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Livros do mês: Junho 2023
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Primeiras edições

Foram localizados 654 resultados para: Primeiras edições

 

Referência:14945
Autor:AAVV
Título:ALBUM DO ZÉ POVINHO
Descrição:

(Papelaria e Typographia Academica, Porto, 1908). In-8º gr de 76 folhas inumeradas. Magnífica impressão, muito cuidada, com texto a duas cores e letras capitulares, envoltos em belíssimas cercaduras floreadas tipográficas bem ao gosto da época. Encadernação editorial em skivertex com ferros dourados ao gosto arte nova na pasta anterior, ferros secos floreados na pasta posterior e dizeres gravados a pigmento branco pela frente. Ligeiro esbatimento na secção inferior das pasta anterior. Exemplar bem conservado, sem os habituais picos de acidez que ocorrem em algumas das suas páginas.

 

Este álbum, executado em 1908, na cidade do Porto, teve uma produção com a intervenção das seguintes casas: gravuras na Casa Marques Abreu & C.ª; Cromolitografia na Lytographia Nacional; composição e impressão da  primeira folha na Typographia Academica e as restantes folhas do miolo na Typographia Santos . Por fim, a encadernação esteve a cargo da Casa de Alexandre Duarte Correia. Colaboração literária e artística de notáveis escritores e artistas portugueses da época, tais como Sampaio Bruno, Maximiano Ricca, Castro Dias, Joaquim Dias de Souza, Artur Ribeiro, Manuel de Moura, desenhos de Júlio Ramos, José de Brito, Antonio Candido da Cunha, Manuel Monterroso, F. Valença entre muitos outros.

 

ESTIMADO E MUITO INVULGAR.

Observações:

Homenagem do Club Fenianos Portuenses a Alexandre Corrêa Junior, que durante o Carnaval encarnava a figura tradicional do Zé Povinho, percorrendo os bailes espalhando a “sua expontanea graça toda portuguesa e inoffensiva”.

"Celebra este álbum Alexandre Correia Junior, pitoresca figura portuense que, para quase todos, aí encarnava o Carnaval e, portanto, uma espécie de Zé Povinho nortenho... Isto segundo os próprios promotores da edição. Claro que o original lisboeta foi sempre um pouco de tudo... menos carnavalesco! Terá sido, este último, um tolo, mas um tolo virado à política e à intervenção cívica ..." (J.M.M.)

Preço:85,00€

Referência:15070
Autor:AL BERTO
Título:TRÊS CARTAS DA MEMÓRIA DAS ÍNDIAS
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1983. In-8º de 45 págs. Brochado. Capas com ligeiro empoeiramento. Com desenhos em separado da autoria de Lúis Silva.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de poemas destinado para uma peça de teatro do dramaturgo Ricardo Pais, mas que nunca chegou a concretizar-se.

Preço:50,00€

Referência:13027
Autor:ALBUQUERQUE, Luís da Silva Mousinho de
Título:RUY O ESCUDEIRO. Conto
Descrição:

Typographia. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, Lisboa, 1844. In-8º de 112 págs. Encadernação meia francesa em pele com dizeres e florões em pele. Edição muito cuidada, impressa em papel de qualidade superior, ornado com desenhos de inspiração celta no texto, vinhetas e capitulares. CONSERVA CAPA DE BROCHURA anterior.

 

Observações:

 "Uma das mais curiosas obras do romantismo em Portugal" segundo Albino Forjaz de Sampaio, é  um longo poema em seis cantos ao gosto romântico,

"O manuscripto original do presente Poema foi dadiva generosa de seu illustre Auctor, feita á Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis, que desejando corresponder a tão obsequioso offerecimento empenhou os recursos artisticos, de que podia dispor, para que a edição fosse primorosa, e provasse o adiantamento da gravura em madeira e da typographia em Portugal nestes ultimos annos."

Inocêncio, V, 324
Luís da Silva Mousinho de Albuquerque (1792-1846). Militar e estadista português. Atingiu o posto de coronel (de Engenharia). "Fez parte de vários ministérios e desempenhou papel de relevo nas disputas políticas do seu tempo - combatendo, designadamente, no Cerco do Porto, do lado dos liberais. Notabilizou-se também como docente na área das ciências, sendo autor de um Curso Elementar de Física e Química. Foi ainda autor de vários livros de poesia.

Preço:75,00€

Referência:14780
Autor:ALEGRE, Manuel
Título:COIMBRA NUNCA VISTA
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995. In-8º de 91-(1) págs. Brochado. Rúbrica de posse no anterosto. Exemplar em excelente estado, "quase" como novo.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:
Preço:15,00€

Referência:12599
Autor:BERNARD, Pierre-Joseph
Título:L'ART D'AIMER et poesies diverses
Descrição:

De l'imprimerie de Didot jeune, Paris, 1795. In-8º de 207-(1) págs. Encadernação inteira de pele mosqueada gravada a ouro nas pastas com cercaduras. Lombada com decoração barroca a florões e dizeres dourados sobre rótulo de pele vermelha. Seixas douradas e corte das folhas brunidas a ouro fino. Ilustrado em extra-texto com sete gravuras abertas em chapa de aço de Bacquoy, Ponce, Patas, Eisen, Martini. Nítida impressão sobre papel encorpado mantendo a sonoridade original.

Observações:


Obra em verso imitando a "Arte do amor" de Ovidio que fez sensação nos salões intelectuais dessa época. Poemas ligeiros e eróticos. Não descrita nas principais bibliografias especializadas o que nos leva a tratar-se de uma edição MUITO RARA e ilustrada.

"L’ Art d’aimer de M. Bernard est un des ouvrages les plus célèbres de ce siècle. Il a fait  pendant plus de trente ans les délices des plus brillantes sociétés, et presque tous les Poëtes contemporains, depuis M. de Voltaire jusqu’au dernier rimailleur, en ont fait l’éloge."
 

Pierre Joseph Bernard nasceu em Grenoble e serviu a armada francesa na guerra de Italia tendo-se distinguido na batalha de Guastalla tornando-se secretário do marechal de Coigny. Nas letras foi distinguido entre os poetas libertinos de produção erótica. O epítoto de "Gentil" esteve-lhe sempre associado depois que Voltaire o empregou para como forma de apreço pelo seu talento. As mulheres mundanas de Paris adoptaram a sua poesia uma vez que nela se via reproduzida a delicadeza espiritual e imoral do final do século XVIII, em especial o seu L'ART D'AIMER (também conhecido na época como L'ART DE SEDUIRE. Conservado durante 30 anos em manuscrito, o texto foi impresso à revelia do seu autor.
 

Preço:250,00€

Referência:14574
Autor:BOTTO, António
Título:BAIONETAS DA MORTE
Descrição:

Oficinas Gráficas do Empresa do Anuario Comercial. 1936. In-4º de 64 págs. inumeradas. Brochado. Capas de brochura muito limpa, ao contráriod do ante-rosto com  picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Livro de poemas dedicado aos Combatentes Portugueses que é considerado um dos melhores livros do autor. " Organizem os povos, estabeleçam a concórdia, acabem com a miséria e veremos, depois, se a vida não é um cântico divino, enternecedor e eterno ao amor, à natureza e a Deus "

 

Preço:85,00€

Referência:12210
Autor:BOTTO, António
Título:AINDA NÃO SE ESCREVEU
Descrição:

Edições Ática, Lisboa, 1959. In - 8º de XI-198-(6) págs. Br.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra póstuma cujo original o autor enviou para as Edições Ática.

Preço:40,00€

Referência:12209
Autor:BOTTO, António
Título:NÃO É PRECISO MENTIR
Descrição:

Editôra Educação Nacional, Porto, 1939. In-8º de 278-(10)págs. Br. Ilustrado com um retrato do autor. Cadernos por abrir. Capas de brochura com alguns picos de acidez.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

LIvro de contos muito estimado do autor.
"O homem perfeitamente educado, em qualquer momento ou circunstância,mostra a sua educação que, até mesmo sem ele dar por isso, estende às coisas o respeito que mantém com as pessoas com quem trata."

Preço:50,00€

Referência:12207
Autor:BOTTO, António
Título:ELE QUE DIGA SE EU MINTO
Descrição:

Edições Romero. Lisboa,s/d. In-8º de In-8º de 414 págs. Br. Capa com pequenas e insignificantes falhas marginais.
 

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

da Introdução:

“Todo êste livro é uma infinita camaradagem de vários factos sucedidos. A chamada literatura não tem nêle intervenção. Talvez lhe faça falta a mentira de que alguns verdadeiros escritores abusam... Agrada-me ser oposto a essas virtudes de confecção, e sou assim, por natureza. Aqui há só o relato da verdade pura e simples. Podia chamar-lhe memórias ou mais pròpriamente ainda: um romance original, se às personagens pusesse o nome que as acompanha na vida.”

Preço:40,00€

Referência:15043
Autor:BRANCO, Camilo Castelo
Título:A SENHORA RATTAZZI
Descrição:

Livraria Internacional de Ernesto Chardron Editor, Porto e Braga, 1880. In-8º de 30-(2) págs. Encadernação moderna inteira de sintético azul com dizeres dourados e moldura fina ornar a capa anterior. Conserva ambas capas de brochura, reforçada nas margens. Foxing próprio da quqalidade deste papel. Por aparar.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR

Observações:

Primeira edição deste folheto da Questão Rattazzi, polémica em que Camilo se envolveu a propósito do livro escrito pela Princesa Rattazzi sobre Portugal. Este livro é a resposta às provocações da Sr.ª Rattazzi e termina da seguinte maneira:
“Em conclusão: o seu livro não é cano de escorrencias muito nauseabundas, nem é canal de noticias uteis, tirante a dos hoteis infamados de persevejos; não é pois cano, nem cabal; mas é canudo, porque custa sete tostões; e — vá de calão — como troça e bexiga, é caro.”

Inocêncio. XVIII, 144. “A questão Rattazzi: esteve por differentes vezes em Portugal uma dama estrangeira, de origem italiana ou ingleza, que se apresentou com o titulo de Princeza Rattazzi dizendo-se aparentada com a familia Imperial Bonaparte, o que, aliás, segundo consta de informações notorias, as auctoridades francezas não permittiam officialmente. algumas folhas francezas, hespanholas e italianas tinham falado d"ella a proposito de seus escriptos dados ao prelo, dos seus consorcios e de varios incidentes da sua vida aventurosa. Da ultima vez que se demorou em Lisboa, por 1879, lembrou-se ella de escrever um livro de viagem acerca de Portugal: mas, ou por falta de estudo, ou por leviandade, acreditando em esclarecimentos ministrados por pessoas de sua intimidade e de acanhada consciencia quanto aos factos que inculcaram, o certo e que fizeram cair Maria Rattazi em dislates e erros gravissimos, como lhe foi demonstrado. O seu livro, pois, deu margem larga e extensa á publicacão de outras obras de refutação aspera, em que a auctora, apesar do sexo, da idade, do nome aristocratico e da fama de que se fazia cercar, e em que desejava escudár-se, padecem duros ataques, sendo os mais vivos, mordazes e acerados os que lhe vibraram sem piedade Camillo Castello Branco e Urbano de Castro, que assignava os seus escriptos sob o pseudonymo chá-ri-vá-ri. Estas controversias e criticas tomaram o caràcter de verdadeiro escandalo litterario e foram só é alastrando pela imprensa de todas as cidades, em artigos soltos, em folhetins e em correspondencias”.

Preço:90,00€

Referência:14786
Autor:BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
Título:ÂMAGO I - Nova Arte
Descrição:

Limiar, Porto, 1985. In-8º de 72-(7) págs. Brochado. Inserido na colecção Os Olhos e a Memória.

Observações:

Na badana:
"...só o nome de Fiama começa logo por ser uma garantia de (alta) qualidade. Sem a preocupação de evitarmos o lugar comum, mas ainda assim solução de recurso para a pressa com que se escrevem os jornais: Fiama - diremos - é um das fortes referências na (vasta e complexa) constelação da poesia portuguesa de hoje, e as proporções da sua obra (a complexificar-se de referências e de sugestões progressivamente, e a enriquecer-se também, precisamente por isso) já excederam há muito (desde «(este) Rosto» em 70, poderemos talvez dizer) os limites que antes a tornavam significativa ou representativa, somente. Fiama é hoje muito mais do que um nome da «Poesia 61», dos anos 60, de uma geração, de uma tendência, de uma linha de produção que a partir da «Poesia 61» se foi alargando e tornando cada vez mais fecundas as suas experiências. A obra de Fiama é hoje um lugar de vanguarda (de grande avanço, de avançadas conquistas) no domínio da linguagem poética, no âmbito da poesia portuguesa dos anos correntes..."

Preço:15,00€

Referência:14752
Autor:BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
Título:O TEXTO DE JOÃO ZORRO
Descrição:

Editorial INOVA, Porto, 1974. In-8º de 258-(17) págs. Brochado. Muito bom estado de cosnervação.

Inserido na colecção Coroa da Terra, dirigida por Egito Gonçalves. Capa de brochura e desenhos de Ângelo de Sousa.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO do livro que reunia a poesia toda até então publicada, com excepção de "Em Cada Pedra Um Voo Imóvel" e incluindo ainda um livro inédito: ERA.

Iniciou o seu percurso com as prosas poéticas de "Em Cada Pedra um Voo Imóvel", 1958, edição de autor, que conquistou o prémio de poesia Adolfo Casas Monteiro. Continuou pela prosa poética em "O Aquário", de 1959. Em 1961, integra o grupo "Poesia 61" com o folheto "Morfismos". A partir daí, publica poesia, de onde se destacam por exemplo "Barcas Novas" (1967), "Melómana" (1979) ou "Âmago 1: Nova Arte" (1985); no domínio da prosa poética acaba por esbater as separações entre a poesia e ficção com "Falar Sobre o Falado" (1988) e "Movimento Perpétuo" (1991); produz abundantemente para teatro, iniciando o seu percurso como dramaturga com "Os Chapéus de Chuva" (1961); e escreveu ainda um único romance, "Sob o Olhar de Medeia" (1998). Reuniu a sua obra em 1974, "O Texto de Joao Zorro" e em 1990, "Obra Breve". Foi-lhe atribuído o Prémio APE para poesia por duas vezes, "Epístolas e Memorandos" (1997) e "Cenas Vivas" (2000). O seu último livro de poesia foi publicado em 2002 pela Quasi, "As Fábulas".

Preço:30,00€

Referência:15001
Autor:BRANDÃO, Raúl
Título:HISTÓRIA D’UM PALHAÇO. (A Vida e o Diário de K. Mauricio).
Descrição:

Livraria de António Maria Pereira, Lisboa, 1896. In 8º de (4)-171-(2) págs. Encadernação coeva e cartonada, aproveitando as capas de brochura originais. Exemplar muito aparado, sem no entanto nunca afectar a mancha tipográfica. Rúbrica de posse no ante-rosto e frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO da segunda obra do autor, uma das mais raras no m

Observações:

" ... K. Maurício é uma personagem criada por Raul Brandão que surge esporadicamente na Revista d’Hoje, no Correio da Manhã e no Micróbio, de Celso Hermínio, entre “Dezembro de 1894 e Maio de 1895” (Viçoso, 1999: 157), sendo-lhe atribuída a autoria de um diário fragmentário, com o título “Diário de K. Maurício”. Em 1896, surge a obra História dum Palhaço (A Vida e o Diário de K. Maurício), sendo posteriormente reeditada, em 1926, com o título A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore. O texto e a personagem são sintomáticos da época em que são escritos, na medida em que nos deparamos com três níveis narrativos quase sobrepostos, por um lado, e, por outro, com uma sucessão de alteridades que na sua pluralidade não deixam de ser K. Maurício ..." (Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa)

Preço:65,00€

Referência:14369
Autor:BRANDÃO, Raul & PASCOAES, Teixeira de
Título:JESUS CRISTO EM LISBOA. Tragicomedia em sete quadros.
Descrição:

Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. s. d. (1926). In-8º de 120 págs. Brochado. Rúbrica de posse coeva no frontspício.

Observações:

"Vinte séculos escoaram, e Jesus reencontra os mesmos males que não curou. Nada mais lhe resta do que fazer-se crucificar de novo. O Deus feito homem passa da cabana do cavador miserável ao gabinete do Comissário de Polícia, onde ele encontra o anarquista e o ladrão. Ouvimos a mulher honesta invejar cruelmente o insolente luxo da prostituta; assistimos à reunião do Conselho de Ministros, onde perpassa o pavor dos estragos que pode causar, no mundo moderno, a pregação de uma doutrina de humildade e de pobreza; na Catedral, encontramos o Diabo e Jesus face a face; o próprio poeta duvida que um Deus verdadeiro possa aparecer na Lisboa do nosso tempo; todavia, este Deus está de facto ali, sob a forma humana, e os poderosos do dia decidiram que deveria morrer pela segunda vez..." [Philéas Lebesgue, Lettres Portugaises (excerto), in Mercure de France, n.º73, tomo CCVIII, Paris, 1.12.1928.]

Preço:70,00€

Referência:14093
Autor:BRANDÃO, Raul; BRANDÃO, Maria Angelina
Título:PORTUGAL PEQUENINO
Descrição:

Tipografia Seara Nova, Lisboa, 1930. In-8º de 258-(6) págs. Br. Ilustrado ao longo do texto com ilustrações de Carlos Carneiro e em extra-texto duas pinturas de Alberto de Sousa representando as cidades do Porto e de Lisboa. Capa de Alberto Sousa. Capa com algumas insignificantes manchas marginais.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro de Raul Brandão pelo mundo infanto-juvenil cuja escrita revela um gosto pelo pitoresco local ou de costumes e até de brincadeiras infantis “de outros tempos”, que não esconde, em certa medida, o "espanto sempre extasiado de ver e sentir" que referem José António Saraiva e Óscar Lopes ao falarem sobre a obra do autor.

Preço:45,00€

Referência:14607
Autor:CARVALHO, Maria Amália Vaz de
Título:CARTAS A LUIZA (Moral, Educação e Costumes)
Descrição:

Barros & Filha, Editores, Porto, 1886. In-8º de 286-(1) págs. Encadernação moderna em percalina castanha. Conserva capas de brochura, estas com restauros e manchas (ver imagem) e está por aparar.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO desta notável obra em que a autora considera essencialmente o papel da Mulher na sociedade e na família, focando que seria essencial apostar na educação da Mulher, caso contrário esta seria incapaz de desempenhar em boas condições a sua função. Nota-se nestas cartas a influência francesa típica da época, sem esconder alguma ironia ou mesmo uma leve crítica.

"... Maria Amália Vaz de Carvalho (Lisboa, 1847 - Lisboa, 1921), casada com o poeta Gonçalves Crespo, foi a primeira mulher a ingressar na Academia de Ciências de Lisboa. Sob o pseudónimo de Maria de Sucena, assinou numerosas crónicas jornalísticas. Poetisa consagrada e apelidada de 'Stael portuguesa', devido às semelhanças com a literatura francesa do século XVIII, a sua casa tornou-se o primeiro salão literário de Lisboa, tendo sido frequentada por grandes figuras das letras. Além de poesias, publicou contos, romances, ensaios e memórias..."

Preço:33,00€

Referência:14339
Autor:CARVALHO, Raul
Título:POESIA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, S/d (1955). In-8º de 259-(5)págs. Br. Capa com algumas falhas marginais e mancha de humidade marginal nas primeiras folhas.

Primeira edição.

Observações:

Segundo livro de um dos poeta mais importantes do nosso tempo, muito apreciado por Jorge de Sena, e colaborador das revistas Távola Redonda e Árvore e Cadernos de Poesia, que, na década de 50 conglomeravam de forma irregular, mas activa, poetas de várias sensibilidades.

