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Séc. XIX

Foram localizados 86 resultados para: Séc. XIX

 

Referência:15357
Autor:AAVV
Título:REVISTA CONTEMPORANEA DE PORTUGAL E BRAZIL. Primeiro anno, 1 DE ABRIL DE 1859. Vol. I (a V).
Descrição:

In-4.º de 5 volumes com 12 números cada respectivamente 586-(1), 584, 660-(2) e 666-(1) págs cada. Encadernação meia amador em chagrin preto ricamente decorada na lombada com florões e dizeres dourados em casas fechadas. Corte superior das folhas carminadas. Miolo muito bem conservado e muito fresco. Último volume com
encadernação restaurada à cabeça. Faltam os índices dos volumes II e III.

Ricamente ilustrado à parte com inúmeras gravuras abertas a talha doce reproduzindo magníficos retratos dos escritores contemporâneos, actores, membors da família real, políticos e cientistas e quadros dos nossos melhores artistas como os desenhos do Rei D. Fernando e Tomaz da Anunciação, impressos à parte. No volume II, dois grandes mapas desdobráveis da Praça de Gaeta, gravuras estas não referidas nas bibliografias. Esta colecção apresenta uma numeração de páginas errada no último volume em que aparecem as páginas 555 a 608 marcadas 355 a 408, característica esta nunca referida pelos bibliografos.

Colecção da PRIMEIRA EDIÇÃO e MUITO RARA.
Salientamos o facto de ser aqui publicado um texto de Machado de Assis no mesmo ano em que se estreou com Chrysalidas, a sua primeira obra literária.

HENRIQUE MARQUES, 513; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 294; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 1294; CONDE D A FOLGOSA, 3307;
CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 3450; ALMEIDA MARQUES, 1852

Observações:

Apreciadíssima revista mensal, que segundo Alberto Pimentel em Memorias do Tempo de Camillo (1913) " ... era o mais cotado órgão das letras portuguêsas - uma espécie de olimpo para escritores consagrados ...". Foi fundada por Ernesto Biester, António Xavier de Brederode e José Maria de Andrade Ferreira, e conheceu os melhores colaboradores literários da época incluindo Camilo com diversos escritos originais depois reunidos em Doze Casamentos Felizes e Esboços de Apreciações Literárias. Teve ainda como colaboradores, a participação literária destacada de A. F. de Castilho, Andrade Corvo, Andrade Ferreira, A. P. Lopes de Mendonça, Bulhão Pato, Ernesto Biester, F. Xavier de Novais, Gonçalves Dias, Inocêncio Francisco da Silva, Júlio de Castilho, Júlio César, L. A. Palmeirim, Latino Coelho, Machado de Assis, Mendes Leal, Pinheiro Chagas, Teixeira de Vasconcelos, Rebelo da Silva, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro, Zacarias d'Aça,



 

Preço:850,00€

Referência:15310
Autor:AAVV
Título:O ESPECTRO DO JUVENAL nº1 (a 5). Redactores: Gomes Leal, Guilherme d'Azevedo, Luciano Cordeiro, Magalhães Lima, Silva Pinto.
Descrição:

Imprensa de J. G. de Sousa Neves, Lisboa 1872-1873. In-4º de 5 números com 55-(1), 33-(1), 35-(1), 43-(1) e 40-(1) págs. respectivamente, encadernados num volume único. Encadernação moderna, meia francesa em chagrin castanho tabaco, com guardas de papel fantasia executados em tina manual. Lombada finamente decorada com dourados floreados em casas fechadas e através dos dizeres.
CONSERVA INTACTOS todas as capas de brochura, estando o exemplar por aparar na íntegra.
O facto das capas de brochura conservarem quase todas elas carimbos a óleo dos correios (apenas o nº 3 está sem carimbo), forma pela qual circulavam na época, permite datar com algum rigor, a sua difusão entre 26 de dezembro de 1872 e 27 de maio de 1873, portanto, uma por final de cada mês.

RARA PUBLICAÇÃO completa, como a que se apresenta, em que Gomes Leal tinha apenas 24 anos quando fundou este periódico.
PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

Os únicos cinco números editados permitem considerar O Espectro de Juvenal como um conjunto de notas e comentários profundos a muitos aspectos da vida portuguesa.
Nesta revista se analisam, descrevem ou estudam livros, homens, factos, ideias e se apresentam páginas literárias. Esta raríssima revista apresentava-se com espírito crítico e combativo tendo aparecido em 1872, por convites de Silva Pinto e Magalhães Lima endereçados a Guilherme de Azevedo, Gomes Leal e Luciano Cordeiro. Guilherme de Azevedo viria a abandonar em 1873, a partir do terceiro número d' O Espectro de Juvenal  até onde se tornava difícil individualizar-se os seus textos, impossibilitando mesmo sua determinação. Alguns apresentam-se subscritos com iniciais: M. L. (Magalhães Lima), S. P. (Silva Pinto), G. L. (Gomes Leal), etc. Nenhuma delas, porém, remete para o poeta santareno.

" ... A introdução d’ O Espectro de Juvenal é bastante elucidativa quanto aos seus propósitos. A revista não se destinava, segundo aí se afirma, nem ao leitor burguês, nem ao operário, nem ao militar, nem ao literato oficial, nem a “liberalões corruptos”, nem a falsos republicanos, nem, ainda, a legitimistas. Não pretendia exibir-se como um simples emoliente para as horas de irritação ou de lazer. O Espectro de Juvenal propunha-se ― e a afirmativa ganha força por oposição às negativas anteriores ― desmascarar a Mentira, acusar o Erro, desmitificar a Rotina, seguindo o princípio fundamental da Humanidade: a Justiça. Dirigia-se a todas as vítimas da extrema injustiça social que viam reprimida a sua liberdade de pensamento, fossem elas o professor primário, o empregado público, o operário modesto ou todos os trabalhadores obscuros e
ignorados. ..."
(in Guilherme de Azevedo na Geração de 70, por Maria das Graças Moreira e Sá, Biblioteca Breve, 1986).

Nesta data Gomes Leal estreia a sua pena já com o cariz interventivo da sua escrita, caracerística esta que veio depois ser marcante, não só em folhetins publicados nos jornais, mas também em quase toda a sua obra. Gomes Leal é considerado um precursor do Modernismo Português, tendo sido referido por Fernando Pessoa como um dos seus mestres.

 

Preço:495,00€

Referência:15097
Autor:AGUIAR, Joaquim António
Título:TRÊS CARTAS ORIGINAIS MANUSCRITAS E INÉDITAS de Joaquim António de Aguiar dirigidas a Ângelo Ferreira Diniz
Descrição:

Três cartas, manuscritas pela frente e verso, datadas de 31 de Outubro, 9 e 16 de Novembro de 1819, assinadas no final pelo punho do autor, dirigidas a Ângelo Ferreira Diniz.

As cartas versam assuntos de ordem académica, solicitando, numa delas, o favor de interceder por seu irmão José Xavier de Aguiar que se candidata a um "partido", aqui subentendido como lugar de emprego, no Hospital da Universidade.

 

Observações:

Joaquim António de Aguiar (1792 – 1874) foi um político e maçom português do tempo da Monarquia Constitucional e importante líder dos cartistas e mais tarde do Partido Regenerador. Foi por três vezes presidente do Conselho de Ministros de Portugal (1841–1842, 1860 e 1865–1868, neste último período chefiando o Governo da Fusão, um executivo de coligação dos regeneradores com os progressistas). Ao longo da sua carreira política assumiu ainda várias pastas ministeriais, designadamente a de Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça durante a regência de D. Pedro nos Açores em nome da sua filha D. Maria da Glória. Foi no exercício dessa função que promulgou a célebre lei de 30 de Maio de 1834, pela qual declarava extintos "todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares", sendo seus bens secularizados e incorporados na Fazenda Nacional. Essa lei, por seu espírito antieclesiástico, valeu-lhe a alcunha de o Mata-Frades. (retirado de Wikipédia).

Ângelo Ferreira Diniz foi junto com José Feliciano de Castilho (pai) e Jeronymo Joaquim de Figueiredo, os fundadores e directores do periódico Jornal de Coimbra (1812-1820; primeiro periódico português dedicado à saúde e higiene pública), todos lentes de medicina da Universidade de Coimbra. Era redigido em Coimbra e publicado em Lisboa.

Preço:250,00€

Referência:15248
Autor:ALVES, Castro
Título:OS ESCRAVOS. Poesias
Descrição:

Tavares Cardoso & Irmão, Editores, Lisboa, 1884. In-8º de 30 págs. Brochado, com lombada fragilizada. Miolo em óptimo estado não obstante ocasional foxing.

RARO e muito estimado livrinho de poesia brasileira.

Observações:

Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871) foi um poeta que fez parte da terceira geração do romantismo brasileiro, conhecida por apresentar maior liberdade formal e uma visão social mais ampla, sobretudo em relação às identidades negra e indígena no país. Não por acaso, o poeta é conhecido como “poeta dos escravos”. Publicado doze anos após a morte do autor, Os Escravos reúne as composições antiescravagistas de Castro Alves, entre elas, os famosos poemas abolicionistas O Navio Negreiro e Vozes d'África.

Os Escravos , publicado doze anos após a morte do autor, reúne as composições antiescravagistas, entre elas, os famosos poemas abolicionistas O Navio Negreiro e Vozes d'África. Corresponde a uma coletânea de poemas publicada postumamente em 1884. A obra aborda de forma contundente a temática da escravidão, denunciando os horrores e injustiças desse sistema opressor que marcou profundamente a história do Brasil. Os poemas retratam a vida dos escravos, explorando as suas experiências de sofrimento, humilhação e desumanização. Castro Alves utiliza a sua poesia engajada para dar voz aos personagens marginalizados, expondo os abusos e as crueldades cometidas pelo tráfico e pelos senhores de escravos. Cosntitui uma obra de forte apelo social e político, representando a luta do autor pela abolição da escravatura. Alves utiliza o poder das palavras para emocionar e conscientizar o público sobre a necessidade de justiça e igualdade. A obra é marcada pela intensidade lírica, pelos diálogos poderosos e pela representação vívida dos personagens e cenários onde Castro Alves explora as contradições humanas, expondo a hipocrisia da elite e a resistência dos escravos diante de sua condição.

