Foram localizados 29 resultados para: Séc. XVIII
Referência: | 15432 |
Autor: | ALVARES, Manoel |
Título: | INSTRUCÇÃO SOBRE A LOGICA OU DIALOGOS SOBRE A FILOSOFIA RACIONAL escritos por |
Descrição: | Officina de Francisco Mendes Lima, Porto, 1760. In 8° com (16)-320 págs. Encadernação coeva em carneira mosqueda, insignificantemente coçada e falho do rótulo com os dizeres dourados. Exemplar com carimbo de posse do eminente Prof Joaquim de Carvalho. Rubrica de posse trabalhada e coeva (Moraes) na última folha de guarda. Belas vinhetas tipográficos de efeito decorativo dispostas ao alto das páginas das licenças do Santo Ofício. Topo da página da dedicatória com brazão de armas de D. Gaspar de Bragança (filho ilegítimo de D. João V). Primeira e rara edição desta obra setecentista fortemente influenciada pelo pensamento filosófico do John Locke e da sua revolucionária obra «An Essay concerning humane understanding», publicada em Londres em 1690. Exemplares na Biblioteca Nacional e Biblioteca João Paulo II (UCP). |
Observações: | Manoel Alvares (1739-1777) apresenta no PROLOGO esta obra declarando: "A Necessidade, que todos tem de aperfeiçoar o seu entendimento, he o motivo principal, que me impellio a publicar este pequeno volume. A sua materia he a Logica, cujo emprego saõ as nossas mesmas idéas, os nossos juizos, e discursos; o methodo, que devemos seguir, quando aprendemos qualquer ciencia; e em fim a direcçao das operações da nossa mente he o constitutivo desta Logica ...". A obra que aqui apresentamos é assim uma explicação anti-escolástica sobre os sentidos, as actividades do espírito, as origens das ideias, entre outros itens de interesse filosófico. Inocêncio t. V, p. 352, declara-nos a existência de duas edições (1760 e 1768) acerca do autor o seguinte: "... Presbytero da Congregação do Oratorio do Porto, da qual parece sahira ao fim de alguns annos. Assim o indica o facto de haver juntado ao seu nome o segundo appelido «Queiroz», de que como congregado não podia fazer uso em vista dos estatutos respectivos. Ignoro ainda a sua naturalidade, nascimento, obito, etc..." .
|
Preço: | 200,00€ |
Referência: | 15239 |
Autor: | ANDRADE DE FIGUEIREDO, Manuel de |
Título: | NOVA ESCOLA PARA APRENDER A LER, ESCREVER E CONTAR.Offerecida á Augusta Magestade do Senhor Dom Joaõ V. Rey de Portugal. Primeira parte / por Manoel de Andrade de Figueiredo, Mestre desta Arte nas cidades de Lisboa Occidental, e Oriental |
Descrição: | Na Officina de Bernardo da Costa de Carvalho, Impressor do Serenissimo Senhor Infante, Lisboa, S/d. (1722). In-4º de XVIII-156 págs. Encadernação coeva (?) em pele, com decoração dourada moderna na lombada. Ilustrado em extra-texto com 2 gravuras de B. Picart: uma representando de Lisboa antes do terramoto de 1755, encimada por dois anjos segurando o brasão real e a segunda com o retrato do autor datado de 1721. Seguem-se 45 estampas com alfabetos, penas e desenhos caligráficos da autoria de Andrade datadas de 1718. Borba de Morais, na sua Bibliografia Brasileira do Periodo Colonial, p. 136 refere a existência de três impressões, contestando assim a descrição em Inocêncio (V, 336) que refere apenas duas. refere ainda que a primeira tiragem da obra corresponde a que tem 7 folhas preliminares inumeradas além do frontspício e a portada alegórica, situação essa que se verifica no exemplar que se apresenta. Encadernação ligeiramente coçada, ocasionais picos de humidade em algumas folhas, com raras manchinhas de tinta.
