intactos todos os seus cadernos.

Exemplar da edição princeps, confinada à limitadíssima tiragem de 144 exemplares, pertencente o presente à edição especial de 57 exemplares numerados (levando este o nº33) impressos sobre papel de elevada gramagem e denominada Vergé Blanc de Hollande correspondendo às famosas, valiosas e procuradas Tirage de tête en grand papier

PEÇA DE COLECÇÃO e de inestimável interesse da literatura mundial .

Observações:

Esta obra foi escrita por Sartre durante a sua mobilização na Alsácia no serviço meteorológico. No prefácio, Arlette Elkaïm-Sartre, filha adoptiva do autor, explica: “Sartre queria que este diário fosse o testemunho de qualquer soldado sobre a guerra e o rumo bizarro que ela tomou, sobre este estado de mobilização ociosa onde foi mergulhado com milhões de outros".

Preço:400,00€

Referência:15169
Autor:SARTRE, Jean-Paul
Título:LE DIABLE ET LE BON DIEU
Descrição:

Gallimard (Emmanuel Grevin et Fils, Lagny-sur-marne), 1951. In-8º de 282-(2) págs. Brochado preservado no papel cebola original. Exemplar muito atractivo pelo seu excepcional estado de conservação.

Peça de colecção desta PRIMEIRA EDIÇÃO na lingua original, pertencente à tiragem especial limitada a 410 exemplares numerados, levando este exemplar o nº 304, impressos sobre papel Vélin Pur Fil Navarre.

De elevado interesse para a literatura mundial.

Observações:

A obra conta a história verídica de Crisotbal de Lugo, um terrível bandido e péssimo cidadão que, no entanto, era puro de espírito e decidiu tornar-se monge depois de ganhar às cartas porque jurou que se perdesse se tornaria um ladrão de estradas.

Segundo Simone de Beauvoir " ... O contraste entre a partida de Orestes no final de AS MOSCAS e a posição final de Goetz ilustra a distância que Sartre percorreu entre a sua atitude anarquista original e o seu compromisso actual (...) Em 1944, Sartre pensava  qualquer situação poderia ser transcendida por esforço subjetivo; em 1951, ele sabia que as circunstâncias às vezes podem roubar-nos a nossa transcendência; nesse caso, nenhuma salvação individual é possível, apenas uma luta coletiva ...".

Preço:190,00€

Referência:14582
Autor:SENA, Jorge de
Título:ANDANÇAS DO DEMÓNIO. Histórias verídicas e fantásticas e outras ficções realistas, antecedidadas por um elucidativo prefácio.
Descrição:

Estúdios Cor, Lisboa, (1960). In-8º de 228-(10) págs. Brochado. Miolo bem cosnervado e capas com ligeiras manchinhas desvanecidas de humidade. Capa de brochura ilustrada por Luís Filipe.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Edição original de um dos títulos de Jorge de Sena mais destacados de toda a sua obra em prosa.

Preço:35,00€

Referência:14711
Autor:SERPA, Alberto de
Título:LISBOA É LONGE.
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1940. In-8.º de 54(1) págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação. Ilustrado com desenhos do pintor Paulo.

Exemplar enriquecido com uma dedicatória autógrafa à escritora Raquel Bastos.

Observações:

Primeira edição.

Alberto de Serpa frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra entre 1923 e 1926. Após regressar ao Porto foi empregado de comércio e de escritório e tornou-se posteriormente um profissional de seguros. Em 1936 esteve preso por motivos políticos. Mais tarde colaborou com a revista Presença e fundou, com Vitorino Nemésio, a Revista de Portugal exercendo em ambas o cargo de secretário. Colaborou ainda com várias revistas e jornais brasileiros. Publicou novelas, ensaios e poesia sendo esta última caracterizada por ter o condão de revelar o lirismo do quotidiano, recebendo até o "cognome" de Primeiro Poeta Português de Poesia Livre. Publicou junto com com José Régio as antologias Poesia de Amor e Na Mão de Deus.

Preço:40,00€

Referência:14897
Autor:SIMÕES, João Gaspar
Título:O MISTÉRIO DA POESIA: Ensaios de interpretação da génese poéticapor...
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1931. In-8º de 290-(2) págs. Brochado. Capa de brochura com alguns picos de acidez, próprio da qualidade do seu papel hidrófilo. Junto ao pé da lombada, pequeno corte da capa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro essencial na extensa bibliografia de João Gaspar Simões, e que aborda autores como Raul Brandão, Cesário Verde, Fernando Pessoa, José Régio, entre outros.