 

Preço:150,00€

Referência:15247
Autor:ASSIS, Joaquim Maria MACHADO DE
Título:CHRYSALIDAS. Poesias de (...) com um prefácio do Dr. Caetano Filgueiras.
Descrição:

Livraria de B. L. Garnier, Rio de Janeiro, 1864. In-8º de 178 págs. Encadernação antiga (segundo quartel, séc. XX), meia inglesa com cantos em pele azul, ligeiramente cansada na charneira. Guardas em papel fantasia. Conserva as capas de brochura. Pequeno trabalho de traça marginal, sem afectar a mancha tipográfica.

BOM EXEMPLAR desta RARÍSSIMA edição original, especialmente quando preserva as capas, do livro de estreia de um dos escritores mais importantes, senão o maior, escritor do Brasil.

Observações:

Possui prefácio do Dr. Caetano Filgueiras, posfácio do autor: Carta ao Dr. Caetano Filgueiras, notas, errata e índice. Obra com 29 poemas, escrita e publicada aos 25 anos de idade de Machado de Assis (1839-1908). Reeditada em 1901 com menos 17 poemas, por ordem do próprio poeta, quando editou suas Poesias Completas. Teve nova edição independente, a segunda, apenas em 2000 pela Livraria Crisálida, portanto esquecido desde o séc. XIX.

É um livro de poemas dedicado ao amor e às mulheres, textos apaixonados que tiveram boa repercussão, tanto no Brasil como em Portugal, e ajudaram a abrir as portas para o mundo da literatura.

Preço:1350,00€

Referência:15308
Autor:ASSUMPÇÃO, TH. Lino D'
Título:AS MONJAS DE SEMIDE (Reconstituição do viver monástico).
Descrição:

França Amado Editor, Coimbra, 1900. In. 8º de 261-(4) págs. Encadernação moderna em percalina azul com dizeres dourados na lombada. Preserva as capas de brochura e encontra-se inteiramente por aparar. Ostenta carimbos a óleo de pertença e um ex-libris colado no frontispício " Dos livros de Joaquim de Carvalho".

Observações:

Do índice, lemos os seguintes títulos dos capítulos:
I. O fisco e as epochas tradicionaes II. Capitulos de historia e paginas de lenda Psychologia da monja observante 111. Noviciado e profissao... IV. Phases da vida religiosa, moral e economica V. Do tempo dos franceses ás epidemias de 1858 e 1859. — Privilegios • VI. A Mystica Cidade de Deus. VII. O theatro no claustro. VIII. A morte d'um justo. IX. O Senhor da Serra X. As victimas expiatorias

Preço:30,00€

Referência:15322
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:O CALECHE
Descrição:

In-8.° de 15-(1) págs. Encadernação meia inglesa em pele cor de mel, com dizeres dourados na lombada. Nítida impressão em papel de linho de cor branca. Ocasionais manchinhas de humidade exclusivas às duas primeiras páginas. Ligeiro furinho de traça no canto inferior esquerdo, junto à charneira, sem afectar a mancha tipográfica. Todos os caracteres impressos na última página, são de tipo e tamanho superior dos das páginas precedentes.

PRIMEIRA E RARÍSSIMA EDIÇÃO dos dois curiosos escritos reunidos em opúsculo. Henrique Marques na sua Bibliographia Camilliana, declara conhecer apenas 2 exemplares desta primeira edição, conhecendo-se na actualidade em mãos de particulares cerca de 10 exemplares (Descrição Bibliográfica Camiliana, 2003). Existe alguma confusão na identificação das edições de O Caleche de 1849, e a de 1889, não havendo diferenças das indicações de local de e data de impressão. No entanto, distinguimo-las todas por comparação com outras que na ocasião tivemos acesso e publicadas as características em 2003 em Descrição Bibliográfica Camiliana . Deste modo, o exemplar que aqui se apresenta, a raríssima e a primeira, apresenta-se conforme pelas seguintes características:

i) - página 3 inicia-se com “Determinou isso a providencia para de uma vez …” versus “cahir no dominio publico, …” da segunda  edição;
ii) - página 8 “ São funestos capítulos …”  versus “ perdeu o governo do reino …” da segunda edição;
iii) - página 15 “facto na tua admnistração…” versus “Tudo por ti! …” da segunda edição;
iv) - na página 13, lê-se SCENA 4ª e não como na segunda edição;
v) - todo o texto do presente exemplar apresenta o mesmo corpo (ou tamanho) e tipo de caracteres dos da primeira página enquanto que no fac-simile  se distinguem nítidamente dois tipos de caracteres diferentes quando comparada a primeira com a segunda página e, por sua vez, esta com as seguintes.

HENRIQUE MARQUES, 9; MANUEL DOS SANTOS,177, 463, 464, 465, 525, 631; JOSÉ DOS SANTOS, 105, ALMEIDA MARQUES, 359; CARVALHO, 36.

Observações:

O título completo:
O CALECHE // Ou o requerimento que o jornal a NAÇÃO, publicou // pedindo a S. M. a senhora D. Maria II. demita dos // seus conselhos, e de ministro do reino, ao conde de // Thomar, por crime de peita: ou de dar uma com- // menda por um caleche no anno de 1849, seguido do // FOLHETIM // Escripto pelo snr. Camillo Castello Branco, publicado // no NACIONAL de 19 de Dezembro.

O Caleche já havia sido publicado no jornal lisboeta A Nação de 28 de Novembro de 1849 e o Fragmento de um drama do Futuro intitulado o Ultimo Anno de um Vallido, saíra primitivamente no periódico portuense Nacional, a 19 de Dezembro do mesmo ano. Apesar de O Caleche não ser da autoria de Camilo, e segundo Henrique Marques, a sua participação neste opúsculo deve-se ao facto de ser o texto de ataque e propaganda política contra Costa Cabral. A propósito disto, no Dicionário de Camilo Castelo Branco por Alexadnre Cabral, (Caminho, 1988), lemos o seguinte: " ... Henrique Marques, na mesma obra, afirma que o folheto fora editado por José Joaquim Gonçalves Basto* , o proprietário de O Nacional, e explica a razão de aparecer o texto camiliano em estranho conúbio com uma prosa alheia: tratar-se «de propaganda política contra Costa Cabral e ser o opúsculo um ataque em forma a este odiado estadista». Não vamos entrar em minudências sobre as proclamadas intimidades da rainha com o seu ministro. A verdade é que António Bernardo da Costa Cabral, conde (e depois marquês) de Tomar, regressara triunfante do desterro, em consequência das eleições de 1848. A imprensa en-carniçava-se contra o detestado político, que acusava de «ladrão», sem subterfúgios. ...".

 

 

Preço:1875,00€

Referência:15309
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:PERFIL DE MARQUEZ DE POMBAL
Descrição:

Editores-Proprietários Clavel & Cª, Porto, 1882. In-8º de XVI-316-(2) págs. Encadernação coeva (sem capas de brochura) meia francesa em chagrin verde com cantos, bela e finamente dourado na lombada e pastas com filetes duplos. Aparado apenas à cabeça. Ilustrado à parte com três estampas (duas delas desdobráveis, representando a Marqueza de Távora, o palácio dos Condes de Aveiro e a queima dos corpos incriminados na tentativa de regicídio contra D. José I).

PRIMEIRA EDIÇÃO, apreciada e já rara no mercado.

Observações:

Ante-rosto com PERFIL // DO // MARQUEZ DE POMBAL e verso em branco; frontispício com os dizeres supra e verso com os direitos editoriais e registo tipográfico Typographia Occidental // Rua da Fabrica, 66 – Porto; página 5, inumerada com dedicatória a ANTONIO RODRIGUES SAMPAIO e verso em branco; PROEMIO até à página XVI iniciando-se o texto propriamente dito na página 1 até à 316; segue-se a ADVERTENCIA com verso em branco e o INDICE com verso em branco.

Logo abrir o texto, no Proemio, Camilo diz-nos:
"Este livro não pode agradar a ninguém. Nem aos absolutistas, nem aos republicanos, nem aos temperados. Chamo «temperados» aos que se atemperam às circunstâncias do tempo e do meio. São os piores, porque são mistos – têm três doses da bílis azeda dos três partidos.  São a mentira convencional – a máscara. Déspotas para zelarem a liberdade, livres para glorificarem o despotismo.  Escreveu-se esta obra de convicção, e sem partido, com uma grande serenidade e pachorra. Não se ama nem desama alguma das facções e fracções militantes. Sou um mero contemplador da fundição do metal de que há-de sair a estátua da liberdade portuguesa; mas, em meio século, será difícil empresa desagregar o bronze, estreme do chumbo e da escumalha de ferro. ..."

Camilo apresenta-se aqui numa faceta menos divulgada, a de biógrafo e historiador, numa obra que pretendia isenta e que, além do valor literário, propicia uma enriquecedora reflexão sobre um governante que despertou paixões e ódios, num período marcante da história de Portugal. Publicado originalmente por ocasião das comemorações do Centenário de Pombal, em 1882, o livro acaba por ser um libelo contra aquele governante e a má gestão da dinastia de Bragança.

A matéria dos capítulos, consta da seguinte forma: «Oraculos do Marquez de Pombal», O Marquez de Pombal e o terramoto», «O Marquez de Pombal e o vinho», «Pombal e Garção», «Pombal e os garfos», «O Marquez de Pombal e a Inquisição», O Marquez de Pombal ridiculo», «O Marquez de Pombal réo confesso».

 

HENRIQUE MARQUES, 199; MANUEL DOS SANTOS, 117; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 114; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 433; CONDE DE
FOLGOSA, 1322; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 1198; ALMEIDA MARQUES, 529.