Preço:35,00€

Referência:15037
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:BELKISS, RAINHA DE SABÁ D'AXUM E DO HYMIAR
Descrição:

Typographia F. França Amado, Coimbra, 1894. In-8.º de 204-(2) págs. Brochado. Nítida impressão com recurso a duas cores, negro e vermelho, sobre papel de qualidade superior, em linho. Capas de brochura com fortes sinais de manuseamento, etiqueta de ordem de biblioteca privada e capa posterior com trabalho de lepismatídeos. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. A necessitar de uma encadernação.

PRIMEIRA EDIÇÃO, rara.

Observações:

Este texto, baseado na narrativa bíblica sobre a Rainha de Sabá, introduziu o simbolismo no teatro português, ao lado de O Pântano, de D. João da Câmara. De grande sucesso no estarngeiro, a obra foi publicada entre diversas línguas logo a seguir à edição original portuguesa, tendo sido só reeditado entre nós em 1910 e novamente em 1927, aquando das obras completas revistas pelo poeta.

Obra produzida numa fase de anos vertiginosos em que a produção de Eugénio de Castro, na opinião do estudiosos José Carlos Seabra Pereira, está longe de se circunscrever a modalidades discursivas de agitador cultural, " ... desmultiplicando-se antes em sondagens surpreendentes de novos domínios de inovação literária e promissoras tentativas de outros tipos de escrita sempre sob o signo da «modernidade» ...".

Preço:85,00€

Referência:15009
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:SALOMÉ e outros poemas
Descrição:

Livraria Moderna de Augusto D´Oliveira Editor, Coimbra, 1896. In-8º de (6)-88-(3) págs. Encadernação coeva em chagrin vermelho, com cantos. Nítida impressão de esmerado apuro gráfico sobre papel algodão de qualidade superior. Pastas com cercaduras douradas e lombada fina e elegantemnte decorada a ouro com elaborados ferros. Ambas a capas de brochura preservadas e com raros picos de humidade. Miolo muito limpo. Guardas em papel tintado manualmente. Ligeiro aparo generalizado. Rubrica de posse no frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Eugénio de Castro (1869-1944) foi autor responsável pela introdução do Simbolismo em Portugal. A publicação deste título coincide com o seu ponto mais alto de toda uma produção simbolsita de quem S. Mallarmé, numa carta que lhe dirigiu por estes anos fini-seculares " ... très haute Religion Artistique dont vous êtes, avec le divin Wagner et le sublime Poe, un des plus admirables Pontifes ...” [MALLARME, Stéphane - Correspondance edição Gallimard, Paris, 1973, p. 228-29]

Preço:90,00€

Referência:14990
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:A MOSCA - Bijou Litterario. 7 nº em duas séries. (10 de Setembro 1882 a 20 de Dezembro 1882)
Descrição:

Typ. S. e S., Coimbra, 1882. In-4º pequeno de cinco números (de sete) e um suplemento em duas séries. Brochado. Impressão nítida sobre papel de cor laranja, com excepçao do último númro, sobre papel creme. Capa de brochura imprssa em separado para albergar todos os números. Foi redactor e fundador, Eugénio de Castro.

Na primeira série, o primeiro nº tem a data 10 de Setembro de 1882, o nº 2 de 17 de Setembro de 1882, o nº 3º de 24 de Steembro de 1882, o nº 4º de 1 de Outurbo de 1882. A segunda série, composta por três números, tem como nº 1 a data 3 de Dezembro de 1882, o nº 2 a data de 10 de Dezembro de 1882 e o nº 3 a data de 20 de Dezembro de 1882. Apresenta ainda um Suplemento ao nº 4 (da primeira série) com data 2 de Outubro de 1882 e que é uma folhinha de informação de suspensão de publicação.

No exemplar que se apresenta, falta o nº 1 e 3 da primeira série.

Observações:

RARÍSSIMA publicação periódica, anterior à publicação de estreia (Chrystalizações da Morte, 1884) do maior poeta simbolista português (e dos mais destacados e reconhecidos poetas europeus nesta corrente artística literária) que foi EUGÉNIO DE CASTRO (contava então 13 anos !!!), desconhecidíssima dos catálogos dos avançadas colecções de literatura portuguesa, dos bibliófilos de primeira linha (Almeida Marques, Aulio Gélio Godinho, Avila Perez, Cândido Augusto Nazareth, João Ameal, Laureano Barros, etc ...). Tão pouco inexistente na Biblioteca Nacional, ou em outra qualquer importante biblioteca pública nacional. Excepção  verifica-se na Biblioteca da Câmara Muncipal de Coimbra, que descreve na sua Jornais e Revistas de Coimbra (1931, p. 47) com a existência de apenas um exemplar, embora incompleta, da primeira série, admitindo a existência de uma segunda série, mas inexistente no seu acervo.

Teve colaboração de Alfredo Costa, Fernando Chénier, José Mourão, António Horta, Alfredo da Câmara, Raul de Soils, Eugénio de Castro entre outros.

Preço:900,00€

Referência:12197
Autor:CASTRO, Fernanda de
Título:A ILHA DA GRANDE SOLIDÃO Poema
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1962. In-8º de 69-(2) págs. Br. Apresenta um pequeno carimbo editorial de oferta. Apresenta todos os cadernos por abrir. Excelente estado de conservação.

Observações:

 

Pequena flor…
Petite fleur.
A trompette do Sidney Bechet
dilacera-me ouvidos
e sentidos.
Magoa-me a estridência
da música obcecante.
Enerva-me a violência
dos sons,
dos desejos incontidos.
Dói-me a culpa,
a inocência
de uns braços estendidos.

 

Preço:20,00€

Referência:14306
Autor:CASTRO, João Osório de
Título:O BAILE DOS MERCADORES
Descrição:

Cosmos, Lisboa, 1964. In-8º oblongo com  X-165-(19) págs. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado ao longo do texto e em extra-texto com ilustrações  de Luís Osório. Encerra também as pautas de música da autoria de Luís Sande Freire.

 

 

Observações:

Curiosa farsa em 7 quadros escrita por João Osório de Castro recheada de humor e fantasia.

Preço:18,00€

Referência:14847
Autor:CASTRO, Sérgio
Título:CAMILLO CATELLO BRANCO. Typos e Episodios da Sua Galeria
Descrição:

Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1914. In-8.º de 3 volumes com 334, 302 e 372 págs. respectivamente. Encadernações editoriais em skivertx vermelho com ferros vegetalistas gravados a negro e dizeres dourados nas pastas. Exemplares em  muito bom estado de conservação.

Primeira edição. INVULGAR.

Observações:
Preço:75,00€

Referência:14664
Autor:CENTENO, Yvette Kace
Título:NO JARDIM DAS NOGUEIRAS
Descrição:

Livraria Bertrand, Amadora, 1982. In. 8.º de 137 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Vitor Simões. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

Este livro tem passagens propositadamente estragadas pela autora.
Yvette Centeno guia-se aqui pelo acaso (e pelo compositor tipográfico e as suas falhas) e confunde o leitor, até ao nível material da imagem da frase que se vai esfumando e desaparecendo na página, com as palavras sumidas e comidas.
 

Preço:15,00€

Referência:12512
Autor:CÉSAR, Amândio
Título:NÃO POSSO DIZER ADEUS ÀS ARMAS
Descrição:

Editora Pax, Braga, 1945. In-8º de 76-(4) págs. Br. Integrado na colecção "Metrópole  e Ultramar".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra distinguida com o Prémio Camilo Pessanha.

NECROLOGIA PARA UM SOLDADO DA ÍNDIA

Os jornais publicaram nomes,
Muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Eram nomes, muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes!
Eram milhares de nomes de vivos:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Nas linhas, muitas linhas de nomes,
Vinham altas patentes e soldados rasos,
Hierarquicamente e por ordem alfabética:
O TEU NOME NÃO ESTAVA LÁ!

Não! O teu nome não podia estar ali:
Tu morreste em Goa, à vista de Goa,
Que morria quando tu morreste.
Por isso ficaste abandonado e só,
Junto de Goa moribunda.

Tão abandonado e tão só
Como a pistola metralhadora,
Agora inútil,
Agora inútil porque tu morreste
E Goa morreu contigo!

Há-de florir, vermelha,
Uma flor nascida do teu sangue.
As folhas serão verdes
Como a última imagem dos teus olhos baços.

É o último reduto,
Será a última bandeira hasteada em Goa,
Na terra ocupada pelo invasor,
Depois que alguém ergueu ao céu azul
A branca bandeira do medo e da ignomínia!

Não vens na lista de nomes,
Em nenhuma das linhas dos nomes:
O TEU NOME NÃO PODIA ESTAR ALI!

Mas, quando uma jovem manducar
Colher a flor vermelha que sobrou do teu martírio,
Aspirar o perfume solene dessa flor cortada
E perder seus olhos pretos no verde das folhas tenras,
ENTÃO SIM, TU ESTARÁS ALI!

Ali ressuscitado,
Ali vigilante como a sentinela,
Até que tornem os fantasmas dos soldados de Albuquerque
Para castigarem o orgulho sacrílego do invasor.

Tu, anónimo soldado,
Morto na terra escaldante de Goa,
És a imagem do Governador
Que à vista dela morreu.
Tu, sim, és da estirpe de Albuquerque,
Nunca vassalo…

Preço:15,00€

Referência:15106
Autor:CORELLA. Fr. Jayme de
Título:PRACTICA DO CONFESSIONARIO e explicação das proposiçoens condenadas pela Santidade de Innocencio XI e Alexandre VII, sua materia os casos mais selectos da Theologia Moral, sua forma hum dialogo entre o confessor e o penitente. Parte I ( e II).
Descrição:

Na Officina que foy de Miguel Lopes Ferreira, Lisboa, 1737 (e 1738). In-fólio de 15 ff. inums. - 310 e 7 ff. inums. - 330 págs. [ai-dij , Ai - Rr & §i-Sss] respectivamente. Encadernação coeva, inteira de carneira, mosqueado fino e lombada com decoração floreada barroca em casa fechadas, ligeiramente coçadas. Falho de rótulo na lombada. Último caderno solto. Exemplar completo, de estrutura rígida e muito bem conservado, mantendo a sonoridade original do papel. Algumas páginas com anotações marginais, coevas.

PRIMEIRA EDIÇÃO PORTUGUESA da obra que, no género, teve grande aceitação e um elevado número de edições e traduções, escrita quando o autor tinha 27 anos. Tradução de Padre Domingos Rodrigues Faya publicada em portuguyês cerca de meio século depois.

BN ; Monteverde Cunha Lobo, 1811.

Observações:

Jaime de Corella (1657-1699) vestiu o hábito dos Capuchos no Convento de Cintruénigo em 1673 então com 18 anos de idade e foi eleito Provincial em 1693. Escritor moralista e orador sacro, destacando-se por sua grande elocu|ência e profundidade doutrinal. Teve vasta obra publicada sendo o título Pratica del Confesionario (1686) e Conferencias morales (1687) as que tiveram maior aceitação e delas se realizaram inúmeras edições e traduções.

 

Preço:225,00€

Referência:14569
Autor:CORREIA, Hélia
Título:VILLA CELESTE novela ingénua.
Descrição:

Ulmeiro, Lisboa, 1985. In-8º de 50-(2) págs. Brochado. Primeira edição.

Observações:

Começa assim esta novela ingénua:

"Teresinha Rosa já passava dos sessenta quando a vida lhe armou um campo de batalha e ela tomou o gosto ao pelejar. Atravessara até então os tempos - primaveras rosads, invernias, sufocações de verão, tremores de outono - em perfeita harmonia com as coisas, como um madeiro a passear-se na corrente, abandonado às águas, prazenteiro, divertindo-se até com algumas topadas em bicos de rochedo ...".

Preço:14,00€

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Referência:14568
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O SEPARAR DAS ÁGUAS
Descrição:

A Regra do Jogo, Lisboa, 1981. In-8º de 91-(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Teresa Ferrand. Muito bom estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE ESTREIA de Hélia Correia.

Observações:

Livro de estreia de Hélia Correia em que desde logo cedo, com a obra seguinte O Número dos Vivos, se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta. Esta novela " O Separar das Águas trouxe consigo uma voz singular, devedora de algum realismo fantástico..." (Eduardo Pitta) tendo sido também considerada pela crítica obra invulgarmente bem escrita entre o burlesco e o dramático.

Preço:30,00€

Referência:14567
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O NÚMERO DOS VIVOS
Descrição:

Relógio d'Água, Lisboa, 1982. In-8º de 135-(1) págs. Brochado. Capa com ligeiros sinais de manuseamento. Miolo muito limpo.

Observações:

Este segundo título da extensa bibliografia que Hélia Correia publicou, é considerado o primeiro romance sendo as restantes obras classificadas de novelas. Nesta obra que tem como panorama de fundo o contexto rural, a acção desenrola-se principalmente entre mulheres.

Hélia Correia (1949) sendo também poetisa e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta, ao publicar, em 1982, O Número dos Vivos.
 

Preço:25,00€

Referência:13358
Autor:CORREIA, João de Araújo
Título:NOITE DE FOGO e outros contos
Descrição:

Editorial Inova, Porto, 1974. In-8º de 96-(2) págs. Br. Capas de brochura com algum desgaste e miolo amarelecido pelo tempo. Integrado na Colecção Duas Horas de Leitura, com direcção gráfica de Armando Alves.

 

Observações:

Antologia de contos deste autor considerado o maior contista português. A sua escrita sofre  influências de Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco e Trindade Coelho.

Da badana:

“É João de Araújo Correia um estilista de linhagem camiliana, com o senso agudo do dinamismo narrativo: escreve para contar histórias e tão bem sabe fazê-lo, que nelas se imprime, como o rosto sangrento de Cristo na toalha de Verónica, a fisionomia de um povo”

Urbano Tavares Rodrigues

Preço:20,00€

Referência:14944
Autor:CORREIA, Natália
Título:DESCOBRI QUE ERA EUROPEIA - impressões duma viagem à América
Descrição:

Portugália, Lisboa, 1951. In-8º de 332 págs. Brochado. Exemplar impecável.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Uma das primeiras obras da autora, em registo diarístico em que mistura  relato de viagem de uma mulher fora do seu continente com crónica documentarista, onde o incisivo “veneno crítico” da intelectual já está muito presente. Retrata uma viagem aos Estados Unidos - chegada a Boston, partida para o Maine, a que se segue Nova Bedford, Nova York (como ela escreve) e Washington.

"... Este livro tem talvez muito de mim e pouco daquilo que eu devia dizer.... Não sei fazer as coisas doutra forma. Sou uma ave que só sabe voar a toda amplitude do espaço que o seu amor criou. Este livro sou eu..."

Preço:40,00€

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Referência:14660
Autor:CORREIA, Natália
Título:EPÍSTOLA AOS IAMITAS
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisbopa, 1976. In-8º de 63-(3) págs. Brochado. marcas de vincno no canto superior direito. Exemplar em bom estado de conservação

Observações:
Preço:27,00€

Referência:14659
Autor:CORREIA, Natália
Título:A ILHA DE CIRCE
Descrição:

Publicações Dom Quixote. Lisboa. 1983. In-8º de 135-(4) págs. Brochado. Inserido na Colecção Autores de Língua Portuguesa. Capa de brochura ilustrada por Fernando Felgueiras. Exemplar em óptimo estado.

Observações:
Preço:25,00€

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Referência:14654
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MOSCA ILUMINADA
Descrição:

Quadrante, Lisboa, 1972. In-8º de 85-(3)págs. Brochadi. Integrado na "Colecção Poesia". Capa e orientação gráfica de Cidália de Brito Pressler. Exemplar impecavelemente bem conservado, mint condition.

Observações:

Colectânea constituída por duas partes "Fragmentos de um Itinerário" e "As Aparições" onde Natália Correia reúne um conjunto de poemas e de prosa poética.

Num dia demasiado raivoso para caber no zodíaco nasci a metade de um endecassílabo quebrado em dois. Tambor de ossos delirantes espalhei na cidade a notícia de um planeta puro como o hálito de muitas flores reunidas preparava um dilúvio de sonhos para desnudar as estrelas jacentes nas criptas dos nomes. Era a loucura de não nascer comigo. Sentados no sumptuoso acento da morte, os homens trocavam entre si as navalhas em código dos assassinos especialistas na vida. Tinham todos nascido pontualmente à hora da certidão de idade. Ou estavam pelo menos convencidos disso. Uma certeza que na caça aos fogos-fátuos do alfabeto atribui a cada um o mérito de pendurar à cintura o significado esperneante da vida. Uma cabeleira em acento circunflexo amortecia os sons pertencentes a outra idade que levavam aos sepulcros, salas da dança horrível das vogais sepultadas vivas. Constelada de calafrios recolhi-me à minha flor provocada pelos dias intensos em que me alcanço na radiosa capital dos inascidos: a luz da minha pele iluminada por dentro para gravar um canto. A educação musical dos girassóis que dá o meu hectare de realidade entre o ser e o estar põe a minha memória ao serviço da metade que eu fiquei por nascer. Trabalho urbanístico de esponja embebida na luz de um lugar achado pela técnica suavíssima do marfim de todos.
Alguns, por cardíaca aceitação do policiamento da porta que um cão de turquesas abre para o sítio onde vai ser a vida, chamam a isso poesia.

Preço:40,00€

Referência:13207
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:ENTRE RIO E MAR poesia
Descrição:

Livros do Brasil, Lisboa, 1952. In-8º de 140 págs.Br. Capas de brochura com algunns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro de poesia que é uma espécie de roteiro poético de Portugal, no qual o poeta fala de Santos, sua terra natal, mas acima de tudo de várias cidades portuguesas.

 

Cantiga do avô português


O meu avô foi à caça
Na serra do Cubatão.
Mas, ano vem, ano passa,
Nunca volta do sertão.

Dizem que os índios são bravos.
Nem sempre as índias também!
Meu avô levou escravos
Com redes que embalam bem.

O bafo das noites quentes
Faz pensar noutros Brasis
Em que andam nossos parentes
Com outras índias gentis.

"A caça, que tempo dura?",
A minha mãe perguntei.
"Vai até a sepultura,
Porque é serviço de El-Rei.

 

Preço:18,00€

Referência:12441
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:ISAURA
Descrição:

Editorial Inquérito, Lisboa, 1944. In-8º de 75-(5) págs. Br. Valorizado por uma dedicatória a Luís Forjaz Trigueiros. Inserida na Colecção "Novelas Inquérito".

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

 

Observações:

Curiosa novela de Ribeiro Couto que  foi o último  título de uma colecção de novelas da Editorial Inquérito publicou entre 1940 e 1944.

Preço:18,00€

Referência:12440
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:A MENSAGEM DO LUSÍADA ANTÓNIO NOBRE
Descrição:

Tip. Ramos, Afonso & Moita, Lisboa, 1944. In-8º de 30 págs. Br. Valorizado pela dedicatória aos poetas José Osório de Oliveira e Raquel Bastos. Folhas com ligeiras manchas de água marginais. Separata da Revista Litoral, nº1. Este é o exemplar nº 25  da edição especial de 150 exemplares, numerados e assinados pelo autor. Ilustrado com uma fotografia de António Nobre e uma vinheta no começo do texto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Ensaio muito interessante sobre António Nobre escrito por Ribeiro Couto.

"A poesia de António Nobre restaura o reino da confiança e aponta à nacionalidade portuguesa o caminho do renascimento."