PRIMEIRA TIRAGEM EM PRIMEIRA EDIÇÃO, muito valiosa e rara.
|
Observações: | Obra monumental sobre a caligrafia portuguesa moderna, A sua publicação reformou uma arte que não tinha evoluído desde que saiu a luz a obra Exemplares de Diversas Sortes de Letras de Manuel Barata, ainda no início do período filipino. Manteve-se actual até ao início do reinado de D. José. Embora referido no frontspício como sendo Primeira Parte, não foi impresso nada mais do que aqui se apresenta. - o primeiro ensina o idioma português, com o objetivo de ler e escrever perfeitamente; Manoel de Figueiredo aborda as características dos suportes da escrita, fornece receitas de tintas e apresenta, nas suas gravuras, exemplos de vinhetas e cercaduras em florões, pássaros, animais, anjos e cavaleiros em desenhos figurativos ou caligráficos, compostos a partir do movimento da pena sobre o papel em riscos circulares entremeados. Fornece ainda modelos de letras romanas, grifas, góticas e antigas, ensinando como grafar cada uma, além de fornecer exercícios de caligrafia.e aborda também uso de cada tipo de letra e sua função, de acordo com as características do documento. Apresenta quatro modelos diferentes de letras capitulares adornadas, das mais rebuscadas às mais simples. A Nova Escola é também considerada uma revolução do ensino no século XVIII por incentivar uma mudança no pensamento pedagógico em Portugal. Segundo Rogério Fernandes “Andrade de Figueiredo atribuía largo alcance social à educação. As qualificações dos súbditos, assegurava sem hesitações, provêm da sua aplicação enquanto meninos e do ensino dos mestres”. Inocêncio V, 355 diz-nos : “Famoso professor de calligraphia em Lisboa, e natural da capitania do Espírito-Santo no estado, hoje império, do Brasil", e segundo Ventura da Silva "deu á Luz Andrade a sua Arte de Escripta, que enriqueseu d’elegantes abecedários, ornados de engraçadas laçarias." Inocencio V, pág. 355-356. Samodães, 151; Ameal, 107; Ferreira Lima (Calígrafos), p. 7 et seq; Bonacini 66; Becker, Practice of Letters 138; Borba de Moraes, Bibliografia Brasileira do Período Colonial, pág. 136; Borba de Moraes, Bibliografia Brasiliana, 311 |
Preço: | 1650,00€ |
Referência: | 15444 |
Autor: | BERNARD, Pierre-Joseph |
Título: | L'ART D'AIMER et poesies diverses |
Descrição: | De l'imprimerie de Didot jeune, Paris, 1795. In-8º de 207-(1) págs. Encadernação (feitura séc. XX) inteira de pele mosqueada gravada a ouro nas pastas com cercaduras. Lombada com decoração barroca a florões e dizeres dourados sobre rótulo de pele vermelha. Seixas douradas e corte das folhas brunidas a ouro fino. Ilustrado em extra-texto com sete gravuras abertas em chapa de aço de Bacquoy, Ponce, Patas, Eisen e Martini. Nítida impressão sobre papel encorpado mantendo a sonoridade original do papel. Gravuras delicadamente protegidas por papel transparente. |
Observações: |
"L’ Art d’aimer de M. Bernard est un des ouvrages les plus célèbres de ce siècle. Il a fait pendant plus de trente ans les délices des plus brillantes sociétés, et presque tous les Poëtes contemporains, depuis M. de Voltaire jusqu’au dernier rimailleur, en ont fait l’éloge." Pierre Joseph Bernard (1708-1775) nasceu em Grenoble e serviu a armada francesa na guerra de Italia tendo-se distinguido na batalha de Guastalla tornando-se secretário do marechal de Coigny. Nas letras foi distinguido entre os poetas libertinos de produção erótica. O epítoto de "Gentil" esteve-lhe sempre associado depois que Voltaire o empregou como forma de apreço pelo seu enorme talento. As mulheres mundanas de Paris adoptaram a sua poesia uma vez que nela se via reproduzida a delicadeza espiritual e imoral do final do século XVIII, em especial o seu L'ART D'AIMER (também conhecido na época como L'ART DE SEDUIRE. Conservado durante 30 anos em manuscrito, o texto foi impresso à revelia do seu autor. |