Preço:165,00€

Referência:15178
Autor:BRANCO, Camillo Castello
Título:A ESPADA DE ALEXANDRE. // - // CORTE PROFUNDO NA QUESTÃO DO HOMEM- MULHER // E MULHER HOMEM // POR // UM SOCIO PRENDADO DE VARIAS PHILARMONICAS
Descrição:

Typographia da Casa Real, Porto, 1872. In-8.° gr. de 50 págs. Encadernação moderna meia inglesa com cantos, em pele verde, gravada com dizeres dourados na lombada. Compreende ante-rosto com os dizeres A ESPADA DE ALEXANDRE e verso em branco; frontispício textualmente descrito supra e verso em branco; página 5ª até à página 50 o texto propriamente. Todo o texto e os dizeres da capa de brochura enconytram-se emoldurados por um filete simples.

PRIMEIRA EDIÇÃO, INVULGAR deste excelente exemplar com as CAPAS DE BROCHURA CONSERVADAS. O presente exemplar pertenceu ao célebre camilianista António Almeida Marques, cujo ex-libris se encontra no verso da pasta anterior e descrito no respectivo catálogo sob o nº 432.

 

 

Observações:

Justamente e muito estimado "opúsculo" de Camilo, publicado sob pseudónimo, desta obra que constituiu a intervenção do autor à célebre questão sobre o adultério feminino levantada em França por Alexandre Dumas Filho
e intitulada Homme-Femme. Ela foi posteriormente englobada na Bohemia de Espirito.

Acompanhar o exemplar, encontra-se um mansucrito, provavelmente de Almeida MArques (?), onde se lê a curiosa nota:
"Por carta de Camilo a Chardron e publicada por Cardoso Martha, a pág 73 do 2º vol se vê que era suposto para o título deste folheto, agora em publicação em volume: A grnde questão do Marido-Esposa, da Esposa-Marido, do Mata-Aquele, do Mata-Aquela, do Mata-os-Dois - por um sócio prendado de várias filármonicas. Na Boemia do Espírito foi reproduzido o folheto com o título A Espada de Alexandre."


HENRIQUE MARQUES, 155; MANUEL DOS SANTOS, 11; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 56; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 235; CONDE DA FOLGOSA, 1214; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 995; ALMEIDA MARQUES, 43

Preço:150,00€

Referência:15428
Autor:BRANCO, Camilo Castelo
Título:O BICO DE GAZ. Semanário. Maio – 1854. Número único publicado
Descrição:

Folha avulsa. In-fólio de 8 págs. Br.

PRIMEIRA REIMPRESSÃO executada por processos de reprodução fotozincográfica em tamanho perfeitamente igual ao original, elaborada por incumbência de Gabriel Ribeiro Guimarães, no Porto, nas Oficinas Marques Abreu. Esta reimpressão distingue-se do original por não aparecer a indicação, à esquerda, da tipografia nas modalidades apontadas na descrição bibliográfica anterior; tem uma capa de brochura que não existia no original que diz: Camilo Castelo Branco. Exemplar da tiragem vulgar de uma reprodução prefeitíssima executada em papel de algodão.

Já bastante RARO.

MANUEL DOS SANTOS, 482; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 17; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 88; CONDE DA FOLGOSA, 1142; CAMILIANA (SOARES & MENDONÇA, 1968), 837; ALMEIDA MARQUES, 352.

Observações:
Preço:90,00€

Referência:14594
Autor:CASTILHO, António Feliciano de
Título:TRACTADO DE METRIFICAÇÃO PORTUGUEZA para em pouco tempo e até sem mestre, se aprenderem a fazer versos de todas as medidas e composições.
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1851. In-8º de VIII-160 págs. Encadernação moderna meia francesa com cantos em pele, rótulos gravados com dizeres dourados na lombada. Decoração dourada em filetes estilizados nas pastas. Aparo generalizado. Conserva a capa de brochura anterior, com rúbrica de posse. Exemplar muito fresco em excelente estado de conservação.
PRIMEIRA EDIÇÃO da obra que conheceu muitas mais ao longo de quase oito décadas.

Observações:

Do prólogo:

"... O presente livro é um quasi tratado, segundo eu soube e pude fazel-o; e ao mesmo tempo compendio, que por breve e claro não deixará de aproveitar aos principiantes. Examinando tudo o que sobre versificação se escrevera em nossa língua, convenci-me de que a matéria estava apenas encetada ...".

 

Preço:47,00€

Referência:15366
Autor:CASTRO, Eugénio de
Título:OARISTOS
Descrição:

Livraria Portugueza e Estrangeira, Coimbra, 1890. In-8º de VIII-51-(1) págs. Nítida impressão sobre papel de linho de boa qualdiade. Exemplar de uma tiragem limitada a 300 unidades numeradas.
Cartonagem coeva, meia inglesa em skivertex cinza, modesta e com dizeres dourados gravados na lombada. Não preserva as capas de brochura.

Ostenta uma expressiva dedicatória autógrafa a Leopoldo Battistini.

PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO DE PROA do simbolismo português na literatura.

Observações:

Edição original do livro que introduziu definitivamente o simbolismo na literatura portuguesa, que ainda segundo o autor, no prólogo nos diz que, " ...este livro é o primeiro que em Portugal aparece defendendo a liberdade do Ritmo contra os dogmáticos e estultos decretos dos velhos prosadistas...". Publicado após a sua estadia em Paris, onde se tornou amigo de Jean Moréas, Mallarmé, Gustave Khan, Verlaine,  Mallarmé e Henri de Régnier, (Eugénio de Castro publicou-os em Portugal na revista Arte com Manuel da Silva Gaio), Oaristos conseguiu revolucionar, do ponto de vista formal, a poesia portuguesa  com a introdução de inovações ao nível das imagens, da rima e do trabalho do verso em geral, com exploração da musicalidade na língua, numa estética que visava contrapor-se à tradição romântica portuguesa.

O destinatário da dedicatória, Leopoldo Battistini  (1865-1936) foi um notável pintor e ceramista, que emigrou de Itália para Portugal em 1889 para leccionar na Escola Avelar Brotero, em Coimbra, onde permaneceu até 1903. Nessa cidade veio a criar amizade com diversos intelectuais, escritores e artistas, entre os quais Eugénio de Castro (1869-1944) e Carlos Reis (1863-1940). Transferindo-se para Lisboa em 1903, passou a leccionar na Escola Marquês de Pombal. Depois de quase duas décadas de ensino e bem sucedidas exposições de pintura nesta cidade, Batistini assumiu em 1921, com Viriato Silva (datas desconhecidas), a recuperação e administração da fábrica Constância, que apenas depois do seu falecimento, por homenagem de Maria de Portugal, passou a ostentar o seu nome.

Preço:250,00€

Referência:15358
Autor:COUTINHO, João de Azevedo Sá
Título:QUADRO POLÍTICO HISTORICO E BIOGRAPHICO DO PARLAMENTO DE 1842 por Um Eremita da Serra d'Arga.
Descrição:

Typographia de Manoel de J. Coelho, Lisboa, 1845. In-8º de 136 págs. Encadernação moderna em sintértiuco azul escuro. Preerva as capas de brochura e mantém intactas as margens fortemente desencontradas.

 

INOCÊNCIO, t.III, p. 297

Observações:

João de Azevedo Sá Coutinho (Viana do Castelo, 1811 - Lisboa, 1854), bacharel formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, foi deputado na legislatura de 1842, durante a qual se opôs a Costa Cabral. Na formatura pela Universidade de Coimbra em 1831, foi nomeado nesse mesmo ano pelo governo de D. Miguel, Juiz de fóra de Freixo de Numão. Segundo Inocêncio, " ... Em 1842 veiu para a capital, com o intento de obter algum emprego publico, o que todavia não conseguiu, mostrando-se-lhe a fortuna sempre avessa n'esta parte. Dotado de innegavel talento, carecia ás vezes da prudencia necessaria para regular as suas acções; d'essa falta lhe provieram alguns desgostos, que talvez concorreram poderosamente para abbreviar-lhe a existencia ...".».

Obra dividida em três partes:
parte 1) descreve os casos mais relevantes da legislatura;
parte 2) composta por notas biográficas dos parlamentares com apreciações críticas dos seus traços de carácter e das suas actuações;
parte 3) faz um balanço geral da situação política da época.

Fonte muito importante para o estudo da Monarquia Constitucional e em especial dos governos de Costa Cabral.

Preço:65,00€

Referência:15228
Autor:DEUS, Faustino José Madre de
Título:POUCAS PALAVRAS SOBRE GARRET por (...) em Dezembro de 1828.
Descrição:

na Impressão Régia, Lisboa, 1929. In-8º de 27 opágs. Encadernação cartonada moderna em papel marmoreado. Nítida impressão  sobre papel encorpado.

 

Observações:

Faustino José da Madre de Deus (1773-1833) conhecido sobretudo por ter publicado imensos títulos que promovem uma acesa campanha anti-constitucional, e, no título que se apresenta, não poupa Garrett pelo seu escrito Quem he seu legitimo Rei! . Aponta cinco argumentos sobre o quais disserta de forma alargada "... com antecipação estabelecer principios incontrastaevis para todos os homens imparciaes; até porque o inimigo affirma estarmos em hum seculo, em que os Pricipios são tudo ...".

Preço:45,00€

Referência:15324
Autor:DEUS, João de
Título:CRYPTINAS (folha avulsa gratuita)
Descrição:

Sem indicação de lugar nem data (188?). In-8º de 16 págs. Encadernação meia inglesa em pele grenat com dizeres e florões decorativos na lombada. NÃO SE CONHECEM CAPAS DE BROCHURA PARA ESTE TÍTULO. folhas ligeiramente amarelecidas pela acção do tempo. 

Observações:

Trata-se de um folheto de poesia erótica. De toda a bibliografia de João de Deus, este título é o mais raro. Conheceu nova edição em 1981 pela editora &etc na colecção Contra-Margem.