Preço:20,00€

Referência:12439
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:POESIAS REUNIDAS
Descrição:

Livraria José Ollympio, Rio de Janeiro, 1960, In-8º de 4486-(2) págs. Br. Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra que reune todos os livros de poesia publicados pelo autor, na altura da sua publicação Manuel Bandeira escreveu :

"Sua poesia continuou sempre sendo a anotação arguta dos momentos raros da vida, aqueles momentos de “indecisão delicada”. Momentos de subúrbio, digamos assim, quando do luar descem coisas – “certas coisas”. Nunca lhe interessaram as polêmicas sobre o que seja poesia. “É poesia? Não é poesia? Quem saberá jamais?” Todos os problemas estavam resolvidos para ele “pela aceitação da simplicidade”.

Preço:40,00€

Referência:12438
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:POEMETOS DE TERNURA E MELANCOLIA
Descrição:

Editora Monteiro Lobato, São Paulo, 1924. In-8º de 112-(2) págs. Br. Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Oliveira. Capas de brochura com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.
 

Observações:

SURDINA

Minha poesia é toda mansa.
Não gesticulo, não me exalto...
Meu tormento sem esperança
tem o pudor de falar alto.

No entanto, de olhos sorridentes,
assisto, pela vida em fora,
à coroação dos eloqüentes.
É natural: a voz sonora
inflama as multidões contentes.

Eu, porém, sou da minoria.
Ao ver as multidões contentes
penso, quase sem ironia:
"Abençoados os eloqüentes
que vos dão toda essa alegria."

Para não ferir a lembrança
minha poesia tem cuidados...
E assim é tão mansa, tão mansa,
que pousa em corações magoados
como um beijo numa criança.

Preço:30,00€

Referência:12437
Autor:COUTO, Ribeiro
Título:SENTIMENTO LUSITANO
Descrição:

Livraria Martins Editora, São Paulo, 1961. In-8º de 178 págs. Br. valorizado pela expressiva e extensa dedicatória autógrafa aos poetas Raquel Bastos e José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO da obra publicada no Brasil e só póstumamente publicada em Portugal.

 

Observações:

Conjunto de ensaios muito interessantes de Ribeiro Couto,Autor brasileiro muito apreciado entre os intelectuais portuguesesda sua época,  encerra ensaios sobre, António Nobre, João de Barros, Joaquim Paço d'Arcos, entre outros. De destacar também o ensaio " O pequeno emigrante português e a continuidade histórica do Brasil".

“não era adquirido sem trabalho, não caia do céu; custava muito esforço” -, para muitos mais terá constituído um penoso exercício de sobrevivência, talvez pelas poucas habilitações com que em sua grande maioria arribaram a terras de Vera Cruz. Mas não é desse brasileiro entre aspas o objecto desta minha fala, já retratado  por Guilhermino César, em O “Brasileiro” na ficção portuguesa: O Direito e o Avesso de uma Personagem-Tipo”

 

Preço:40,00€

Referência:14161
Autor:DUARTE, Afonso
Título:LÁPIDES E OUTROS POEMAS (1956 - 1957)
Descrição:

Iniciativas Editoriais, Lisboa, 1960. In-8.º de 52-(4) págs. Brochado, impecavelmente bem conservado nao obstante uma pequena mancha na capa posterior. Miolo muito limpo e fresco. Apresenta um poema facsimilado.

Observações:

Edição apresenta um Apêndice assinado por Carlos de Oliveira e João José Cochofel.

Preço:28,00€

Referência:14158
Autor:DUARTE, Afonso
Título:OSSADAS
Descrição:

Seara Nova Editora, Lisboa, 1947. In. 8.º de 98(4) págs. Brochado. Rubrica de posse no anterosto. Exemplar muito limpo e fresco, impresso sobre papel de boa quailidade.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Primeira edição. Afonso Duarte, poeta que se situa entre o saudosismo e o movimento da Revista Presença, acabou por ter relevante influência na geração de poetas do neo-realismo. Livro de Poemas breves / como o instante da flor / que abriu para morrer.

Preço:30,00€

Referência:12295
Autor:FANHA, José
Título:OLHO POR OLHO
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1977. In-8º de 40 págs. Br. Capa de  Manuel Botelho. Valorizado por uma dedicatória autógrafa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

À conquista do espaço

Não
Não quero voar
Rapidamente no espaço
E pousar em qualquer lua.


Quero uma estrela pequena,
Do meu tamanho de gente,
A iluminar
Quem passa
Nesta rua.

 

Preço:10,00€

Referência:12503
Autor:FERAUD,Marie
Título:CONTOS AFRICANOS Contos e Lendas do Folclore Africano Seleccionados e Adaptados Por...
Descrição:

 Verbo, Lisboa, 1977- In-4º de 155-(2) págs. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com belos desenhos a cores e a preto e branco de Akos Szabo. Ostenta uma dedicatória não autógrafa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Interessante colectânea de contos africanos seleccionados e adaptados por Marie Feraud e traduzidos para português por António Manuel Couto Viana, Rui Viana Pereira e Maria Adelaíde Couto Viana.
 

Preço:27,00€

Referência:14335
Autor:FERREIRA, José Gomes
Título:O MUNDO DOS OUTROS - HISTÓRIAS E VAGABUNDAGENS
Descrição:

Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950. In-8.º de 191-(2) págs. Br. Capas de brochura com ocasionais picos de acidez.

Observações:

Publicado em 1950 pelo Centro Bibliográfico de Lisboa, incluído na "Colecção de Prosadores".

O Mundo dos Outros é constituído por uma série de crónicas de Lisboa (nenhuma delas anterior a 1945, pelo que a sua redacção se deve ter processado durante o mesmo período em que o Poeta vai compondo os poemas de Poesia III), onde o quotidiano é transfigurado, e o encantamento e desencantamento, real-sonho, verdadeiro-falso, se alternam - uma reflexão automatizada a que o autor recorre para tornar mais perceptível e radical o desmascarar da realidade, segundo a sua cosmivisão. É, por isso, uma das obras máximas produzidas pelo neo-realismo português.

O autor reflecte também sobre o seu "fora" e o seu "dentro", o "'equilíbrio entre as duas vidas que nem sempre conseguem coexistir harmonicamente separadas", colaborando na confusão que a sua face múltipla provoca em quem lhe queira penetrar o íntimo" (TORRES, Alexandre, Vida e obra de José Gomes Ferreira, Amadora, Livraria Bertrand, 1975, p.237). Frases como "Ninguém me vê do mesmo modo" , ou "Cada qual agarra em mim a realidade que mais lhe convém", são afirmadas com mal disfarçada alegria, e o poeta ajuda à confusão assumindo muitos papéis diferentes (o que é preferível ao esconder-se por detrás de diferentes personagens, como fazia F.Pessoa ou Robert Browning - afirma Carlos Oliveira). O autor também é, por um lado, o "vagabundo social" de dia, mas o solitário de noite, que "espera com paciência que a cidade de esvazie para, em largas digressões de vagabundagem por essas ruas solitárias abrandar um pouco as rédeas do autodomínio. E poder enfim adorar a lua redonda à sua vontade; e ruminar versos num ruminar quase obsessivo (...)falar só (...) sem vergonha da lua".

Outro aspecto importante desta obra é o facto do autor se assumir como esse espectador que "anseia por todos os espectáculos, que transforma tudo em espectáculo, e que lamenta o fim do espectáculo". A história de O Mundo dos Outros começa a 8 de Maio de 1945, o dia em que termina a 2ª Guerra Mundial, e José Gomes Ferreira escreve no início do seu livro: "Confessa que o teu egoísmo de espectador inato teme não voltar a encontrar no bolor quotidiano outro espectáculo capaz de suprir o que desapareceu agora para sempre..." José Gomes Ferreira reduz-se a espectador para condenar a sua falta de intervenção, revelando todo o processo que o tornou assim (como no cap."A infância Estragada", onde descreve o seu "ódio total a este caricato planeta de homens com uma civilização de papagaios", onde o homem é, desde a infância, submetido a catequeses de submissão, a pedagogias do servilismo e da modéstia, que a Igreja divulga), e ainda critica o espectador que somos todos nós, de "brandos costumes" : "1793?...Data da viragem da história do mundo. Revolução Francesa (...) E, entretanto, em Lisboa, fundava-se uma Ervanária para vender ingredientes ressumantes de vapor de água ...brandura dos nossos costumes - numa civilização de chazinhos fumegantes,...enxaquecas, teorias, estorvos, molezas, melindres, gritinhos, medo do papão, chatice...". E ainda noutro texto: " Dormia tudo em torno de mim: homens, mulheres, crianças, burros, carroças, elécticos,(...)Teatro D.Maria, tabuletas,(...)e até o céu azul estendido como uma mulher de preguiça (...) Uns a sonhar que estão acordados. Outros, que vivem. Alguns, que falam. Muitos, que amam. Aqueles, que trabalham. Estes, que sofrem. Outros, que gritam. E que protestam. E que berram. E que lutam. Mas não. Tudo mentira. Dormem profundamente com o corpo todo, com a alma toda, nos tremedais dos cafés e nos cemitérios dos mortos-vivos das ruas..." José Gomes Ferreira diagnostica assim este mundo mentiroso, "adormecido pela disciplina institutriz da humilhação ou da docilidade", onde se jaz vivendo em vão.

O autor parece, em muitas das crónicas, querer desistir da sua obsessão romântica de mudar o mundo, mas ela subsiste sob a capa de um Quixote sonhador (que diz o autor que deixou de existir nos Portugueses, mais preocupados consigo mesmos, e passando "sempre adiante", o que, no fundo, mas com vergonha, também acaba por lhe acontecer - confessa ), que "exprime a saudade doutrinária de um futuro qualquer, tão distante, tão lá no fundo, tão sonho, tecido apenas de pequenas coisas doces, num mundo menos pesado de cadáveres..." (Fonte: CITI - Centro de Investigação para Tecnologias interactivas)

Preço:45,00€

Referência:15094
Autor:FERRO, António
Título:D. MANUEL II O DESVENTURADO
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1954. In-8.º de 229(1) pág. Br. Ilustrado com gravuras em extra-texto sobre papel couché.

Observações:

Notas de Correia Marques.
"figura portuguesíssima, insinuante, de D. Manuel II. Se houve um rei luso que se perdeu na bruma, esse foi, sem dúvida, o triste exilado de Fullwell Park, o Desejado de muitos portugueses, outro D. Sebastião teimosamente aguardado numa manhã de nevoeiro. Mas nem os próprios, que tanto ansiavam por ele, conheciam bem, como eu pude conhecer, a esbelteza da sua alma, a sua doce melancolia de português saudoso, distante. Viam nele apenas o Rei, o símbolo ainda vivo do seu ideal, a esperança do regresso, mas não conheciam o homem, o seu encanto pessoal, a distinção e a graça das suas maneiras, não sabiam, por exemplo, que D. Manuel fingia viver em Inglaterra, mas que continuava, de facto, a ser rei na nossa maior possessão: na saudade."

Preço:30,00€

Referência:13830
Autor:FIGUEIREDO, Campos de
Título:O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Descrição:

Editorial Saber, Coimbra, 1953. In-8º de 22-(2) págs. Br. Capa de brochura com desenho de José Contente. Capas de brochura com picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO..

INVULGAR.

Observações:

Peça de teatro de teor religiosos escrita por Campos de Figueiredo, poeta, ensaísta e dramaturgo português, que foi director da revista Conímbriga e da revista Tríptico.

 

Preço:15,00€

Referência:11774
Autor:FIGUEIREDO, Tomaz de
Título:A TOCA DO LOBO
Descrição:

Editorial Verbo, Lisboa, 1963. In-8º de 257-(23)págs. Encadernação editorial em sintético. Com uma ilustração extra-texto de Maria Adozinda Santos. De uma tiragem especial numerada e assinada pelo autor (fora do mercado os numerados de I a X, sendo este o VI). Valorizada pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório Oliveira. Obra integrada nas «Obras Completas» do autor.

Observações:

Romance que J. Bigotte Chorão, no livro "O Essencial sobre Tomaz de Figueiredo",considera “o livro mais seu, o título que o identifica na república literária, e nela teria um lugar ainda que não houvesse publicado mais nada. Trata-se do que chamamos uma «obra-prima»: um livro único e irrepetível"

Preço:50,00€

Referência:11773
Autor:FIGUEIREDO, Tomaz de
Título:VIDA DE CÃO
Descrição:

Editorial Verbo, Lisboa, 1963. In-8º de 223-(10)págs. Encadernação editorial em sintético. Com uma ilustração extra-texto de Artur Bual. De uma tiragem especial numerada e assinada pelo autor (fora do mercado os numerados de I a X, sendo este o VI). Valorizada pela expressiva dedicatória autógrafa.
Primeira edição, integrada nas «Obras Completas» do autor.

Observações:

Primeira edição deste livro que reune 9 novelas do autor sobre quem Baptista Bastos afirmou "Os livros de contos e novelas de Tomaz de Figueiredo são um maravilhoso conjunto de pequenos espelhos que mudam, mas que reflectem a «totalidade» (tomando a expressão com todas as precauções devidas) de um testemunho presencial, que recusa as imagens cosméticas. Baseados em efeitos de transformação e de deformação, esses textos exaltam os últimos vestígios do mito da natureza, indo o autor ao baú da infância e às turbulências adolescentes para remanchar um tempo que impõe as suas próprias limitações mas que produz uma eficácia emocional extraordinária."

Preço:40,00€

Referência:13466
Autor:FILIPE, Daniel
Título:MARINHEIRO EM TERRA
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1949. In-8º de 53-(3)págs. Br. Capas com alguns picos de acidez. Capa de António Vaz Pereira.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

NOME ERRADO

Quando os meus avós disseram
"há-de cha,ar-se Esaú..."
só quatro fadas vieram
ver-me, amedrontado e nu.

Não sei o que me fadaram
_ isso é que a história não diz:
o meu futuro bordaram
(com velhos tons) a matiz.

Verdes. lilazes sombrios
cinza... E eu mp berço nu.

(Sigo a vida por desvios
só não me chamo Esaú).

Preço:40,00€

Referência:13465
Autor:FILIPE, Daniel
Título:MARINHEIRO EM TERRA. Poemas.
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1949. In-8º de 53-(3)págs. Br. Capas com alguns picos de acidez. Capa de António Vaz Pereira. Este exemplar é o nº 2 de 5 exemplares em papel bíblia, da Matrena, fora do mercado, numerados e rubricados pelo autor". Valorizado pela expressiva dedicatória autógrafa ao poeta José Osório de Castro a quem o livro também é dedicado.

PRIMEIRA EDIÇÃO do segundo e raro livro do autor.

Observações:

 

CANTIGA DE RODA

A tarde no jardim deserto e calmo
e este livro de poemas morno e fútil!
(Por exemplo: vejamos este "salmo")
Tudo tão completamente inútil!

Um céu azul, sem núvens - de verão.
Duas crianças jogam animadamente
ao eixo. Um entusiasmo são
qur me torna igual a toda a gente!

Apetece ser simples e sincero,
aqui onde há crianças e pardais...
Que diabo! Uma vez, ao menos, quero
ser como os mais!

 

Preço:75,00€

Referência:14856
Autor:FONSECA, Branquinho da
Título:A POSIÇÃO DE GUERRA drama em um acto
Descrição:

Composto e impresso na Tipografia da “Atlântida”, Coimbra, 1931. In-4.º de 15-(1) págs. Brochado.
Capa da brochura impressa a duas cores, com o aspecto modernista que a revista «Presença» imprimia em todas as suas publicações. Ilustrado com um desenho de José Régio, impresso em página inteira. Ligeiro e insignificante restauro na capa de brochura posterior

RARO.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Primeira incursão na escrita dramática de Branquinho da Fonseca que é não só uma das mais raras e representativas peças do seu Teatro, como  também uma das apreciadas edições «Presença», revista de que o autor foi fundador e director.

 

Preço:120,00€

Referência:14481
Autor:FONSECA, Manuel da
Título:ROSA DOS VENTOS. Desenhos de Manuel Ribeiro
Descrição:

Edição do Autor, Lisboa, 1940. In-8º de 71-(3) págs. Encadernado inteira de percalina verde com dizeres dourados na lombada. Preserva as capas de brochura.

RARA e importante obra

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRIMEIRO LIVRO deste consagrado poeta neo-realista, autor de uma das mais importantes poemas do século XX - DOMINGO, aqui publicado. Fez parte do grupo do grupo do NOVO CANCIONEIRO e através da sua arte teve uma intervenção social e política muito importante, retratando o povo, a sua vida, as suas misérias e as suas riquezas, exaltando-o e, mesmo, mitificando-o.

Segundo Osvaldo Silvestre, "... a obra de Manuel da Fonseca (1911-1993) acaba por realizar o destino interventivo que desejou. De tal modo que não é possível estudá-la hoje à margem da mitologia revolucionária de que se alimentou, por longas décadas, a resistência ao regime, mitologia para a qual, afinal, contribuiu decisivamente. De certo modo poderíamos mesmo dizer que a sua obra coloca, como nenhuma outra, a questão da mitologia neo-realista - assim como a do neo-realismo enquanto mitologia (...) A publicação de "Rosa dos Ventos" em 1940, altura em que o neo-realismo na poesia não conseguira ultrapassar a inconsistência de algumas tentativas exploratórias, veio viabilizar uma alternativa ao presencismo dominante".
"A sua poesia propor-se-á como oralidade dramática, pela qual a enunciação é delegada num vasto friso de personagens que assim conquistam finalmente a sua voz, no que é afinal uma reparação feita a todos aqueles a quem a História interditara a voz, relegando-os para a esfera do não-dito - e daí a oralidade desta poesia, tão devedora no tom e nas formas poéticas de tradições maioritariamente populares, isto é, não cultas. É esta, pois, uma poesia em que o realismo se declina em termos históricos e, sobretudo, materialistas, pela forma como se enraíza na concretude de personagens e situações." ALVARO RIBEIRO DOS SANTOS-1288

Preço:160,00€

Referência:14933
Autor:FONSECA, Thomaz da
Título:OS DESHERDADOS. Com um prefacio de GUERRA JUNQUEIRO
Descrição:

Livraria Chardron, Porto, 1909. In-8º de 92-(1) págs. Brochado com picos de humidade.

Observações:

Edição original de um dos primeiros livros de Tomás da Fonseca, autor cuja obra esteve quase sempre sob a vígia da censura, tendo sido praticamente proibida em Portugal durante as ditaduras sidonista e salazarista.

Preço:35,00€

Referência:14982
Autor:FRANÇA, José-Augusto
Título:BALANÇO DAS ACTIVIDADES SURREALISTAS EM PORTUGAL
Descrição:

Cadernos Surrealistas, Lisboa, 1948.  In-8º de 15-(1) págs. Brochado.
Exemplar com miolo irrepreensível, estando apenas a capa de brochura com insignificante empoeiramento marginal
PRIMEIRA EDIÇÃO (e únca), BASTANTE RARA de aparecimento no mercado.

Observações:

Opúsculo muito raro que se propoê a fazer um balanço dos surrealismo em Portugal.
"Resta-nos agora fazer as contas do activo e de passivo dessa fase de factos isolados, escriturando cuidadosamente aquilo que cada Surrealista trouxe de pessoal."
Com um texto de António Pedro sobre José-Augusto França na badana.

Segundo Perfecto E. Cuadrado (Surrealismo em Portugal 1934-1952 [catálogo], 2001):
"... A publicação destes cadernos dá origem a uma polémica com João Gaspar Simões, que tem raíz nas críticas feitas por este no jornal Sol, a que respondem Alexandre O’Neill e José-Augusto França. A polémica estende-se até Outubro (1949), (...) e constitui a última acção do Grupo Surrealista de Lisboa. (...) Mário Cesariny e Pedro Oom publicam no Sol o comunicado Os surrealistas dizem da sua justiça, em que respondem criticamente a todos os envolvidos na querela mencionada ...".