Preço: | 275,00€ |
Referência: | 15309 |
Autor: | BRANCO, Camillo Castello |
Título: | PERFIL DE MARQUEZ DE POMBAL |
Descrição: | Editores-Proprietários Clavel & Cª, Porto, 1882. In-8º de XVI-316-(2) págs. Encadernação coeva (sem capas de brochura) meia francesa em chagrin verde com cantos, bela e finamente dourado na lombada e pastas com filetes duplos. Aparado apenas à cabeça. Ilustrado à parte com três estampas (duas delas desdobráveis, representando a Marqueza de Távora, o palácio dos Condes de Aveiro e a queima dos corpos incriminados na tentativa de regicídio contra D. José I). PRIMEIRA EDIÇÃO, apreciada e já rara no mercado. |
Observações: | Ante-rosto com PERFIL // DO // MARQUEZ DE POMBAL e verso em branco; frontispício com os dizeres supra e verso com os direitos editoriais e registo tipográfico Typographia Occidental // Rua da Fabrica, 66 – Porto; página 5, inumerada com dedicatória a ANTONIO RODRIGUES SAMPAIO e verso em branco; PROEMIO até à página XVI iniciando-se o texto propriamente dito na página 1 até à 316; segue-se a ADVERTENCIA com verso em branco e o INDICE com verso em branco. Logo abrir o texto, no Proemio, Camilo diz-nos: Camilo apresenta-se aqui numa faceta menos divulgada, a de biógrafo e historiador, numa obra que pretendia isenta e que, além do valor literário, propicia uma enriquecedora reflexão sobre um governante que despertou paixões e ódios, num período marcante da história de Portugal. Publicado originalmente por ocasião das comemorações do Centenário de Pombal, em 1882, o livro acaba por ser um libelo contra aquele governante e a má gestão da dinastia de Bragança. A matéria dos capítulos, consta da seguinte forma: «Oraculos do Marquez de Pombal», O Marquez de Pombal e o terramoto», «O Marquez de Pombal e o vinho», «Pombal e Garção», «Pombal e os garfos», «O Marquez de Pombal e a Inquisição», O Marquez de Pombal ridiculo», «O Marquez de Pombal réo confesso».
HENRIQUE MARQUES, 199; MANUEL DOS SANTOS, 117; JOSÉ DOS SANTOS (1916), 114; JOSÉ DOS SANTOS (1939), 433; CONDE DE |
Preço: | 165,00€ |
Referência: | 15106 |
Autor: | CORELLA. Fr. Jayme de |
Título: | PRACTICA DO CONFESSIONARIO e explicação das proposiçoens condenadas pela Santidade de Innocencio XI e Alexandre VII, sua materia os casos mais selectos da Theologia Moral, sua forma hum dialogo entre o confessor e o penitente. Parte I ( e II). |
Descrição: | Na Officina que foy de Miguel Lopes Ferreira, Lisboa, 1737 (e 1738). In-fólio de 15 ff. inums. - 310 e 7 ff. inums. - 330 págs. [ai-dij , Ai - Rr & §i-Sss] respectivamente. Encadernação coeva, inteira de carneira, mosqueado fino e lombada com decoração floreada barroca em casa fechadas, ligeiramente coçadas. Falho de rótulo na lombada. Último caderno solto. Exemplar completo, de estrutura rígida e muito bem conservado, mantendo a sonoridade original do papel. Algumas páginas com anotações marginais, coevas. PRIMEIRA EDIÇÃO PORTUGUESA da obra que, no género, teve grande aceitação e um elevado número de edições e traduções, escrita quando o autor tinha 27 anos. Tradução de Padre Domingos Rodrigues Faya publicada em portuguyês cerca de meio século depois. BN ; Monteverde Cunha Lobo, 1811. |
Observações: | Jaime de Corella (1657-1699) vestiu o hábito dos Capuchos no Convento de Cintruénigo em 1673 então com 18 anos de idade e foi eleito Provincial em 1693. Escritor moralista e orador sacro, destacando-se por sua grande elocuência e profundidade doutrinal. Teve vasta obra publicada sendo o título Pratica del Confesionario (1686) e Conferencias morales (1687) as que tiveram maior aceitação e delas se realizaram inúmeras edições e traduções.