Preço:35,00€

Referência:15318
Autor:SOROMENHO, Castro
Título:TERRA MORTA
Descrição:

Livraria-Editôra da Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro, 1949. In-8º de 228-(1) págs. Brochado. Exemplar impecável, com os cadernos por abrir, não obstante o tradicional amarelecimento do papel impresso, desta época.

PRIMEIRA EDIÇÃO de livro proibido em Portugal pela censura do Estado Novo, muito bem conservado, sendo até nestas condições, RARO - PEÇA DE COLECÇÃO.

Observações:

Terra Morta é um romance de Castro Soromenho (1910-1968), proibido em Portugal pela censura do Estado Novo (Relatório 2805 de 18 de Abril de 1945) e publicado no Rio de Janeiro, em 1949. Neorrealista, a obra retrata a vila de Camaxilo, locus horrendus no Nordeste de Angola, na época colonial. É a descrição da vida patética de uma pequena comunidade de colonos portugueses, comerciantes e funcionários do Estado colonial, que se esforça por manter a todo o custo uma certa honra e dignidade que o estatuto de homem branco, lhes confere. Inúmeras personagens, colonizadores e colonizados, homens e mulheres, interagem no enredo, pela voz do narrador, como se fossem actores históricos, úteis para pensar o Terceiro Império Português. As minas da Diamang e os cânticos dos trabalhadores contratados fazem parte do cenário, sendo, também, a obra um contributo importante para a história do trabalho colonial. O autor deixa uma mensagem não só de opressão, materializada em Camuari, a máscara da morte, como de luta contra esta, contada e cantada em outras histórias de resistência à violência colonial.

Terra Morta (com uma significativa dedicatória a Casais Monteiro, outro escritor e poeta desterrado no Brasil) é um romance que  inaugurou a Coleção Gaivota da Casa do Estudante do Brasil, editora dirigida por Arquimedes de Melo Neto. É considerado o primeiro livro da “trilogia de Camaxilo” (Terra Morta,1949, Viragem, 1957 e A Chaga, 1970) que constitui a segunda fase da obra de Castro Soromenho.

Terra Morta pertence tanto à literatura angolana quando à portuguesa. Do ponto de vista da primeira, é considerado um romance fundamental, que viria a influenciar profundamente os novos autores angolanos, que lutaram pela independência, como se pode constatar a partir das considerações do poeta Costa Andrade (Ndunduma wé Lépi), entre outros: “Soromenho escrevendo em português climatiza, ideologiza e universaliza o choque que gerou a angolanidade. Hoje, o mais idoso dos nossos escritores, Soromenho, revela-se novo e atual, mesmo após a forçada e longa ausência de uma vida de exílio. Em Soromenho, o escritor e o homem confundem-se numa coerência exemplar, de que a angolanidade se orgulha”.

Segundo a ensaista Susana A. de Oliveira, que defendeu uma tese em torno deste livro, Terra Morta é considerado como marco da historiografia literária angolana do inicio do século XX, diferenciando-se da literatura colonial, e especialmente influenciada pelo neorrealismo português e pelo regionalismo brasileiro, inovando seja pela estrutura narrativa, pela complexidade e hibridez dos personagens ou pelo uso do duplo código português- quimbundo. Pretende-se também mostrá-la como um registro pioneiro da sociedade da época, visto que revela de modo ímpar o contexto econômico da decadência do ciclo da borracha (1879-1920) e o perfil da migração e da colonização portuguesa em Angola naquele período, bem como o início da exploração das minas de diamantes.

Preço:85,00€

Referência:13561
Autor:SOYÉ, Luis Rafael
Título:NOITES JOZEPHINAS DE MIRTILO SOBRE A INFAUSTA MORTE DO SERENISSIMO SENHOR D. JOZE PRINCIPE DO BRAZIL edicadas ao consternado povo luzitano por
Descrição:

Na Regia Officina Typografia, Lisboa, 1790. In-8º de 248-(2) págs. Encadernação coeva da época inteira de carneira mosqueada com dizeres a ouro na lombada sobre rótulo de pele vermelha. Obra de grande apuro tipográfico magnificamente ilustrada com 16 gravuras de página inteira em extra texto, o frontispício gravado e decorado com figuras alegóricas e o retrato do autor e 12 vinhetas de meia página no começo de cada canto pelos melhores desenhadores e gravadores portugueses da época: Carneiro da Silva, Jerónimo de Barros, Soyé, Frois, João Tomás da Fonseca, Ventura da Silva, Lucius, Ramalho, entre outros. Cremos estar falho do retrato de D. José.