Preço:120,00€

Referência:13876
Autor:FRANÇA, José-Augusto
Título:DESPEDIDA BREVE
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, s.d. (1958) In-8º de 231-(5) págs. Br. Capa de brochura ilustrada por Sebastião Rodrigues. Inserido na colecção "Os Livros das Três Abelhas".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Primeira edição da curiosa colecção de contos escritos entre o início das actividades literárias de JOSÉ AUGUSTO FRANÇA e meados da década de 50 e que foi incluido por Maria de Fatima Marinho, no seu livro "Surrealismo em Portugal" lado a lado com outras obras publicadas em 1958 de Vergílio Martinho, Ernesto Sampaio, Mário Cesariny, Barahona da Fonseca, Alfredo Margarido, Granjeio Crespo e Natália Correia, ano marcado por uma "série de publicações de autores de algum modo ligados ao surrealismo."

Preço:25,00€

Referência:12483
Autor:FRIAS, Sanches de
Título:ARTHUR NAPOLEÃO: Resenha comemorativa da sua vida pessoal e artística
Descrição:

Subsidiada por amigos e admiradores do artista, Lisboa, 1913. In-8 º de  296 págs. Encadernação meia inglesa com lombada em sintético com dizeres a dourado. Ilustrado em extra-texto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Biografia de Arthur Napoleão, pianista, compositor, editor de partituras musicais, professor e comerciante português.
Considerado uma criança prodígio, tendo dado o seu primeiro recital aos sete anos de idade. Fez recitais por toda a Europa, tendo tocado em dueto com Henri Vieuxtemps e Henryk Wieniawski.
Em 1866 estabeleceu-se no Rio de Janeiro onde se tornou comerciante de instrumentos musicais e partituras e editor de músicas. Como editora, a famosa Casa Artur Napoleão contribuiu significativamente para a divulgação da música brasileira durante décadas.

Neste livro escrito pelo Visconde de Sanches de Frias, e dedicado “a Portugal e Brasil. As duas nações estreitamente parentas uma, que presidiu ao nascimento, e gosou os primeiros triunfos do famigerado pianista, e outra, que o acolheu, e préza como filho dilecto” o autor propõe-se a prestar uma homenagem ao músico em vida. A precisão cronológica e a riqueza de detalhes  fazem supor que a base do trabalho de Sanches de Frias, incluindo o acervo fotográfico tenha sido a autobiografia, nunca publicada do pianista.

"perante numerosa e escolhida concorrência, aos seis anos e meio de idade, a 11 de Novembro de 1849, em casa do abastado portuense Duarte Guimarães (...). O Nacional, gazeta desse tempo, ao noticiar a curiosa festa, dizia: — O pequenino Arthur tocou, a quatro mãos, com variações, num piano duro e de largo teclado. Se não fosse a presença de seu pai, que o acompanhava, dir-se-ia que o piano tocava por si, tal era a pequenez do músico."

 

 

 

Preço:0,00€

Referência:14811
Autor:GEDEÃO, António
Título:POEMA PARA GALILEU no IV Centenário do seu Nascimento.
Descrição:

[Tip. da Atlântida, Coimbra]. In-4º de (4) págs. Brochado. Ilustrado com retrato de Galileu. Rubrica de posse.

BASTANTE INVULGAR.

Observações:
Preço:19,00€

Referência:11530
Autor:GIL, Augusto
Título:ROSAS DESTA MANHÃ Versos, interpretações e paráfrases dalguns epígramas gregos.
Descrição:

Ottosgrafica Lda, Lisboa, s/d. In-4º de 166 págs. Encadernação inteira em sintético com florões e dizeres em casas fechadas na lombada. Ilustrado ao longo do texto e com o último retrato do autor. Livro nº 18 duma tiragem especial de 150 assinada pela viúva do autor.

Observações:

Livro póstumo do poeta, com prefácio de Júlio Dantas e um emotivo "In Memoriam " na ultima metade do livro.

Preço:30,00€

Referência:13394
Autor:GOMES, Soeiro Pereira
Título:REFÚGIO PERDIDO inéditos e esparsos
Descrição:

Edições SEN, Porto, 1950. In-8º de I-106-(4) págs. Br. Ilustrado em extra-texto com uma fotografia do autor. capa de Veloso e Mário Bonito.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Publicado postumamente "Refúgio Perdido" reune um conjunto de contos e crónicas de Soeiro Pereira Gomes. Encerra também uma breve entrevista sob o título "5 Minutos de Conversa Telefónica com o Autor de "Esteiros", publicada pela primeira vez no jornal "O Primeiro de Janeiro", na página de "Artes e Letras" de 10 de Fevereiro de 1943 e "Fogo!", ao tempo páginas inéditas do romance Engrenagem.

 

Preço:25,00€

reservado Sugerir

Referência:14622
Autor:GRAÇA, Fernando Lopes
Título:A CANÇÃO POPULAR PORTUGUESA
Descrição:

Publicações Europa- AMérica, Lisboa, (1953). In-8º de 109-(4) págs. Brochado. Picos de acidez exclusiva das capas. Carimbo ténue de posse no frontspício.
Primeira edição.

Observações:

Nesta edição, a primeira da Canção Popular Portuguesa de Fernando Lopes-Graça, inclui ainda numerosas transcrições de partituras e melodias tradicionais. Lê-se na introdução:
"... Este livrinho não pretende, nem podia pretender, preencher tão deplorável lacuna na nossa cultura artística. Teoricamente não faz mais do que abordar um certo número de problemas que continuarão aguardando quem deles se ocupe com mais proficiência e mais vasto conhecimento de causa. Documentalmente, não podia senão apresentar uma pequena selecção do rico corpus da nossa canção popular, selecção que procurámos fosse tão variada e caracerística quanto possível....".

Preço:19,00€

Referência:14908
Autor:GUIMARÃES, Dórdio
Título:UBÉRIA.
Descrição:

Arcádia Editora, Lisboa, 1978. In-8.º de 54 págs. Brochado. Integra a "Colecção Licorne».
Primeira edição.

Observações:

"a graça traçou a hipérbole da nação
rosto a rosto ruga a ruga o olhar
que deitou à rua o destino e o perdeu
nos calcanhares dos desperdícios do dia

como se se cortassem os dedos um a um
e faltasse a mão que os descreveu em gesto"


A poesia de Dórdio Guimarães "carregada de símbolos e de metáforas, é servida por uma linguagem torrencial onde o lírico e o onírico, estreitamente harmonizados, criam, por vezes, uma atmosfera próxima do delírio ou do paroxismo" (in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses)

Dórdio Leal Guimarães (Porto, 10 de Março de 1938 - 2 de Julho de 1997), foi um poeta, cineasta, ficcionista e jornalista português. Filho de Manuel Guimarães, casou-se com Natália Correia em 1990.
 

 

Preço:13,00€

Referência:14907
Autor:GUIMARÃES, Dórdio
Título:A IDADE DOS LILASES
Descrição:

Tip. Anuário, s/l, 1969. In-8.º de 40 páginas inumeradas. Brochado. Capa e orientação gráfica de Rui Mesquita.

Primeira edição.

Observações:

A poesia de Dórdio Guimarães "carregada de símbolos e de metáforas, é servida por uma linguagem torrencial onde o lírico e o onírico, estreitamente harmonizados, criam, por vezes, uma atmosfera próxima do delírio ou do paroxismo" (in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses)

Dórdio Leal Guimarães (Porto, 10 de Março de 1938 - 2 de Julho de 1997), foi um poeta, cineasta, ficcionista e jornalista português. Filho de Manuel Guimarães, casou-se com Natália Correia em 1990.

Preço:17,00€

Referência:14668
Autor:HORTA, Maria Teresa
Título:AMBAS AS MÃOS SOBRE O CORPO - narrativas
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1970. In-8.º de 124(5) págs. Brochado. Capas com ligeiros defeitos. Miolo em exceelnet estado não obstante o amareleciemnto do papel próprio da sua qualidade sob acção do tempo. Conserva um retrato da autora.

Observações:

"(...) primeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta. Trata-se de um conjunto de curtas narrativas que, fundindo-se, se organizam numa mais ampla narrativa, ou num romance, no qual decorre o retrato moral e estática de "alguém" cuja existência larvar nunca sobre ao nível do concreto ou nunca se individualiza no seio da existência arquetípica.(...) Obra espectral e cruel, porventura uma das mais inquietantes da moderna literatura portuguesa."

Preço:30,00€

Referência:13872
Autor:IVO, Lêdo
Título:ACONTECIMENTO DO SONETO - ODE À NOITE
Descrição:

Orfeu, Rio de Janeiro, 1950. In-8º de 45-(5) págs. Br. Capas de brochura envelhecidas. Ilustração da capa de Artur Jorge. Assinatura de posse de José Osório de Oliveira.

PRIMEIRA EDIÇÃO conjunta.

INVULGAR.

Observações:

Este livro é a 2ª edição de Acontecimento do Soneto, a primeira edição  foi feita por João Cabral de Melo Neto, em 1948, numa tiragem de 110 exemplares. A esta edição foi acrescentado  o poema Ode à Noite. Prefácio de  Campos de Figueiredo.

SONETO DAS CATORZE JANELAS

O que se esquiva em mim mais se levanta
no sul da arte poética, no drama
onde o meu ser transfigurado clama
que eu escreva a canção que não me encanta

mas, por falar de mim, sempre me espanta
pela perícia com que me proclama.
E eu destruo o supérfluo, usando a chama
que sobre o meu trabalho o sol decanta

Não se faz um soneto; ele acontece
e irrompe da alquimia do que somos
subindo as altas torres do não ser

Nas rimas que ninguém nos oferece,
pungentes, nós seguimos, e fitamos
catorze casas para nos conter.

Preço:27,00€

Referência:14923
Autor:JACKSON, Catharina Carlota
Título:A FORMOSA LUSITANIA
Descrição:

Livraria Portuense Editora, Porto, 1877. In-8º de 448-(2) págs. Encadernação editorial vermelha com as pastas ricamente lavradas a ferros dourados e pigmento negro, njma muito sumptuosa decoração, com dizeres a ouro na lombada e nas pastas. Profusamente ilustrado em extra-texto com gravuras de monumentos e paisagens de Portugal. Extensa dedicatória não autógrafa, mas do afamado livreiro Camiliano Manuel dos Santos.

 

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra sobre Portugal da autoria de Lady Jackson que passou o ano de 1873 em Portugal e ao regerssar a Inglaterra publicou este livro com o título "Fair Lusitania". A tradução do inglês e o prefácio desta edição portuguesa são de Camilo Castelo Branco que, na Advertência e nas notas que acompanham a sua tradução, reconhece tratando-se de "um livro digno e honrado" mas não não deixa de criticar, corrigir e comentar as  "inexactidões" e "excentricidades" contidos na obra.

Excerto do livro sobre Coimbra

"Este agora não é o tempo proprio para vizitar Coimbra. Principaram as ferias, e poucos estudantes ficaram; de modo que as ruas estão ermas. Cursam, termo médio, 1:000 a 1:200 estudantes, e os lentes, que são muitos, tambem se auzentaram. Vivem os academicos na cidade em cazas particulares dezignadas para os receberem, e com a sua prezença dão vida áquelle provecto, lugubre e horrendo arruamento. Governam a universidade um reitor, um chanceller, decanos e outros. As leis, ou estatutos por que se regulam, creio que divergem agora muito dos que se observavam antes da extinção dos institutos monasticos. (1)
As informações obtidas, esta manhã, a respeito da estrada que dezejamos seguir para o Bussaco, decidiram-nos a saír de Coimbra entre as trez e quatro horas da tarde. (2)"

 

Comentários de Camilo Castelo Branco


(1) Não ha rezidencias privativamente dezignadas para alojamento de academicos. Quanto aos estatutos, os reformados no reino de D. José emanciparam a academia da influencia monacal. Desde 1773 que ali se professam as sciencias com pouco deslize das mais adiantadas universidades da Europa. Pelo que respeita a estatutos, o estudante, fora das obrigações escolares, é um cidadão indistinto dos outros. Do passado conserva apenas a capa e a loba, que despe fora dos Geraes para envergar um paletó surrado, uma calça á faia esgarçada, e um chapeu á bombeiro com inclinações afadistadas. Se não todos, alguns d´elles sáem d´ali muito ignorantes, muito devassos, e excelentes ministros da coroa.

(2) Esta senhora houve-se generosamente com a princesa do Mondego. Não é esse o costume dos hospedes ingleses. Richard Twiss, que esteve em Coimbra em 1773, homem de lettras, escreveu um enorme livro ácerca de Portugal e Hespanha, dedicando a Coimbra as cinco seguintes linhas: «Coimbra é uma universidade situada n´um monte, perto do rio Mondego, sobre o qual corre uma ponte muito comprida e baixa, com muitos arcos grandes e pequenos. Rezidem aqui cinco familias inglezas, uma das quaes pertence a um medico. Esta cidade é celebrada pelos seus curiosos copos e caixas de corno polido.» This city is celebrated for its curious cups and boxes of turned horn.
E nada mais diz o admirador do polido corno.

Preço:145,00€

Referência:14493
Autor:JORGE, João Miguel Fernandes
Título:TRONOS E DOMINAÇÕES
Descrição:

Assirio e Alvim, Lisboa, 1985. In-8º de 113-(6)págs. Brochado.

Observações:

Prémio Nicola de Poesia no ano de 1985.
João Miguel Fernandes Jorge, distingue-se pela fluidez do ritmo do verso e das imagens, pelas frequentes referências e alusões pessoais e culturais.
A sua obra, de grande fluidez de ritmo e som, constrói-se a partir de referências narrativas pessoais e evocações históricas.

Preço:20,00€

Referência:14492
Autor:JORGE, João Miguel Fernandes
Título:O ROUBADOR DE ÁGUA
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1981. In-8.º de 131(3) págs. Brochado.

Observações:

Primeira edição "A sua obra, de grande fluidez de ritmo e efeitos de sonoridade, constrói-se, de forma supreendente, a partir de referências narrativas pessoais e evocações históricas, marcadas pela presença de vocábulos de época. As imagens contidas nos seus poemas libertam-se muitas vezes do sentido metafórico, através de uma deslocação do significante por lugares e tempos, acentuando outras o carácter efémero dos seres e das coisas."

Preço:18,00€

Referência:14136
Autor:JORGE, Lídia
Título:O CAIS DAS MERENDAS
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1982. In-8º de 251 págs. Br. Integrado na Colecção Século XX.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo romance de Lídia Jorge, que se desenvolve-se em torno dos temas da identidade e da aculturação no pós 25 de Abril. Trata-se de uma narrativa poética, teatralizada, em que as personagens rurais, confrontadas com o mundo exterior, dão testemunho da sua intimidade, dos seus medos e desejos mais profundos.

Preço:25,00€

Referência:15066
Autor:JORGE, Luiza Neto
Título:A LUME
Descrição:

Assírio & Alvim, Lisboa, 1989. In-8º de 94-(1) págs. Brochado com ligeiros defeitos, insignificantes de manuseamento. Muito bom exemplar.

Observações:

Primeira edição publicada postumamente fixado e anotado pelo escritor Manuel João Gomes, companheiro da autora. Apresenta facsimile do texto dactilografado e mansucrito, bastante rasurado, no final do volume.

Preço:20,00€

Referência:14346
Autor:JÚDICE, Nuno
Título:PLÂNCTON - Romance
Descrição:

Contexto Editora, Lisboa, 1981. In-8.º de 148 págs. Brochado. Belíssimo estado de conservação.

Observações:

Primeira edição do segundo romance do autor. "Uma das primeiras obras de ficção de Nuno Júdice, este romance explora a dificílima técnica estilística de «mise en abyme».
Júdice é, aliás, o único ficcionista português vivo que utiliza abundantemente esta técnica, trabalhada pelos restantes apenas em uma ou outra narrativa.
Esta obra foi escrita de acordo com o estilo fragmentário e desconstrucionista da década de 70, quando explora a comunidade de
dimensões vivenciais das três personagens femininas (Rita, Rosa e Laura) ou quando o narrador explora uma ideia nascida da «sobreposição de duas imagens«. Assim sendo, neste romance, Nuno Júdice explicita a já referida «mise en abyme», técnica de narração que explora «em profundidade» («abyme») uma particular representação da realidade (um elemento da narrativa) na qual se sobrepõe, em imagens vertiginosamente cruzadas, a totalidade (ou quase) da história narrada. Neste caso, por via da sobreposição de «duas imagens», Nuno Júdice explora «abissalmente», girando em círculos «concêntricos» e «excêntricos», os elementos da intriga ao ponto de provocar no leitor a sensação de uma irrealidade intemporal ou meta-histórica, ausente de cronologia e geografia específicas
."

Preço:15,00€

Referência:14703
Autor:LEÃO, Francisco da Cunha
Título:NAUFRÁGIO DE GOA
Descrição:

Guimarães Editores, Lisboa, 1962. In-8.º de 38-(3) págs. Brochado. Integrado na Colecção "Poesia e Verdade".

Ostenta uma dedicatória autógrafa ao escritor José Osório de Oliveira.

 

Observações:

A origem desta obra tem a ver com  independência de Goa que representa, histórica e simbolicamente, o doloroso princípio do fim do império colonial português.


"Filha dos galeões a pique. O mar abriu-se
E retomou-a em seu abraço verde.
Que imperioso fado manda reviver
A Trágico-Marítima?
A vingança do Oceano retomou-a.
Domingo dezassete de Dezembro
Dá-se o naufrágio de Goa

 

Preço:15,00€

Referência:15109
Autor:LEIRIA,Mário-Henrique
Título:CASOS DE DIREITO GALÁTICO. O Mundo Inquietante de Josela (fragmentos). Ilustrações de Cruzeiro Seixas.
Descrição:

Editorial REPÚBLICA, Lisboa, 1975. In-8º de 83 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Cruzeiro Seixas, assim como todas as restantes ilustrações da obra.

PRIMEIRA EDIÇÃO (e única). INVULGAR

Observações:

O livro Casos de direito Galático são um muito sui generis exemplar de ficção científica portuguesa, escritos e publicados numa época em que praticamente se desconhecia a existência de tal coisa.

Preço:45,00€

Referência:14810
Autor:LEITÃO, Luis Veiga
Título:NOITE DE PEDRA. Poemas de ...
Descrição:

Edição do autor, Porto, 1955. In-8º de 58-(2) págs. Brochado.
Livro de notável arranjo gráfico da autoria de Amândio Silva, com ilustração de Augusto Gomes. Um livro muito belo impresso sobre papel de elevada qualidade e gramagem, numa tiragem muito reduzida (250 exemplares).

PRIMEIRA EDIÇÃO da segunda produção literária do autor.

Observações:

Poeta de renome e artista plástico, LUIS VEIGA LEITÃO foi um militante antifascista, preso e perseguido pela Ditadura do Estado Novo. É obrigado a exilar-se no Brasil, onde acaba por morrer numa visita àquele país depois da Revolução. Era um homem corajoso, desprendido e sereno, um narrador de impressões e de histórias. O seu mais importante livro de poemas, Noite de Pedra, teve grande impacto no panorama da Poesia Portuguesa e na Resistência

Preço:40,00€

Referência:14249
Autor:LEMOS, Merícia de
Título:HORAS SEM TEMPO
Descrição:

Editora Lux, Lisboa, 1962. In-8º de 51-(1) págs. Br. Ilustrado com um retrato da autora por Alain Brustlein.