|
Preço: | 225,00€ |
Referência: | 15371 |
Autor: | FERRÃO, António Duarte |
Título: | NARIZ ENGANADO, E DESENGANADO, TABACO EMPULHADO, E DEFENDIDO, pretexto de poupadores, e desculpa de tafûis: obra de muita consolação para forretas, mofinos, miseraveis, e pirangas […] dedicada as ventas do Senhor Manuel Coco Cabral, e Negrão […] por |
Descrição: | Na Officina de Miguel Manescal da Costa Impressor do Sto. Officio, Lisboa, 1767. In-8º de 11 págs. Encadernação moderna inteira de percalina azul escura. por aparar. Frontspício com parte de texto omitido provocado por remoção de antigo carimbo (?) ou assinaatura de posse (?). Por aparar. Não referido nas bibliografias consultadas de eminentes bibliófilos, com excepção do catálogo de Fundo de Reservados de Livro Antigo (cota PV(R)/369), formado por obras antigas, raras, com características especiais, da FLUP. Exemplares referidos em Portugal na Biblioteca Nacional e Biblioteca Geral da UC, e no estrangeiro na Universidade de Toronto, Universidade Witwatersrand, Universidade da California, Britsh Library e Universidade de Boston. Trata-se de uma separata impressa num reduzido número de exemplares a partir da Macarronea Latino-portugueza de 1791 . MUITO RARO |
Observações: |
|
Preço: | 90,00€ |
Referência: | 15361 |
Autor: | FIGUEIREDO, Francisco Coelho de |
Título: | AGRADECIMENTO DE HUM HOMEM A MEMORIA DE OUTRO HOMEM VIRTUOSO, SÁBIO E FILÓSOFO |
Descrição: | Na Impressão Regia, Lisboa, 1816. In-8º de 44 págs. Encadernação em papel antigo, marmoreado em tina manual. Mancha de humidade restrita à última folha, não impressa, que antecede a capa posterior. Bom exemplar, não aparado, com margens jumbo. Exemplar que pertenceu à biblioteca de Eugénio de Castro, de quem ostenta a sua assinatura no frontspício, com uma nota manuscrita de sete linhas no verso do ante-rosto, tecendo onsiderações sobre o autor e a edição. Segundo Inocêncio este título teve uma tiragem restrita de 150 exemplares. RARO. |
Observações: | Folheto com a biografia de Pedro José da Fonseca, professor na corte de D. José e membro fundador da Academia Real das Ciências de Lisboa. Segundo Inocêncio "Os unicos esclarecimentos biographicos, que até agora existem impressos ácerca d'este laborioso professor e distinctissimo philologo, constam de um folheto que pouco tempo depois da sua morte se publicou com o titulo: Agradecimento de um homem à memoria de outro homem virtuoso, sabio e philosopho'. Publica-se aqui uma carta dirigida a José Pedro da Fonseca por Francisco de Borja Garção Stockler. |
Preço: | 75,00€ |
Referência: | 15090 |
Autor: | FREIRE, Luiz Gracia Gomes |
Título: | AGRICULTURA EM QUE SE TRATA COM CLAREZA E DISTINÇÃO DO MODO E TEMPO DE CULTIVAR as terras das ortaliças; e pumares de fruta, como tambem de enxertar. |
Descrição: | In-8º de 21 folhas numeradas pela frente, encadernadas em pergaminho com atilhos (já ausentes). Carimbo de posse de antigo professor universitário. O manuscrito ocupa a frente e verso das primeiras 17 folhas, com caligrafia muito legível. Mancha de humidade no canto inferior direito |
Observações: | |
Preço: | 850,00€ |
Referência: | 15176 |
Autor: | POPE, Alexandre [trad: Ethienne de Silhouette] |
Título: | ESSAI SUR L'HOMME par Monsieur ... Traduction Françoise en prose par Mr. S****. Nouvelle Edition avec l'Original Anglois; ornée de figures en Taille-douce. |