PRIMEIRA EDIÇÃO

MUITO RARA.

 

Observações:

Poema elegíaco sobre a morte de  D. José, príncipe do Brasil e duque de Bragança.

Inocêncio V, 316. “LUIS RAPHAEL SOYÉ, n. em Madrid a 15 de Abril de 1760, filho de paes estrangeiros, é certo que Soyé veiu para Lisboa trazido ainda na primeira infancia por seus paes, que em breve faleceram, correndo a sua educação, ao que posso julgar, por conta do morgado da Oliveira João de Saldanha Oliveira e Sousa, depois primeiro conde de Rio maior, que parece haver sido o seu protector durante muitos annos. Consta que aprendêra tambem as artes da pintura e gravura a buril, do que nos deixou documento em algumas estampas das suas Noites Josephinas Do seu tracto e amisade com Francisco Manuel existe a prova em uma ode que este lhe dirigiu, na qual se lhe mostra muito affeiçoado. Alguns versos que publicára nos annos de 1808 e seguintes em louvor de Napoleão, e que traduzidos em francez agradaram ao imperador, e foram por elle remunerados generosamente, fizeram que depois da restauração dos Bourbons o poeta ficasse malquisto, e vendo se então em pobreza e impedido de voltar para Portugal, como parece desejava, partiu para o Rio de Janeiro. - Alli conseguiu emfim que por elle se interessassem algumas pessoas influentes, e obteve a nomeação de Secretario da Academia das Bellas artes, logar que pouco tempo. Noites Josephinas de Myrtillo, Tem um frontispicio gravado a buril, os retratos do principe D. José e do auctor, e mais quatorze estampas havendo ainda no principio de cada um dos doze cantos, ou noutes (em quartetos hendecasyllabos rythmados) de que se compõe o poema, uma vinheta allusiva ao assumpto do canto: tudo executado pelos melhores gravadores nacionaes d'aquelle tempo. Posto que este poema elegiaco (o primeiro do seu genero que se imprimiu em Portugal) esteja mui longe de poder julgar se perfeito, não parece todavia tão mau como se esforçaram em fazer crer alguns emulos do auctor. Um d'estes, Manuel Rodrigues Maia, de quem tractarei em seu logar, levou o desejo de ridiculisal o ao ponto de compor á sua parte outro poema heroi comico em tres cantos de outava rythma, com o titulo Josephinada (do qual conservo uma copia manuscripta, e vi o autographo em poder do falecido F. de P. Ferreira da Costa) cujo assumpto é a publicação das Noites Josephinas tractada comicamente, e revestida de episodios satyricos, sem comtudo transcender os limites de uma critica litteraria. Conta se tambem com referencia ás Noites uma anecdota, que não é para ser omittida. Dizem que logo depois da publicação do poema, estando o poeta na loja de não sei qual livreiro onde o tinha posto á venda, entrára ahi um sujeito desconhecido, pedindo um exemplar que lhe foi para logo apresentado. Então o sujeito pediu tambem uma tesoura, e com ella foi cuidadosamente cortando as estampas e vinhetas da obra, as quaes depois de juntas embrulhou n'uma folha de papel. Isto feito, e tirando da bolsa os 1:200 réis, preço do volume, entregou os ao livreiro, dizendo lhe: «Eu pago só as estampas quanto ao livro, ahi fica: póde guardal o para mechas!» E sahiu, comprimentando polidamente as duas personagens, cujo desapontamento é facil de imaginar!”

 

Preço:185,00€

Referência:14455
Autor:TELLES, Bazilio
Título:A GUERRA (notas e dúvidas)
Descrição:

Livraria Chardron, Porto, 1914. In-8º de 112 págs. Brochado. Exemplar impecável, sem defeitos apontar, com os cadernos por abrir.

Observações:

Obra bastante curiosa e de interesse para história do início da Guerra de 1914 -1918.