Observações:

Último livro que a autora escreveu antes de uma pausa de 30 anos.
Merícia de Lemos nasceu em 1913 na Beira, Moçambique, e morreu em 1996. Colaborou em diversas revistas e jornais, onde foram publicadas várias poesias suas.
A sua poesia caracteriza-se por um tom directo muito lúdico e subtil, em que uma feminilidade franca sabe encontrar uma intensidade ora graciosa ora melancólica, ora comovente.

Preço:25,00€

Referência:13605
Autor:LIMA, Augusto J. Gonçalves
Título:MURMURIOS
Descrição:

Typographia da Revista Popular, Lisboa, 1851. In-8º de XXIV-262-(2) págs. Encadernação meia inglesa em pano com dizeres a ouro em rótulo de pele. Sem capas de brochura e ligeiramente aparado. Pequenoa carimbo de posse.


PRIMEIRA EDIÇÃO
INVULGAR

 

Observações:

Livro de poemas de Augusto Gonçalves Lima, um dos nove poetas que integraram a revista "Trovador" editada por Feliciano de Castilho que acreditava ter descoberto uma nova linhagem de poetas coimbrães, "os poetas do Trovador". Em jeito de prólogo o livro encerra cartas trocadas entre o autor e o critico literário dessa geração, António Pedro Lopes de Mendonça.

Preço:25,00€

Referência:14759
Autor:LISBOA, Irene
Título:APONTAMENTOS
Descrição:

Lisboa, (Edição da autora, Gráfica Lisbonense), 1943. In-8º de 282-(6) págs. Brochado. Pequeníssimo, quase imperceptível, trabalho de traça à cabeça do livro. Capas com ocasionais picos de humidade, e em especial, junto do pé da lombada. Miolo em muito bom estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Conjunto de textos, crónicas e contos, escritos entre 1942 e 1943, onde revela através de uma loinga sequência, as suas opções estéticas e ideológicas, com a  representação de cenas do quotidiano (pequenos retratos neo-realistas de personagens do Portugal profundo de então). A estes olhares sobre a realidade do quotidiano justapõem-se a auto-análise e as reflexões sobre a linguagem, sobre o que é pensar e escrever, reveladoras de uma consciência meta-literária, do desassossego que caracteriza a escrita de Irene Lisboa. APONTAMENTOS constitui um testemunhoreflexivodo projecto literaário de Irene Lisboa nada preocupada com sua consagração junto da crítica literária. Com a publicação desta obra, Irene Lisboa abandona definitivamente o pseudónimo João Falco ao mesmo tempo que revela o seu isoalmento em relação aos leitores e a sua marginilização referente ao panaorama literário dos anos 30-40.

 

Preço:23,00€

Referência:14487
Autor:LOPES, Manuel
Título:O GALO CANTOU NA BAÍA ... (e outros contos cabo-verdeanos)
Descrição:

Orion Distribuidora, Lisboa, 1959. In-8º de 220-(2) págs. Brochado.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Inserido na colecção "Hoje e Amanhã". Manuel Lopes é um dos nomes mais destacados da literatura cabo-verdiana. A presente colectânea reúne alguns dos melhores contos do autor. Com os seus personagens de vigorosa personalidade, vivendo enredos de forte carga simbólica, relatados numa linguagem simultaneamente densa e subtil, estes contos de Manuel Lopes proporcionam ao leitor uma forte emoção. O primeiro deles, «Galo Cantou na Baía», publicado pela primeira vez em 1936, marca, na opinião de Russel Hamilton, o nascimento da moderna prosa narrativa de Cabo Verde.

Preço:40,00€

Referência:14341
Autor:MACEDO, Helder
Título:DAS FRONTEIRAS
Descrição:

Edição do autor, Livraria Nacional, Covilhã, 1962. In-8.º de 41-(3) págs. Br. Desenhos e extratexto de Manuel Baptista

Observações:

Inserido na Colecção "Pedras Brancas".

Segundo Fernando Guimarães (in SEMA # 3, p. 97) ,"... Das Fronteiras, em 1962, é o re-conhecimento da vanidade de qual-quer busca, a irrupção de uma ironia através da qual o sujeito lança a sua corrosiva suspeita sobre a "mansidão" das "angústias pressurosas" vertidas em "literatura". O discurso não se contenta, agora, com a "perfeição" medida, estu-dada, com a concisão epigramática - assume-se em ruptura e liberdade, flui, longamente, sem a nostalgia de um centro, de uma ordem. Ao mesmo tempo, o sujeito lírico, para lá da sua procura, dá-se conta do contexto em que ela se situa. E desenha-se um país. Uma "pátria calcinada", também ela minada por desamparado desespero, entregue ao demónio da autodestruição. Igual pessimismo imanentista, que não aceitaria a intromissão de uma transcendência que significasse a superação das contradições da precaridade e desamparo humanos, se encontra presente na leitura pro-fana que é feita, em "Os Trabalhos de Maria e o Lamento de José", da História Sagrada. ..."

Preço:30,00€

Referência:13537
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:GAMA poema narrativo
Descrição:

Na Impressão Regia, Lisboa, 1811. In-8.º de XV-266 págs. Encadernação coeva inteira em pele e dizeres a ouro em rótulo de pele vermelha na lombada.

PRIMEIRA E ÚNICA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Primeira versão do poema Oriente de de Agostinho de Macedo onde ele tentou  corrigir aquilo que considerava errado em «Os Lusíadas», de Camões, e de fazer justiça aos heróis que Camões não tinha exaltado.

Inocêncio: “Foi editor o livreiro Desiderio Marques Leitão. - O poema é dedicado a Ricardo Raymundo Nogueira, então membro da regencia do reino: consta de dez cantos, com 787 oitavas, e é precedido de uma de pindarica em louvor de Camões, a qual se não encontra noutra parte. D’este Gama refundido, e accrescentado com dous novos cantos, é que se formou o Oriente.”

Preço:60,00€

Referência:13517
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:A MEDITAÇÃO junto com NEWTON
Descrição:

Typ de Francisco Pereira d'Azevedo, Porto, 1854. Dois tomos de 270 e 169 págs encadernados juntos num só volume. Encadernação coeva em pele castanha meia inglesa com dizeres a ouro na lombada. Pequena vinheta de número de ordem de biblioetac particular na lombada.

Observações:

Dois poemas de inspiração filosófica de José Agostinho de Macedo.

A Meditação, poema em quatro cantos que segundo Innocêncio no seu livro "Vida e Obra de José Agostinho de Macedo" transcrevendo um juízo de Costa e Silva afirma: "De  todas as obras de José Agostinho a mais importante é a Meditação. Este poema lhe levou longos annos de trabalho e de desvelo, refundindo-o e corrigindo-o muitas vezes, e mudando-lhe o titulo, antes de o dar á luz."

 

Newton, Esta edição encerra o "Discurso Preliminar. A Fisica, ou alguma de suas
partes, he, ou póde ser digna materia da poezia sublime?"

 

Preço:95,00€

Referência:13516
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:A NATUREZA
Descrição:

Typographia de Francisco Pereira De Azevedo, Porto, 1854. In-8º de 363 págs. Encadernação coeva meia inglesa em pele castanha com dizeres a ouro na lombada. Pequena vinheta de núemro de ordem de biblioteca particular na lombada.

Observações:

"Tomei para objecto d'este poema a descripção das maravilhas da Natureza.(...) o compasso frigidissimo das estereis, e infecundas regras, com que nos opprimem alguns pedantes, não tem aqui lugar."

Preço:65,00€

Referência:13570
Autor:MACHADO, Fr. José
Título:NOVO MESTRE PERIODIQUEIRO, ou dialogo de hum sebastianista, hum doutor, e hum ermitão , sobre o modo de ganhar dinheiro no tempo presente.
Descrição:

Na Imprensa de Galhardo, Lisboa, 1821. In-8º de 38 págs. Encadernação moderna em papel marmoreado. Ostenta um pequeno autocolante de biblioteca particular.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

Observações:

Opúsculo polémico que atacava as ideias de liberdade da época. Nele o autor defendia os estabelecimentos antigos, as ordens religiosas e mesmo a Inquisição. Foi o primeiro de uma série de opúsculos.

Preço:45,00€

Referência:14410
Autor:MARTINS, Albano
Título:A MARGEM DO AZUL
Descrição:

Tipografia A. desportida Lda, (1982).In-8.º oblongo de 49(4) págs. Br. Ilustrado.

Observações:

Albano Dias Martins (n. Fundão, 6 de Agosto de 1930), é um poeta português. Nasceu em 1930 na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal. Albano, formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Presentemente, é professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto. O poeta foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.

Preço:15,00€

Referência:14689
Autor:MEIRELES, Cecília
Título:ANTOLOGIA POÉTICA com poemas inéditos
Descrição:

Editora da Autora, Rio de Janeiro, 1963. In-8º de 256 págs. Brochado. Exemplar em exceelnte estado de conservação.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Além de ser uma edição de autora, apresenta ainda poemas inéditos.

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

 

Preço:40,00€

Referência:15060
Autor:MELLO, Pedro Homem de
Título:BODAS VERMELHAS
Descrição:

Editorial Domingos Barreira, Porto, 1947. In-8º de 241-(1) págs. Brochado. Pequena rúbrica de posse no ante-rosto.

Observações:

Prefácio muito interessante de Júlio Dantas onde ele afirma que Pedro Homem de Mello é um "(...) poeta de alta estirpe, justamente considerado um dos mais representativos cultores do moderno lirismo português(...)".

BODAS VERMELHAS

As almas pedem luz. Apodrecida
A noite dorme, quieta, em seu armário.
Cantai sem medo! A cruz foi no Calvário
Que Deus a ergueu, como a anunciar a vida!


Cantai, rapazes! E essa juventude
Que não foi a minha, seja, ao menos, a vossa!
Que dentre todos, um, ao menos, possa
Quebrar tanto silêncio que ainda ilude!


As asas só são asas quando há vento.
Cantai! Cantai na força dos vinte anos!
Cantai! Cantai! Ingénuos, mas humanos,
Com lábios rubros de prometimento!


Não morrer hoje, que importância tem?
A paz, às vezes, lembra-nos veneno...
E tudo é falso no país sereno
Que não se bate nunca por ninguém.

Preço:30,00€

Referência:14320
Autor:MELO E CASTRO, E. M. de
Título:FINITOS MAIS FINITOS -FICÇÃO/FICÇÕES
Descrição:

Hugin Editores Lda., Lisboa, 1996. In. 4.º de 127 págs. Br. Capa de brochura ilustrada.

Observações:

Deste livro diz o autor: "...representa um corte transversal na minha actividade criativa diária mostrando que para mim não há diferença entre a escrita de poemas, de ensaios, de contos e a produção de poemas visuais no computador. O processo da escrita é em/muitos, tal como as vivências de que esse processo é uma emanação virtual. Por isso este livro é talvez aquele que neste momento melhor me traduz e representa."

Preço:28,00€

Referência:14317
Autor:MELO E CASTRO, E. M. de
Título:QUEDA LIVRE
Descrição:

Livraria Nacional, Covilhã, 1961. In-8.º de 64-(2) págs. Brochado. Impecavelmente bem conservado apenas apontando-se como “defeito” um quase imperceptível amarelecimento marginal, provocado pela oxidação do papel desta zona das margens do livro quando em contacto com o ar, ao longo dos seus 60 anos de existência.

Obra invulgar e inserida na apreciada colecção "Pedras Brancas". Capa e desenho impresso em folha desdobrável à parte, da autoria de Manuel Batista.

Observações:

 

sento-me nestas cadeiras que limitam
quatro paredes brancas
onde me quebro as noites

terra de geometria

alicerce de pó
que nos mantém a vida

casa forma passiva de ser móvel

horizonte de braços

telhado

que deixa o sol entrar
e a chuva fugir

 

Preço:40,00€

Referência:13930
Autor:MENDES, Manuel
Título:CONSIDERAÇÕES SÔBRE AS ARTES PLÁSTICAS
Descrição:

Seara Nova, Lisboa, 1944. In-8.º de 163-(1) págs. Br. Ilustrado em extra-texto. Valorizado pela dedicatória autógrafa no ante-rosto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

 

Observações:

Livro que encerra vários textos dispersos de Manuel Mendes sobre crítica de arte.

 

Do índice: Breves palavras sôbre o valor das artes plásticas e a razão dos seus estilos; Sôbre o desenho e alguns desenhadores; Desenhos de alguns artistas portugueses; Crónicas; Os arquitectos no 1º Salão dos Independentes; O pintor Dórdio Gomes; À margem do Salão dos Modernistas; A-propósito da exposição de Carlos Botelho; A exposição de Maria Keil; Crónica de Natal; A exposição de Simões de Almeida Veloso Salgado; Columbano; Um artista; Sôbre a natureza das artes; A crítica de arte.

 

“As páginas dêste volume, escritas em épocas diferentes, no decorrer dos úlltimos quinze anos, juntei-os agora num molho, a que não fiz mais do que dar um arranjo leve, como quem ageita e compõe sem pretensões de maior. Foram escritos para um público que não se interessa pelos estudos especializados dêstes problemas, nem pela inviabilidade de certas explicações fantasistas ou literárias. (...) Êste livro não constitui mais do que um éco apagado do interêsse que estas questões merecem, mesmo no nosso país, terreno tão pouco propício se tem mostrado para as artes plásticas ”

 

Preço:25,00€

Referência:9622
Autor:MOITA, António Luís
Título:TEORIA DO GIRASSOL Poesias
Descrição:

Oficinas Gráficas de Ramos, Afonso & Moita, Lda, Lisboa, 1956. In-8º de 137-(1) págs. Br. Capa de brochura ilustrada a cores. Ilustrado com desenho de António Ramos.
Tiragem especial de 150 exemplares em papel offset creme "de fabrico nacional extra" numerados e assinados pelo autor (sendo este o nº 15). Valorizado por expressiva dedicatória autógrafa.

Observações:

Belissímo livro de poesia de um dos fundadores da revista "Árvore". Considerado por Álvaro Salema como "uma das vozes mais expressivas do lirismo português contemporâneo."

Preço:60,00€

Referência:14885
Autor:MONIZ, Egas
Título:O PADRE FARIA NA HISTÓRIA DO HIPNOTISMO
Descrição:

Faculdadede Medicina de Lisboa, Lisboa, 1925. In-4.° de 194-(3) págs. Brochado apresentadno na capa picos de humidade. Miolo muito limpo, fresco e bem conservado.

PRIMEIRA EDIÇÃO da conferência plenária realizada na Faculdade de Medicina, no Primeiro Centenário da Régia Escola de Cirurgia de Lisboa, em 19 de Dezembro de 1925, depois ampliada e dividida em capítulos, aqui editados.

Observações:

No prâmbulo:
"... Aí por 1813 apareceu em Paris um magnetizador, que em breve se cobriu de prestígio, prègando uma nova doutrina sôbre os factos que Mesmer divulgara. Mas a interpretação dos estranhos fenómenos que tanto emocionaram o público passou despercebida. Todos os que frequentavam as conferências da rua de Clichy, 49, onde o padre Fatia preleccionava sôbre as causas do sono lúcido, iam ver o magnetizador operar (...) O sucesso foi notável. De novo voltou à tela a questão do sonambulismo e os jornais franceses, a partir de Agosto de 1813, encheram colunas sôbre o misterioso fenómeno com apreciações mais ou menos severas, por vezes jocosas e até insultantes para o padre Faria, que ousara afrontar a opinião parisiense, ainda recordada das exibições e da falência de Mesmer. Pretendemos fazer a história dêsse período da evolução do hipnotismo e, consequentemente, divulgar o nome do padre Faria, cuja vida romanesca e agitada é quási ignorada e cujo nome apenas soou aos ouvidos do grande público como sendo o do atraente prisioneiro do 'Conde de Monte Cristo', em que Alexandre Dumas lhe atribui naturalidade italiana".

Preço:27,00€

Referência:14719
Autor:MONTE, José Ferreira
Título:PARA QUE TUDO RENASÇA poemas
Descrição:

Edição do autor, Coimbra, 1948. In-8º de 79-(5) págs. Brocgado. Integrado na colecção do "Galo", dada a lume em Coimbra e cuja tiragem foi sempre muito restrita. Capa de brochura com alguns picos de acidez e ligeiras manchas marginais.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Invulgar livro de poemas neorealistas.

Observações:
Preço:23,00€

Referência:14971
Autor:MONTEIRO, Adolfo Casais
Título:EUROPA.
Descrição:

Editorial Confluência, Lisboa, 1946. In-8.º gr. de 38-(2) págs. Brochado. Capa de brochura ilustrado com desenho de António Dacosta. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. Lombada com pequena falha de papel junto ao pé e à cabeça. Miolo impecável, bem estruturado pelo seu exceelnte estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Segundo Vanessa Sousa, este poeta Adolfo Casais Monteiro, " ... sendo um homem interessado pela política e pela defesa da dignidade humana, escreveu os seus versos numa angústia que se intensificou durante a Segunda Guerra Mundial, quando todo e qualquer princípio ético foi posto em causa. Aliás, foi a sua “intervenção cívica de exemplar dignidade” que lhe valeu o exílio. Mas ainda antes de partir para o Brasil, Casais Monteiro escreveu em tom de protesto uma obra com o título do continente que o viu nascer: Europa (1946). Livro composto por um longo poema sobre o velho continente, foi escrito entre 1944 e 1945 e publicado logo após a segunda Grande Guerra. (...) Numa clara crítica ao nazismo, Casais Monteiro pergunta: “Europa sem misérias arrastando seus andrajos, / virás um dia? Virá o dia / em que renasças purificada?” Casais Monteiro descreve uma Europa idealizada por si próprio, uma Europa “sem misérias”, “sem andrajos”, uma Europa purificada e livre da “mão avara”. Este desejo de regeneração estende-se ao longo dos seus versos, que vão descrevendo o estado decadente desse continente. A Europa precisava de se purificar para que não findasse. O poeta pede redenção para o mal que a Europa causou, mas também deseja que o seu bem, já existente antes da guerra, seja repartido. Assim, esta aparente esperança acompanha o percurso do leitor pelos versos referentes à temática da morte e da destruição causadas pela guerra. Tal disforia ocupa grande parte da obra z, apesar de os seus primeiros versos serem de esperança, purificação e renascimento. ...".

Preço:45,00€

Referência:14267
Autor:MONTEIRO, Adolfo Casais
Título:A POESIA DA "PRESENÇA"
Descrição:

Ministério da Educação e Cultura - serviço de documentação, Rio de Janeiro, 1959. In-8º de 363 págs. Br. Rubrica de posse no frontispício.
Primeira edição.

Observações:

Esta obra começa por fazer uma antologia das poesias de António Nobre, dos poetas da Geração do Orpheu, posteriormente apresenta poesias e poetas contemporâneos brasileiros e portugueses.

Preço:25,00€

Referência:14486
Autor:MOURÃO-FERREIRA, David
Título:TAL E QUAL O QUE ERA
Descrição:

Editorial Organizações, Lisboa, 1963. In-8º de 64 págs.Br. Colecção "Antológica Best-Sellers".

Observações:

Primeira edição autónoma, "corrigida, e em certos passos abreviada" desta novela extraída do livro Gaivotas em Terra.

Álvaro Salema, na nota de badana:
"monólogo coloquial de um narrador, que vai em busca das suas recordações de comparsa para redescobrir e tentar explicar a grande figura dramática da mulher que preenche a narrativa."