Descrição: | Chez Marc Chapuis, Lausanne, 1762. In-4º de XXIV - 116 - 5 ilustrações. Encadernação coeva inteira de carneira com marmoreado azul indigo e carmim, douradas nas pastas com filetes triplos dispostos em cercadura marginal. Lombada dourada com florões vegetativos ao gosto da época, em casas fechadas e rótulo de pele vermelha com direzes também dourados. Guardas em papel pintado, e ex-libris de biblioetca privada antiga (séc. XIX?). Obra belíssimamente ilustrada por Delamonce com cinco gravuras alegóricas hors-texte gravadas por Gallimard e ainda, ao longo do texto, oito vinhetas das quais cinco são culs-de-lampe, gravadas por Soubeyran. Apresenta encadernado junto ao frontspício uma gravura de página inteira, representando um retrato de Charles Frédéric Margrave de Bade et d'Hachberg realizado por J.-F. Guillibaud e gravado por Will, e ainda, agora no plano do frontspício, uma larga vinheta tipográfica com portrait do autor desenhado por Keller e gravado por Will, ambas realizadas em 1745 (dezasste anos que antecede a impressão desta obra, data da edição anterior no mesmo formato). PEÇA DE COLECÇÃO hoje já de raro aparecimento no mercado. |
Observações: | Última reimpressão da edição bilingue ilustrada por Marc-Michel Bousquet da tradução da célebre obra de Alexandre Pope (1688-1745) realizada por Ethienne de Silhouette (1709-1767), tradutor responsável por todas as dez obras deste título popeano, publicadas em Lausanne, entre 1737 e 1762. Apenas as edições de 1745 e de 1762 se apresentam num formato In-4º, sendo as restantes oito num formato In-12º. An Essays on man, publicado em 1733-34, foi uma obra notavelmente tida em consideração por toda a Europa dado ter sido a primeira abordagem sobre a discussão de possível reconciliação, ou não, dos males deste mundo com a crença no criador justo e misericordioso. Com esta obra, através da poesia, Pope quis entrar num instituido sistema de éticas. Foi um escritor satírico na linha de John Dryden e o primeiro poeta inglês com reconhecimento e fama internacional. An Essays on Man foi obra que serviu de inspiração a Kant, a Rousseau e a Voltaire que denominou-a "o mais belo, o de maior utilidade e o mais sublime poema didático alguma vez escrito em qualquer língua". |
Preço: | 375,00€ |
Referência: | 15449 |
Autor: | Sem autoria |
Título: | COMPROMISSO DA SANTA MISERICORDIA DA CIDADE DE COIMBRA E SUA INSTITUIÇÃO, ... |
Descrição: | Real Imprensa da Universidade, Coimbra, 1830. In-4º de VIII-111 págs. Frontispício com uma gravura emblema da Misericórdia de Coimbra. Conjunto importante em torno desta instituição secular, e de difícil reunião, com encadernação coeva em pele castanha escura, meia inglesa sem cantos, dourados na lombada com dizeres e decoração à época. Aparo marginal generalizado, em bom estado mantendo a sonoridade original do papel. Ostenta um ex-libris heráldico de Eugénio de Castro, e a encadernação foi executada pela Oficina do Colégio dos Orphãos de Coimbra, atestado pelo carimbo a óleo que ostenta o exemplar. |
Observações: | O primeiro título transcreve Carta Régia de 1620 em que aprova a Irmandade coordenar um novo Compromisso, e apresenta ainda uma história da Instituição da Misericordia de Coimbra, seguindo-se de uma importante resposta à Carta que veyo da Cidade de Coimbra sobre a Misericordia, datada de 1500. Apresenta ainda um Resumo alfabético da principal legislação relativa à Misericordia de Coimbra, bem como a provisão régia de 1813 sobre a criação dos expostos, o Regulamento da Real Casa dos Expostos e a estatística dos expostos e das despesas com os cuidados que lhes eram dispensados. O segundo título apresenta uma importante Noticia histórica d'estes regulamentos que ocupa as primeiras oito páginas. |
Preço: | 135,00€ |
Referência: | 15128 |
Autor: | Sem autoria |
Título: | ANECDOTES DU MINISTERE DE SÉBASTIEN-JOSEPH CARVALHO, Comte d'Oyeras Marquis de Pombal, sous le regne de Joseph I, Roi de Portugal |
