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Livros do mês: Março 2024
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Primeiras edições

Foram localizados 797 resultados para: Primeiras edições

 

Referência:15037
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:BELKISS, RAINHA DE SABÁ D'AXUM E DO HYMIAR
Descrição:

Typographia F. França Amado, Coimbra, 1894. In-8.º de 204-(2) págs. Brochado. Nítida impressão com recurso a duas cores, negro e vermelho, sobre papel de qualidade superior, em linho. Capas de brochura com fortes sinais de manuseamento, etiqueta de ordem de biblioteca privada e capa posterior com trabalho de lepismatídeos. Rubrica de posse coeva no ante-rosto. A necessitar de uma encadernação.

PRIMEIRA EDIÇÃO, rara.

Observações:

Este texto, baseado na narrativa bíblica sobre a Rainha de Sabá, introduziu o simbolismo no teatro português, ao lado de O Pântano, de D. João da Câmara. De grande sucesso no estarngeiro, a obra foi publicada entre diversas línguas logo a seguir à edição original portuguesa, tendo sido só reeditado entre nós em 1910 e novamente em 1927, aquando das obras completas revistas pelo poeta.

Obra produzida numa fase de anos vertiginosos em que a produção de Eugénio de Castro, na opinião do estudiosos José Carlos Seabra Pereira, está longe de se circunscrever a modalidades discursivas de agitador cultural, " ... desmultiplicando-se antes em sondagens surpreendentes de novos domínios de inovação literária e promissoras tentativas de outros tipos de escrita sempre sob o signo da «modernidade» ...".

Preço:85,00€

Referência:15009
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:SALOMÉ e outros poemas
Descrição:

Livraria Moderna de Augusto D´Oliveira Editor, Coimbra, 1896. In-8º de (6)-88-(3) págs. Encadernação coeva em chagrin vermelho, com cantos. Nítida impressão de esmerado apuro gráfico sobre papel algodão de qualidade superior. Pastas com cercaduras douradas e lombada fina e elegantemnte decorada a ouro com elaborados ferros. Ambas a capas de brochura preservadas e com raros picos de humidade. Miolo muito limpo. Guardas em papel tintado manualmente. Ligeiro aparo generalizado. Rubrica de posse no frontispício.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Eugénio de Castro (1869-1944) foi autor responsável pela introdução do Simbolismo em Portugal. A publicação deste título coincide com o seu ponto mais alto de toda uma produção simbolsita de quem S. Mallarmé, numa carta que lhe dirigiu por estes anos fini-seculares " ... très haute Religion Artistique dont vous êtes, avec le divin Wagner et le sublime Poe, un des plus admirables Pontifes ...” [MALLARME, Stéphane - Correspondance edição Gallimard, Paris, 1973, p. 228-29]

Preço:90,00€

Referência:14990
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:A MOSCA - Bijou Litterario. 7 nº em duas séries. (10 de Setembro 1882 a 20 de Dezembro 1882)
Descrição:

Typ. S. e S., Coimbra, 1882. In-4º pequeno de cinco números (de sete) e um suplemento em duas séries. Brochado. Impressão nítida sobre papel de cor laranja, com excepçao do último númro, sobre papel creme. Capa de brochura impressa em separado para albergar todos os números. Foi redactor e fundador, Eugénio de Castro.

A revista tem a seguinte composição dos seus números:
- a primeira série, o primeiro nº tem a data 10 de Setembro de 1882, o nº 2 de 17 de Setembro de 1882, o nº 3º de 24 de Steembro de 1882, o nº 4º de 1 de Outurbo de 1882.;
- a segunda série, composta por três números, tem como nº 1 a data 3 de Dezembro de 1882, o nº 2 a data de 10 de Dezembro de 1882 e o nº 3 a data de 20 de Dezembro de 1882;
- apresenta ainda um Suplemento ao nº 4 (da primeira série) com data 2 de Outubro de 1882 e que é uma folhinha de informação de suspensão de publicação.

No exemplar que se apresenta, falta apenas o nº 1 e 3 da primeira série.