Preço:25,00€

Referência:14535
Autor:TOMÉ, Luis Figueiredo; CÉSAR, Paulo; AL BERTO
Título:MEIO DIA - INTIMIDADES -APRESENTAÇÃO DA NOITE
Descrição:

Sociedade Portuguesa de Autores, Lisboa, 1985. In-8º de 96 págs. Brochado. Capas de brochura ligeiramente empoeiradas.

 

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO do texto APRESENTAÇÃO DA NOITE de AL BERTO
Livro editado no âmbito do 60º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores,e que encerra os textos de espectáculos  de Luis Figueiredo Tomé - Meio-Dia, Paulo César- Intimidades, e Al Berto - Apresentação da Noite (publicada aqui pela primeira vez).

 

Preço:35,00€

Referência:12875
Autor:TORGA, Miguel
Título:CÂMARA ARDENTE - Poemas
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1962. In. 8.º de 86-(1) págs. Brochado com rubrica de posse no ante-rosto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Câmara Ardente

Serve-se no presente
Dum símbolo futuro…
Um frio prematuro
De mortalha
Coalha
A inspiração
Que animava o seu canto.
Não morreu. Mas enquanto
A vida lhe negar um novo sol,
Mais quente e mais fecundo,
Não vislumbra outra imagem
Da intima paisagem
Deste mundo…

 

Preço:40,00€

Referência:15132
Autor:TORRES, Alexandre Pinheiro
Título:A FLOR EVAPORADA
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1984. In-8º de 55-(7) págs. Brochado.

De invulgar aparecimento no mercado e inserdia na prestigiada colecção Cadernos de Poesia que lhe mereceu um Prémio de Poesia pela APE.

Observações:

Alexandre Pinheiro Torres (1921-1999) foi historiador de literatura, crítico literário, poeta, romancista, tem igualmente uma vasta produção espalhada por jornais e revistas portugueses, nomeadamente Vértice, Seara Nova, Colóquio / Letras. Estreou-se em 1950 com o livro de poemas Novo Génesis. Foi ainda distinguido com vários prémios nas áreas da poesia e do ensaio, dos quais se destacam Prémio de Ensaio Jorge de Sena (1979) da Associação de Escritores e Prémio de Ensaio Ruy Belo (1983) e Prémio da Poesia (1983), pelo volume de poemas A Flor Evaporada. Foi eleito membro da Academia Maranhense de Letras de São Luís do Maranhão, no Brasil e recebeu ainda o título de Cidadão Honorário de São Tomé e Príncipe. Licenciado em Letras pela Universidade de Coimbra, foi, em 1965, convidado pela Universidade de Cardiff, na qual se viria a tornar catedrático de Literatura Portuguesa e Brasileira. O facto político-cultural que o levou ao exílio conta-se entre os gestos de que mais se orgulhara em toda a sua vida: em 1965 é nomeado membro do Júri do Grande Prémio de Ficção atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores e propõe a atribuição de tal prémio ao livro Luuanda, de Luandino Vieira, que à data estava preso no Tarrafal, acusado de terrorismo. A atitude levou Salazar a proíbi-lo de ensinar em Portugal, obrigando-o ao desterro em Cardiff, onde foi recebido de braços abertos por um professor que o marcaria profundamente: Stephen Reckert. Em 1970 fundou a primeira cadeira independente de Literatura Africana de Língua Portuguesa Portuguesa em universidades inglesas.

 

 

Preço:17,00€

Referência:15021
Autor:VASCONCELOS , Mário Cesariny de
Título:POESIA (1944-1955)
Descrição:

Delfos, Lisboa, s/d. In-8º de 358-(2) págs. Brochado. Com um retrato de Cesariny, em desenho à pena por João Rodrigues. Capa de brochura anterior com ligeiro restauro marginal no topo e posterior com algumas leves manchas de acidez. MUITO BOM EXEMPLAR.
INVULGAR.

Observações:

Edição, a Primeira, colectiva dos livros «A Poesia Civil», «Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano», «Pena Capital», «Manual de Prestidigitação», «Estado Segundo», «Alguns Mitos Maiores Alguns Mitos Menores propostos à Circulação pelo Autor» sendo alguns deles, até então o ano de 1955, inéditos.

 

Preço:80,00€

Referência:11278
Autor:VASCONCELOS, Dr. António de
Título:ESCRITOS VÁRIOS RELATIVOS À UNIVERSIDADE DIONISIANA
Descrição:

Coimbra Editora Lda, Coimbra, 1938-1946. In. 4.º de 413-(1) e 558-(1) págs. Br. Ilustrado em extra-texto. Edição de uma tiragem especial não declarada e impressa em papel especial.
PRIMEIRA EDIÇÃO. O primeiro volume é RARO.