Descrição: | Chez Janos Rovicki, Varsovie, 1783. In-8º de XXXIV-493-(1) págs. Encadernação coeva, com re-empastamento antigo das capas, provávelmente no séc. XIX, avaliando o tipo de cartonagem e papel empregue. Lombada em calfe com rótulo de pele castanha escura, dourada com dizeres e casas abertas com florões decorativos, também dourados. Aparo antigo, mas posterior ao corte das folhas, estas salpicadas a carmim. Belo exemplar, conservando a sonoridade original do papel. Anexam-se fotografias do índice sobre a importante contribuição de textos sobre o Brasil e Goa. PRIMEIRA E MUITO RARA EDIÇÃO de um dos mais interessantes textos sobre Marquês de Pombal com elevado interesse para o estudo dos processos inquisitoriais de Évora e Coimbra.. |
Observações: |
Barbier atribui ao jesuita espanhol Francisco Gusta a autoria das Mémoires de Sebastien-Joseph de Carvalho e Melo, traduzidas em francês por Gattel , mas não menciona estas Anecdotes onde o autor critica algumas fraquezas das Memórias, reconhecendo mesmo assim ter contribuido com alguma coisa. Obra referida na importante Bibliografia de Duarte Sousa (vol. I, nº 265), ainda por Sommervogel (Biliard) XI, 1208 e por Raeders, Bibliographie Bréslienne, 193. Omisso em Brunet. |
Preço: | 575,00€ |
Referência: | 15507 |
Autor: | SOYÉ, Luis Rafael |
Título: | NOITES JOZEPHINAS DE MIRTILO SOBRE A INFAUSTA MORTE DO SERENISSIMO SENHOR D. JOZE PRINCIPE DO BRAZIL edicadas ao consternado povo luzitano por |
Descrição: | Na Regia Officina Typografia, Lisboa, 1790. In-8º de 248-(2) págs. Encadernação coeva da época inteira de carneira mosqueada com dizeres a ouro na lombada sobre rótulo de pele vermelha. Rubrica de posse coeva no frontspício. Obra de grande apuro tipográfico magnificamente ilustrada com 16 gravuras de página inteira em extra texto, o frontispício gravado e decorado com figuras alegóricas e o retrato do autor e 12 vinhetas de meia página no começo de cada canto pelos melhores desenhadores e gravadores portugueses da época: Carneiro da Silva, Jerónimo de Barros, Soyé, Frois, João Tomás da Fonseca, Ventura da Silva, Lucius, Ramalho, entre outros. Cremos estar falho do retrato de D. José. PRIMEIRA EDIÇÃO, MUITO RARA. Inocêncio V, 316. |
Observações: | Trata-se de um poema panegírico sobre a morte de D. José, príncipe do Brasil e duque de Bragança, o primerio deste géenro publicado em Portugal. As gravuras talhada por alguns dos maiores artistas portugueses que são: Gregorio Francisco de Queiroz (vinhetas das IV-VII-VIII-IX-XI) Jose Lucio da Costa (vinhetas das I & V), Jeronimo de Barros e Joao Thomas.. Inocêncio declara-nos o seguinte: “ ... LUIS RAPHAEL SOYÉ, n. em Madrid a 15 de Abril de 1760, filho de paes estrangeiros, é certo que Soyé veiu para Lisboa trazido ainda na primeira infancia por seus paes, que em breve faleceram, correndo a sua educação, ao que posso julgar, por conta do morgado da Oliveira João de Saldanha Oliveira e Sousa, depois primeiro conde de Rio maior, que parece haver sido o seu protector durante muitos annos. Consta que aprendêra tambem as artes da pintura e gravura a buril, do que nos deixou documento em algumas estampas das suas Noites Josephinas Do seu tracto e amisade com Francisco Manuel existe a prova em uma ode que este lhe dirigiu, na qual se lhe mostra muito affeiçoado. Alguns versos que publicára nos annos de 1808 e seguintes em louvor de Napoleão, e que traduzidos em francez agradaram ao imperador, e foram por elle remunerados generosamente, fizeram que depois da restauração dos Bourbons o poeta ficasse malquisto, e vendo se então em pobreza e impedido de voltar para Portugal, como parece desejava, partiu para o Rio de Janeiro. - Alli conseguiu emfim