Preço:275,00€

Referência:15410
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:MYSTICAE NUPTIAE
Descrição:

Imprensa da Universidade, Coimbra, 1866. In-8º de 20 págs. Encadernação moderna, meia inglesa skivertex verde, com rótulo pele preta na pasta anterior, com dizeres dourados. Conserva capas de brochura. O exemplar apresenta~se com uma dedicatória não autógrafa, coeva, no frontspício e uma levíssima mancha de humidade, sem gravidade maior, constante ao longo de todo exemplar, no festo inferior esquerdo.

Primeira edição raríssima do segundo livro de Guerra Junqueiro.
 

Observações:

Trata-se do segundo livro publicado de Guerra Junqueiro, quando contava apenas 16 anos de idade, ao tempo estudante acabado de se matricular no curso de Theologia em Coimbra (tendo-se formado em Direito em 1871, na mesma cidade), num período em que esta cidade ainda vibrava na sequênciada da recente Questão Bom Senso e Bom Gosto. Nesta obra sente-se a influência ultra-romântica que o marcou antes de se tornar popular pela via da escrita virulentae pela satírica.

Cândido Nazareth, 3431, Laureano Barros, 2934 (raríssimo)

Preço:325,00€

Referência:15286
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:PEDRO SORIANO
Descrição:

Paris - 2119. (S.l. nem data autêntica). In-8º de 14 págs. Encadernação meia francesa em pele verde com cantos, ornamentação dourada em casas abertas e dizeres, também dourados, na lombada. Nítida impressãoi sobre papel de linho encorpado. Magnífico exemplar, sem defeitos assinalar.

Edição princeps, muito rara, do célebre poema "obsceno" e erótico, publicado sem o consentimento do autor (mesmo assim tendo-o chamado filho do alcool e da bohémia) de forma clandestina numa restritíssima tiragem, cujos exemplares ele procurou recolher e destruir até ao fim da vida. .

Observações:

No texto introdutório, lê-se: Pedro Soriano foi o heroi de um casamento simulado que houve em Lisboa. Tinha o membro viril desenvolvidissimo. Uns amigos de Junqueiro, encarregaram-se de lhe apresentar o Soriano, porque tendo contado a Junqueiro a enormidade do membro, ele dissera que exageravam. Junqueiro viu e exclamou: “Tamanho membro merece um poema”.

Poema licensioso, do qual, segundo nos relata Raul Brandão, no seu segundo volume das Memorias, " ... Junqueiro escreveu algumas poesias eróticas, que um livreiro do Porto a ocultas coligiu e publicou tirando quarenta exemplares». E mais adiante acrescenta: «José Sampaio [Bruno] arranjou um para a Biblioteca Municipal do Porto. Junqueiro que passou a vida a comprar por todo o preço esses exemplares, deu o manuscrito da Pátria à Câmara do Porto em troca do exemplar da Biblioteca. E dizia: - Esses versos não são meus, são do álcool...". Todavia, o escritor João Paulo Freire (Mário), publicou em Curiosidades Bibliográficas o seguinte acrescento: " ... Sampaio Bruno aceitou e mandou fechar a sete chaves uma cópia que mandara tirar do original que Junqueiro acabava de inutilizar. Desta edição tiraram-se apenas 60 exemplares ...".

 

Preço:395,00€

Referência:15225
Autor:JUNQUEIRO, Guerra
Título:PÁTRIA
Descrição:

Edição de autor (?), s.l.,1896. In-8º de 188 - XXV - (I) págs. Encadernação inteira de pele cor de mel, de feitura artística com ferros gravados a sêco nas pastas, de estilo Arte Nova representando figuras femininas da época, emolduradas com ferros dourados dispostos em filetes simples. Dourado também nas coifas e seixas. Guardas em papel pintadas. Conserva as capas de brochura (anterior om ligeiros restauros marginais). Exemplar impresso em papel de boa qualidade, de esmerado apuro gráfico e encontra-se inteiramente por aparar, mantendo as margens intactas e desencontradas. Conserva encadernada no final uma folha volante impressa, que, em nossa opinião é indpendente da presente edição da obra, onde se lê: "Nota extraída doexemplar pertencente a José Pereira de Sampaio Bruno" com a identificação das personagens referidas na obra.

Primeira edição, muito invulgar que as condições descritas, constitui uma PEÇA DE COLECÇÃO única.

Cândido Nazareth, 3435 (raro); Aulo-Gélio 1888.

Observações:

Notável poema dramático, um ds últimos "documentos do vate político, que desfere com força imcomparável o látego da sátria", no dizer de J. do Prado Coelho. António José Saraiva e Óscar Lopes, na sua História da Literatura Portuguesa (15.ª ed., Porto Editora, Porto, 1989), apontam esta fase poética de Junqueiro como o ponto charneira na abordagem do real: "...  A nebulosidade da sua ideologia anticlerical permitia que, entretanto, prosseguisse até à crise política de 1890 a sua carreira de deputado monárquico, gravitando na órbita de Oliveira Martins e na do grupo de literatos e aristocratas dos Vencidos da Vida. Com o Ultimato assiste-se, porém, à sua rotura com Martins e à passagem para as fileiras republicanas. Datam de 91 Finis Patriæ e Canção do Ódio, violentas sátiras à dinastia brigantina e à Inglaterra, das quais ainda é sequência Pátria (1896), poema já, no entanto, repassado de um patriotismo elegíaco a condizer com as tendências saudosistas do tempo ...".

 

Preço:245,00€

Referência:15384
Autor:LEAL, Gomes
Título:PROTESTO D'ALGUEM - Carta ao Imperador do Brazil
Descrição:

Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos & sobrinho - Editores, Porto, 1889. In-8.º de 15 págs. Brochado. Exemplar com alguns picos de acidez. Ilustrado com um retrato desenhado de Gomes Leal por Roque Gameiro.

PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:
Preço:27,00€

Referência:14804
Autor:LEAL, Raúl
Título:CONTRIBUITION À L'ÉTUDE DES IDÉES POLITIQUES ET SOCIALES DE L'ECOLE DE COIMBRE
Descrição:

Maurice Lavergne, Imprimeur, Paris, 1941. In-8º de 128 págs. Encadernação moderna inteira de sintético preto com dourdos na lombada. Aparo marginal e consrva a capa de brochura anterior. Aparo generalizado.

Observações:

A autoria da presente publicação nada tem a ver com o autor Raul Leal - HENOCH , «Note-se, desde já, que dois autores portugueses assinavam as suas obras com o nome Raul Leal» – alerta-nos Aníbal Fernandes na reedição de Sodoma Divinizada (Hiena Editora, Lisboa, 1989) –. «Além [do] colaborador de Orpheu, [...] o outro [...] é nortenho e doutorado em Economia pela Universidade de Paris.»

Inúmeras referências a Antero de Quental, Oliveira Martins, Teófilo e Ramalho.

Preço:20,00€

Referência:15105
Autor:LOBO, D. Francisco Alexandre
Título:OBRAS DE D. FRANCISCO ALEXANDRE LOBO, Bispo de Vizeu. Impressas às custa do Seminario da sua Diocese. Tomo I( a III)
Descrição:

Typographia de José Baptista Morando, Lisboa, 1848 (1849 e 1853 respectivamente). In-8º de 3 volumes com XVIII-(1)-462-(2), III-485-(3) e (6)-500-(1) respectivamente. Encadernação coeva, meia francesa em pele verde com etiquetas de número de ordem da biblioteca antiga. Aparo marginal e muito bom estado geral. Assinatura de posse antiga (Prof. Dr. Bernardo Albuquerque) no frontspício do primeiro volume. Ilustrado com litografia original representando o retrato do autor  segurando pena de escrita e livros, assim como reprodução facsimilada da sua assinatura, realizado nas oficinas calcográficas dos Mártyres em Lisboa, por António Joaquim de Santa Bárbara.

PRIMEIRA EDIÇÃO, póstuma de toda a sua grandiosa obra (o autor tinha falecido 4 anos antes). Foram publicados três volumes das Obras Completas deste historiador, embora o plano de edição constasse de dez volumes, permanecendo inédita até hoje a restante parte da sua obra.

Observações:

Francisco Alexandre Lobo (1763, Beja — 1844, Lisboa), bispo de Viseu, foi um clérigo e político português, historiador e homem de letras erudito, que, entre outras funções, exerceu o cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, então equivalente a Primeiro-Ministro de Portugal, no executivo pró-miguelista que governou entre 1826 e 1827. Conservador, considerado um apostólico moderado, era próximo de D. Miguel I, por quem foi escolhido para conselheiro de Estado e encarregado de fazer a reforma geral dos estudos. Após a vitória liberal teve de exilar-se abandonando Portugal em 1834. Foi um escritor brilhante e erudito, revelou-se um historiador de mérito, sendo admitido como sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

António Joaquim de Santa Bárbara (1838-1864) foi um gravador português, autor de alguns dos melhores retratos litografados de políticos, membros da alta sociedade e artistas do século XIX em Portugal. Santa Bárbara foi um artista com uma enorme capacidade de desenho, sendo que algumas das suas gravuras, particularmente as que executou a partir de daguerreotipos, são de um realismo espantoso em que, alguns dos retratos que litografou foram partir de daguerreotipos.

Preço:195,00€

Referência:15273
Autor:MACEDO, José Agostinho de
Título:O DESENGANO. Periodico Politico, e Moral por ...
Descrição:

Lisboa na Impressão Regia, 1830 (Setembro 1830 a Setembro de 1831). In-8º de 27 números, composto maioritariamente por 12 páginas cada: Colecção completa de 27 numeros encadernados num volume. Encadernação meia de pele cor de mel, século XX, com rótulo de pele vermelha gravada cm dizeres a ouro na lombada. Corte coevo das folhas salpicado a pigmento azul indigo. Exemplar acompanhado do retrato que por vezes falta nos exemplares que aparecem no mercado, gravura esta desenhada por H. J. da Silva e gravada por D. J. Silva . Inocêncio, no seu Dicionário Bibliográfico, diz-nos que a obra " ... compõe- se de 27 n.ºs, dos quaes o ultimo sahiu posthumo, tendo ficado incompleto pela morte do auctor ...", dado esse que se obtem também no último parágrafo do último número, onde refere a data de cessão de escrita e do passamento do autor "... por lhe obstar a finalisal-o o ataque das sezões de que lhe sobreveiu a morte ..."