Observações:

Obra de grande relevância sobre a fundação e história da Universidade de Coimbra.

Preço:150,00€

Referência:15200
Autor:VASCONCELOS, José Leite de
Título:TRADIÇÕES POPULARES DE PORTUGAL. (Volume único)
Descrição:

Livraria Portuense de Clavel & Cª - Editores, Lisboa, 1882. In-8º de 320 págs. Brochado. Capas fragilizadas dada a sua leve gramagem sob acção do manuesamento, provocando falhas de papel. Margens do miolo intactas e ligeiro amarelecimento do papel, dada a sua qualidade intrínseca expostas à acção do tempo. Frontspício com carimbo a óleo da biblioteca privada de Joaquim de Carvalho. A necessitar de encadernação. 

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE ESTREIA deste eminente Arqueólogo,etnógrafo e antropólogo que foi José Leite de Vasconcelos.

Observações:
Preço:100,00€

Referência:15227
Autor:VIEIRA, Affonso Lopes
Título:PARA QUÊ? Livro escripto por ...
Descrição:

F. França Amado, Editor, Coimbra, 1897. In-8º de 76-(5) págs. Brochado. Capas de brochura com dispersos picos de acidez e pequenos rasgões, sem perda significativa de papel. Lombada com vestígios de actividade de lepismatídeos ( vulgo bichinhos de prata). Miolo impecável muito fresco, com impressão feita sobre papel de linho nacional, de elevada gramagem, cuja tiragem constou de 400 exemplares.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVO DE ESTREIA de Afonso Lopes-Vieira.

Observações:

Livro de estreia do poeta virtuoso e de rara sensibilidade, considerado o representante do Neogarretismo e que deixou vastíssima obra. Para quê? de  Afonso Lopes Vieira (1878-1946) foi escrito enquanto estudante da Universidade de Coimbra, com dezanove anos, livro onde o autor " ... perfilha um lirismo com traços decadentista e denunciando particularmente a influência de António Nobre ...". (in Dicionário de literatura portuguesa, 1996, pp. 501-2).

Fernando Guimarães in Biblos, V, 844-6; Dicionário cronológico de autores portugueses, III, 214-6.

Preço:180,00€

Referência:15266
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:LUUANDA
Descrição:

(Oficinas Gráficas ABC), Luanda, 1963. In-8º de 103-(3) págs. Brochado. Rúbrca de posse no ante-rosto.

PRIMEIRA E VALIOSA EDIÇÃO, impressa clandestinamente (?) e proibida de circular. RARO.

Observações:

Da "sábia e culta" wikipédia, obtemos a seguinte descrição: Luuanda é uma obra histórica, vista como um autêntico livro de rutura com a norma portuguesa na literatura angolana. Pelo seu cariz inovador, mereceu o reconhecimento geral e foi galardoado com dois importantes prémios - 1º Prémio D. Maria José Abrantes Mota Veiga, atribuído em Luanda em 1964, e o 1º Prémio do Grande Prémio da Novelística, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores, em Lisboa, em 1965. A publicação do livro causou uma grande polémica e represálias na época salazarista. Luuanda é considerada pelo o presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE) José Manuel Mendes "Uma das obras, sem duvida, maiores da literatura portuguesa".

Preço:275,00€

Referência:14818
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:NO ANTIGAMENTE NA VIDA. Estórias
Descrição:
Observações:

Edições 70, Lisboa, 1974. In-8º de 220-(3) págs. Brochado.

PRIMEIRA EDIÇÃO. Exemplar impecável ostentanto uma dedicatória autógrafa.

Preço:29,00€

Referência:14812
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:A CIDADE E A INFÂNCIA. Contos
Descrição:

Edição da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa (1957). In-8º de 78-(2) págs. Brochado. Capas de brochura com ligeiríssimas e insignificantes manchinhas de humidade.

MUITO RARO.

Observações:

Livro de Contos de estreia de Luandino Vieira com um prefácio de Costa Andrade, que termina o texto da seguinte forma:

"... Eis a tua mensagem de Amor que ninguém destruirá porque não há força capaz. O teu livro, um pouco de todos nós e da terra imensa, é uma época que as crianças de agora não vivem e muitos não entendem, mas um dia virá, meu Caro, que fará dos portos do mundo, portos de todo o mundo. Um dia virá ..."