que por elle se interessassem algumas pessoas influentes, e obteve a nomeação de Secretario da Academia das Bellas artes, logar que pouco tempo. Noites Josephinas de Myrtillo, Tem um frontispicio gravado a buril, os retratos do principe D. José e do auctor, e mais quatorze estampas havendo ainda no principio de cada um dos doze cantos, ou noutes (em quartetos hendecasyllabos rythmados) de que se compõe o poema, uma vinheta allusiva ao assumpto do canto: tudo executado pelos melhores gravadores nacionaes d'aquelle tempo. Posto que este poema elegiaco (o primeiro do seu genero que se imprimiu em Portugal) esteja mui longe de poder julgar se perfeito, não parece todavia tão mau como se esforçaram em fazer crer alguns emulos do auctor. Um d'estes, Manuel Rodrigues Maia, de quem tractarei em seu logar, levou o desejo de ridiculisal o ao ponto de compor á sua parte outro poema heroi comico em tres cantos de outava rythma, com o titulo Josephinada (do qual conservo uma copia manuscripta, e vi o autographo em poder do falecido F. de P. Ferreira da Costa) cujo assumpto é a publicação das Noites Josephinas tractada comicamente, e revestida de episodios satyricos, sem comtudo transcender os limites de uma critica litteraria. Conta se tambem com referencia ás Noites uma anecdota, que não é para ser omittida. Dizem que logo depois da publicação do poema, estando o poeta na loja de não sei qual livreiro onde o tinha posto á venda, entrára ahi um sujeito desconhecido, pedindo um exemplar que lhe foi para logo apresentado. Então o sujeito pediu tambem uma tesoura, e com ella foi cuidadosamente cortando as estampas e vinhetas da obra, as quaes depois de juntas embrulhou n'uma folha de papel. Isto feito, e tirando da bolsa os 1:200 réis, preço do volume, entregou os ao livreiro, dizendo lhe: «Eu pago só as estampas quanto ao livro, ahi fica: póde guardal o para mechas!» E sahiu, comprimentando polidamente as duas personagens, cujo desapontamento é facil de imaginar!”
|
Preço: | 150,00€ |
Referência: | 15236 |
Autor: | [LA MORLIÈRE, Charles-Jacques-Louis-Auguste Rochette de] |
Título: | ANGOLA, HISTOIRE INDIENNE. Ouvrage sans vrai semblance. I Partie (e II) (...) Avec Privilege du Grand Mogol. |
Descrição: | Agra [=Paris], 1748. In-8º de dois volumes com (3)-XIII-(5)-128 & (6)-166 págs respectivamente encadernados num tomo único. Encadernação coeva em carneira mosqueada, com restauro antigo, dizeres dourados sobre pele vermelha na lombada, com decoração também dourada em casas abertas. Corte das folhas carminado. Cantos ligeiramente amassadose cabeça da lombada com ligeira falta. Ex-libris do poeta Joaquim Pessoa. Edição com uma portada alegórica em ambas as partes, muito belas, com tipografia emoldurada de composição arquitectónica e vegetalista representando, na base, um sofá com casal conversando em pose descontraída vigiada por um terceiro elemento em plano de fundo, no primeiro volume. No segundo volume, a portada não se encontra assinada e o ambiente apresentado corresponde ao de um quarto com cama,onde conversao casal, também em pose descontraída acompanhados com respectivo mobiliário complementar. A gravura que compõe a portada do primeira parte está assinada P(ierre). F(rançois). Tardieu de la Montagne, célebre gravador que viveu de 1711 a 1771 tendo sido responsável pela maioria das gravuras nas edições das Fábulas de La Fontaine. A portada da segunda parte encontra-se por assinar, mas o estilo e trabalho identifica o mesmo autor da portada do primeiro volume. Edição muito recuada, a segunda e mais apreciada pelas actualizações de grafismo, beleza das portadas. Edição não descrita na maioria dasibliografias consultadas.