Exemplar apresenta ainda uma folha final, constituída por 2 sonetos assinados J.J.P.L. [Joaquim José Pedro Lopes], intitulados «Por ocasião da sentida morte do Padre J.A. de Macedo» e o «Índice dos títulos dos numeros desta obra».

Publicação periódica completa, de difícil obtenção no mercado e cujas descrições não referem, nem a gravura, nem a folha final.

Inocêncio, IV, 197; Manuel Ferreira, Cat. LXXXII

 

 

Observações:

Periódico afeiçoado à causa absolutista em que o autor " .... arremedando uma espécie sui generis de heteronímia ou máscaras da mentira, criou, sem paralelo, um verdadeiro estilo de intervenção desorbitada na vida política portuguesa, habitualmente mais passiva e impessoal (...) e verdadeiro profissional da demagogia, converteu a polémica de intenção literária num registo ideológico ..." (Maria Ivone Ornellas Andrade, in A Contra-revolução em português, José Agostinho de Macedo, vol. II, 2004, p. 316)

Preço:250,00€

Referência:15437
Autor:MANSO, Levy Maria Jordão de Paiva
Título:MEMÓRIA sobre Lourenço Marques (Delagoa Bay)
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1870. In-8º de LXXXIX-149 págs. Encadernação coeva meia inglesa em pele vermelha, com dizeres dourados e ferros sêcos em casas fechadas na lombada. Aparo generalizado, sem capas de brochura. Ilustrado com dois mapas no fim do volume em extratextos desdobráveis, com os seguintes títulos: Mapa demonstrativo dos limites das possessões portuguesas na África Oriental e da República do Transval e Plano da Bahia de Lourenço Marques. A folha de anterrosto apresenta um título diferente do da folha de rosto: Africa Oriental Portugueza.

Inocêncio V, 182-184 e XIII, 293-294

Observações:

Obra fundamental para o estudo da história de Moçambique com foco na fundação e desenvolvimento de Lourenço Marques (Maputo). A introdução extende-se ao longo de seis capítulos e notas, tratando da história da colonização, comparando-a com outras e regista dados estatísticos sobre a importância económica de Lourenço Marques. A obra compõe-se de três partes e dois apêndices onde o autor tece descrições dos séculos XVI e XVII e um vocabulário da língua cafreal usada pelos povos da região. A primeira parte faz a história de Lourenço Marques e descreve pormenorizadamente todos os aspectos do território e da administração. Na segunda parte expõe os conflitos com a Inglaterra pela posse desta região e na terceira parte descreve as relações com os Boers do Transval. Levy Maria Jordão de Paiva Manso (Lisboa, 1831 - 1875) foi um brilhante e precoce erudito e historiador, que se distinguiu pela preocupação em fundamentar os seus estudos históricos em pormenorizados e rigorosos levantamentos e estudos das fontes documentais. É autor de obras fundamentais sobre Angola (Congo), sobre Moçambique e sobre a questão do Padroado Português. Henry Pélissier.

Preço:85,00€

Referência:15323
Autor:ORTIGÃO, Ramalho
Título:EM PARIZ
Descrição:

Typographia Lusitana, Porto, 1868. In-8º de 235-(3) págs. Encadernação coeva em pele preta, meia inglesa, com dourados ao gosto romantico na lombada. Aparo marginal, falho de ante-rosto. Dedicatória autógrafa (?) safada e vestígios de antigo carimbo, no frontispício. Miolo impecável, muito limpo.

Muito rara primeira edição da estreia literária de Ramalho Ortigão.

Não referido em Laureano Barros. Aulo-Gélio, 2991; Candido Nazareth, 5681 (muito rara); Soares & Mendonca (1968), 3397.

Observações:

Interessante livro, publicado assim que o autor chegou de Paris, em Janeiro de 1868, onde visitou a Exposição Universal de Paris de 1867, e no prólogo da viagem, logo abrir o livro, lemos o seguinte: " ... Hoje em dia um viajante que se não apeie de balão com noticias da lua, precisa de nos ser muito sympathico para o não termos por um semsaborão quando vier contar o que viu. Este mundo está visto e revisto. A electricidade e o vapor tornaram toda a redondeza do globo terrestre tão compreensivel como a circunferencia de uma tangerina que a gente atravessa com um palito e mette na algibeira acabado o jantar ..." demarcando a sua obra de qualquer intenção didática: "Proponho-me singelamente conversar com a despresunção plena de quem não tem compromissos nenhuns para ser embiocado e sorna". Já em "Sobre as águas do mar", aponta as suas motivações de viagem: "Viajar? (...) Para onde? Para qualquer parte. Para quê? Para voltar depois. Porquê? Porque se volta melhor do que se foi."

Nele o autor descreve algums particularidades da vida cosmopolita francesa, faz comparações com Portugal, descreve as paisagens da viagem, e dedica bastantes páginas à literatura francesa e aos prazeres de mesa dos jantares do Grand Hotel. Aqui reúne uma série de textos heterogéneos cuja acção se desenvolve em Paris ("No asfalto parisiense"); um fragmento autobiográfico ("Uma visita a Ferdinand Denis"); vários folhetins ("Jantares e jantantes", sobre a vida mundana parisiense; "A parisiense", onde faz o elogio da mulher francesa; "O petit crevé", onde caricatura o tipo do rapaz elegante; "A mocidade", em que examina a mocidade intelectual francesa).

Preço:95,00€

Referência:15099
Autor:PATO, Bulhão
Título:POEMA "DESPEDIDA" original manuscrito de Bulhão Pato
Descrição:

Manuscrito original sobre folha de papel filigranado de dim. 13,5 x 21 cm, intitulado DESPEDIDA, datado de 6(?) de Novembro de 1896 a assinado no final por Bulhão Pato. Encontra-se montado sobre cartolina, fixado com ponto de cola na secção superior. Ligeiros cortes marginais e raros picos de humidade disseminados pela folha.

Poema intitulado DESPEDIDA (inédito?) dedicado aos meus amigos da Carregosa que correspondem a uma estrofe única de seis versos, de cariz romântica e nostálgica.

São raros os poemas originais manuscritos de Bulhão Pato.

Observações:

Raimundo António de Bulhão Pato (1826-1912) foi um escritor memorialista e poeta da geração ultra-romântica, influenciado por Lamartine e Byron, com imensa obra, em diferentes géneros literários, publicados entre 1850 e 1907. Alguém escreveu que Bulhão Pato serviu de inspiração a Eça de Queirós em alguns personagens de Os Maias. Ficou igualmente conhecido como amante da boa vida, caçador, gastrónomo e inventor de algumas receitas.
 

 

Preço:125,00€

Referência:14764
Autor:PEREIRA, Porphyrio Jose
Título:QUADROS D’ALMA OU A MULHER ATRAVEZ DOS SECULOS por…
Descrição:

Editor - José Maria Correa Seabra, Lisboa, 1862. In-8º de 276-(1) págs. Brochado. Ligeiro aparo marginal.

Observações:

Estudo muito curioso sobre a mulher com clara inspiração romântica.

“A mulher nunca é tão forte como o homem, e o maior uso ou abuso, que este tem sempre feito da força, é o ter-se valido d’ella para escravisar tyrannicamente essa bella metade do genero humano, que o deve aliás acompanhar no leito da dor e do prazer.
Os selvagens obrigam, em diversas plagas, as suas mulheres a trabalharem constantemente. São ellas, por exemplo, entre os Kirghiz, Cafres, Zelandezes, Kalmukos, Hottentotes e outros nómades, que cultivam as terras e executam as tarefas mais árduas e penosas, em quanto elles se conservam desmazeladamente deitados na rede ou choça, d’onde saltam para a caça, pesca ou pilhagem, á similhança da fera, que só abandona o covil quando a fome sanguisedenta aperta. Tambem muitas vezes o fazem para se conservarem inertes, extaticos longas horas, porque os selvagens desconhecem o passear.”

Preço:17,00€

Referência:15246
Autor:PICQUET, Pierre
Título:LE TRÉSOR CALLIGRAPHIQUES ou recueil d'exemples et d'alphabets variés des différens caractères d'écriture, d'impression et de fantaisie français et étrangers gravé d'après les plus grands maîtres, par (...)graveur d'écriture
Descrição:

Chez Hachette, Paris, (1845). In folio de 41 ffs litografadas. Frontspício principal e secundário gravados, seguindo-se de uma página de introdução e dezenas de exemplos caligráficos até ao final da obra, num total de 41 folhas gravadas pela frente por Joseph Picquet a partir de desenhos de L. F. Pillon. No final da obra inclui 11 alfabetos em idiomas distintos. Encadernação coeva. meia inglesa em pele vermelha com dizeres dourados na lombada, apresentando alguns sinais de manuseamento. Foxing generalizado, em algumas folhas, próprio da sua qualidade hidrófila.

Observações:

Claudio Bonacini (Bibliografia delle arti scrittorie e della calligrafia, 1953) refere outro título de Picquet (sob nº 1424) e outros quatro da autoria de Pillon (o calígrafo que desenhou as estampas), mas omite o exemplar que se apresenta.

Toda a primera parte do livro dedica-se à escrita inglesa, ampliando as mostras em diferentes escolas e países incluindo muitos exemplos de escrita americana, seguindo-se de alfabetos russos, manchú, tibetano, italiano, fenício, índio, sanscrito, gótico, etc...

Preço:275,00€

Referência:15306
Autor:PIMENTEL, Alberto
Título:PORTUGAL DE CABELEIRA
Descrição:

Livraria Universal de Tavares Cardoso & Cª, Pará, 1875. In-8º de 248 págs. Encadernação moderna, meia francesa em pele, decorada a ouro em casas abertas e rótulos de pele aul escura, também dourada, na lombada. Conserva as capas de brochura e ligeiro aparo à cabeça, com pigmento azul. O papel mantém a sonoridade original do papel,

Magnífico exemplar, em excelente estado, desta PRIMEIRA EDIÇÃO.