Livro proibido e cuja edição foi destruída pela polícia política (Maria Aparecida Ribeiro, in Biblos - Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa).

 

Preço:100,00€

Referência:15151
Autor:VITORINO, Pedro
Título:INVASÕES FRANCESAS
Descrição:

Livraria Figueirinhas, Porto, 1945. In-8.º de 199-(3) págs. Brochado. Ilustrado em extra-texto com gravuras a preto e branco coladas sobre cartolina encarcelada. Nítida impressão sobre papel de gramagem e qualidade superior. Capas de brochura impecáveis. Belo Exemplar

INVULGAR.

 

Observações:

Trabalho muito exaustivo sobre as invasões francesas a Portugal com um prefácio de J. A. Pires de Lima.


(...) Tornadas as montanhas de Tôrres, baluarte inexpugnável, a vitória estava assegurada!
Pela terceira vez no nosso território, Wellington media-se com os invasores. O vigor indómito do chefe anglo-luso lançá-los-ía definitivamente para longe das fronteiras. (...)

Preço:28,00€

Referência:12704
Autor:VOISIN, Félix
Título:DES CAUSES MORALES ET PHYSIQUES DES MALADIES MENTALES ET DE QUELQUES AUTRES AFFECTIONS NEURVEUSES, telles que l'hystérie, la nymphomanie et le satyriasis
Descrição:

J.B. Baillière, Paris, 1826. In-8ª de XVI-418-(2)págs. Encadernação inteira de pele marmoreada com ferros neo vitorianos na lombada. Charneiras com ligeiro sinal de cansaço, assim como os os cantos. Guardas em papel francês e corte das folhas marmoreadas ao estilo das guardas.

Miolo muito bem conservado, muito fresco mantendo a sonoridade original do papel.

 

RARO.

Observações:

EDIÇÃO ORIGINAL da importante obra do psiquiatra Félix Voisin (1794-1872), aluno de d'Esquirol que fundou em 1821 com Jean Falret (1794-1870) uma casa de saúde para os alienados. "M. Voisin foi uma dos que saiu da escola de Esquirol que melhor sentiu a necessidade de tratar dos problemas da inteligência e as suas condições fundamentais atribuindo-lhe a cada caso de alienação às diversas condições físicas e morais, ou primitivas e secundárias do cérebro no seio daquelas em que se declara. Esta maneira de estudar as doenças mentais é definitivamente a aplicação da frenologia a este estudo, tornando-se sujeito de diversas obras que deram a este médico um lugar de destaque entre os da sua especialidade" (Larousse).

A presente obra refere-se ao estudo da HISTERIA e da NINFOMANIA contendo capítulos sobre a influência da educação da idade, do sexo e das profissões nas doenças mentais.

Preço:285,00€

Referência:15107
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:A CABEÇA ENTRE AS MÃOS
Descrição:

Assírio e Alvim, lisboa, 1982. In-8º de 41-(7) págs. Brochado. Exemplar em magníficas condições de conservação.
Primeira edição.

Observações:

Livro inserido na colecção Cadernos Peninsulares/ Literatura. Na opinião de Nuno Júdice, a poesia de Herberto Helder  tornou-se um momento ímpar na afirmação daquilo que, em Portugal, se pode considerar como a mais conseguida realização do visionarismo poético ocidental, que recebe a herança de Rimbaud e Lautréamont e passa pelo surrealismo. Herberto Helder é sem dúvida, na opinião de outros críticos literários, o poeta mais importante da sua geração e a mais curiosa e intrigante personalidade do nosso experimentalismo. Radicando-se na tendência surrealista, a sua poesia revela uma excepcional riqueza de recursos expressivos com um grande poder encantatório gerando-se na zona originária do ser em que a criação absoluta torna imperioso ao poema “ ... vencer a fascinação do incriado e impor uma ordem e uma harmonia ao turbilhão interior ...” (António Ramos Rosa).

Preço:85,00€

Referência:14992
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:POEMAS CANHOTOS
Descrição:

Porto Editora, Porto, 2015. In-8º de 53-(1) págs. Cartonagem editorial. Exemplar impecável.

Primeira edição, logo esgotada.

Observações:


 

Preço:30,00€
página 1 de 12