"Era justamente o que eu ia dizer! Tudo se prende, em última instância (pelo menos na aparência), a esse outro problema. Mas aí é que está: jamais descobriremos se a Maria Antónia se suicidou ou não se suicidou. Já sabes o que penso a tal respeito: agora é que ela não tinha razões nanhumas para se suicidar; no entanto, a Maria Antónia era pessoa para se suicidar, precisamente quando não tivesse razões nenhumas para isso. Suponhamos, porém, que foi um acidente: a verdade é que um acidente pode muito bem ser uma das armas do destino; e, em contrapartida, não será a natureza - uma natureza cansada, depauperada, gasta antes do tempo - a responsável por um acidente daquele género? Suponhamos, agora, que não foi um acidente: e nunca saberemos até que ponto é que a livre vontade da Maria Antónia, por muito livre que parecesse, não estaria comandada pelo destino ou subornada pela natureza.

Ora até que enfim te vejo sorrir. É isso, meu caro: falo sempre como advogado. De qualquer modo, bem vês: esta última incógnita (a da morte), mesmo quando ficasse devidamente esclarecida, nunca bastaria para explicar a outra: a vida, a vida da Maria Antónia."

Preço:15,00€

Referência:14762
Autor:MURALHA, Sidónio
Título:26 SONETOS
Descrição:

Livros Horizonte, Lisboa, 1979. In-8º de 30-(2) págs. Brochado. Rúbrica de posse no frontspício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livrinho de poemas onde se apresenta dois campos essenciais: " ... a denúncia e a fome/incerteza de fome. No primeiro deles encontramos textos em regra mais acre, mordazes ou combativos enquanto nos revela, no segundo, um outro discurso: o das emoções do dia novo, o da alegria, da serena confiança nos homens, do canto vitorioso sobre as amarras. E aqui recobra o autor de Poemas de Abril a sua voz de esperança laminar ..." (José Manuel Mendes na contracapa deste livro).

Preço:13,00€

Referência:14873
Autor:NAMORA, Fernando
Título:O TRIGO E O JOIO
Descrição:

Guimarães Editores, Lisboa, 1954. In-8º de 295-(4) págs. Brochado. Ligeira acidez generalizada, própria da qualidade do papel.

Capa de brochura da autoria de Cambraia e as ilustrações são de Charrua.

Observações:

O Trigo e o Joio é um romance universal que tem como pano de fundo o Alentejo, onde é descrita a vida e os anseios de uma família de lavradores composta pelo pai, a mãe, e a filha de ambos, sendo um retrato interessante sobre aquela região nos anos 50, assim como do ambiente laboral de então, e as
relações sociais e de convívio entre as pessoas que trabalham a terra. É como tal, sobretudo, um romance das gentes do Alentejo, das suas vilas, dos seus campos e das suas vidas, duras e difíceis. O romance da terra portuguesa de um escritor que rompeu as barreiras da língua e ultrapassou todas as fronteiras. Disto nos transmite o próprio autor:
"... Gostaria de vos contar coisas dessa gente. Coisas da vila, do Alentejo cálido e bárbaro e dos heróis que lhe dão nervos ou moleza, risos ou tragédia. (...) E gostaria de vos falar ainda dos trigos e dos poentes incendiados, dos maiorais e dos lavradores, do espanto dos dias, do apelo confuso da terra, da solidão ..."

Preço:20,00€

Referência:14310
Autor:NAMORA, Fernando
Título:A NOITE E A MADRUGADA. Romace
Descrição:

Editorial “Inquérito” Limitada. Lisboa. (1950). In-8º de 252-(1) págs. Brochado. Pequena falha de papel no pé da lombada. Miolo em muito bom estado de conservação. Capa da brochura ilustrada com um belo desenho a cores de Manuel Ribeiro de Pavia.

PRIMEIRA EDIÇÃO. INVULGAR.

Observações:

A Noite e a Madrugada , escrito em 1948 mas só publicado em 1950, foi o romance de maior sucesso de Fernando Namora. Nele, o autor conta-nos a vivência das gentes raianas, da fronteira beirã de Portugal e Espanha, lado a lado com o mundo ilegal do contrabando. O realismo das descrições levam-nos a simpatizar com os personagens, que embora foras da lei, são retratados como sobreviventes de uma realidade dura.

Preço:35,00€

Referência:12852
Autor:NASCIMENTO, Cabral do
Título:CONFIDÊNCIA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa,  s/d. In-8º de 107 págs. Br. Vinheta de Maria Franco. Capa de brochura com algumas picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Livro de poemas deste poeta fortemente marcado pelo Saudosismo.

Natal


Se alguém por mim passou,
O seu caminho foi.
Nenhuma dor me dói;
Neste canto me isolo;
Dá-me tanto consolo
Saber que apenas sou!

Reduz-se tudo a isto:
Suavíssimo perfume
De heliotrópio morto.
Traz-me tanto conforto
Saber que só existo
Aqui, junto do lume!

E o vento que, lá fora,
Deita as folhas em terra,
Não me abala sequer.
Ah, quanto bem encerra
A minha ideia, agora,
De estar num canto, e ser?

 

Preço:19,00€

Referência:15123
Autor:NEGREIROS, José de Almada
Título:MITO - ALEGORIA - SÍMBOLO
Descrição:

Livraria Sá da Costa, Lisboa, s.d. (1948). 4º de 32-(2) páginas. Brochado. Mancha de humidade na capa  de brochura, miolo bastante limpo. Edição primeira, desta invulgar obra, ilustrada com um auto-retrato do autor, impressa em separado.

Único volume publicado.

Observações:

Monólogo autodidacta na oficina de pintura. (Fasc. I). Introdução aos inéditos: Ver - Visuais e auditivos. Os sentidos, a vista, a visão, ver. Ver e Homero e Dórico canone da ingenuidade. Leitura do dórico. Canone da ingenuidade. Com o primeiro capítulo de Ver e o Numero.

Preço:100,00€

Referência:14958
Autor:NEGREIROS, José de Almada
Título:NOME DE GUERRA. Romance
Descrição:

Edições Europa. Lisboa. S.d. (1938) In-8º de 254-(1) págs. Brochado. Todos os exemplaes apresentam um sinete a óleo de Almada Negreiros. Capas de brochura com ligeira acidez generalizada, própria da qualidade do papel. Capa anterior e ante-rosto com assinatura de posse coeva. Miolo em óptimo estado.

PRIMEIRA EDIÇÃO muito procurada. Já de raro aparecimento no mercado.

 

Observações:

Apreciadíssimo romance de Almada Negreiros sendo também um importante contributo para o modernismo literário português. Trata-se do primeiro volume da Colecção de Autores Modernos Portugueses dirigida por João Gaspar Simões, quem nos afirma no prefácio da obra ser escrito em 1925, mas  só publicado em 1938. Trata-se de um  romance de iniciação de um jovem provinciano proveniente de uma família abastada.

Sinopse:
Quando o tio de Luís Antunes o envia para Lisboa, ao cuidado do seu amigo D. Jorge (descrito como “bruto como as casas e ordinário como um homem”), com o propósito de o educar nas “provas masculinas”, não imaginava o desenlace de tal aventura. Apesar de, na primeira noite, D. Jorge ter ficado convencido da inutilidade dos seus préstimos, Antunes concluiu que o “corpo nu de mulher foi o mais belo espectáculo que os seus olhos viram em dias de sua vida”, decidindo-se a perseguir Judite. Esta “via perfeitamente que o Antunes não estava destinado para ela”, mas “não lhe faltava dinheiro e dinheiro é o principal para esperar, para disfarçar, para mentir a miséria e a desgraça”. Assim se inicia a história de Luís Antunes e Judite, que terminará com a prodigiosa e desconcertante frase, “não te metas na vida alheia se não queres lá ficar”.

Preço:150,00€

Referência:14783
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:ONDAS MÉDIAS por ...
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, 1945. In-8º de 360 págs. Brochado. Em excelente estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Apreciada colectânea de crónicas que " ... tiveram grande divulgação mediática em programas de rádio ..." e consagradas a grandes figuras da literatura portuguesa de todos os tempos.

Capítulos sobre Dom Duarte, Damião de Góis, Anchieta, Frei Tomé de Jesus, Gaspar Frutuoso, Heitor Pinto, Cavaleiro de Oliveira, Correia Garção, Tolentino Gonzaga, Bocage, Garrett Herculano, Camilo, Eça de Queiróz, Juio de CAstilho, Anselmo Braamcamp Freire, Fausto Guedes Teixeira, António Nobre, etc ...

Preço:35,00€

Referência:14747
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:VIDA E OBRA DO INFANTE D. HENRIQUE.
Descrição:

Comissão Executiva das Comemorações do Quinto Centenário da Morte do Infante D. Henrique, Lisboa, 1959. In–8º de 184 págs. Br. Capa de brochura ilustrada. Exemplar integrante da Colecção Henriquina.

Observações:

Biografia do "pai" dos descobrimentos portugueses.

"...a cobiça de "acabar grandes e altos feitos", o domínio de si, o bom acolhimento de grande senhor na austera continência. Raro bebia vinho; passou toda a vida por casto e usaria cilício. Finalmente, as exclamações do apologista, tão sinceras de tom, diante de uma vida inteira dada a devassas de mar: "Oh quantas vezes o achou o sol assentado naquele lugar onde o deixara o dia dantes", etc., "cercado de gentes de diversas nações".
Este passo de Zurara atrai necessariamente o delicado problema de Sagres como residência e escola."

Preço:13,00€

Referência:14746
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:SAPATEIA AÇORIANA Andamento Holandês e outros poemas
Descrição:

Editora Arcádia, Lisboa, 1976. In-8º de 92-(3) págs. Brochado.

Observações:

 Último livro de poemas de Vitorino Nemésio que reune poemas publicados em edições restritas com distribuição restrita, de que se destaca Andamento Holandês .

"Este volume de poemas devia ser acompanhado de quatro motivos, a cor, inspirados a Nikias Skapinakis pelo andamento Holandês... Por razões de crise económica, que o editor, o pintor e o poeta lamentam, esse projecto de edição fica adiado..."


 A  CAMINHO DO CORVO

A minha vida está velha
Mas eu sou novo até aos dentes.
Bendito seja o deus do encontro,
O mar que nos criou
Na sede da verdade,
A moça que o Canal tocou com seus fantasmas
E se deu de repente a mim como uma mãe,
Pois fica-se sabendo
Que da espuma do mar sai gente e amor também.
Bendita a Milha, o espaço ardente,
E a mão cerrada
Contra a vida esmagada.
Abençoemos o impossível
E que o silêncio bem ouvido
Seja por mim no amor de alguém.

Preço:19,00€

Referência:14639
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:POESIA 1935-1940
Descrição:

Livraria Morais Editora, Lisboa, 1961. In-8º de 150-(2) págs. Brochado. Em muito bom estado de conservação

Observações:

Inserido na prestigiada Colecção "Circulo de Poesia".
(...) Este homem, pensei então, não quer saber da rigidez de teorias ou receitas literárias e engendra e inflecte os seus próprios recursos técnicos como lhe apetece em cada momento. A sua liberdade poética oscila muitas vezes entre a utilização e a transgressão dos cânones, mas sempre ou quase sempre, com uma cuidada modulação fónica e rítmica nas suas próprias asperezas. (...) " Vasco Graça Moura

Preço:35,00€

Referência:14637
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:O VERBO E A MORTE
Descrição:

Livraria Moraes Editora, Lisboa, 1959. In-8º de 90-(6) págs. Brochado. Exemplar impecávelmente bem conservado.

Observações:

Este é um dos mais significativos livros de poesia de Nemésio integrado na apreciada colecção Círculo de Poesia.

 

 

 

VERBO E ABISMO       

Já da vaga vocálica dependo
Como a alga que a onda leva à areia:
Mas eu mesmo, que a digo, mal entendo
A voz que clama a minha vida e a enleia.

Se intervenho no som gratuito, ofendo
Seu sentido secreto e íntima cheia:
Transtornado por ela, emendo, emendo,
E é ela que me absorve e senhoreia.


Verbo ao abismo idêntico, toado
Sobre os traços de fogo que precedemA presença de Deus no monte irado,

Ao teu sopro de amor as vozes cedemO que a morte decifra e restitui
Ao espírito liberto do que fui.

Preço:50,00€

Referência:14269
Autor:NEMÉSIO, Vitorino
Título:CAATINGA E TERRA CAÍDA - Viagens do Nordeste e no Amazonas
Descrição:

Livraria Bertrand, Lisboa, sem data (1968-?). In-8º de 357-(1) págs. Br.
PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Da nota de badana: " A identificação do autor com paisagens e gentes brasileiras vai desde o saber histórico e sociológico à intimidade dos costumes e à apropriação da linguagem. (...)
Estes cadernos de viagem ao Nordeste e ao Amazonas completam, com um fio romanesco e um impressionismo flagrante de fauna, flora e gentes, largamente informado de cidades, engenhos, fazendas de gado, postos e cocais do “aranhol”, o largo itinerário (...)"

Preço:30,00€

Referência:15020
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:PEQUENOS BURGUESES. Romance.
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1948. In-8º de 228-(3) págs. Brochado, com ligeiros picos de humidade. Miolo impecável apresentando os cadernos por abrir. Exemplar com estrutura sólida e muito bem conservado. Carimbo de oferta da Casa Editora no ante-rosto.

Observações:

Pequenos Burgueses, com a 1.ª edição em 1948, terá a sua 3.ª edição refundida 1970. O número de capítulos e o seu texto é reduzido e essa redução implica o quase desaparecimento de certos desenvolvimentos narrativos, mas por outro lado, há curtos mas significativos acrescentos e interpolações que introduzem notas novas no romance.
Em Pequenos Burgueses apercebemo-nos de uma complexa teia de relações amorosas e familiares, em torno da qual outros acontecimentos, sempre descritos com humor e sarcasmo, curiosos e hilariantes, se desenrolam. Somos absorvidos pelas manias, traumas e psicoses destas personagens, bem como pelo seu modo de vida em que muitas vezes estão implícitas a duplicidade e a clandestinidade.

Preço:50,00€

Referência:15018
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:PASTORAL
Descrição:

Livraria Sá da Costa, Lisboa, 1977. in-8º de 22 págs. Brochado. Exemplar imaculado.

Edição original com uma tiragem limitada a 150 exemplares.

Dos títulos mais difíceis de toda a bibliografia de Carlos de Oliveira. PEÇA DE COLECÇÃO, não mencionado nos catálogos das principais colecções bibliófilas de literatura portuguesa.

No posfácio da autoria de Rosa Maria Martelo, na reedição recente de Pastoral (Averno, Outurbo 2022), que anexamos à venda deste item, lemos o seguinte:
"... Quando organizou os dois volumes de Trabalho Poético (1976) Carlos Oliveira fechou o conjunto da sua poesia com um breve livro Mundo Pastoral. Nesse mesmo ano, a revista Nova - Magazine de Poesia e Desenho divulgou, no número de Outono, sete desses dez poemas, mas só em 1977 o escritor viria a publicar Pastoral autonomamente numa discreta plaquete com a chancela da Sá da Costa, da qual cento e cinquenta exemplares fora do mercado. Tais circunstâncias de publicação levaram a que este breve livro de singularíssima temática pastoril fosse lido essencialmente no contexto de Trabalho Poético e visto, acima de tudo, como o epílogo da poética de Carlos de Oliveira. No entanto Pastoral representa, em termos absolutos, um ponto muito alto na escrita do poeta e ganha em ser lido de forma autónoma ...".

 

Observações:
Preço:150,00€

Referência:14741
Autor:OLIVEIRA, Carlos de
Título:APRENDIZ DE FEITICEIRO
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1971. In-8º de 289-(4) págs. Brochado. Ilustrado à parte com fotografias belíssimas e artísticas de António Cabrita.

Observações:
Preço:30,00€

Referência:14322
Autor:PAPANÇA, Macedo (conde de Monsaraz)
Título:OBRAS DO CONDE DE MONSARAZ. (Vol I e II). Catharina d'Athayde - Grande Marquez - Lenda do Jesuitismo. Do ultimo romantico. Páginas soltas. Severo Torell.
Descrição:

Livraria Ferreira Editora, Lisboa, 1908. In 8º, 2 vols de com 208-IV & 261-XXIII-VII págs. respectivamente. Brochado. Segundo volume inteiramente por abrir e capas com ligeiros picos de acidez. Bons exemplares com miolo muito limpo.

Observações:

Da Enciclopédia online, destacamos o seguinte, por nos parecer de qualidade:


" ... Era considerado pelos seus contemporâneos um "homem encantador", gozando de "largo e aristocrático prestígio no meio mundano e político", que mantinha em Lisboa a sua "corte alentejana de artistas, um salão literário, uma vida larga, uma linda cabeça de aedo", levando uma vida simultaneamente de "palaciano e lavrador". Ao contrário da tradição poética nacional, "foi precisamente quando instalado num título e numa alta situação social que melhor revelou a emoção duma ardente vida interior. Macedo Papança, ao chegar a Lisboa, vindo de Reguengos, era um vate sorridente e aristocrático. Foi o Conde de Monsaraz que regressou ao drama da terra, à écloga da sua província, à alma das charnecas e dos montados, à viola do velho Brás e à graça matinal das azinhagas em flor. Foi na época dourada da sua existência que ele sentiu melhor a humilde gestação do povo, o divino crepúsculo dos horizontes de sobreiros e de giestas em que nascera. Foi então que nele surgiu o admirável poeta regional que ia criar o lirismo alentejano e lhe ia dar o lugar que lhe compete, de um dos clássicos da nossa poesia moderna, ao lado de Cesário Verde e de Gonçalves Crespo " . De entre as várias obras poéticas, destacam-se Crepusculares (Coimbra, 1876); Catharina de Athayde (1880); e Telas históricas (1882).

Monárquico convicto, com a implantação da República optou pelo exílio, partindo voluntariamente para Suíça e daí para a França, fixando-se em Paris. Doente, regressou a Lisboa no início de 1913, falecendo a 17 de Julho daquele ano, na véspera do seu 61.º aniversário. Foi sepultado na Figueira da Foz, terra natal da esposa.

Preço:45,00€

Referência:15084
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:O POBRE TOLO
Descrição:

Edição de A Renascença Portuguesa, Porto, 1924. In-8º de 207-(1) págs. Brochado. Capas de brochura, ilustrada por Carlos Carneiro, apresenta-se com acidez generalizada.

PRIMEIRA EDIÇÃO bastante invulgar.

Observações:

Livro em prosa, escrito em 1923 (e reescrito sete anos depois sob a designação de Elegia Satírica), é dos mais estimados da sua bibliografia.

No meio da ponte de S. Gonçalo, em Amarante, tendo, de um lado, a rua do Cuvelo e, do outro, o Largo, entre as duas margens do Tâmega, esse "rio de verdes sombras liquefeitas", encontra-se um pobre tolo que, "parado e pasmado", contempla o rio. "Não vou nem fico, não me decido", afirma, não conseguindo resolver-se quanto ao rumo a tomar. Parece estar condenado a permanecer no mesmo local, convivendo com os fantasmas que passam, discutindo a existência consigo mesmo.

Preço:50,00€

Referência:15032
Autor:PASCOAES, Teixeira de
Título:JESUS E PAN
Descrição:

Livraria Editora José Figueirinhas Junior, Porto, 1903. In-8º de 67-(1)págs. Brochado. Belíssima capa de brochura e de original concepção gráfica ao gosto arte nova, com alguns elementos florais. Lombada a precisar de restauro. Com os cadernos por abrir. Lombada fragilizada e com restauros à cabeça e pé.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Um dos primeiros livros do autor e onde aborda o Cristianismo e o Paganismo.

Ó tristeza do mundo em tardes outomnaes!
Longinqua dôr beijando-nos o rôsto…
Crepusculo esfumado em intimo desgôsto,
Bôca da noite acêsa em frios ais…
Aparição soturna, vaga imagem
Do mêdo e do misterio…
Que solidão escura na paisagem!
Tem phantasmas e cruzes,
Tem ciprestes ao vento e moribundas luzes,
Como se fosse um grande cemiterio.