Observações:

RARÍSSIMA publicação periódica, anterior à publicação de estreia (Chrystalizações da Morte, 1884) do maior poeta simbolista português (e dos mais destacados e reconhecidos poetas europeus nesta corrente artística literária) que foi EUGÉNIO DE CASTRO (contava então 13 anos !!!), desconhecidíssima dos catálogos dos avançadas colecções de literatura portuguesa, dos bibliófilos de primeira linha (Almeida Marques, Aulio Gélio Godinho, Avila Perez, Cândido Augusto Nazareth, João Ameal, Laureano Barros, etc ...). Tão pouco inexistente na Biblioteca Nacional, ou em outra qualquer importante biblioteca pública nacional. Excepção  verifica-se na Biblioteca da Câmara Muncipal de Coimbra, que descreve na sua Jornais e Revistas de Coimbra (1931, p. 47) com a existência de apenas um exemplar, embora incompleta, da primeira série, admitindo a existência de uma segunda série, mas inexistente no seu acervo.

Teve colaboração de Alfredo Costa, Fernando Chénier, José Mourão, António Horta, Alfredo da Câmara, Raul de Soils, Eugénio de Castro entre outros.

Preço:900,00€

Referência:12197
Autor:CASTRO, Fernanda de
Título:A ILHA DA GRANDE SOLIDÃO Poema
Descrição:

Portugália Editora, Lisboa, 1962. In-8º de 69-(2) págs. Br. Apresenta um pequeno carimbo editorial de oferta. Apresenta todos os cadernos por abrir. Excelente estado de conservação.

Observações:

 

Pequena flor…
Petite fleur.
A trompette do Sidney Bechet
dilacera-me ouvidos
e sentidos.
Magoa-me a estridência
da música obcecante.
Enerva-me a violência
dos sons,
dos desejos incontidos.
Dói-me a culpa,
a inocência
de uns braços estendidos.

 

Preço:20,00€

Referência:15201
Autor:CASTRO, Ferreira de
Título:MAS ...
Descrição:

Typ. Boente & Silva. Lisboa. 1921. In-8° com (4) - 100 págs. Brochado. Capas de brochura em excelente estado de conservação, ostentando ocasionais pequenos picos de acidez e miolo em mint condition. Preserva a capa da brochura ilustrada a cores bem como as duas raríssimas ultimas folhas picotadas de forma a facilitar a sua remoção, para o caso do leitor de espírito mais púdico não querer acompanhar a incursão erótica desta parte final.

MUITO RARA PEÇA DE COLECÇÃO em primeira edição (e única) da primeira obra de Ferreira de Castro publicada em Portugal.

Observações:

José Maria Ferreira de Castro (1898 – 1974) notável escritor e opositor ao Estado Novo, lutou pela Liberdade, pela justiça social, e pela dignidade e emancipação do Homem. Em 1911, com apenas 12 anos e com a escola primária, emigrou para o Brasil, Belém do Pará, e enviado logo de seguida para os confins da selva amazónica onde trabalhou arduamente num seringal, realidade sobre a qual iria escrever mais tarde em muitos dos seus romances. Nessa época passou por imensas privações e desempenhou os mais variados e humildes trabalhos. Começou entretanto a escrever enviando os textos para jornais no Brasil e em Portugal. Publica em 1916 o seu primeiro trabalho literário, Criminoso por ambição, em fascículos vendendo-os de porta em porta, seguindo-se de duas peças de teatro Alma Lusitana e O Rapto. Por volta de 1917 torna-se jornalista e escreve para vários jornais brasileiros. Coloca-se ao lado dos individuos explorados, miseráveis e expoliados da sociedade. No ano de 1919 regressa a Portugal, e apesar de ser um jornalista bastante conhecido no Brasil, tem dificuldade em encontrar emprego. Foi nesta sequência que publicou a obra que se apresenta Mas ... , em edição de autor, e corresponde a uma coletânea de ensaios literários e sociais juntando narrativas em que é patente a procura dum estilo original, ousado e com uma pontuação bastante vincada que " ... revelam uma ânsia de inovar, de cortar com fórmulas consagradas, de fugir dos caminhos trilhados..." (Jaime Brasil, In-Memoriam Ferreira de Castro, 1976, p. 37). A sua obra mais conhecida, divulgada, editada e traduzida é A SELVA. Mas ... insere-se num período de criação literária até 1928 com O Vôo nas Trevas em que o autor não autorizou reeditações, sendo por isso de difícil acesso e bastante raras no mercado bibliófilo.