Observações:

Esta obra, em primeira edição, foi destinada ao Brasil, como o indicada a capa de brochura e o frontispício, mas impressa em Portugal. De interesse camiliano.

Na capa de brochura, lemos a seguinte informação:
«I Barba e bigode – II A dama da cutilada – III O Terreiro do Paço – IV Os sinos d’Alpendurada – V Rehabilitação do queijo por um documento antigo – VI Ha dois seculos e meio – VII As feiras – VIII A antiga viação portugueza – IX Um episodio da conquista de Lisboa – X Como as borboletas se queimam – XI Tradição Setubalense, O convento de Jesus XII – Tradições antigas de Sant’Yago de Cacem XIII – Um serão de Bocage».

Preço:75,00€

Referência:15257
Autor:QUEIROZ, Eça de
Título:ALMANACH ENCYCLOPEDICO. [Para 1896 (e 1897)] Com um extenso prefacio por Eça de Queiroz.
Descrição:

Livraria de Antonio Maria Pereira. 1895 (e 1896). In-8.° de dois volumes com XLV-(1)-385 págs. e LV-(3)-348-(6) págs. Encadernação coeva meia francesa em pele vermelha, com ferros secos nas pastas e dizeres dourados na lombada sobre pele preta. Profusamente ilustrado. Papel ligeiramente amarelecido próprio da sua qualidade intrínseca sob acção do tempo, ausente (?) de capas de brochura.

Invulgar.

Observações:

Almanques muito curiosos e especialmente estimados pela extensa colaboração queirosiana que na totalidade da obra, ocupa cerca de uma centena de páginas.

Preço:75,00€

Referência:15259
Autor:QUENTAL, Antero de
Título:ZARA. Edição polyglotta.
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1894. In-8º  de (15)-89-(7) págs. Encadernação moderna, meia francesa com cantos, em pele grenat, com dizeres dourados na lombada. Conserva capas de brochura e encontra-se inteiramente por aparar

Obra numerada pertencente a uma edição cuja tiragem foi de 60 exemplares, impresso sobre papel de linho azul, com grandes margens desencontradas. Belo exemplar, de colecção.

Observações:

Texto preliminar de Joaquim de Araújo, o organizador do livro a título de homenagem póstuma a Antero, cujo labor editorial foi custeado pelo bibliófilo Carvalho Monteiro (Monteiro dos Milhões, como era conhecido). Ainda segundo Joaquim de Araújo, trata-se da “mais formosa Antologia de versões que uma poesia portuguesa tem conquistado”, explicando a dívida de gratidão contraída desde quando o poeta compusera, a seu pedido, os versos que seriam a inscrição tumular da irmã, a Zara aludida; e integra as traduções, quase todas para o efeito, de, entre outros (e num total de dezenas), Wilhelm Storck, Alfredo Testoni, Joseph Bénoliel, Curros Enriques e Edgar Prestage.

Preço:120,00€

Referência:15433
Autor:QUENTAL, Anthero de
Título:ALMANAK PARA A DEMOCRACIA PORTUGUEZA PARA 1871. 1º Anno illustrado com os retratos dos mais distinctos democratas da presente época acompanhados dos esboços da sua história política.
Descrição:

Typographia Democratica, Lisboa, 1870. In-8º de 71 págs. Brochado. Capas de brochura preservadas com sinais marginais de manuseamento, lombada com pequeníssimas falhas de papel.

Ostenta uma MUITO RARA DEDICATÓRIA DE ANTERO DE QUENTAL a seu primo Sebastião Arruda (Sebastião Arruda da Costa Botelho, 1833-1926, foi primo direito e amigo de Antero de Quental, filho de Maria Helena de Quental, irmã do pai de Antero. Irmão do escrivão notário de Ponta Delgada Augusto Arruda Quental. Organizou um estudo sobre etimologias e famílias de apelidos portugueses e brasileiros que não chegou a publicar).

Do destinatário da dedicatória autógrafa, Sebastião Arruda, apresenta no frontspício uma nota manuscrita autenticada (não assianda) declarando a recepção e oferta do presente exemplar Anthero offereceu-me este almanach em 12 de janº de 1872.

 

Exemplar também com interesse filatélico por ter sido enviado pelos correios ao destinatário sem recurso a sobrescrito (provavelmente teve uma cinta de papel com indicação de morada, como então também circulavam outros impressos e periódicos), usando a capa de brochura anterior como suporte para a franquia postal. O nosso exemplar ostenta na capa anterior, de forma bem preservada com todas as margens da franquia completamente intactas, o selo nº 19 na variante tipo III (selo Dom Luiz, 5 reis, fita curva, não denteado) obliterado com carimbo nº 1 (Lisboa).

Título inexistente em nenhuma biblioteca pública nacional, tão pouco referido nas bibliografias consultadas. O catálgo de Cândido Nazareth, sabido como um dos maiores anterianos da bibliofilia em Portugal no séc. XX, tão pouco refere o título que se apresenta.

PEÇA DE COLECÇÃO e desconhecidíssima da bibliófilia anteriana.

Observações:

Obra publicada na sequência da chegada de Antero de Quental de Paris a Lisboa, portador e incentivador de desígnios assimilados na capital francesa aprendendo a profissão de tipógrafo. Neste período ao lado de Jaime Batalha Reis (1847-1935) e José Fontana (1841-1876) passa a ser um dos editores do jornal República Federal. Em maio de 1870 com Oliveira Martins (1845-1894), Jaime Batalha (1847-1935), Manuel de Arriaga (1840-1917) e Antônio Enes (1848-1901), funda e dirige o jornal A República – Jornal da Democracia Portuguesa pela Tipografia Democrática. Esta casa editorial dos sete folhetos em pequeno formato de República , publicou ainda em 1870 o Almanaque para a Democracia Portugueza /Ilustrado com os retratos dos mais distintos democratas da presente época acompanhados dos esboços da sua história política.

Irene Fialho, no trabalho publicado GERAÇÃO DE 70 – REPÚBLICA ANTES DA REPÚBLICA (in 'Convergência Lusíada' #28, p. 120 -133, 2012), declara que Antero de Quental assume quase toda a coordenação e produção do Almanak e publica, anonimamente, o artigo «Democracia». Declara ainda que o exemplar do Almanak para a Democracia Portugueza consultado, sem identificar a proveniência, " ... deveria ser o único hoje existente ...".

Almanak tem o mesmo tipo de papel, letra e capa de A República, e o seu prólogo “Aos meus amigos” é assinado por A.M. Baptista Tavares, a que se segue um calendário católico, com todos os seus dias dedicados aos santos reconhecidos por Roma – vindo depois textos sobre os modernos “Emílio Castellar”, “Victor Hugo”, “Júlio Favre”, “José Garibaldi”, “Henri Rochefort”, acompanhados por retratos dos homenageados. Alguém escreveu, contra o esquecimento, que esses artigos se deveram à inspiração de Antero de Quental, Oliveira Martins e Jaime Batalha Reis. Garibaldi teve, além do artigo, a honra de um poema, completado por “Salvé!/ República Francesa!” – não esqueçamos que o ano era 1870 e o Almanaque destinava-se a 1871. E a “Liberdade” de Manuel de Arriaga, poema publicado no Jornal da Democracia Portuguesa, onde fora parar? Cabia agora neste apêndice em forma de almanaque. Ainda, segundo Irene Fialho " ... não seria o Almanaque para a Democracia Portuguesa um braço mais longo, que levaria ao povo menos habituado aos periódicos, mas fervoroso consultante da folhinha – e sabemos como a folhinha ainda hoje persiste na sua informação – a ode “À Liberdade”? Poema ingénuo, como afinal eram ingénuas as excelentes intenções desse grupo de que saíram as Conferências do Casino, excelentes como o sol que brilha ...".

Preço:775,00€

Referência:15244
Autor:QUENTAL, Anthero de
Título:NA MORTE DO MEU CONDISCIPULO E AMIGO MARTINHO JOSÉ RAPOSO.
Descrição:

Editor R. V., Barcelos, 1897. In-8º de 13 págs. Brochado. Apresenta uma etiqueta de nº de ordem de biblioteca privada no canto superior direito. Exemplar numerado e assinado pelo "editor" Rodrigo Velloso, de uma rara tiragem de 20 exemplares em papel de linho.

Não refereido nas magníficas Antherianas de Cândido Nazaré e Laureano Barros.

Observações:

Edição realizada por Rodrigo Vellozo a partir do texto publicado por Anthero de Quental no periódico Prelúdios Litterarios, nº 2, p. 13 (1860-1861).

Preço:95,00€

Referência:15243
Autor:QUENTAL, Anthero de
Título:SONETOS
Descrição:

Imprensa Portugueza, Porto, 1880. In-8º de 32-(4) págs. Brochado. Rúbrica de posse no frontspício de António Quintela, irmão de Paulo Quintela. Sinais de manuseamento.

Cândido Nazareth, 520 (Muito rara), Laureano Barros, 4956.

Observações:

Segunda edição dos célebres Sonetos em que foram aqui publicados pela primeira vez, alguns novos poemas.

 

 

Preço:135,00€

Referência:15349
Autor:RATTAZZI, Marie
Título:PORTUGAL DE RELANCE. Traducção Portugueza (auctorisada pela auctora). Volume I (e II).
Descrição:

Livraria Zeferino, Editora. Lisboa. 1881 (na capa de brochura vem a data de 1882.). In-8º de 2 vols. com (6)-LXXVI-193 e (2)-214-(4) págs. respectivamente. Encadernação não coeva, meia francesa em pele castanha marmoreada com rótulos de pele dourados com os dizeres. Conserva as capas de brochura (a anterior está espelhada e restairada, com ligeiras falhas de papel). Aparado à cabeça e margens grosadas. Nítida impressão sobre papel branco. Picos de acidez ocasionais.