Before he found his niche in the theatre, he wrote several rather licentious novels, in particular Angola, which was held up by contemporaries such as Édouard Thierry as 'le roman du siècle, le livre des jolis boudoirs, le manuel charmant de la conversation à la mode'. |
Observações: | Trata-se da famosa sátira à sociedade parisiense, ‘chef d'œuvre de la littérature galante’ e um dos best-sellers da França pré-revolucionária por Jacques Rochette La Morlière (1719-1785). Membro da Ordem de Cristo, e bon vivant, famoso por seu longo envolvimento com o teatro francês, particularmente através de suas ligações interesseiras com Voltaire. Libertino, mosqueteiro, crítico teatral e associado de Voltaire, La Morlière estabeleceu seu quartel-general no Café Procope, onde logo se formou um grupo de jornalistas ao seu redor. Foi um grande operador no mundo teatral, tanto no 'Théâtre français' como na 'Comédie italienne', onde era conhecido pelo carácter duvidoso das suas relações. No entanto, a sua carreira teatral teve um fim bastante abrupto quando pensou que, engendrando aplausos da forma habitual, poderia garantir o sucesso das suas próprias peças, erro pelo qual pagou o preço da sua carreira .Figura sem escrúpulos que foi, atribuiu a ele próprio a autoria deste texto, tendo sido talvez encontrado entre papéis velhos de Duque de La Trémouille. Esta obra apareceu de forma anónima, foi durante muito tempo atribuida a Crébillon Filho, e esboça a vida parisiense de sua época sob o pretexto de uma história exótica oriental onde La Morlière cria um mundo imaginário e fantástico, cuja natureza lhe permite grande amplitude na satirização da sociedade francesa contemporânea. Constituiu fonte de inspiração para o livro de Diderot Les Bijoux Indiscrets (Paris, 1748). Publicada dois anos antes da presente edição, teve larga longevidade editorial e corresponde a um romance galante e libertino. Aliás, a dedicatória, encadernada como habitualmente após o índice e o prefácio, é dirigida a «aux petites maitresses» e dá o tom ao espírito «livre e licencioso» do texto. O género a que pertence este título serviu de suporte a imenas fantasias literárias visto ser um estilo que permite o gozo, ligeiro ou não, das boas maneiras literárias "avec approbation et privilège du roi" (segundo Cahusac, Chevrier, Voisenon). Permite ainda disfarçar nesta forma inócua de escrita uma filosofia ortodoxa, sátiras e utopias políticas. Romance caracterizado por um orientalismo erótico de contrabando, corresponde uma sátira popular, ambientada nas Índias e que alimenta os célebres "contes à dormir debout". Constituida por amplo leque de sátiras, especialmente na representação do casamento do rei justo Erzeb-can com Princesa Arsenide, parente da Fée Lumineuse, rainha de uma nação vizinha e muito querida do mundo das destas fadas luminosas na 'côte gauche'. A maior parte do romance é dedicado às aventuras de seu filho, o príncipe Angola, o herói homônimo, cujas aventuras durante as viagens pelas Índias e pela Arábia compõem o corpo da narrativa, valendo-se uma escrita leve e frívola com recurso a uma linguagem das ruas em que as novas expressões estão impressas em itálico (e é surpreendente ver quantas delas permaneceram ainda hoje). Edouard Thiery chamou este romance de “le miroir du siècle, le livre des jolies boudoirs, le manuel charmant de la conversation à la mode”. Antes de La Morlière encontrar o seu nicho no teatro, ele escreveu diversas novelas de carácter licensioso, de que se destaca ANGOLA. De longe a obra de maior sucesso de La Morlière, teve inúmeras edições ao longo do século XVIII, com pelo menos mais dez edições de “Agra” (Paris) na década seguinte à publicação, onde o leitor é continuamente convidado a rir zombeteiramente da frivolidade de um mundo onde reina a moda. As personagens de La Morlière existem em função dos seus prazeres: o teatro, a ópera, as recepções, a leitura, a caça, o jogo e - acima de tudo - a dinâmica e as delícias do quarto. " ... Embora a narração destes prazeres nunca possa ser o equivalente a experimentá-los, o que La Morlière oferece é uma dicção de irreverência e cinismo que convida os seus leitores a partilhar uma suposta superioridade em relação a personagens que, na maioria dos casos, teriam prazer em substituir ..." (Thomas M. Kavanagh, Prazeres Iluminados, 2010, p. 32). Barbier vol. I, pág.191; Cioranescu, 36472; Jones pág. 92; Gay , vol I, pág 221; Darton 38; Hartig pág. 50.
|
Preço: | 425,00€ |