Ferreira de Castro é um dos maiores escritores portugueses de sempre, estando os seus romances traduzidos em vinte uma línguas em todo o mundo. Chegou mesmo a ser proposto para o Nobel da Literatura. Em 1951, um grupo de intelectuais democratas e anti-fascistas convidou-o para se candidatar à Presidência da República, o que declinou. Foi também membro do MUD - Movimento de Unidade Democrática, opositor do Estado Novo.

 

Preço:825,00€

Referência:14306
Autor:CASTRO, João Osório de
Título:O BAILE DOS MERCADORES
Descrição:

Cosmos, Lisboa, 1964. In-8º oblongo com  X-165-(19) págs. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado ao longo do texto e em extra-texto com ilustrações  de Luís Osório. Encerra também as pautas de música da autoria de Luís Sande Freire.

 

 

Observações:

Curiosa farsa em 7 quadros escrita por João Osório de Castro recheada de humor e fantasia.

Preço:18,00€

Referência:14847
Autor:CASTRO, Sérgio
Título:CAMILLO CATELLO BRANCO. Typos e Episodios da Sua Galeria
Descrição:

Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1914. In-8.º de 3 volumes com 334, 302 e 372 págs. respectivamente. Encadernações editoriais em skivertx vermelho com ferros vegetalistas gravados a negro e dizeres dourados nas pastas. Exemplares em  muito bom estado de conservação.

Primeira edição. INVULGAR.

Observações:
Preço:75,00€

Referência:14664
Autor:CENTENO, Yvette Kace
Título:NO JARDIM DAS NOGUEIRAS
Descrição:

Livraria Bertrand, Amadora, 1982. In. 8.º de 137 págs. Brochado. Capa de brochura ilustrada por Vitor Simões. Exemplar em excelente estado de conservação.

Observações:

Este livro tem passagens propositadamente estragadas pela autora.
Yvette Centeno guia-se aqui pelo acaso (e pelo compositor tipográfico e as suas falhas) e confunde o leitor, até ao nível material da imagem da frase que se vai esfumando e desaparecendo na página, com as palavras sumidas e comidas.
 

Preço:15,00€

Referência:12512
Autor:CÉSAR, Amândio
Título:NÃO POSSO DIZER ADEUS ÀS ARMAS
Descrição:

Editora Pax, Braga, 1945. In-8º de 76-(4) págs. Br. Integrado na colecção "Metrópole  e Ultramar".

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Obra distinguida com o Prémio Camilo Pessanha.

NECROLOGIA PARA UM SOLDADO DA ÍNDIA

Os jornais publicaram nomes,
Muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Eram nomes, muitos nomes,
Não se sabe ao certo quantas linhas de nomes!
Eram milhares de nomes de vivos:
O TEU NÃO ESTAVA LÁ!

Nas linhas, muitas linhas de nomes,
Vinham altas patentes e soldados rasos,
Hierarquicamente e por ordem alfabética:
O TEU NOME NÃO ESTAVA LÁ!

Não! O teu nome não podia estar ali:
Tu morreste em Goa, à vista de Goa,
Que morria quando tu morreste.
Por isso ficaste abandonado e só,
Junto de Goa moribunda.

Tão abandonado e tão só
Como a pistola metralhadora,
Agora inútil,
Agora inútil porque tu morreste
E Goa morreu contigo!

Há-de florir, vermelha,
Uma flor nascida do teu sangue.
As folhas serão verdes
Como a última imagem dos teus olhos baços.

É o último reduto,
Será a última bandeira hasteada em Goa,
Na terra ocupada pelo invasor,
Depois que alguém ergueu ao céu azul
A branca bandeira do medo e da ignomínia!

Não vens na lista de nomes,
Em nenhuma das linhas dos nomes:
O TEU NOME NÃO PODIA ESTAR ALI!