Preço:80,00€

Referência:14939
Autor:PESSOA, Joaquim
Título:AMOR COMBATE
Descrição:

Moraes Editores, Lisboa, 1977. In-8º de 80-(1) págs. Brochado. Excelente estado de conservação.
 

Observações:

Inserido na prestigiada colecção Círculo de Poesia.

Em epígrafe, a Maria Velho da Costa, escreve o seguinte: "... Temos que entender-nos porque sim. Estar fora ou dentro desta grande acometida da heróica arraia miúda que sobrevive e vinga todas as traições e a quem devemos cada minú cia do nosso mais-saber, melhor dito sentir. Oue temos a perder, escritores desta lingua que se derrama em novidade pelo mundo? ..."

Preço:18,00€

Referência:13367
Autor:PIMENTEL, Alberto
Título:O CAPOTE DO SNR. BRAZ
Descrição:

Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Porto, 1877. In-8.º de XVI-225-(1) págs. Br. Cadernos por abrir.

Observações:

Compilação de crónicas, artigos e folhetins anteriormente publicados no "Diário de Notícias" por este autor contemporâneo de Camilo Castelo Branco.

"O titulo d'este livro é exactamente como esse  mysterioso capote, porque, por detraz d'elle, estão  os mais variados assumptos, as mais oppostas narrativas, que todavia podem constituir um volume como essas mil pequenas coisas, differentes umas  das outras, de que o próprio Braz era portador iam certamente constituir um jantarinho de velho celibatário."

 

Preço:30,00€

Referência:14551
Autor:PIRES, José Cardoso
Título:O BURRO-EM-PÉ
Descrição:

Moraes Editores, Lisboa, 1979. In-8.º de 175-(1) págs. Brochado. Ilustrações de Júlio Pomar impressas sobre página inteira e capa de Sebastião Rodrigues sobre pormenor de "As Amigas " de Júlio Pomar. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Preço:37,00€

Referência:15053
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:CARTAS DE INGLATERRA
Descrição:

Livraria Chardron, Porto,1905. In-8º de (6)-242-(1) págs. Encadernação editorial em skivertex grenat lavrada a ferros dourados na pasta anterior e lombada. Com uma litografia representando o Monumento erigido a Eça de Queiroz segundo a escultura Teixeira de Lopes. Pequena mancha na pasta anterior.

A obra conhece capas de brochura. No entanto, por experiência própria e consulta bibliográfica especializada, quando este título se faz encadernar pela encadernação editorial, as capas nunca são encadernadas juntas. Também são invulgares os exemplares que se fazem acompanhar por esta ilustração, sendo mais comuns os com um retrato do autor.

 PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma).

Observações:

Como o são todos os livros de Eça, quase século e meio depois, muito actuais nos temas sociais vigentes. Particularmente interessante neste título, é o capítulo com que abre o livro, o texto Afeganistão e Irlanda. Organizado em 1905, cinco anos depois da morte do escritor, Eça faz comparação entre duas campanhas realizadas pelos ingleses na região (em 1847 e 1880), fazendo frente aos russos. O Afeganistão surge como um adversário poderoso, misterioso, e os ingleses são tratados com ironia. Eça aponta as artimanhas dos ocidentais para legitimar-se no poder e satiriza o extravagante aparato bélico.

Preço:65,00€

Referência:14200
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:AS ROSAS
Descrição:

Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995. In-8º de 40 págs. Brochado.

Observações:

Este texto foi originalmente publicado em 1893 no períodico Gazeta de Notícias. Primeira edição independente.

Abrir o livro ...

"... Estamos no mês de Maio - e convém falar de rosas. Quando na poesia, como no reino bem organizado, havia classes e uma prahgmática, era a corporação venerável e ligeira dos Poetas da Primavera que celebrava, pontualmente, nesta fresca mocidade do ano, com o coração contente e lira fácil, a chegada das rosas. O poeta, nesses tempos arcádicos, coria constantemente por outeiros e prados, como o antigo Silvano, atento só às belezas simples e compreensíveis da Terra. Hoje, nesta anarquia que baralha as classes, o poeta invadiu a alma humana, desalojou dela os filósofos, seus caseiros hereditários desde Platão, e é ele quem tece a teia da psicologia e sopra a braseira da metafísica, donde se elevam tão densos, tão enrolados fumos ..."

Preço:10,00€

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Referência:12621
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:CARTAS DE EÇA DE QUEIROZ
Descrição:

Editorial Aviz, Lisboa, 1945. In-8.º de XV-I-374-(2) págs. Encadernação meia francesa com dizeres a ouro em rótulos de pele. Conserva capas de brochura. Algumas páginas com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO (póstuma).

Observações:

Obra que reune  mais de uma centena de cartas de Eça de Queiroz, dirigidas a Alberto de
Oliveira, António Ennes, Augusto Fabregas,  Augusto Souto, Carlos Mayer, C. Bordalo Pinheiro, Conde de
Arnoso, Conde de Ficalho, Conde de Sabugosa, Duquesa de Palmela, Eduardo Prado, Emídio Navarro,
Eugénio  de  Castro,  João  Penha,  Luis  de  Magalhães,  Manuel  Gaio,  Benedita  de  Castro,  Mariano  Pina,
Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Rodrigues de Freitas, Silva Pinto, Teófilo Braga e Visconde de Pindela.

de uma carta dirigida a Ramalho Ortigão, de Newcastle, 7 de Novembro 1876

"... Que me diz você à nossa Crítica que não teve uma palavra para o Padre Amaro? Que vergonha! - Não tem Você uma Farpa, uma das melhores para lhes rachar os cachaços? - Peço-lhe isso, amigo, escache-os: mesmo para evitar que eu o faça - e que no meu próximo livro escreva um prólogo - com dinamite, fel, salitre e baba de tigre esfomeado..."

Preço:30,00€

Referência:14506
Autor:REDOL, Alves
Título:O MURO BRANCO
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1966. In. 8.º de 334 págs. Brochado. PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Capa de brochura ilustrada. Primeira edição da produção literária do autor considerada como um marco de toda a sua obra, com um estilo rico pela sua própria simplicidade, profundamente evocativa, poética e sempre dramática. António Alves Redol (1911-1969), homem de origem social humilde, foi romancista, contista e dramaturogo influenciado pelo romance brasileiro nordestino. Estreiou-se literáriamente em 1940 com Gaibeus, marcando oficialmente o aparecimento do neorealismo, movimento de que foi um dos iniciadores e em cuja defesa se lançara em 1936 numa acesa polémica contra a revista Presença.

Preço:20,00€

Referência:14505
Autor:REDOL, Alves
Título:A BARCA DOS SETE LEMES - Romance
Descrição:

Publicações Europa-América, Lisboa, 1958. In. 8.º de 515 págs. Brochado. PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Capa de brochura ilustrada por Sebastião. Dedicatória não autógrafa no ante-rosto.

Preço:25,00€

Referência:14503
Autor:REDOL, Alves
Título:UMA FENDA NA MURALHA
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, (1959). In. 8.º de 307(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Octávio Clérigo. Primeira edição.

Observações:
Preço:30,00€

Referência:14993
Autor:RÉGIO, José
Título:O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO
Descrição:

Editorial Inquérito, Losboa, 1942. In-8º de 349-(1) págs. Brochado. Rubrica de posse no ante-rosto. Inserido na colecção Os melhores romances dos melhores romancistas.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:
Preço:35,00€

Referência:14962
Autor:RÉGIO, José
Título:MAS DEUS É GRANDE
Descrição:

Editorial "Inquérito" Lda, Lisboa, 1945. In-8.º de 110-(7) págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:
Preço:60,00€

Referência:14961
Autor:RÉGIO, José
Título:HISTÓRIAS DE MULHERES
Descrição:

Livraria Portugália, Porto, s/d. In-8º de 342-(6) págs. Brochado. Ilustração da capa por Júlio Resende. Capas de brochura posterior ausente. Assinatura de posse na capa e frontspício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

 

Observações:

Histórias de Mulheres é uma colectânea de contos da autoria de José Régio, que conforme o próprio título sugere, aborda um universo dominado pela personagem feminina: as mulheres portuguesas dos anos 30/40 do século XX, época em que elas estavam relegadas acima de tudo ao papel de mães destinadas à educação dos filhos, exímias donas de casa e esposas recatadas.
O livro encerra os seguintes contos : "Sorriso Triste","Menina Olímpia e a sua Criada Belarmina", "História de Rosa Brava", "Maria do Ahú", "O Vestido Cor de Fogo" e "Pequena Comédia".

Preço:15,00€

Referência:14960
Autor:RÉGIO, José
Título:HÁ MAIS MUNDOS. Contos
Descrição:

Lisboa, Portugália Editora, 1962. In-8º de 264-(6) págs. Brochado. Miolo limpo, com alguma acidez marginal, própria da qualidade do papel.

PRIMEIRA EDIÇÃO

Observações:

Insere os contos intiutlados:
Os Três Vingadores ou Nova História de Roberto do Diabo
O Fundo Do Espelho
Conto do Natal
Os Paradoxos do Bem
Os Três Reinos
Os Alicerces da Realidade
As Historietas dum Coleccionador de Antiguidades

«Tanto mais duvidamos quanto mais sabemos, ou julgamos saber. E sobre nós mesmos, homens, se torna ainda maior a nossa perplexidade! [...] Decerto há mais mundos que os já descobertos, conhecidos, sonhados! Porém o nosso espírito recua, o nosso entendimento vacila e teme, em se aventurando um passo no labirinto das esferas, nas sombras dos nossos próprios subterrâneos...» (in "Os Três Vingadores ou Nova História de Roberto do Diabo", JR)

Preço:30,00€

Referência:14959
Autor:RÉGIO, José
Título:AS ENCRUZILHADAS DE DEUS
Descrição:

Edições Presença - Atlântida, Coimbra, 1935. In-4º de 177, [5] págs. Encadernação coeva meia francesa em pele vermelha com dizeres e floreados dourados na lombada. Conserva capas de brochura e corte superior das folhas carminado. BELÍSSIMA EDIÇÃO ilustrada por Júlio. Miolo impecável, coifas de encadernação fragilizadas pelos ciclos e abertura e fecho.

1ª EDIÇÃO das primeiras obras do autor

Observações:

José Régio pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde, a 17 de Setembro de 1901. Licenciado em Letras pela Universidade de Coimbra. Viveu grande parte da sua vida na cidade de Portalegre (de 1928 a 1967), onde foi professor durante mais de 30 anos, no seu Liceu.

Foi possivelmente o único escritor em língua portuguesa a dominar com igual mestria todos os géneros literários: poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, jornalista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e historiador da literatura. Foi um dos fundadores da revista Presença, da qual foi editor, director e o seu principal animador, desenhador, pintor. à parte de tudo isso, foi aina grande coleccionador de arte sacra e popular.

Preço:300,00€

Referência:13794
Autor:RÉGIO, José
Título:MÚSICA LIGEIRA. Volume póstumo
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1970. In-8º de 105-(7) págs. Br. Capa de João da Câmara Leme.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Volume póstumo de poesia de José Régio organizado por Alberto de Serpa e que foi Prémio Nacional de Poesia 1970 da Secretaria de Estado da Informação e Turismo. O livrro encerra também o texto de Serpa intitulado  “Sobre o último caderno de versos de José Régio”.

 

Viver à beira da morte
No gosto de mais um dia,
Nem eu diria
Que tão pouco me conforte.


Mas para quem
Não tem senão esse pouco,
Seria louco
Perder o pouco que tem.


Gozar o que, sem futuro,
Perdura uns breves instantes,
Não era dantes,
Mas hoje, é o bem que procuro.


Mais uma vez brilha o Sol!
E é de prever que à tardinha
Desponte a Lua, vizinha
Do resplendor do arrebol.


Talvez que a noite comprida
Traga outra manhã, depois.
Um dia e outro, são dois.
Não são dois dias a vida?


Nem eu diria
Que tão pouco me conforte:
Viver à beira da morte
No gosto de mais um dia.

 

 

Preço:15,00€

Referência:13389
Autor:RÉGIO, José
Título:EL-REI SEBASTIÃO Poema Espectacular Em Três Actos
Descrição:

Editora Atlântida, Coimbra, 1949. In-8º de 189-(2) págs. Br. Cadernos por abrir. Terceiro volume da colecção "Teatro de José Régio".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Importante peça de teatro de José Régio sobre D. Sebastião.

SIMÃO – Salve, rei! A doença da tua carne não é senão preservação da tua pureza. A tua incapacidade de rei não é senão apelo do teu verdadeiro Reinado. A tua loucura não é senão entreveres o que não entendes. O teu suicídio não é senão a condição da tua vida
EL-REI - O meu suicídio?!
SIMÃO – O teu glorioso suicídio; o teu suicídio colectivo.

Preço:25,00€

Referência:12449
Autor:RÉGIO, José
Título:A VELHA CASA - AS RAIZES DO FUTURO
Descrição:

Editora Educação Nacional, Porto, 1947. In-8º de 302-(2) págs. Br.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Primeira edição do segundo romance de A Velha Casa, conjunto de romances composto pelos títulos: I - Uma Gota de Sangue; II - As Raízes do Futuro; III - Os Avisos do Destino; IV - As Monstruosidades Vulgares e o V - Vidas são Vidas, (que inclui os rascunhos do VI volume).
Estes romances de José Régio (1901-1969) são considerados a obra em que "o psicologismo e misticismo de Régio parecem evoluir no sentido de um moralismo idealista, e [em que] a confidência romanceada de fundo autobiográfico apresenta um certo ar de apologia contra a crítica neo-realista, ou de doutrinação muito explícita"  

in História da Literatura Portuguesa de António José Saraiva e Óscar Lopes,

Preço:35,00€

Referência:12693
Autor:RIBEIRO, Mário de Sampayo
Título:O RETRATO DE DAMIÃO DE GOES POR ALBERTO DÜRER Processo e história de uma atoarda
Descrição:

Instituto Alemão da Universidade de Coimbra, Coimbra,1943. In-8º de 240 págs. Br.Ilustrado em extra-texto com vários fac-similes de retratos de Damião de Góis entre os quais o desenho da Galeria Albertina, de Viena,  e ainda duas fotografias da caveira de Góis. capa de brochura com alguns picos de acidez.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

INVULGAR.

 

Observações:

Primorosa investigação sobre os vários retratos de Damião de Gois feitos por Alberto Dürer e também sobre as circunstâncias da sua morte.

Preço:35,00€

Referência:13467
Autor:ROSA, Augusto
Título:RECORDAÇÕES DA SCENA E DE FORA DA SCENA
Descrição:

Livraria Ferreira, Lisboa,  1915-In-4º de IV-363-(4) págs.Br. Capa de brochura com alguns picos de acidez. Profusamente ilustrado em extra-texto com ilustrações de Teixeira Lopes, Rafael Bordalo Pinheiro, Simões de Almeida e Columbano.

Observações:

Obra escrita por Augusto Rosa, uma das figuras de maior relevo do teatro português, e que trabalhou nos teatros da Trindade, de D. Maria II e de D. Amélia, foi também  professor de declamação do Conservatório. Neste livro aborda as suas memórias enquanto actor. Com uma carta prefácio de Afonso Lopes Vieira.

"Lendo este livro, fico acreditando que é um dos mais originais  e elegantes memoriais que em lingua portuguesa existem. Nestas  paginas está o roteiro de uma vida no que ela tem de mais belo  no esforço, no talento, na ternura, e nelas ficam vivendo para a  admiração dos portugueses o grande homem que foi seu pai e o  grande actor que foi seu irmão.
Que lhe direi senão que o seu papel de memorialista é um dos seus melhores papeis ? E sem duvida o mais interessante. Mas este foi Você que o escreveu, rializando uma obra tam humana e amável e tam viva, e criou-o na posse dos seus recursos todos porque quis ser sinceramente — quem é."

 

Preço:30,00€

Referência:13870
Autor:SANT'IAGO, João
Título:UM DEUS MOMENTÂNEO poemas de...
Descrição:

Edição do autor, Lisboa, 1958. In-8º de 58-(5) págs. Br. Capa com desenho do autor. Capa de brochura ligeiramente amarelecida. Valorizado pela dedicatória autógrafa à poeta Raquel Bastos.

PRIMEIRA EDIÇÃO.
INVULGAR.

 

Observações:

Segundo livro de poesia do autor.

Sina


Como uma rota traçada pelo vento,
a sina em minhas mãos é letra morta.
O meu destino está nas tuas veias
e o fim do meu caminho, à tua porta.

 


 

Preço:20,00€

Referência:15040
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:POEMAS
Descrição:

(Casa Minerva), Coimbra, 1954. In-4º de 230-(1) págs. Brochado. Belíssima capa de brochura ilustrada por Ruy de Oliveira Santos. Muito raros picos de humidade nas primeiras páginas e com miolo impecável. Insignificantes cortes marginais na capa anterior.

Valorizado por ostentar uma excelente, poética e muito sentida dedicatória autógrafa a João Villaret, datada de Junho de 1954.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro que constitui a estreia literária do autor.

Observações:

Bernardo Santareno (1920-1980) é pseudónimo literário de António Martinho do Rosário, escritor e dramaturgo antifascista, vítima da feroz repressão da ditadura sobre a produção intelectual e nunca se amedrontou. Teve, por várias vezes, problemas com o regime, tendo a sua peça A Promessa sido retirada de cena após a estreia, por pressão da Igreja Católica. O título que se apresenta constitui a sua estreia literária dos três únicos livros de poesia publicados, onde se enunciam alguns temas e motivos dominantes da sua obra dramática: a reivindicação feroz do direito à diferença e do respeito pela liberdade e a dignidade do homem face a todas as formas de opressão, a luta contra todo o tipo de discriminação, política, racial, económica, sexual ou outra. Dedica-se depois do seu terceiro e último livro de poesia A Morte da Serpente (1957) e do de ficção Nos Mares do Fim do Mundo (1959) em exclusivo à dramaturgia, sendo considerado então, e por muitos, o mais pujante e maior dramaturgo português do século XX.

Preço:170,00€

Referência:13901
Autor:SANTARENO, Bernardo
Título:OS ANJOS E O SANGUE
Descrição:

Ática, Lisboa, 1961. In-8º de 133-(2)págs. Br. Ostenta uma rubrica de posse.

PRIMEIRA EDIÇÃO
INVULGAR

Observações:

Peça escrita para radiotelevisão por Bernardo Santareno (nunca tendo sido transmitida) e que encerra o primeiro ciclo do teatro de Bernardo Santareno, caracterizado não só pela fusão de temas populares com preocupações existenciais, como pela extrema agressividade dos conflitos examinados. Através de seis  cenas muito breves , representam-se acções que o ser humano várias vezes provoca e que são significado de oportunismo, egoísmo, invasão de privacidade, discriminação e insatisfação pessoal.

Preço:30,00€

Referência:14588
Autor:SARAMAGO, José
Título:MEMORIAL DO CONVENTO
Descrição:

Editorial Caminho (Guide - Artes Gráficas, Lisboa), s.d. (1982). In-8º de 357-(3) págs. Brochado. Exempar muito bem conservado, muito fresco em que se apontam apenas como defeitos os insignificantes e ligeiros vincos na zona de charneira e no canto superior e inferior direito da capa anterior.

Observações:

Na capa posterior:

" ... Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez ...".

Este título tornou José Saramago um autor aclamado internacionalmente na literatura contemporânea.

«Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: " Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido". Tudo, "era uma vez...". Logo a começar por "D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou (...)". Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.» (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998).