PRESERVA A FOTOGRAFIA ORIGINAL da Princesa Rattazzi, elemento este que falta na maioria dos exemplares que aparecem no mercado. INVULGAR esta primeira edição portuguesa da obra que deu origem à acesa polémica de Camilo com a autora, conhecida por «Questão Rattazzi», certa forma um espelho da sociedade portuguesa do séc. XIX, que ainda hoje se reflecte arrebatadamente o país.

Observações:

Tradutor não identificado, mas no Diccionario Bibliographico Portuguez (t. XVIII,1906), refere Brito Aranha " ... A traductora foi D. Guiomar Torrezão, que passava por ser amiga dedicada da Rattazzi …". A Madame Rattazzi (1813-1883), ou Princesa Rattazi como era designada, foi publicista e romancista, não alcançando grande relevo no panorama literário. Em 1879, este título desencadeou uma enorme polémica em Portugal, na qual intervieram nomes como Camilo Castelo Branco (a quem a autora se refere de forma pouco lisonjeira), Antero de Quental e Ramalho Ortigão, entre muitos outros. Entre 1876 e 1879, Marie Rattazzi viajou por Portugal. Filha do diplomata inglês Thomas Wyse e de Letícia Bonaparte, casou três vezes e do segundo marido adotou o apelido literário Ratazzi. Em resultado dessas visitas, nas quais reunia abundantes notas e apontamentos publicou, em 1879, em França um livro com o título Le Portugal a Vol d’Oiseau, Portugais et Portugaises. Esta obra provocou uma grande polémica, porque as opiniões acutilantes vindas de uma mulher, facto muito invulgar à época, não agradaram aos portugueses. De uma escrita franca e direta, conseguiu criar grandes inimizades e suscitou uma grande e combativa controvérsia com Camilo Castelo Branco.

" ... A Rattazzi, que passou dois invernos a desfrutar os literatos de Lisboa, publicou agora um livro sobre Portugal, delicioso. Imagine uma parisiense descrevendo ao vivo, estes mirmidões! Não se fala noutra coisa, e está tudo furioso. (Antero de Quental, carta a João Lobo de Moura, 19 de janeiro de 1880).

Preço:125,00€

Referência:14868
Autor:RIBEIRO (Thomaz)
Título:VESPERAIS. Poesias Dispersas.
Descrição:

Livraria Ernesto Chardron, Porto, 1880.  303-(1)-III-(1). Encadernação editorial em skivertex castanha com pastas lavradas a ferros dourados e pigmento negro. Nítida impressão a duas cores, negro e vermelho, e impressão cuidada ao gosto romântico, de grande apuro gráfico.

Observações:

Thomaz Ribeiro (Tondela, 1831 - Lisboa, 1901), formado em direito pela Universidade de Coimbra, pouco exerceu a magistratura, tendo abandonado-a para seguir na carreira política, em que teve grande destaque, chegando, inclusive, a embaixador de Portugal no Brasil. Foi um dos representantes da poesia ultraromântica portuguesa, contando com a simpatia de Antonio Feliciano de Castilho, um dos nomes mais importantes do movimento romântico em Portugal.

Preço:30,00€

Referência:15233
Autor:Sem autoria
Título:ALMANACH REI CARAMBA faceto e noticioso para o anno de 1868 (bissexto) illustrado com uma gravura representando o retrato de su magestade.
Descrição:

Livraria Verol, Lisboa, 1867. In-8º de 96 págs. ilustrado. Brochado com as capas fragilizadas, dada a sua fina gramagem, e defeitos marginais. A necessitar de encadernação. Os defeitos, são próprios da acção do tempo sobre este papel de baixa qualidade, papel este usado nas edições populares de intenso manuseamento.

Preserva a carismática gravura que representa o Rei Caramba.

INVULGAR, curiosa e muito cómica publicação, da responsabilidade da Livraria Verol, fundada em 1836 e que teve mais de um século de existência entre actividade livreira, encadernadora e papelaria.

Observações:

Depois da Declaração de Sua Magestade (Rei Caramba), afirmando " ... Hoje publicando este almanak, não intento mais do que uma especulação pecuniaria. Ainda assim fiquem todos sabendo, que quero dar a maxima liberdade aos meus compradores, e apraz me dar licença que todos entrem nos quartos da lua, analysando-os como entenderem. ..." seguem-se Pensamentos do Rei Caramba acerca do amor, Eu perdi a eleição (sátira a um deputado proposto pelo então governo), Conselhos de Sua Magestado Rei Caramba para o monumento de Tancos, Aforismos e Pensamentos do Rei Caramba, etc ...

Preço:35,00€

Referência:14927
Autor:Sem autoria
Título:RELAÇÃO DA SOLEMNE ACÇÃO DE GRAÇAS QUE O CORPO DO COMMERCIO DA CIDADE DO PORTO ORDENOU SE RENDESSE AO ALTISSIMO no dia 22 de Outubro, pela feliz união do Supremo Governo do Reino com o governo interino de Lisboa.
Descrição:

Na Real Imprensa da Universidade, Coimbra, 1821. In-8º de 47 págs. Encadernação artística de meados do séc. XX, inteira de pele, com filets gravados a ferros secos de motivos vegetalistas e a lombada com rótulos vermelhos dourados com dizeres. Exemplar, muito fresco e cuidado, mantendo a sonoridade original do papel.

PEÇA DE COLECÇÃO

Observações:

inclui o SERMÃO EM ACÇÃO DE GRAÇAS pela desejada e muito feliz união da JUNTA PROVISÓRIA do GOVERNO SUPREMO DO REINO com o GOVERNO INTERINO DE LISBOA, verificada no 1º de Outubro de 1820, que na Igreja dos Monges Beneditinos da Cidade do Porto, recitou Frei António de Santa Barbara, "...Tanto que chegou ao Porto a fausta Noticia de haver entrado em Lisboa a junta Provisional do Supremo Governo, em virtude de um previo Concerto com a Junta Interina, e da vontade geral, que reconhecia nos Illustres Restauradores incontestavel direito ao Governo da Nação, em quanto as Côrtes não fossem instaurada: O Corpo do Commercio Portuense, avaliando as importantes resultas de tal acontecimento, e entendendo bem, que elle não podia effectuar-se sem particular intervenção da Providencia Divina, determinou, que no dia 22 de Outubro se celebrasse Missa solemne com Sermão e 'Te Deum' em honra do Todo Poderoso. Foi
escolhido para este Acto Religioso o magnífico Templo dos Monges de S. Bento de Nossa Senhora da Victoria. Oito Commerciantes, nomeados pela Corporação, tiverão a seu cargo dirigir quanto fosse conducente para a execução do que se havia ordenado.
(...) em cuja orquestra "tiverão assento todos os mais habeis
Professores de Musica, executárão-se peças de Autores Portuguezes, sendo o Te Deum' obra recentemente acabada do bem conhecido Mestre de Capella Antonio da Silva Leite
(...)"

Preço:70,00€

Referência:14603
Autor:Sem autoria
Título:MÉMOIRE PRESENTÉ PAR LE GOUVERNEMENT PORTUGAIS SUR LA RÉCLAMATION DU SUJET ITALIEN MICHELANGELO LAVARELLO soumise par accord des gouvernements italien et portugais a l'arbitrage de S. M. la Reine de Hollande.
Descrição:

Imprensa Nacional, Lisboa, 1892. In-4º de 147 págs. Brochado. Cadernos por abrir, dedicatória autógrafa na capa de brochura. Papel acidificado e capas empoeiradas. Exemplar em bom estado.
 

Observações:

Curiosa memória sobre direito maritimo elaborado à custa de um caso particular sucedido em São Vicente de Cabo Verde no ano de 1884, em que Miguelangelo Lavarello, italiano, reclama ao governo português uma indemnização do montante de 165.000 francos pelo prejuízo que lhe causou o procedimento ilegal, abusivo e injustificável, usado pelas autoridades sanitárias portuguesas de São Vicente de Cabo Verde, em torno do vapor italiano Adria, as duas vezes que atracou nesta vila, a primeira vez no mês de Agosto, vindo de Gênes com destino a Argentina (La Plata), com paragem em São Vicente e a segunda vez no regresso a Europa, em Outubro do mesmo ano. Para a resolução do caso, foram chamados os Reis de Italia e  Portugal para submeter uma decisão arbitrária de um jurisconsul afim de nomear pelo governo holandês, o diferendo existente entre ambas as partes no seguimento da reclamação apresentada por Lavarello contra o governo português. Ao processo jurídico suplementa o Livro Branco e a curiosa descrição da viagem assim como os incidentes que motivaram o presente escrito em forma de memória.
 

Preço:60,00€

Referência:15065
Autor:VASCONCELOS, Padre Simão
Título:CHRONICA DA COMPANHIA DE JESU DO ESTADO DO BRASIL e do qve obrarão sevs filhos nesta parte do novo mundo.
Descrição:

 

 (da continuação do título): Em que se trata da entrada da Companhia de Jesv nas partes do Brasil e dos fundamentos qve n’ellas lançaram e continuarão seus Religiosos e algumas noticias antecedentes, curiosas e necessarias das cousas d’aquelle estado.

A.J. Fernandes Lopes, Lisboa. 1865. In 8° gr. de 2 vols. com CLVI-200 e 339-(4) págs. respectivamente encadernados em um tomo. Encadernação coeva, meia inglesa em pele preta com ferros romanticos dourados gravados na lombada. Ocasionais sinais de manuseamento ligeiro e insignificantes vincos nas coifas e junto à charneira. BONITO EXEMPLAR mantendo a sonoridade original do papel, não obstante a ligeira acidez provocado pela tinta na mancha tipográfica, sem prejuizo algum da rigidez e estrutura interna do papel.