Mas, quando uma jovem manducar
Colher a flor vermelha que sobrou do teu martírio,
Aspirar o perfume solene dessa flor cortada
E perder seus olhos pretos no verde das folhas tenras,
ENTÃO SIM, TU ESTARÁS ALI!

Ali ressuscitado,
Ali vigilante como a sentinela,
Até que tornem os fantasmas dos soldados de Albuquerque
Para castigarem o orgulho sacrílego do invasor.

Tu, anónimo soldado,
Morto na terra escaldante de Goa,
És a imagem do Governador
Que à vista dela morreu.
Tu, sim, és da estirpe de Albuquerque,
Nunca vassalo…

Preço:15,00€

Referência:15212
Autor:COELHO, Trindade
Título:IN ILLO TEMPORE
Descrição:

Livraria Aillaud & Cª, Lisboa, 1902. In-8º de 418-(5) págs. Encadernação editorial em skivertex verde com dizeres dourados nas pastas. Conserva as muito belas capas de brochura (pequena falta de papel no canto inferio esquerdo - ver foto), ligeiramente aparado à cabeça. Impressão em papel couché, ilustrado ao longo do texto (chamamos especial atenção para os "tipos de Coimbra"). Corte superior das folhas brunido a ouro fino. Exemplar com sinais de manuseamento e rúbrica de posse coeva no frontspício.

Primeira edição desta obra que se tornou popular pelas inúmeras edições que veio a conhecer.

Observações:

Interessante livro de memórias académicas evocando o ambiente estudantil e figuras típicas, tanto da Universidade como da cidade coimbrã.

Preço:50,00€

Referência:15106
Autor:CORELLA. Fr. Jayme de
Título:PRACTICA DO CONFESSIONARIO e explicação das proposiçoens condenadas pela Santidade de Innocencio XI e Alexandre VII, sua materia os casos mais selectos da Theologia Moral, sua forma hum dialogo entre o confessor e o penitente. Parte I ( e II).
Descrição:

Na Officina que foy de Miguel Lopes Ferreira, Lisboa, 1737 (e 1738). In-fólio de 15 ff. inums. - 310 e 7 ff. inums. - 330 págs. [ai-dij , Ai - Rr & §i-Sss] respectivamente. Encadernação coeva, inteira de carneira, mosqueado fino e lombada com decoração floreada barroca em casa fechadas, ligeiramente coçadas. Falho de rótulo na lombada. Último caderno solto. Exemplar completo, de estrutura rígida e muito bem conservado, mantendo a sonoridade original do papel. Algumas páginas com anotações marginais, coevas.

PRIMEIRA EDIÇÃO PORTUGUESA da obra que, no género, teve grande aceitação e um elevado número de edições e traduções, escrita quando o autor tinha 27 anos. Tradução de Padre Domingos Rodrigues Faya publicada em portuguyês cerca de meio século depois.

BN ; Monteverde Cunha Lobo, 1811.

Observações:

Jaime de Corella (1657-1699) vestiu o hábito dos Capuchos no Convento de Cintruénigo em 1673 então com 18 anos de idade e foi eleito Provincial em 1693. Escritor moralista e orador sacro, destacando-se por sua grande elocuência e profundidade doutrinal. Teve vasta obra publicada sendo o título Pratica del Confesionario (1686) e Conferencias morales (1687) as que tiveram maior aceitação e delas se realizaram inúmeras edições e traduções.

 

Preço:225,00€

Referência:14569
Autor:CORREIA, Hélia
Título:VILLA CELESTE novela ingénua.
Descrição:

Ulmeiro, Lisboa, 1985. In-8º de 50-(2) págs. Brochado. Primeira edição.

Observações:

Começa assim esta novela ingénua:

"Teresinha Rosa já passava dos sessenta quando a vida lhe armou um campo de batalha e ela tomou o gosto ao pelejar. Atravessara até então os tempos - primaveras rosads, invernias, sufocações de verão, tremores de outono - em perfeita harmonia com as coisas, como um madeiro a passear-se na corrente, abandonado às águas, prazenteiro, divertindo-se até com algumas topadas em bicos de rochedo ...".