Preço:160,00€

Referência:14582
Autor:SENA, Jorge de
Título:ANDANÇAS DO DEMÓNIO. Histórias verídicas e fantásticas e outras ficções realistas, antecedidadas por um elucidativo prefácio.
Descrição:

Estúdios Cor, Lisboa, (1960). In-8º de 228-(10) págs. Brochado. Miolo bem cosnervado e capas com ligeiras manchinhas desvanecidas de humidade. Capa de brochura ilustrada por Luís Filipe.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Edição original de um dos títulos de Jorge de Sena mais destacados de toda a sua obra em prosa.

Preço:35,00€

Referência:14711
Autor:SERPA, Alberto de
Título:LISBOA É LONGE.
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1940. In-8.º de 54(1) págs. Brochado. Exemplar em excelente estado de conservação. Ilustrado com desenhos do pintor Paulo.

Exemplar enriquecido com uma dedicatória autógrafa à escritora Raquel Bastos.

Observações:

Primeira edição.

Alberto de Serpa frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra entre 1923 e 1926. Após regressar ao Porto foi empregado de comércio e de escritório e tornou-se posteriormente um profissional de seguros. Em 1936 esteve preso por motivos políticos. Mais tarde colaborou com a revista Presença e fundou, com Vitorino Nemésio, a Revista de Portugal exercendo em ambas o cargo de secretário. Colaborou ainda com várias revistas e jornais brasileiros. Publicou novelas, ensaios e poesia sendo esta última caracterizada por ter o condão de revelar o lirismo do quotidiano, recebendo até o "cognome" de Primeiro Poeta Português de Poesia Livre. Publicou junto com com José Régio as antologias Poesia de Amor e Na Mão de Deus.

Preço:40,00€

Referência:14897
Autor:SIMÕES, João Gaspar
Título:O MISTÉRIO DA POESIA: Ensaios de interpretação da génese poéticapor...
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1931. In-8º de 290-(2) págs. Brochado. Capa de brochura com alguns picos de acidez, próprio da qualidade do seu papel hidrófilo. Junto ao pé da lombada, pequeno corte da capa.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Livro essencial na extensa bibliografia de João Gaspar Simões, e que aborda autores como Raul Brandão, Cesário Verde, Fernando Pessoa, José Régio, entre outros.

Preço:35,00€

Referência:14813
Autor:SOROMENHO, Castro
Título:TERRA MORTA
Descrição:

Livraria-Editôra da Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro, 1949. In-8º de 228-(1) págs. Brochado. Exemplar impecável, com os cadernos por abrir, não obstante o tradicional amarelecimento do papel impresso, desta época.

PRIMEIRA EDIÇÃO de livro proibido em Portugal pela censura do Estado Novo, muito bem conservado, sendo até nestas condições, RARO - PEÇA DE COLECÇÃO.

Observações:

Terra Morta é um romance de Castro Soromenho (1910-1968), proibido em Portugal pela censura do Estado Novo (Relatório 2805 de 18 de Abril de 1945) e publicado no Rio de Janeiro, em 1949. Neorrealista, a obra retrata a vila de Camaxilo, locus horrendus no Nordeste de Angola, na época colonial. É a descrição da vida patética de uma pequena comunidade de colonos portugueses, comerciantes e funcionários do Estado colonial, que se esforça por manter a todo o custo uma certa honra e dignidade que o estatuto de homem branco, lhes confere. Inúmeras personagens, colonizadores e colonizados, homens e mulheres, interagem no enredo, pela voz do narrador, como se fossem actores históricos, úteis para pensar o Terceiro Império Português. As minas da Diamang e os cânticos dos trabalhadores contratados fazem parte do cenário, sendo, também, a obra um contributo importante para a história do trabalho colonial. O autor deixa uma mensagem não só de opressão, materializada em Camuari, a máscara da morte, como de luta contra esta, contada e cantada em outras histórias de resistência à violência colonial.

Terra Morta (com uma significativa dedicatória a Casais Monteiro, outro escritor e poeta desterrado no Brasil) é um romance que  inaugurou a Coleção Gaivota da Casa do Estudante do Brasil, editora dirigida por Arquimedes de Melo Neto. É considerado o primeiro livro da “trilogia de Camaxilo” (Terra Morta,1949, Viragem, 1957 e A Chaga, 1970) que constitui a segunda fase da obra de Castro Soromenho.

Terra Morta pertence tanto à literatura angolana quando à portuguesa. Do ponto de vista da primeira, é considerado um romance fundamental, que viria a influenciar profundamente os novos autores angolanos, que lutaram pela independência, como se pode constatar a partir das considerações do poeta Costa Andrade (Ndunduma wé Lépi), entre outros: “Soromenho escrevendo em português climatiza, ideologiza e universaliza o choque que gerou a angolanidade. Hoje, o mais idoso dos nossos escritores, Soromenho, revela-se novo e atual, mesmo após a forçada e longa ausência de uma vida de exílio. Em Soromenho, o escritor e o homem confundem-se numa coerência exemplar, de que a angolanidade se orgulha”.

Segundo a ensaista Susana A. de Oliveira, que defendeu uma tese em torno deste livro, Terra Morta é considerado como marco da historiografia literária angolana do inicio do século XX, diferenciando-se da literatura colonial, e especialmente influenciada pelo neorrealismo português e pelo regionalismo brasileiro, inovando seja pela estrutura narrativa, pela complexidade e hibridez dos personagens ou pelo uso do duplo código português- quimbundo. Pretende-se também mostrá-la como um registro pioneiro da sociedade da época, visto que revela de modo ímpar o contexto econômico da decadência do ciclo da borracha (1879-1920) e o perfil da migração e da colonização portuguesa em Angola naquele período, bem como o início da exploração das minas de diamantes.

Preço:125,00€

Referência:13561
Autor:SOYÉ, Luis Rafael
Título:NOITES JOZEPHINAS DE MIRTILO SOBRE A INFAUSTA MORTE DO SERENISSIMO SENHOR D. JOZE PRINCIPE DO BRAZIL edicadas ao consternado povo luzitano por
Descrição:

Na Regia Officina Typografia, Lisboa, 1790. In-8º de 248-(2) págs. Encadernação coeva da época inteira de carneira mosqueada com dizeres a ouro na lombada sobre rótulo de pele vermelha. Obra de grande apuro tipográfico magnificamente ilustrada com 16 gravuras de página inteira em extra texto, o frontispício gravado e decorado com figuras alegóricas e o retrato do autor e 12 vinhetas de meia página no começo de cada canto pelos melhores desenhadores e gravadores portugueses da época: Carneiro da Silva, Jerónimo de Barros, Soyé, Frois, João Tomás da Fonseca, Ventura da Silva, Lucius, Ramalho, entre outros. Cremos estar falho do retrato de D. José.

PRIMEIRA EDIÇÃO

MUITO RARA.

 

Observações:

Poema elegíaco sobre a morte de  D. José, príncipe do Brasil e duque de Bragança.

Inocêncio V, 316. “LUIS RAPHAEL SOYÉ, n. em Madrid a 15 de Abril de 1760, filho de paes estrangeiros, é certo que Soyé veiu para Lisboa trazido ainda na primeira infancia por seus paes, que em breve faleceram, correndo a sua educação, ao que posso julgar, por conta do morgado da Oliveira João de Saldanha Oliveira e Sousa, depois primeiro conde de Rio maior, que parece haver sido o seu protector durante muitos annos. Consta que aprendêra tambem as artes da pintura e gravura a buril, do que nos deixou documento em algumas estampas das suas Noites Josephinas Do seu tracto e amisade com Francisco Manuel existe a prova em uma ode que este lhe dirigiu, na qual se lhe mostra muito affeiçoado. Alguns versos que publicára nos annos de 1808 e seguintes em louvor de Napoleão, e que traduzidos em francez agradaram ao imperador, e foram por elle remunerados generosamente, fizeram que depois da restauração dos Bourbons o poeta ficasse malquisto, e vendo se então em pobreza e impedido de voltar para Portugal, como parece desejava, partiu para o Rio de Janeiro. - Alli conseguiu emfim que por elle se interessassem algumas pessoas influentes, e obteve a nomeação de Secretario da Academia das Bellas artes, logar que pouco tempo. Noites Josephinas de Myrtillo, Tem um frontispicio gravado a buril, os retratos do principe D. José e do auctor, e mais quatorze estampas havendo ainda no principio de cada um dos doze cantos, ou noutes (em quartetos hendecasyllabos rythmados) de que se compõe o poema, uma vinheta allusiva ao assumpto do canto: tudo executado pelos melhores gravadores nacionaes d'aquelle tempo. Posto que este poema elegiaco (o primeiro do seu genero que se imprimiu em Portugal) esteja mui longe de poder julgar se perfeito, não parece todavia tão mau como se esforçaram em fazer crer alguns emulos do auctor. Um d'estes, Manuel Rodrigues Maia, de quem tractarei em seu logar, levou o desejo de ridiculisal o ao ponto de compor á sua parte outro poema heroi comico em tres cantos de outava rythma, com o titulo Josephinada (do qual conservo uma copia manuscripta, e vi o autographo em poder do falecido F. de P. Ferreira da Costa) cujo assumpto é a publicação das Noites Josephinas tractada comicamente, e revestida de episodios satyricos, sem comtudo transcender os limites de uma critica litteraria. Conta se tambem com referencia ás Noites uma anecdota, que não é para ser omittida. Dizem que logo depois da publicação do poema, estando o poeta na loja de não sei qual livreiro onde o tinha posto á venda, entrára ahi um sujeito desconhecido, pedindo um exemplar que lhe foi para logo apresentado. Então o sujeito pediu tambem uma tesoura, e com ella foi cuidadosamente cortando as estampas e vinhetas da obra, as quaes depois de juntas embrulhou n'uma folha de papel. Isto feito, e tirando da bolsa os 1:200 réis, preço do volume, entregou os ao livreiro, dizendo lhe: «Eu pago só as estampas quanto ao livro, ahi fica: póde guardal o para mechas!» E sahiu, comprimentando polidamente as duas personagens, cujo desapontamento é facil de imaginar!”

 

Preço:185,00€

Referência:14455
Autor:TELLES, Bazilio
Título:A GUERRA (notas e dúvidas)
Descrição:

Livraria Chardron, Porto, 1914. In-8º de 112 págs. Brochado. Exemplar impecável, sem defeitos apontar, com os cadernos por abrir.

Observações:

Obra bastante curiosa e de interesse para história do início da Guerra de 1914 -1918.

Preço:25,00€

Referência:14535
Autor:TOMÉ, Luis Figueiredo; CÉSAR, Paulo; AL BERTO
Título:MEIO DIA - INTIMIDADES -APRESENTAÇÃO DA NOITE
Descrição:

Sociedade Portuguesa de Autores, Lisboa, 1985. In-8º de 96 págs. Brochado. Capas de brochura ligeiramente empoeiradas.

 

Observações:

PRIMEIRA EDIÇÃO do texto APRESENTAÇÃO DA NOITE de AL BERTO
Livro editado no âmbito do 60º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores,e que encerra os textos de espectáculos  de Luis Figueiredo Tomé - Meio-Dia, Paulo César- Intimidades, e Al Berto - Apresentação da Noite (publicada aqui pela primeira vez).

 

Preço:35,00€

Referência:12875
Autor:TORGA, Miguel
Título:CÂMARA ARDENTE - Poemas
Descrição:

Coimbra Editora, Coimbra, 1962. In. 8.º de 86-(1) págs. Brochado com rubrica de posse no ante-rosto.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

RARO.

Observações:

Câmara Ardente

Serve-se no presente
Dum símbolo futuro…
Um frio prematuro
De mortalha
Coalha
A inspiração
Que animava o seu canto.
Não morreu. Mas enquanto
A vida lhe negar um novo sol,
Mais quente e mais fecundo,
Não vislumbra outra imagem
Da intima paisagem
Deste mundo…

 

Preço:40,00€

Referência:15021
Autor:VASCONCELOS , Mário Cesariny de
Título:POESIA (1944-1955)
Descrição:

Delfos, Lisboa, s/d. In-8º de 358-(2) págs. Brochado. Com um retrato de Cesariny, em desenho à pena por João Rodrigues. Capa de brochura anterior com ligeiro restauro marginal no topo e posterior com algumas leves manchas de acidez. MUITO BOM EXEMPLAR.
INVULGAR.

Observações:

Edição, a Primeira, colectiva dos livros «A Poesia Civil», «Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano», «Pena Capital», «Manual de Prestidigitação», «Estado Segundo», «Alguns Mitos Maiores Alguns Mitos Menores propostos à Circulação pelo Autor» sendo alguns deles, até então o ano de 1955, inéditos.

 

Preço:80,00€

Referência:11278
Autor:VASCONCELOS, Dr. António de
Título:ESCRITOS VÁRIOS RELATIVOS À UNIVERSIDADE DIONISIANA
Descrição:

Coimbra Editora Lda, Coimbra, 1938-1946. In. 4.º de 413-(1) e 558-(1) págs. Br. Ilustrado em extra-texto. Edição de uma tiragem especial não declarada e impressa em papel especial.
PRIMEIRA EDIÇÃO. O primeiro volume é RARO.

Observações:

Obra de grande relevância sobre a fundação e história da Universidade de Coimbra.

Preço:150,00€

Referência:14462
Autor:VIEIRA, Afonso Lopes
Título:A PAIXÃO DE PEDRO O CRU por ...
Descrição:

Livraria Bertrand. Lisboa. 1939-40. In-8º 294 - (3) págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por João Carlos e edícula de Laura Costa. Exemplar muito fresco, muito limpo.
Primeira edição.

Observações:

Segundo uma crítica literária, do Diário de Notícias, coeva à edição deste livro “... é trabalho, e finíssimo, de bom lavrante de prosa e bom cuidado de safra nacionalista, pois é do mais puro portuguesismo em forma e intento ...”.

Preço:25,00€

Referência:14818
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:NO ANTIGAMENTE NA VIDA. Estórias
Descrição:
Observações:

Edições 70, Lisboa, 1974. In-8º de 220-(3) págs. Brochado.

PRIMEIRA EDIÇÃO. Exemplar impecável ostentanto uma dedicatória autógrafa.

Preço:29,00€

Referência:14812
Autor:VIEIRA, Luandino
Título:A CIDADE E A INFÂNCIA. Contos
Descrição:

Edição da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa (1957). In-8º de 78-(2) págs. Brochado. Capas de brochura com ligeiríssimas e insignificantes manchinhas de humidade.

MUITO RARO.

Observações:

Livro de Contos de estreia de Luandino Vieira com um prefácio de Costa Andrade, que termina o texto da seguinte forma:

"... Eis a tua mensagem de Amor que ninguém destruirá porque não há força capaz. O teu livro, um pouco de todos nós e da terra imensa, é uma época que as crianças de agora não vivem e muitos não entendem, mas um dia virá, meu Caro, que fará dos portos do mundo, portos de todo o mundo. Um dia virá ..."

Livro proibido e cuja edição foi destruída pela polícia política (Maria Aparecida Ribeiro, in Biblos - Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa).

 

Preço:100,00€

Referência:12704
Autor:VOISIN, Félix
Título:DES CAUSES MORALES ET PHYSIQUES DES MALADIES MENTALES ET DE QUELQUES AUTRES AFFECTIONS NEURVEUSES, telles que l'hystérie, la nymphomanie et le satyriasis
Descrição:

J.B. Baillière, Paris, 1826. In-8ª de XVI-418-(2)págs. Encadernação inteira de pele marmoreada com ferros neo vitorianos na lombada. Charneiras com ligeiro sinal de cansaço, assim como os os cantos. Guardas em papel francês e corte das folhas marmoreadas ao estilo das guardas.

Miolo muito bem conservado, muito fresco mantendo a sonoridade original do papel.

 

RARO.

Observações:

EDIÇÃO ORIGINAL da importante obra do psiquiatra Félix Voisin (1794-1872), aluno de d'Esquirol que fundou em 1821 com Jean Falret (1794-1870) uma casa de saúde para os alienados. "M. Voisin foi uma dos que saiu da escola de Esquirol que melhor sentiu a necessidade de tratar dos problemas da inteligência e as suas condições fundamentais atribuindo-lhe a cada caso de alienação às diversas condições físicas e morais, ou primitivas e secundárias do cérebro no seio daquelas em que se declara. Esta maneira de estudar as doenças mentais é definitivamente a aplicação da frenologia a este estudo, tornando-se sujeito de diversas obras que deram a este médico um lugar de destaque entre os da sua especialidade" (Larousse).

A presente obra refere-se ao estudo da HISTERIA e da NINFOMANIA contendo capítulos sobre a influência da educação da idade, do sexo e das profissões nas doenças mentais.

Preço:285,00€

Referência:15107
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:A CABEÇA ENTRE AS MÃOS
Descrição:

Assírio e Alvim, lisboa, 1982. In-8º de 41-(7) págs. Brochado. Exemplar em magníficas condições de conservação.
Primeira edição.

Observações:

Livro inserido na colecção Cadernos Peninsulares/ Literatura. Na opinião de Nuno Júdice, a poesia de Herberto Helder  tornou-se um momento ímpar na afirmação daquilo que, em Portugal, se pode considerar como a mais conseguida realização do visionarismo poético ocidental, que recebe a herança de Rimbaud e Lautréamont e passa pelo surrealismo. Herberto Helder é sem dúvida, na opinião de outros críticos literários, o poeta mais importante da sua geração e a mais curiosa e intrigante personalidade do nosso experimentalismo. Radicando-se na tendência surrealista, a sua poesia revela uma excepcional riqueza de recursos expressivos com um grande poder encantatório gerando-se na zona originária do ser em que a criação absoluta torna imperioso ao poema “ ... vencer a fascinação do incriado e impor uma ordem e uma harmonia ao turbilhão interior ...” (António Ramos Rosa).

Preço:85,00€

reservado Sugerir

Referência:15092
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:POEMACTO
Descrição:

Contraponto, Lisboa, s.d. (1958). In-8º de  30-(1) págs. Brochado. Ocasionais picos de humidade nas capas de brochura. Miolo muito limpo. Impressão sobre papel mantegueiro encorpado com acabamento a dois pontos com agrafos, como habitualmente, com ligeira oxidação.

RARA primeira edição do terceiro livro de Herberto Helder. Ostenta autógrafo do LUIZ PACHECO (igualmente numerado pelo punho do editor) sobre verso de frontspício, junto à dedicatória impressa, a ele mesmo.

PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

Regressado da Europa em 1960, Herberto Helder torna-se encarregado das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Gulbenkian e, por isso, esteve em Santarém entre 1961 e 1963, data em que entrou na Emissora Nacional. Em Santarém, Herberto Helder escreveu e publicou o livro de poesia Poemacto, composto e impresso nas Oficinas Gráficas do "Jornal do Ribatejo", o qual dava cobertura aos artigos de Joel Canhão, de Florindo Custódio, de Carlos Oliveira entre outros sócios ativos do CCS e no qual se publicitava as atividades organizadas pelo Círculo Cultural Scalabitano. Para António Ramos Rosa “a experiência de Poemacto” é onde “a poesia herbertiana sofre uma transformação estrutural, onde o jogo verbal e os exercícios sobre a materialidade da linguagem se tornam então dominantes” (Carta de Herberto Helder a Sophia de Mello Breyner Andresen. Fonte: Espólio de Sophia de Mello Breyner Andresen, BNDP).

Preço:325,00€

Referência:14992
Autor:[HELDER, Herberto]
Título:POEMAS CANHOTOS
Descrição:

Porto Editora, Porto, 2015. In-8º de 53-(1) págs. Cartonagem editorial. Exemplar impecável.

Primeira edição, logo esgotada.

Observações:


 

Preço:30,00€
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