Observações:

Segunda edição corrigida e aumentada da que é considerada por muitos bibliógrafos, entre eles o Conde de Samodães, como uma das mais belas produções dos prelos portugueses do século XVII e de uma “... fonte perene de notícias e subsídios para a História do Brasil e das Missões Religiosas que, durante os anos 1549 a 1570, pregaram e difundiram a fé cristã entre os indígenas dessa vastíssima região americana ...”.

Escrita em duas partes: 1) a primeira relata o descobrimento do Brasil, a descrição geográfica das suas terras, costas, rios,  portos, cabos, enseadas e serranias fronteiras ao mar, responde às perguntas “Quem foram os primeiros progenitores dos Índios, em que tempo entraram no Brasil, de que parte vieram, por onde e de que maneira entraram e como não conservaram as suas cores, línguas e costumes”; 2) a segunda parte trata exclusivamente da Companhia de Jesus no Brasil desde 1549. Edição valorizada em relação à primeira, por ainda apresentar a primeira impressão do poema de José de Anchieta sobre a Virgem Maria.

O Padre Simão de Vasconcelos teve algumas dificuldades em conseguir publicar esta sua obra. Essa dificuldade resulta do facto do Pe. Jacinto de Magistris, Visitador do Brasil, não se relacionar muito bem com o autor da obra, seu concorrente quando da nomeação para Visitador. Apesar de ter as aprovações canónicas de três revisores e do Padre Geral, o Visitador tentou impedir a impressão, fundado nas opiniões dos Padres António Vieira, Baltazar Teles e Manuel Luís que atestavam na falta de estilo do Pe. Simão de Vasconcelos. Mas a aprovação de Francisco Brandão, cronista-mor do Reino fez terminar a questão. Não satisfeito, o Pe. Jacinto de Magistris informou desfavoravelemente o Padre Geral sobre os últimos sete capítulos da primeira parte da Crónica que respondia com a explanação se o paraíso não seria na América portuguesa. Apesar de já ter dado aprovação, o Padre Geral mandou riscar essa parte. Quando a ordem chegou a Lisboa, já Henrique Valente de Oliveira tinha impresso dez exemplares que o Pe. Simão de Vasconcelos distribuiu pelos amigos. Por ser a conclusão das Notícias Antecedentes, o Pe. Jacinto de Magistris não via dificuldade em se suprimirem os sete capítulos, substituindo-os por uma página final.

Biblografia:

Brunet, t.II, p. 846
Palha, 2517
Pinto Matos, p. 554
Samodães, 3443
Inocêncio, t. VII, p. 286

 

Preço:195,00€

Referência:15411
Autor:VAZ, Manoel Pires
Título:DISCURSO SOBRE A LIBERDADE HUMANA & DISCURSO SEGUNDO SOBRE A LIBERDADE DE IMPRENSA REGULADA PELA CENSURA PRÉVIA.
Descrição:

Na Real Imprensa da Universidade, Coimbra, 1823. In-4º de XI-109-(1)-174-(8) págs. Dois títulos encadernados num único tomo
Brochado por aparar e inteiramente por abrir, preservadno a brochura original. Mantem a sonoridade original do papel. Exemplar muito fresco, limpo e limpo.

Observações:

Na opinião de Diana Tavares da Silva (in A LIBERDADE DE IMPRENSA NAS CORTES VINTISTAS: DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES DOS DEPUTADOS ECLESIÁSTICOS, 2019, p. 151) " ... depois de já soçobrado o regime liberal, o conteúdo do Discurso filosofico e theologico é, de facto, de enorme relevância para a reedificação das ideias presentes no primeiro parlamento português, já que se reporta inteiramente à reunião das Cortes Constituintes e a todo o panorama argumentativo aí levado a cabo acerca da Liberdade de Imprensa e, em especial, sobre a contenda que se gerou em torno da manutenção da censura. Dedicando praticamente a totalidade do seu escrito à demonstração da necessidade da Censura Prévia sobre todos os escritos, indiferentemente da matéria, isto é, se laica se religiosa, recorrendo, para isso, precisamente às razões avocadas na Assembleia Constituinte pelos deputados contrários à aplicação da livre Imprensa, Manuel Pires Vaz evoca um conjunto de argumentos, com recurso a fundamentação teológica e filosófica, evidenciando, um a um, os males que, segundo seu parecer, advém de
uma liberdade irrestrita de publicação
...".

Importante título, pioneiro do Liberalismo em Portugal, classificado como leitura densa e intrincada sobre o Miguelismo, a Contrarrevolução, a Tradição Ibérica, a Doutrina Social da Igreja e a Subversão. Manuel Pires Vaz (1762-1834) foi professor de teologia e filosofia no seminário de Coimbra.

Preço:125,00€

Referência:15305
Autor:VILLALBA, Epaminondas
Título:A REVOLTA DA ARMADA DE 6 DE SETEMBRO DE 1893. Com estampas e uma planta da bahia do Rio de Janeiro.
Descrição:

Laemmert & Cª, editores, Rio de Janeiro, 1893. In-8º de (4)-200 págs + 8 calcolitografias + um mapa desdobrável+ilustração de frontspício com retrato de Floriano Peixoto. Ilustrado ao longo do texto e em separado, representando embarcações envolvidas no conflito. Encadernação modesta, meia inglesade skivertex azul escura com capa de brochura anterior, belamente ilustrada, colada na pasta anterior da obra. Rúbrica de posse no frontspício e ante-rosto com carimbo de Livraria do Pará e verso da pasta com capa também colada ostentando um carimbo de circulação dos correios datado de 14 de Setembro de 1894 (Vila de Pereira). Calcolitografias com foxing.

Observações:

trata-se da primeira obra que narra em pormenor A Revolta da Armada de 6 de Setembro de 1893 caracterizado por um movimento de rebelião promovido por unidades da Marinha do Brasil contra os dois primeiros governos republicanos do país, que estavam tomando feições de uma ditadura militar. A revolta desenvolveu-se em dois momentos; uma no governo de Deodoro da Fonseca e outra no governo que se seguiu, de Floriano Peixoto (conhecido como Marechal de Ferro). Um grupo de altos oficiais da Marinha exigiu a imediata convocação dos eleitores para a escolha dos governantes. Entre os revoltosos estavam os almirantes Saldanha da Gama, Eduardo Wandenkolk e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e candidato declarado à sucessão de Floriano. Sua adesão refletia o descontentamento da Armada com o pequeno prestígio político da Marinha em comparação ao do Exército. No movimento encontravam-se também jovens oficiais e muitos monarquistas. A revolta teve pouco apoio político e popular na cidade do Rio de Janeiro, desenvolvendo-se batalhas sangrentas. Em março de 1894 a rebelião estava vencida. O rigor de Floriano Peixoto ante os dois movimentos revolucionários lhe valeu o cognome Marechal de Ferro.

Preço:65,00€

Referência:15245
Autor:WANZELLER, Fortunato Rafael Hermano
Título:COMPÊNDIO CALLIGRAFICO ou Regras geraes da Calligrafia, muito necessario para o uso da mocidade (...)
Descrição:

 Na Typographia de José Batista Morando, Lisboa, 1840. In8º de 20-(2) págs., 6 estampas. Encadernação meados séc. XX, meia francesa com cantos em pele mosqueada. Conserva as bonitas capas de brochura (com uma rúbrica de posse) de cor amarela com texto emoldurado com filete vegetativo. Ilustrado à parte com três litografias não assinadas,ilustrando posições e utensílios de escrita e as restantes três, correspondem a grandes estampas desdobráveis representadno estilos de caligrafia distintas.
As capas apresentam um título diferente do do frontspício que é  Nova Arte d'Escrita resumida ás regras mais simplices ... aprsentando o mesmo local de impressão e ano. Ostenta um ex-libros do afamado histriador de arte Xavier da Costa.

Um único exemplar localizado na Biblioteca Nacional de Portugal.

Observações:

O título completo da obra é: Compendio calligrafico ou regras geraes da calligrafia; muito necessario para uso da mocidade, como tambem para toda a qualidade de pessoa poder aprender methodicamente a escrever com perfeição, o caracter da letra portugueza, o appelidade letra ingleza, com todas as regras d'escrita, sem que para isso seja necessário de professor: dividida em seis lições e com as estampas analogas.

Preço:140,00€

Referência:14879
Autor:[org.: CARVALHO, Maria Amália Vaz de]
Título:UM FEIXE DE PENNAS
Descrição:

Typographia Castro Irmão. Lisboa. 1885. In-8º de (4)-IV-171-(1) págs. Encadernação coeva meia francesa marroquin castanho. Cantos superiores ligeiramente coçados. Acidez ligeira dada a qualidade própria do papel.

Observações:

Publicação da responsabildiade de Maria Amália Vaz de Carvalho tendo como principal finalidade obter financiamento para o «Asilo para raparigas abandonadas», no âmbito de várias outras iniciativas com o mesmo fim. 

A colecção aqui reunida revela a grande influência da ilustre escritora e é um notável retrato da literatura e do pensamento em Portugal na segunda metade do século XIX. Contém textos em prosa, uma notável carta de Camilo e poesias de diversos géneros e métricas. 

Dos colaboradores, a lista que se segue:

Alberto Braga, Amelia Jenny, Anthero de Quental, Antonio de Serpa, Bernardo Pinheiro, Bulhão Pato, Camillo Castello Branco, Carlos Lobo d" Avila, Chrystovam Ayres, Conde de Ficalho, Conde de Sabugosa, Eça de Queiroz, Fernando Caldeira, Francisco Gomes de Amorim, Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro, Henrique de Barros Gomes, Joaõ de Deus, Joaquim d" Araujo, José Frederico Laranjo, José de Sousa Monteiro, J. Simões Dias, J. T. de Sousa Martins, Júlio César Machado, Luiz Guimarães, M. M. Macedo Papança, M. Duarte d" Almeida, Maria Amália Vaz de Carvalho, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Sousa Viterbo, Teixeira de Queiroz, Theophilo Braga, Thomaz de Carvalho, Thomaz Ribeiro, Valentina de Lucena, Visconde de Benalcanfor, Visconde do Seisal.

Preço:50,00€
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