Preço:14,00€

reservado Sugerir

Referência:14568
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O SEPARAR DAS ÁGUAS
Descrição:

A Regra do Jogo, Lisboa, 1981. In-8º de 91-(4) págs. Brochado. Capa de brochura de Teresa Ferrand. Muito bom estado de conservação.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE ESTREIA de Hélia Correia.

Observações:

Livro de estreia de Hélia Correia em que desde logo cedo, com a obra seguinte O Número dos Vivos, se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta. Esta novela " O Separar das Águas trouxe consigo uma voz singular, devedora de algum realismo fantástico..." (Eduardo Pitta) tendo sido também considerada pela crítica obra invulgarmente bem escrita entre o burlesco e o dramático.

Preço:30,00€

Referência:14567
Autor:CORREIA, Hélia
Título:O NÚMERO DOS VIVOS
Descrição:

Relógio d'Água, Lisboa, 1982. In-8º de 135-(1) págs. Brochado. Capa com ligeiros sinais de manuseamento. Miolo muito limpo.

Observações:

Este segundo título da extensa bibliografia que Hélia Correia publicou, é considerado o primeiro romance sendo as restantes obras classificadas de novelas. Nesta obra que tem como panorama de fundo o contexto rural, a acção desenrola-se principalmente entre mulheres.

Hélia Correia (1949) sendo também poetisa e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e originais da década de oitenta, ao publicar, em 1982, O Número dos Vivos.
 

Preço:25,00€

Referência:13358
Autor:CORREIA, João de Araújo
Título:NOITE DE FOGO e outros contos
Descrição:

Editorial Inova, Porto, 1974. In-8º de 96-(2) págs. Br. Capas de brochura com algum desgaste e miolo amarelecido pelo tempo. Integrado na Colecção Duas Horas de Leitura, com direcção gráfica de Armando Alves.

 

Observações:

Antologia de contos deste autor considerado o maior contista português. A sua escrita sofre  influências de Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco e Trindade Coelho.

Da badana:

“É João de Araújo Correia um estilista de linhagem camiliana, com o senso agudo do dinamismo narrativo: escreve para contar histórias e tão bem sabe fazê-lo, que nelas se imprime, como o rosto sangrento de Cristo na toalha de Verónica, a fisionomia de um povo”

Urbano Tavares Rodrigues

Preço:20,00€

Referência:15298
Autor:CORREIA, Natália
Título:CÂNTICO DO PAÍS EMERSO.
Descrição:

Contraponto (Lisboa, s.d. - 1961). In-8º de 37-(1) págs. Brochado com raros picos de humidade.

PRIMEIRA EDIÇÃO rara e apreendida pela PIDE.

Observações:

Cântico do país emerso foi escrito na sequência do assalto ao Santa Maria (22de Janeiro 1961), assalto este, comandado por Henrique Galvão, que teve objectivo expor a ditadura portuguesa virando a comunidade internacional contra Salazar. O livro da Natália " ... terá demorado menos tempo a escrever do que Salazar demorou a livrar-se da humilhação ..." (Filipa Martins, 2023) e encabeçou o rol de obras natalianas proibidas pelo Estado Novo durante os anos 60.
 

Preço:90,00€

Referência:15295
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MOSCA ILUMINADA
Descrição:

Quadrante, Lisboa, 1972. In-8º de 85-(3)págs. Brochado.

Integrado na "Colecção Poesia". Capa e orientação gráfica de Cidália de Brito Pressler. Exemplar muito bem conservado, não obstante de alguns picos de humidade na capa.

Observações:

Colectânea constituída por duas partes "Fragmentos de um Itinerário" e "As Aparições" onde Natália Correia reúne um conjunto de poemas e de prosa poética.

Num dia demasiado raivoso para caber no zodíaco nasci a metade de um endecassílabo quebrado em dois. Tambor de ossos delirantes espalhei na cidade a notícia de um planeta puro como o hálito de muitas flores reunidas preparava um dilúvio de sonhos para desnudar as estrelas jacentes nas criptas dos nomes. Era a loucura de não nascer comigo. Sentados no sumptuoso acento da morte, os homens trocavam entre si as navalhas em código dos assassinos especialistas na vida. Tinham todos nascido pontualmente à hora da certidão de idade. Ou estavam pelo menos convencidos disso. Uma certeza que na caça aos fogos-fátuos do alfabeto atribui a cada um o mérito de pendurar à cintura o significado esperneante da vida. Uma cabeleira em acento circunflexo amortecia os sons pertencentes a outra idade que levavam aos sepulcros, salas da dança horrível das vogais sepultadas vivas. Constelada de calafrios recolhi-me à minha flor provocada pelos dias intensos em que me alcanço na radiosa capital dos inascidos: a luz da minha pele iluminada por dentro para gravar um canto. A educação musical dos girassóis que dá o meu hectare de realidade entre o ser e o estar põe a minha memória ao serviço da metade que eu fiquei por nascer. Trabalho urbanístico de esponja embebida na luz de um lugar achado pela técnica suavíssima do marfim de todos.
Alguns, por cardíaca aceitação do policiamento da porta que um cão de turquesas abre para o sítio onde vai ser a vida, chamam a isso poesia.

Preço:40,00€

reservado Sugerir

Referência:15294
Autor:CORREIA, Natália
Título:O HOMÚNCULO. Tragédia jocosa com quatro ilustrações da autora.
Descrição:

Contraponto, Lisboa, 1965.In-4º de 38-(2) págs. Brochado. Ilustrado em extra-texto com quatro ilustrações da autora, com fortes influências surrealistas, impressas à parte e coladas em folhas para isso destinadas. Edição cuidada. Exemplar impecável

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

O Homúnculo é uma peça de teatro escrita por Natália Correia, apreendido pela PIDE logo após ser publicado, em 1965. A peça consiste numa sátira onde a figura de Salazar (que na peça é incarnado pela figura de el-rei Salarim) é completamente destituída da majestade  e solenidade que caberia a um chefe de estado. Salarim apresenta-se como a figura que representa o Reino da Mortocália, no qual as pessoas que o habitam vagueiam pelo território como mortos-vivos.

"Salarim tem nariz (ou bico) arqueado e dois olhos de fogo muito juntos, situados quase no alto da cabeça. Da sua idade só se pode dizer que por meios naturais era de esperar que já tivesse morrido há muito tempo, mas que por outros meios, talvez sobrenaturais (há quem diga que usando em proveito próprio o tempo que roubou aos súbditos), conseguiu suster a foice, sempre que a morte julgou chegada a altura de ceifar os seus muito esticados anos."

Preço:80,00€

Referência:15287
Autor:CORREIA, Natália
Título:A MADONA
Descrição:

Editorial Presença, Lisboa, 1968. In-8º de 239-(1) págs. Brochado. Capa de brochura lustrada com fotografia de F.C.E. Não obstante de se encontrar com alguns, muito poucos, sublinados leves a tinta negra, está um exemplar em muito bom estado de conservação.

Primeira edição.

Observações:

Romance de Natália Correia que é um ataque feminista à sociedade, mais emocional do que argumentativo, em que,  segundo Filipa Martins (2023) "... denuncia a doença do ateísmo ...". .  Muito do que ainda hoje  é a concepção de castidade, de fidelidade,de amor , de feminino e de masculino é aqui descrito de uma forma crua e intensa.

 

Da Contracapa:

"... A dialéctica da emancipação da mulher tem neste romance um dos seus mais vivos e vigorosos testemunhos. Natália Correia acompanha, passo a passo, a vida da mulher que, desenraizada da sua ancestralidade feudal, procura àvidamente o direito a uma existência própria, à possessão de um destino pessoal que lhe foi milenariamente sonegado..."

Preço:25,00€

Referência:15279
Autor:CORREIA, Natália
Título:RIO DE NUVENS. Livro de poesias de (...). Prefácio de Campos de Figueiredo.
Descrição:

(Oficinas da Atlântida, Livraria Editora), Coimbra, 1947. In-8º de 39 págs. Brochado, com ligeiro empoeiramento, praticamente imperceptível. Exemplar com os cadernos por abrir. Raríssimo foxing.

PEÇA DE COLECÇÃO do livro de estreia na poesia da Natália Correia. PRIMEIRA EDIÇÃO do, seguramente, mais raro livro de toda a sua bibliografia.

Observações:
Preço:300,00€
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